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Festival de Ginástica na Universo: 

o movimento da práxis na formação acadêmica

Festival de Gimnasia en Universo: el movimiento de la praxis en la formación académica

 

*Mestre em Ciências da Saúde, UFG

Professora Universo, Goiânia

**Doutoranda em Educação, UFG

Professora Universo, Goiânia

(Brasil)

Samanta Garcia de Souza*

samantagarciaef@yahoo.com.br

Sissilia Vilarinho Neto**

vilasissilia@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo é uma experiência pedagógica construída no interior das disciplinas propostas aos alunos do primeiro período do curso de Educação Física da Universo/Goiânia. A proposta é de construir um trabalho interdisciplinar com o objetivo de proporcionar aos educando uma experiência do eixo corpo/movimento a partir de uma perspectiva crítica. Enquanto estratégia metodológica a proposta se desenvolve em teoria e prática nas disciplinas envolvidas desde a semana de planejamento até a avaliação das coreografias apresentadas ao final do semestre. A avaliação é feita em conjunto (professores e alunos) sendo processual, integrativa e somativa. Muito já se avançou no sentido de romper com o paradigma de formação tecnicista presente nos cursos de formação em Educação Física, todavia, mais estudos e trocas de experiências devem ser feitos para otimizar a compreensão global do eixo corpo/movimento na formação humana, crítica e reflexiva de nossos educandos.

          Unitermos: Festiva. Ginástica. Formação.

 

 
http://www.efdeportes.com/ EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 149, Octubre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O Festival de Dança e Ginástica da Universo propõe-se colocar em constante compreensão o eixo central da Educação Física: o corpo em movimento numa perspectiva crítica. É um trabalho interdisciplinar que acontece no 1° período do curso de graduação em Educação Física. Via movimento da práxis desenvolve-se o eixo temático “a construção do corpo pela Educação Física”.

    As disciplinas envolvidas são: Fundamentos Filosóficos da Corporeidade, Fundamentos Antropológicos da Educação Física, Ginástica I, Recreação e Lazer e História da Educação Física. O movimento corporal é tematizado e, desta forma, a expressão corporal passa a ser objeto de estudo, pesquisa e extensão.

    Esta proposta é uma intervenção na lógica dos cursos de formação de professores de Educação Física que tradicionalmente baseiam-se no tecnicismo acadêmico cujas características são uma visão de professor atleta, que concebem o corpo a partir de uma perspectiva biológico-funcional e “aptos” a tratarem pedagogicamente o corpo dos seus alunos como uma máquina capaz de responder silenciosamente a estímulos externos.

    Enquanto objetivo geral dessa proposta tem se proporcionar aos acadêmicos do primeiro período de Educação Física experimentação e compreensão do corpo bio-psico-sócio-cultural, cujo movimento é contextualizado e possui sentido/significado na construção das coreografias. Como objetivos específicos temos: desenvolver ação pedagógica interdisciplinar no processo de formação de professores de Educação Física e estimular a reflexão acadêmica crítica e a intervenção social qualificada acerca das questões relativas ao corpo na sociedade moderna.

Fundamentação teórica

A Ginástica Geral como uma proposta de formação do profesor de Educação Física

    A Idade Contemporânea, conforme Darido e Rangel (2005) é o período em que surgem as primeiras sistematizações dos exercícios físicos/ginástica, e com elas as bases fundamentais da Educação Física atual. A Ginástica no contexto histórico da Educação Física foi consolidada a partir de preceitos utilitaristas, biologicistas e tecnicistas disseminados pelos métodos, sistemas, escolas ginásticas européias nos fins dos século XVIII e início do século XIX.

    Nestes parâmetros a ginástica foi se constituindo na sociedade como prática elitizada em duas perspectivas, conforme Oliveira e Lourdes (2004). Na prática competitiva (sobressaindo os ginastas mais plásticos, fortes, flexíveis, ágeis, dentro de um parâmetro de ápice da performance) e na prática das academias (onde a maioria da população não possui recursos financeiros para pagar/comprar esta prática cujo principal objetivo é atender um padrão de corpo perfeito vendido pela mídia como arquétipo de felicidade).

    No âmbito escolar onde esta prática deveria ser abordada numa perspectiva crítica e de integração muitas vezes os professores de Educação Física negam essa experiência aos seus alunos alegando falta de conhecimento acerca do assunto, falta de equipamentos e de materiais, tais como, colchões, barras, traves, arcos, bolas em dimensões oficiais e espaços necessários para desenvolverem este conteúdo da Cultura Corporal.

    Assim, a Ginástica Geral (GG) ou Ginástica para Todos (nomenclatura utilizada pela Federação Internacional de Ginástica desde 2007) surge como uma opção contrária a essas modalidades gímnicas de caráter competitivo ou de culto ao corpo.

    A GG pode proporcionar além do divertimento e da satisfação provocada pela própria atividade o desenvolvimento da criatividade, da ludicidade e da participação, a apreensão dos alunos das inúmeras interpretações da ginástica, a busca de novos significados e possibilidades de expressão gímnica (AYOUB, 2003). É então uma proposta de amplitude da Ginástica a fim de que se possa permitir a todos a possibilidade de sentir prazer pela prática de uma modalidade plasticamente bela, com musicalidade e expressão, e que permite o desenvolvimento da criatividade e da socialização (STANQUEVISCH e MARTINS, 2006, in: GAIO e BATISTA, 2006). Soares (2001) reforça o caráter do prazer presente na proposta da GG e amplia essa prática na perspectiva do respeito as características e as manifestações socioculturais de seu povo.

    Os objetivos da GG segundo a CBG (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA, 2008) são: oportunizar a participação do maior número de pessoas em atividades físicas de lazer fundamentais nas atividades gímnicas; integrar várias possibilidades de manifestações corporais as atividades gímnicas; oportunizar a auto-superação individual e coletiva, sem parâmetros comparativos com os outros; oportunizar o intercâmbio sócio-cultural entre os participantes; manter e desenvolver o bem-estar dos praticantes

    Assim, a GG se apropria da Ginástica, da Dança, dos Jogos, do Teatro, do Circo, do Folclore, dentre outros, através de atividades livres e criativas. Conforme Santos (2001) o propósito é então o de recuperar a liberdade da arte da Ginástica e da expressividade.

    Refletir sobre a contribuição da GG para a Educação Física e, em especial, para a formação acadêmica dessa área se faz então necessário.

    A Educação Física é uma área do conhecimento que trata pedagogicamente dos elementos da Cultura Corporal tendo como objeto de estudo a expressão como linguagem (COLETIVO DE AUTORES, 1992). A ação pedagógica do professor não se restringe ao ambiente escolar. A intervenção educativa se dá em vários campos como: escolas, academias, clubes, treinamento, reabilitação física dentre outros.

    Se faz necessário responder a uma questão que gera polêmicas e controvercias na Educação Física. Afinal de contas, o que é Educação Física? Daolio (2007) ao contribuir cientificamente com a essa discussão na obra EF e o conceito de Cultura nos afirma que pode ser considerada como a área que estuda e atua sobre a cultura corporal de movimento, já que a EF considera o ser humano eminentemente cultural contínuo construtor de sua cultura relacionado aos aspectos corporais. No clássico metodologia do ensino da EF (1992) temos a EF é uma área do conhecimento que trata pedagogicamente dos elementos da cultura Corporal (jogo, dança, luta, esporte, ginástica) tendo como objeto de estudo a expressão como linguagem.

    Como observamos o termo cultura Corporal aparece nas tentativas de se entender e conceituar a EF. Todavia, uma questão central no entendimento deste campo de atuação acadêmico e profissional é de ordem epistemologica, o que não nasce pronto e acabado sendo a construção filosófica/científica resultante de uma construção histórica. Assim, gera se as indagações: somos educação? Saúde? Os dois? Área de conhecimento, Ciência? Questões desta ordem fazem muitos profissionais debruçarem em estudos e pesquisas para obterem respostas. Nesta perspectiva aponta se uma discussão que tenta ampliar e compreender o campo de conhecimento da EF.

    Partindo da premissa que a pedagogia é então uma ciência prática, conforme explicações de Libâneo (2007) visto que ela se refere a algo efetivo de uma atividade humana na qual possui um sentido e um significado prático. Temos então a pedagogia como uma ciência prática da e para a educação (FREITAS, 2004). Nesse viés alguns autores como aponta o texto de Ventura (2009) enquadram a EF como uma Ciência da Educação. Esse apontamento ganha forças quando entendemos que a prática pedagógica /a docência é o eixo central de seu papel social e educativo.

    Freitas (2004) endossa e fortalece essa discussão quando esclarece que temos uma Ciência Pedagógica quando ocorre o comprometimento com o esclarecimento racional da ação educativa dirigida à humanização da geração em desenvolvimento. Assim, a docência /a prática pedagógica é então o eixo norteador.

    Como qualificar a EF na chamada ciência pedagógica? Inicialmente apontando a docência/ a prática pedagógica como norte. Outro parâmetro é entender este campo do conhecimento do ponto de vista científico e social. Assim, nossa conversa recai no foco de discussão: cultura corporal. Então temos: a cultura corporal em duas dimensões. Do ponto de vista científico e do ponto de vista social.

    Na perspectiva da Ciência os elementos da cultura corporal são construídos historicamente e consolidados socialmente pelo homem. Na perspectiva social os elementos da cultura corporal são campos de atuação/intervenção.

    Se faz necessário compreender que a cultura corporal possui temas específicos (jogo, o esporte, a dança, a ginástica, o lazer, a saúde, o treinamento corporal) que no contexto da ação pedagógica do professor não se restringe ao ambiente escolar. A intervenção educativa se dá em vários campos como: escolas, academias, clubes, treinamento, reabilitação física dentre outros.

    A formação acadêmica busca capacitar o profissional para atuar como professor em qualquer dos campos profissionais. Dessa forma, a formação em Educação Física deveria possibilitar reflexões sobre a intencionalidade do trabalho educativo (SAVIANI, 1985 e DUARTE, 1998).

    De posse do referencial da Pedagogia Crítica, Duarte (1998) explica que o trabalho educativo deve produzir a humanidade histórica e coletiva. O sujeito deve se apropriar dos elementos culturais necessários a sua formação como ser humano. O trabalho educativo com os elementos da cultura corporal deve, pois, possibilitar a identificação, compreensão e análise das formas sociais de manifestação e atuação do corpo e do movimento.

    Orientando-nos por uma referência ética humanitária, que visa contribuir com o desenvolvimento das potencialidades críticas, criativas e transformadoras do ser humano, assume-se então a responsabilidade e o desafio de formar professores de Educação Física para a sociedade goiana. A finalidade do curso da UNIVERSO é proporcionar uma formação que abrange diversos campos do saber e os conhecimentos específicos da EF e por meio deles contribuir para um amadurecimento crítico, científico, cultural e político do contexto social.

    Outra preocupação abordada no Projeto Pedagógico em questão é a formação ampliada na busca de que seus egressos compromentam-se com a continuidade de seus estudos, produção do conhecimento e transformação da prática social, seja nos espaços escolares, como também nos não escolares.

    Formação esta que visa articular a base teórica com uma prática pedagógica reflexiva apontando para uma prática diagnóstica (voltada para a constatação da realidade); judicativa (julga a partir de uma ética que representa os interesses de determinadas classes sociais) e teleológica (determina alvos aonde quer chegar). A Educação Física deve então apontar para a constatação, compreensão e explicação da realidade social complexa e contraditória.

    Luckesi (1994) e Saviani (1985) afirmam que educar não significa simplesmente transmitir/adquirir conhecimentos. Através da educação as novas gerações adquirem os valores culturais e reproduzem ou transformam os códigos sociais de cada sociedade. Assim, não há um processo educativo impuro de ideologias dominantes, sendo necessária a reflexão sobre o próprio sentido e valor da educação na e para a sociedade. Assim, a educação é um ato intecional e só atinge seus objetivos, só desenvolve competências e habilidades se for uma ação planejada, sistematizada e acompanhada da reflexão sobre a prática pedagógica. Acrescenta-se ainda a necessidade de o processo educacional envolver-se com questões da prática social (Saviani, 1985) buscando ampliá-la a fim de contribuir com a construção da autonomia.

    Ora, desta forma, a análise da prática social com os elementos da cultura corporal não pode ainda vincular-se à perspectiva cartesiana-newtoniana: reducionista, fragmentária e simplificada da realidade. A Educação Física necessita intervir no processo educacional compreendendo seu objeto de atuação como fruto de uma sociedade complexa e diversa, com indivíduos com as mesmas características. Há que se considerar a multidimensionalidade humana: o ser humano é uma espécie animal portadora de história e interage com esta história reconstruindo-a a partir de novas práticas culturais. Portanto, entendemos que a educação, e em especial, a Educação Física deve possibilitar a produção e ampliação de saberes, num sentido de promover o desenvolvimento pleno e global dos indivíduos.

    Na formação acadêmica de uma forma geral temos um modelo de conhecimento em que as disciplinas são fragmentadas e não contextualizadas, e por isso quando nos tornamos profissionais temos dificuldade de “juntar as partes, o todo”. Para Paulo Freire (1990) a racionalidade está impregnada de afetividade, e observamos que a grande dificuldade dos profissionais de diversas áreas do conhecimento é conseguir caminhar com a emoção e a razão juntas, pois na maioria das vezes agimos com nossos alunos apenas com racionalidade.

    As áreas que envolvem os seres humanos (ciências da saúde e humanas) são as que mais refletem esse tipo de formação. Uma vez que, os novos profissionais têm dificuldades inúmeras especificamente em relacionar-se com outros seres humanos, o que dirá ter uma relação mais próxima, mais humana, mais fraterna. A sociedade do imediatismo reflete nas relações interpessoais. A sensibilidade, a emotividade, a subjetividade não são valores representativos quantitativamente, logo, não tem qualidade no viés da sociedade cientificada, racionalizada. Não podemos deixar de mencionar aqui, que antes da crise de formação profissional temos instalada uma crise de formação humana. Entender o homem como um indivíduo inteiro, global, histórico, social é um grande desafio para a Educação e conseqüentemente para os educadores.

    O conteúdo GG deve ser entendido e sistematizado na formação acadêmica dentro da articulação teoria e prática. Esta articulação ocorre na dimensão do ensino, da pesquisa e da extensão. O ensino entendido com fundamentos teóricos e metodológicos; a pesquisa enquanto produção do conhecimento e perspectiva de diálogo com a realidade e a extensão enquanto momento privilegiado de intervenção social. Ao buscarmos essa relação indissociável entendemos então que a formação deve ter uma relação íntima na construção do conhecimento e do feedback entre as partes envolvidas.

    Nesta perspectiva propõe-se uma prática de GG embasada na Teoria Crítica em que o ser humano seja visto e entendido como um ser total que pensa, que sente e que age. O objetivo é proporcionar aos alunos a experimentação e a compreensão do corpo bio-psico-sócio-cultural, cujo movimento é contextualizado e possui sentido/significado na construção das coreografias.

    O movimento corporal é tematizado e, desta forma, a expressão corporal passa a ser objeto de estudo, pesquisa e extensão.

    Como estudiosos/praticantes/amantes da GG podemos afirmar que por meio dela sentimos o corpo no meio em que vivemos, no mundo em que estamos inseridos. Pensando nisto, podemos contribuir para uma reflexão contínua sobre a importância da GG, que pode ser instrumento da prática profissional nas mais diversas esferas e, também, uma maneira de se movimentar com prazer e felicidade.

    Os princípios metodológicos que norteiam a formação acadêmica em EF bem como a articulação do conteúdo GG no contexto desta proposta é então de um professor que assuma seu papel como intelectual orgânico e transformador dos espaços de intervenção pedagógica, nos quais vivenciam ao longo de suas experiências acadêmicas.

Metodologia

    O trabalho pedagógico se estrutura da seguinte forma:

  1. Durante a semana de planejamento semestral o grupo de professores envolvidos com a atividade define o tema a partir do qual o Festival será estruturado, assim como as ações pedagógicas que serão desenvolvidas até o dia da realização do evento.

  2. Durante o semestre letivo ocorre, no interior das disciplinas, a abordagem do tema articulado aos conteúdos filosóficos, antropológicos, históricos, lúdicos, estéticos e ginásticos.

  3. No dia do Festival os grupos de alunos apresentam suas “produções corporais” para a comunidade acadêmica e público externo.

  4. A avaliação é processual, integrativa e somativa.

Considerações finais

    A Educação Física é a área do conhecimento que trata da cultura corporal de movimentos (COLETIVO DE AUTORES, 1992) e como tal deve-se compreender que o movimento não é apenas um deslocamento do corpo ou de suas partes. Para o entendimento amplo do movimento, é preciso conhecer o indivíduo do ponto vista biológico e também de suas relações sociais. Inúmeras vezes os indivíduos são compreendidos, erroneamente, como um ser desprovido de história e de cultura, ou seja, numa perspectiva ampla e integrada. Somente com essa visão pode-se perceber como ocorre a construção, por parte dos sujeitos, da sua visão de mundo e a forma de se colocar nele.

    Esta proposta é uma intervenção na lógica dos cursos de formação de professores de Educação Física que tradicionalmente baseiam-se no tecnicismo acadêmico, cujas características são uma visão de professor atleta, os quais concebem o corpo a partir de uma perspectiva biológico-funcional, tornando-os “aptos” a tratarem pedagogicamente o corpo dos seus alunos como uma máquina capaz de responder silenciosamente a estímulos externos.

    A perspectiva é constituir-se num espaço de vivência corporal, de cooperação e de superação dos próprios limites acadêmicos formativos, desvelando o corpo, o movimento e os determinantes e estruturantes que constituem a formação pessoal e profissional no processo de educação do corpo para a docência em Educação Física. É um processo de experimentação racional e lúdica do corpo, testando-o e deliciando-nos com seus sabores e texturas.

    Nas avaliações dos objetivos, realizados por professores e estudantes, têm sido colocado os seguintes avanços e limites: a) a seleção do tema deveria ser realizada com os estudantes, ampliando inclusive as possibilidades de discussão, experimentação e sistematização, porém, o tempo pedagógico organizado na lógica semestral coloca limites para tal ação; b) a abordagem teórico-prática de algumas disciplinas, como História da Educação Física e Recreação e Lazer, não têm conseguido qualificar as discussão dos alunos, demandando revisão e seleção dos conteúdos que vêm sendo tratados no sentido de garantir análise dialética da história das práticas corporais bem como dos tempos, espaços e equipamentos de lazer; c) necessidade de redirecionar o espaço usado para as apresentações, privilegiando diferenciar manifestações artísticas das manifestações esportivas; para tanto, o Festival deve ser realizado em outro espaço que não no Núcleo Esportivo da UNIVERSO; d) a realização do Festival em outro espaço implica também na necessidade de ampliar a participação do público externo como espectador ou apresentador; e) as atividades que culminam no Festival possibilitam aos alunos entram em conflito acerca de preconceitos de ordem moral, intelectual e social acerca do corpo, movimento e do fazer profissional da Educação Física. Tal conflito demanda superação individual e coletiva a partir de princípios como rigor científico, sensibilidade com o outro e o processo formativo, solidariedade e cooperação entre professores e alunos; f) a necessidade de registro histórico mais sistemático acerca do Festival de Dança e Ginástica da UNIVERSO, com a finalidade de constituir um acervo que seja elemento, inclusive para contribuir com a investigação histórica acerca da formação inicial em Educação Física em Goiás; g) a necessidade de pesquisa científica acerca do Festival; h) a necessidade de constituição de grupo de estudos e pesquisa acerca da Ginástica Geral como manifestação da cultural corporal.

Referências

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  • ____. Imagens da educação no corpo: estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. Campinas: Papirus, 1998.

  • ____. Corpo, conhecimento e educação: notas esparsas. In: SOARES, C. (Org.). Corpo e história. Campinas: Autores Associados, 2001. p.109-129.

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  • VENTURA, P.R.V. Educação e ensino para além do capital. Educativa, Goiânia, v. 12, n. 1 p. 125-136, jan./jun. 2009.

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