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Motivação das adolescentes na prática da Educação Física escolar

Motivación de las adolescentes para la práctica de la Educación Física escolar

 

*Graduada em Educacão Física pela

Faculdade Adventista de Hortolândia

**Doutora em Educacão Física pela Unicamp

Professora Titular na Faculdade Adventista de Hortolândia
***Bacharel e Licenciatura em Educação Física
pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-HT)

Juliana Almeida Rodrigues*

Helena Brandão Viana**
Carla Assis Lacorte***

hbviana2@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Este trabalho foi realizado com intuito de verificar os motivos do desinteresse das adolescentes pela Educação Física Escolar, mostrando, através de uma revisão de literatura, baseada em livros, dissertações, revistas, que abordam esse tema as definições e conceitos de motivação. A motivação se divide em duas categorias psicológicas que são chamadas de Motivação Intrínseca – quando o indivíduo é motivado por estímulos que favoreçam a pessoa no sentido de bem estar físico, mental, social, entre outros; e Motivação Extrínseca – quando o individuo é motivado por estímulos externos como prêmios, posição social, notas, entre outros. O estudo mostra o comportamento do professor em relação à Educação Física Escolar, e apresenta propostas para que os professores possam proporcionar um aprendizado eficaz, respeitando a individualidade de cada um, conhecendo seu aluno, elaborando um conteúdo que possa ser prazeroso e motivante, fazendo com que o aluno fique intrinsecamente motivado, tendo vontade de realizá-lo novamente. Para verificar o nível de motivação das alunas, foi realizada uma pesquisa com 50 alunas em duas escolas, Escola Estadual Manoel Inácio – escola publica e Instituto Adventista São Paulo – escola particular, em turmas de 9º ano do Ensino Fundamenta II ao 2º ano do Ensino Médio. Obtivemos resultados significativos que mostram que o professor, como principal motivador, deve estar cônscio do seu papel e procurar meios de promover um ensino de qualidade. Concluímos que as alunas pesquisadas, em sua maioria, estão extrinsecamente motivadas, tendo visto que elas realizam as atividades esperando algum tipo de recompensa externa.

          Unitermos: Educação Física escolar. Adolescência. Motivação.

 

 
http://www.efdeportes.com/ EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 149, Octubre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Motivação: conceitos e definições

    O fator motivação é o que pode determinar o êxito ou o fracasso na atividade realizada, portanto o que seria motivação?

    A partir do início do século XX, os pesquisadores procuraram elaborar uma teoria da motivação, cada qual dando enfoque, em seus estudos, aspectos que tivessem relevância para o tema abordado. Várias teorias foram estabelecidas, sendo, muitas vezes, complementares uma a outra (KOBAL, 1996, p. 16).

    “O termo motivação é derivado do verbo em latim "movere", no qual é apresentado na literatura com diversas definições e, relacionadas ao fato da motivação levar uma pessoa a fazer algo, mantendo-a na ação e ajudando-a a completar tarefas” (PINTRICH e SCHUNK, 2002, apud ARAUJO et al., 2008).

    Conforme Murray (1978, p. 11, apud PEREIRA, 2006, p.46):

    [...] filósofos e teólogos, ao longo dos séculos se preocuparam em debater a natureza do homem e a partir desses questionamentos apareceram perguntas e respostas a respeito da motivação e conseqüentemente do comportamento do ser humano.

    Segundo os autores Gouveia (2007, apud ARAÚJO et al., 2008) e Rodrigues (1991, apud MARZINEK, 2004, p.18), um dos principais fatores que interferem no comportamento de uma pessoa é a motivação, que tem grande influência em todos os tipos de comportamentos, permitindo um maior envolvimento ou uma simples participação em atividades que tem relação com a aprendizagem, o desempenho, a atenção.

    Segundo Bergamini (1993, p. 41, 42):

    Uma pessoa possui um estado de carência que necessita suprir e assim o fará através do fator de satisfação. Quando se dá o encontro da necessidade com seu correspondente de satisfação ocorre então o ato motivacional.

    Bergamini diz que a motivação é um impulso que vem de dentro de cada pessoa e que “[...] As pessoas consagram mais tempo às atividades para as quais estão motivadas [...]” (BERGAMINI, 1993, p. 38)

    Outros autores, como Tapia (2001, apud PEREIRA, 2006, p.47) e Rappaport (2001, apud PEREIRA, 2006, p.47), acrescentam que a motivação inclui, também, um desejo consciente de obter algo, de se alcançar um objetivo ou uma recompensa. Para eles, um motivo divide-se em dois importantes componentes: o impulso e o alcance de um objetivo ou recompensa. O impulso refere-se ao processo interno que leva uma pessoa à ação. Pode ser influenciado pelo ambiente externo (pela temperatura, por exemplo), mas o impulso, propriamente dito, é interno. Um objetivo termina ao se atingir o mesmo, ou quando se obtém uma recompensa.

    O grau de intensidade da motivação se processa da seguinte forma: Se o objetivo é importante e o impulso é forte, isto é intensa motivação, se o objetivo tem média importância, impulsos médios, tem-se motivação normal, se o objetivo tem importância irrelevante e impulsos fracos, eles podem não ser suficientes para por a pessoa em ação, tem-se uma motivação fraca (KINPARA, 2000, p. 15 -16).

    Hersey e Blanchard (1986 apud KINPARA, 2000, p. 13) dizem que a motivação das pessoas é dependente da intensidade dos motivos psicológicos, de desejos, instintos, impulsos, necessidades, de vontades e intenções do indivíduo que dirigem para objetivos conscientes ou inconscientes.

    Kinpara, (2000, p. 34) ainda referindo-se ao motivo afirma que:

    Um motivo é concebido como uma característica relativamente resistente na personalidade que determina a capacidade de gostar de certos incentivos, e desse modo os objetivos atuam no ambiente como reforçadores, além do que, se o motivo em direção ao sucesso, denominado motivo de realização, for maior que o motivo de fuga ao fracasso, as pessoas procurarão realizar tarefas relacionadas com realização.

    Abaixo, apresentamos um resumo dos conceitos de vários autores sobre motivação.

Quadro 1. Definições de diversos autores sobre motivação

Autores

Definições

Freud (1948)

São seis os princípios básicos da motivação: todo comportamento é motivado; a motivação persiste ao longo da vida; os motivos verdadeiramente atuantes são inconscientes; a motivação se expressa através de tensão; existem dois motivos que prevalecem em face de sua possibilidade de repressão (o sexo e a agressão) e os motivos têm natureza biológica e inata.

Atkinson (1958)

Motivação é a ativação de uma tendência que vai atuar para produzir um ou mais efeitos. É o eu quero.

Murphy (1961)

Motivação é o nome geral que se dá aos atos de um organismo que estão, em parte, determinados por sua própria natureza ou por sua estrutura interna.

Maier (1961)

Motivação é o processo que determina a expressão da conduta e influi em sua futura expressão por meio de conseqüências que a própria conduta ocasiona.

McClelland (1971)

Motivo ou motivação refere-se a um estado interno que resulta de uma necessidade e que ativa ou desperta comportamento da necessidade ativante.

Lopes (1980)

Motivação é um estado interno que dá energia, torna ativo ou move o organismo, dirigindo ou canalizando o comportamento em direção a objetivos.

Nuttin (1981)

Motivação é o processo pelo qual as necessidades se transformam em fins, planos e projetos de ação.

Merchantes (1984)

Motivação é um conjunto de fatores dinâmicos que determinam a conduta de um indivíduo.

Murray, E.J. (1986)

Motivação é um fator interno que dá início, dirige e integra o comportamento de uma pessoa. Não é diretamente observado, mas inferido do seu comportamento ou parte-se do princípio de que existe a fim de se explicar o seu comportamento.

Campos (1989)

Motivação é um processo interior, no indivíduo, que deflagra, mantém e dirige o comportamento. Ela é um estado fisiopsicológico, interior ao indivíduo, um estado de tensão energética, resultante da atuação de fortes motivos que o impelem a agir, com certo grau de intensidade e empenho.

Fonte: Adaptada a partir de Kinpara (2000, p.20, 21)

    Maslow (s/d apud KINPARA, 2000, p.38):

    […] Todo comportamento é motivado, tendo as pessoas razões para agir de maneira pelas quais o fazem, ou para se comportarem deste ou daquele modo, ou seja, todo comportamento humano visa alcançar certos objetivos ou propostos. Assim sendo, o comportamento das pessoas gira em torno da busca de satisfazer necessidades [...]

    “Ser motivado é ser movido para a ação específica, é ter iniciativa, uma pessoa que não sente nenhuma inspiração para agir é caracterizada como alguém desmotivado.” (NEVES, s/d apud PEREIRA, 2007). Para Winterstein (2002, p.78 apud PEREIRA, 2006, p.49) “é a motivação que orienta as pessoas a realizarem suas aspirações, a persistirem quando erram e sentir orgulho ao atingir suas metas”. Ele ainda acrescenta que os indivíduos assumem também responsabilidades pessoais pelos seus atos, assumem riscos moderadamente e se propõem a agir com criatividade e inovação. Ao contrário, indivíduos que possuem baixa motivação para a realização escolhem tarefas muito difíceis de serem executadas, apresentam grande nível de ansiedade para realizá-las, principalmente ao serem avaliados.

    Murray (1978, apud MARZINEK, 2004, p. 18) adverte, porém, que:

    Apesar de não existir concordância a respeito de um conceito único de motivação, há um acordo geral de que um motivo é um fator interno que dá início, dirige e integra o comportamento de uma pessoa. Não é diretamente observado, mas inferido do seu comportamento ou, simplesmente, parte-se do princípio de que existe a fim de explicar-se o seu comportamento.

    Marzinek (2004, p. 18) cita Maggil (1984), que diz que a motivação tem relação com a palavra motivo que está ligada ao impulso, a força interior, as vontades. O autor ainda acrescenta dizendo que ao discutir motivação deve se levar em conta os motivos que o influenciaram a um determinado comportamento, sendo assim, todo comportamento é motivado e impulsionado por motivos.

    A motivação não é algo que possa ser diretamente observada, então, estudamos a sua existência pelo comportamento do individuo. Um comportamento motivado caracteriza-se pela vontade, pela energia transmitida por estar dirigido para uma meta ou objetivo a ser alcançado. Uma pessoa é motivada por milhares de fatores externos e internos. O motivo pelo qual a pessoa é motivada é um constructo – não é observável – ele é criado pela pessoa para explicar a razão ou a necessidade que ela tem de fazer algo, de agir de uma determinada maneira (LIMA, 2000, apud GENARI, 2006, p. 5)

    Para Kobal (1996, p. 15) além de fatores como a energia e forças, outros fatores também alteram o comportamento humano. Os conceitos de motivação geralmente enfatizam um ou a combinação desses três tipos de variáveis:

  • Determinantes ambientais;

  • Forças internas (necessidade, desejos, impulso, instinto, vontade, propósito, etc.)

  • Incentivo, alvo ou objeto que atrai ou repele o organismo. (WITTER, 1984, p. 38, apud KOBAL, 1996, p. 15)

    Mesmo com tantas definições sobre a motivação, deve ficar claro que a motivação é um fator interno de cada pessoa, ela é estimulada individualmente.

    É importante dar enfoque a individualidade da motivação, uma pessoa é individualizada da outra, através de sua história particular de vida, pessoas não tem histórias de vida iguais. Estilo de comportamento motivacional pode ser um fator indicativo das marcas individuais quando se comporta ao buscar seus próprios fatores de satisfação motivacional (BERGAMINI, 1993, p. 48, 49).

    “O grande papel do estudo da motivação deriva da necessidade de explicar e analisar os motivos que conduzem determinadas ações, por que variam e por que se perpetuam ou não” (BRITO, 1994 apud MARZINEK, 2004, p.20).

    Horn (1992 apud MARZINEK, 2004, p.20) considera que “os motivos não são imutáveis, podendo alterar-se com o tempo, com novas experiências vividas, com determinados acontecimentos, com o contexto sociocultural e outros fatores diversos”.

    Essas mudanças podem ocorrer na escola, se uma atividade proposta tem aceitação do grupo e está sendo interessante, faz-se necessário continuar com a atividade para que não se perca a motivação dos alunos respeitando a idade de cada um e estimulando o desenvolvimento de cada fase.

    A motivação se divide em duas categorias psicológicas que são chamadas de Motivação Intrínseca – quando o indivíduo é motivado por estímulos que favoreçam a pessoa no sentido de bem estar físico, mental, social, entre outros; e Motivação Extrínseca – quando o individuo é motivado por estímulos externos como prêmios, posição social, notas, entre outros.

Motivação na Educação Física escolar

    A atividade física em relação aos princípios de vida saudável é um tema que vem sendo discutidos por grandes estudiosos e pesquisadores. Souza e Duarte (2005, s/p) dizem que um estilo de vida saudável, incluindo a prática regular de atividades física, é um fator de grande importância, tanto na prevenção, quanto no controle de certas doenças como as cardiovasculares, a obesidade e a dislipidemia e ainda reduz a morbidade e mortalidade por muitas outras.

    A ênfase que se da à saúde relacionada à melhoria do humor pode ocasionar maior motivação para os adolescentes que realizam as aulas de Educação Física, sendo assim, é preciso que as escolas se organizem e escolham atividades adequadas, respeitando a faixa etária de cada aluno, para que estas não sejam prejudiciais ao estilo de vida do adolescente (MARZINEK, 2004, p.45).

    Mesmo sabendo disso, a prática de atividade física vem sendo reduzida por diversos fatores com grande influência e em vários locais como no trabalho, na escola, e tem levado cada vez mais pessoas ao sedentarismo.

    Segundo Souza e Duarte (2005, s/p):

    Os números relativos ao sedentarismo, obtidos em um levantamento nacional nos EUA, nos anos de 1997 e 1998, mostraram que aproximadamente quatro em cada dez dos adultos norte-americanos (38,3%) não participavam de qualquer atividade física no lazer. Esses dados colocam hoje a inatividade física como um dos mais importantes problemas de saúde pública do país.

    No Brasil, estudos de menores proporções estão indicando valores de 60% a 67% de comportamento sedentário em regiões e populações específicas do Nordeste, Sul e Sudeste. Em estudo envolvendo adolescentes da região Sudeste do Brasil, os pesquisadores Silva e Malina, encontraram resultados mais desanimadores, 94% das moças e aproximadamente 85% dos rapazes, segundo os critérios do estudo, foram classificados como sedentários. (SOUZA e DUARTE, 2005).

    O período da adolescência vem sendo discutido por muitos autores, sendo taxada com um período difícil no desenvolvimento humano. Alguns dão ênfase às modificações internas do corpo do indivíduo, enquanto outros dão enfoque maior aos elementos sociais. (MARZINEK, 2004, p.41).

    “[...] esta fase - a adolescência - relacionada é extremamente importante na formação da personalidade do aluno, através da definição de valores” (ALMEIDA e CAUDURO, 2007).

    Esta é uma das razões pela qual investigamos a causa desse desinteresse pela prática da Educação Física escolar.

    O grupo de colegas e amigos exerce grande influência sobre as atitudes do aluno, levando-o à manifestação de comportamentos extrovertidos, introvertidos, comportamentos de liderança entre outros. As aulas de Educação Física podem colaborar para uma socialização mais adequada através de conteúdos e estratégias especificas (KOBAL, 1996, p. 38).

    Rangel-Betti (1995, apud MARTINELLI et al., 2006,s/p), confirmam que “a desmotivação por parte das alunas se dá por meio do relacionamento delas com os demais alunos do grupo e desinteresse pelo conteúdo e abordagem adotados pelos professores para desenvolvimento das aulas.”

    Salles (1998, apud MARTINELLI et al., 2006) ressalta as afirmações de Rangel-Betti (1995, apud MARTINELLI et al., 2006) ao afirmar que o relacionamento mantido entre os alunos e seus colegas de turma é de extrema importância nessa fase da vida, pois segundo pesquisas realizadas, a preferência das alunas se resume em estar com os amigos. Isso pode se observar nas aulas de Educação Física, pois quando os alunos separam os grupos para a realização das atividades, nota-se que seu grupo de amigos se mantém no mesmo grupo. Essa relação das alunas com os colegas de classe apresenta certa influência na prática das aulas porque a presença dos amigos transmite segurança às alunas, incentivando a participação nas aulas.

    Citando outro fator que pode desmotivar os alunos, Schwartz (1998 apud MARZINEK, 2004, p. 32) relata que:

    [...] em relação à disposição para, um fator de possível relevância talvez tenha sido a presença de platéia, ou de pessoas assistindo o que parece ser um elemento inibidor da motivação para alguns, no caso das atividades expressivas [...]

    Sendo assim, a timidez surge como uma ameaça, desmotivando os alunos. Estes não conseguem ter uma comunicação com seu “EU”. Isso pode gerar frustração e angústia. (BRITO, 1986 apud MARZINEK , 2004, p. 32)

    Em um estudo feito com alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e 1ª série do ensino médio, foi relatado que a presença dos colegas é um fator decisivo. Por outro lado, há interferência dos mesmos, pois não possuem uma participação cooperativa nas aulas, ou seja, fazem brincadeiras fora de hora, os que têm mais habilidade zombam dos que sabem menos, há desentendimentos entre os alunos, e mesmo outros alunos que ficam apenas assistindo às aulas, contribuem para que alguns deixem de gostar e até mesmo de participar das aulas de Educação Física (BETTI, 1992 apud MARZINEK e NETO, 2007)

    Martinelli et al., (2006) salienta que :

    Outro fator influente é o conteúdo abordado nas aulas, pois o fato da Educação Física ser na maioria das vezes esportivizada (que utiliza como conteúdo somente o esporte) faz com que as alunas que não gostam de modalidades esportivas se sintam desmotivadas a participar. Da mesma forma, quando se oferecem modalidades distintas para os grupos, como, por exemplo, aulas de vôlei para as meninas e basquete para os meninos. Dessa maneira, os alunos se sentem saturados e insatisfeitos sem a possibilidade de diversificar e experimentar outras vivências motoras.

    Observando os alunos, no âmbito escolar foram constatadas que os mesmos não se sentiam motivados a participarem das aulas, onde defendia que as aulas sempre seguiam a mesma prática, o mesmo tema em todas as aulas, ou seja, a de sempre, provocando assim o desinteresse e falta de vontade em participar das aulas (GONÇALVES, 2007).

    Marzinek (2004, p. 77) complementa dizendo que os conteúdos da educação física são sempre os mesmos nos diferentes níveis de ensino, referindo-se aos desportos coletivos como o voleibol, futebol, handebol. Essa mesmice de conteúdos acaba desmotivando alguns alunos. Sendo assim, deve-se variar os conteúdos, passar para os alunos o objetivo de cada aula.

    Os alunos preferem aprender os fundamentos das modalidades esportivas antes de aplicá-los em situações reais de jogo, do que simplesmente “pegar” a bola e jogar, sendo assim, eles tem a possibilidade de aprender e/ou aperfeiçoar movimentos novos para depois combiná-los e aplicá-los em situação real de jogo (RANGEL-BETTI, 2005, apud MARTINELLI et al., 2006).

    O professor que mantém uma relação de autoridade e de formalidade com os alunos é um fator que os desmotiva. Esse professor explica as aulas como sinônimas de cumprimento mecânico e rigoroso. É necessário que o educador veja os alunos como seres que não somente se movem, mas que seus movimentos ultrapassem os limites de atividades mecânicas e repetitivas. O aluno não deve ser preso somente a uma técnica; ele é um ser que sente (MELO, 1997, p. 29).

    Geralmente os professores não aceitam sugestões, interação e comunicabilidade entre os alunos. Isso os desmotiva. Para motivá-los, é necessário que o professor seja aberto a críticas e sugestões; também deve variar a maneira de dar aula e a dificuldade dos exercícios de acordo com a capacidade dos alunos, pois atividades rotineiras podem desmotivá-los (VIEIRA, 1991, p. 36,37).

    Simono (2005, p. 42) confirma essa relação do aluno com o professor em sua pesquisa através dos depoimentos de algumas crianças que apontam que elas gostam do professor quando “[...] este as deixa opinar e permite a seleção de qual atividade fazer bem como o professor que permite uma aproximação podendo comparar a um amigo [...]”. Sendo assim, um professor que se dirige aos alunos de maneira informal, permitindo aos alunos uma aproximação, pode ser um fator que os motiva.

    Segundo o Coletivo de Autores (1992 apud GONÇALVES, 2007, s/p) “um dos motivos para não estar ocorrendo o desencadeamento de mudanças, pode ser o fato de os próprios educadores se oporem as novas dinâmicas, parecendo que a forma tradicional é ainda o jeito de ensinar.”

    Almeida e Cauduro (2007) em sua pesquisa salientam:

    Um fator que também desmotiva alguns alunos são as aulas voltadas às práticas esportivas, nas quais o esporte é algo muito competitivo e quase não há cooperação; o aluno mais forte quer tirar proveito do mais fraco. (MOREIRA, 1995 apud MELO, 1997, p. 30). Assim, os alunos se sentem desmotivados a fazerem as aulas, pois não querem ser menosprezados.

A pesquisa

    No primeiro momento desse trabalho, procuramos trazer argumentações teóricas através de autores que discutem sobre esse tema, buscamos também, complementar com estudos feitos relacionados com o mesmo.

    Logo após, foi realizada a pesquisa de campo, incluindo entrevistas com alunos e professores, com a finalidade de chegarmos aos objetivos propostos por este trabalho. Além da revisão de literatura sobre a motivação e sobre a motivação na educação física escolar, este trabalho tem pesquisa de campo com características qualitativas que segundo Richardson (1989, p. 38 apud KOBAL, 1996, p.113) existem situações que é necessário “entender a natureza de um fenômeno social”. Kobal (1996, p. 115) diz ainda que a pesquisa qualitativa busca uma compreensão particular do que se estuda, sem se importar com leis ou princípios, focalizando assim a individualidade. A seguir explicaremos todos os caminhos percorridos para realização do trabalho.

Objetivos

  • Identificar as causas do desinteresse das adolescentes pela prática da Educação Física Escolar.

  • Analisar a ação do professor diante desse desinteresse.

  • Apresentar meios de motivar as alunas, na prática da Educação Física Escolar.

Delimitação do estudo

    Participaram desse estudo, alunas de 9º ano do Ensino Fundamental ao 2º ano do Ensino Médio, de duas escolas, sendo uma pública, Escola Estadual Manoel Inácio e uma particular, Instituto Adventista São Paulo – IASP.

    Ao relembrarmos as dificuldades que os professores têm com relação a falta de motivação das alunas ao praticarem a educação física escolar, e a vontade de saber as respostas de tantas perguntas despertou nosso interesse pelo projeto.

    O resultado dessa pesquisa é referente somente ao grupo estudado e acreditamos que, populações com características similares obtenham o mesmo resultado.

A amostra

    A amostra foi composta por 50 alunas de 9º ano do Ensino Fundamental ao 2º ano do Ensino Médio de duas escolas, sendo uma pública, Escola Estadual Manoel Inácio e uma particular, Instituto Adventista São Paulo – IASP.

    Os fatores que levaram a escolha dessas escolas foram, a proximidade geográfica, bem como o interesse dos diretores e coordenadores referente à pesquisa, e também nosso interesse em pesquisar uma escola publica e a outra particular.

    O critério de seleção dessas alunas foi à série em que elas estavam cursando. Dessas 50 alunas, apenas 11 são alunas da escola pública, onde enfrentamos dificuldades em fazer a pesquisa, visto que as alunas não compareciam as aulas, o que acabava desmotivando também o professor.

Procedimentos

    A pesquisa foi realizada nas aulas de educação física que são realizadas em 2 aulas, uma vez por semana, em locais e horário a ela destinados. Os questionários foram entregues pelos próprios pesquisadores sendo recolhidos após o seu preenchimento.

Instrumentos

    O instrumento da coleta de dados foi elaborado por Deci e Ryan – a escala Continuum de Autodeterminação já validada no Brasil e utilizada em outros trabalhos nessa área como: Continuum de Auto-Determinação: validade para a sua aplicação no contexto desportivo - Helder Miguel Fernandes e José Vasconcelos-Raposo (2005).

    Essa escala contém perguntas simples e diretas referentes à motivação na realização das aulas de educação física.

    O questionário contém 20 questões divididas em 5 grupos com 4 questões cada (anexo 1). O método de resposta foi o mesmo utilizado por Kobal (1996), o método de Likert, com algumas modificações que são as seguintes categorias e respectivas identificações:

  1. Discorda plenamente

  2. Discorda Bastante

  3. Discorda no geral

  4. Nem discorda e nem concorda

  5. Concorda no geral

  6. Concorda bastante

  7. Concorda plenamente

    Sendo assim, cada aluna deveria assinalar o número correspondente com sua resposta em cada alternativa.

Resultados

    Para a caracterização da amostra, foi feita análise estatística descritiva, usando o software SSP 10.0 calculando as freqüências das respostas das aulas pesquisadas.

    Em relação aos itens que compõe o primeiro grupo de questões observamos que na primeira questão, “eu realizo a aula de educação física porque é divertida”, somente 16% do total de alunas pesquisadas acha divertida.

Tabela 1. Análise da questão 1

 

Freqüência

Percentual

Percentual Válido

Percentual Acumulado

1,00

5

10,0

10,0

10,0

2,00

3

6,0

6,0

16,0

3,00

3

6,0

6,0

22,0

4,00

15

30,0

30,0

52,0

5,00

10

20,0

20,0

72,0

6,00

6

12,0

12,0

84,0

7,00

8

16,0

16,0

100,0

Total

50

100,0

100,0

 

    Na questão 4, “eu realizo as aulas de educação física devido ao prazer que sinto quando aprendo novas habilidades” onde diz respeito sobre motivação intrínseca, 26% das alunas responderam que discordam plenamente. A maioria dessas alunas apresentaram um desinteresse em aprender novas habilidades.

Tabela 2. Análise da questão 4

  

Freqüência

Percentual

Percentual Válido

Percentual Acumulado

1,00

13

26,0

26,0

26,0

2,00

5

10,0

10,0

36,0

3,00

7

14,0

14,0

50,0

4,00

12

24,0

24,0

74,0

5,00

5

10,0

10,0

84,0

6,00

4

8,0

8,0

92,0

7,00

4

8,0

8,0

100,0

Total

50

100,0

100,0

 

    A questão 6 aborda a importância de realizar as atividades de educação física corretamente , e 26% das alunas pesquisadas, concordam plenamente com isso o que pode ser constatado no quadro abaixo.

Tabela 3. Análise da questão 6

 

Freqüência

Percentual

Percentual Válido

Percentual Acumulado

1,00

6

12,0

12,0

12,0

2,00

3

6,0

6,0

18,0

4,00

8

16,0

16,0

34,0

5,00

9

18,0

18,0

52,0

6,00

11

22,0

22,0

74,0

7,00

13

26,0

26,0

100,0

Total

50

100,0

100,0

    Analisando as questões de motivação extrínseca tivemos os seguintes resultados. Com relação à questão 11, “eu realizo as aulas de educação física porque quero que os outros alunos pensem que sou competente em todas as atividades”, percebemos que 56% das alunas discordam plenamente, isso significa que elas estão intrinsecamente motivadas nesse aspecto.

Tabela 4. Análise da questão 11

 

Freqüência

Percentual

Percentual Válido

Percentual Acumulado

1,00

28

56,0

56,0

56,0

2,00

1

2,0

2,0

58,0

3,00

3

6,0

6,0

64,0

4,00

6

12,0

12,0

76,0

5,00

2

4,0

4,0

80,0

6,00

3

6,0

6,0

86,0

7,00

7

14,0

14,0

100,0

Total

50

100,0

100,0

 

    A questão 14 fala sobre a necessidade de se realizar as aulas de educação física e 30% das pesquisadas concordam plenamente que é necessário.

Tabela 5. Análise da questão 14

 

Freqüência

Percentual

Percentual Válido

Percentual Acumulado

1,00

4

8,0

8,0

8,0

2,00

2

4,0

4,0

12,0

3,00

7

14,0

14,0

26,0

4,00

10

20,0

20,0

46,0

5,00

5

10,0

10,0

56,0

6,00

7

14,0

14,0

70,0

7,00

15

30,0

30,0

100,0

Total

50

100,0

100,0

 

    Em relação à obrigatoriedade das aulas, a questão 16 diz “eu realizo as aulas de educação física porque é obrigatório” e 36% das alunas pesquisadas só realizam porque são obrigadas é o que nos mostra o quadro abaixo.

Tabela 6. Análise da questão 16

 

Freqüência

Percentual

Percentual Válido

Percentual Acumulado

1,00

11

22,0

22,0

22,0

2,00

3

6,0

6,0

28,0

3,00

3

6,0

6,0

34,0

4,00

6

12,0

12,0

46,0

5,00

6

12,0

12,0

58,0

6,00

3

6,0

6,0

64,0

7,00

18

36,0

36,0

100,0

Total

50

100,0

100,0

 

Discussão

    Na primeira questão (tabela 1), percebemos o primeiro problema. Somente 16% das alunas de 9º ano do Ensino Fundamental II ao 2º ano do Ensino Médio que participaram da pesquisa, acham divertida e interessante as aulas de educação física, a maioria é indiferente ou não acham divertida, o que significa que essas aulas podem não ser prazerosas ou interessantes para elas. Nessa questão entra a parte em que o professor deve saber como tornar a aula divertida com conteúdos que chamem a atenção e que façam com que o aluno tome gosto e queira repetir a atividade.

    Na questão 4 (tabela 2) a maioria das alunas não sentem prazem em aprender novas habilidades, o que pode gerar um grande problema para o professor, já que ele tem o dever de ensinar essas habilidades. O professor nesse caso deve ensinar aos alunos de uma forma que desperte o interesse dos alunos em conhecer novas habilidades, um exemplo é ter aulas com uma dimensão mais lúdica e criativa.

    Em uma entrevista realizada com um professor, ele complementa esse ponto onde diz que tem muita dificuldade de dar aula para os alunos que são desinteressados. Relatou que os alunos quase nunca vão às aulas, sempre faltam, não dão valor à matéria de Educação Física. Disse ainda que uma garota, uma vez, falou que não iria mais às aulas de educação física e que poderia reprová-la por falta, ela não se importava. O professor citou que se sentia desmotivado, pois quando seus alunos vão a aula, ficam sentados ouvindo música, conversando, não querem fazer aula, os meninos pedem para jogar futebol e quando não é esse o conteúdo a ser passado, eles simplesmente se recusam a realizar a aula. Disse que a única maneira de avaliar seus alunos é dando trabalhos escritos para eles fazerem e que é complicado reprovar seus alunos por notas e tenta usar o critério de presença nas aulas, o que também complica, devido a grande ausência de alunos em suas aulas.

    Ao analisarmos a questão 6 (tabela 3), podemos observar que as alunas acham importante a realização das atividades de educação física de forma correta. Isso seria considerada motivação intrínseca, onde as alunas fazem as atividades porque acham importantes e não por recompensas externas.

    Na questão 11 relacionada à motivação extrínseca (tabela 4), “eu realizo as aulas de educação física porque quero que os outros alunos pensem que sou competente em todas as atividades” observamos que 56% das pesquisadas discordam plenamente. Isso significa que essa motivação externa não é o que motiva as alunas a praticarem as aulas de educação física, visto que, nas aulas de educação física tem grande significado, sendo que uns podem se sair melhor do que outros nas modalidades.

    Ao entrevistarmos uma aluna, percebemos que ela está extrinsecamente motivada, ela disse que participa das aulas de educação física, pois ela não quer ficar gorda e não quer que seus amigos zombem dela. Apesar de ela pensar em saúde, quando ela citou “não quero que meus amigos zombem de mim” , ela passa a transparecer a motivação extrínseca.

    Das 50 alunas pesquisadas, 30% delas responderam que concordam plenamente que é necessário realizar as aulas de educação física (tabela 5). Nessa questão observamos que para essas alunas, participar das aulas de educação física é de alguma forma, benéfico e esses dados mostram que, nesse aspecto, as alunas estão intrinsecamente motivadas, visto que 30% responderam > que 4.

    Nessa perspectiva, Carreiro da Costa (1998, p.65 apud MARZINEK, 2004, p.72) enfatiza que:

    as motivações intrínsecas são mais duradouras e persistentes, pois estão relacionadas com a própria prática e com os sentimentos que ela provoca nos indivíduos, sendo motivos internos o prazer, a alegria da realização e a satisfação da aprendizagem, que auxiliam no desenvolvimento de outros tipos de necessidades, tais como a competência e a autonomia humana.

    Outro ponto destacado por uma aluna era de que ela não gostava de gostava de fazer aula de educação física, pois suava, e como educação física não era sua última aula, não podia tomar banho após a aula, isso a incomodava tanto que acabava a desmotivando. Nesse caso, cabe ao professor, juntamente com a coordenação e direção da escola, procurar um meio viável de reaver esse fato, contudo, o professor deve motivá-las a prática das atividades, mesmo se esse fato continuar ocorrendo.

    Na questão 16 (tabela 6) é abordado o tema obrigatoriedade. 36% das 50 alunas entrevistadas dizem que só participam das aulas de educação física porque são obrigadas. Em um dos depoimentos de alunas, uma delas diz que só faz a aula porque se não fizer a professora dá negativo, e para não ficar com negativo ela resolve fazer mesmo sem interesse.

    Observamos que, principalmente nos métodos de avaliação e presença nas aulas de educação física, as alunas pesquisadas estão extrinsecamente motivadas, fazem as atividades e comparecem as aulas por obrigação e não pelo prazer de desenvolver aquela atividade.

    Sendo assim, observamos que a maioria das alunas pesquisadas, estão extrinsecamente motivadas, mesmo que uma boa parte dessas alunas façam as atividades por prazer.

    Os conteúdos, como citado anteriormente, é um dos principais fatores que podem motivar ou desmotivar os alunos. Conteúdos repetitivos, cansativos, sem criatividade ou até mesmo aqueles que excluem alunos por não saber executar a atividade ou que os leve a passar por situações desconfortantes, acabam gerando um bloqueio que leva a falta de motivação nas aulas.

    Muitos autores fazem menção sobre conteúdos propícios para as atividades nas aulas de educação física dando sugestões para esse problema e valorizando a diversificação na estrutura da aula como Fernandes (2001 apud MARZINEK, 2004, p. 49) que diz:

    [...] As apresentações de coreografias e a criação de novos jogos e esportes também tem trazido muita motivação aos alunos, pois, além de exigirem criatividade, também requerem uma reflexão sobre nossos conteúdos [...]

    Portanto, o professor deve intervir de forma criativa, que possa chamar a atenção das alunas para a prática da educação física, tornando cada aula prazerosa, motivando as alunas intrínsecamente.

Conclusão

    A intenção desse estudo foi o de mostrar o nível de motivação das alunas de 9º ano do Ensino Fundamental II ao 2º ano do Ensino Médio com relação às aulas de Educação Física Escolar.

    Concluímos então que essas alunas são bastante motivadas intrinsecamente, o que é um dado bem relevante, mas ao analisarmos todas as estatísticas, observamos que existem muitos pontos em que se deve trabalhar melhor com elas, tendo como exemplo a questão 1 (tabela 1), onde a maioria das alunas são indiferentes ou não acham divertidas as aulas de educação física.

    A motivação extrínseca volta a aparecer com grande força na questão 4 (tabela 2), onde a maioria das alunas dizem que não sentem prazer em aprender novas habilidades, o que torna difícil o trabalho do professor.

    Ao apresentarmos, em nosso trabalho, propostas para solucionar ou amenizar esse problema, buscamos auxiliar de alguma forma os professores que tem vivenciado essa situação.

    É muito importante salientar que na revisão de literatura desse trabalho, é enfatizada a relevância da motivação intrínseca como sendo a melhor indicada, visto que ela proporciona o prazer de realizar a atividade, pelo simples fato de estar interessado e motivado em realizar a atividade, o que melhora a autonomia, a autoconfiança e o desafia a buscar solucionar novos desafios sem interesse em recompensas externas.

    Às vezes faz-se necessário utilizar de medidas que se caracterizam como motivação extrínseca, mas o professor deve ser cauteloso em utilizar esses métodos, para que não exclua nenhum aluno e não exalte outro.

    A Educação Física, tem o papel, não de somente ensinar a jogar, mas deve mostrar que existem muito mais meios de usar o corpo, e seus movimentos, ela deve ensinar valores, proporcionar saúde e prazer a quem pratica. A Educação Física deve sociabilizar e trazer a união, mesmo que a Educação Física Escolar apresente a exclusão de alunos muitas vezes por não saberem realizar aquela determinada atividade. Cabe ao professor, intervir nesse aspecto, conhecendo seu aluno e respeitando a individualidade de cada um, deve trabalhar como o principal agente motivador, promovendo um clima agradável e prazeroso em suas aulas, favorecendo-se de um aprendizado eficaz.

    Através da revisão literária, do questionário e dos resultados obtidos, este estudo possibilitou saber o que as alunas pensam sobre a Educação Física, contribuindo para que os profissionais da área saibam como lidar com essa situação. Além de mostrar meios para a melhoria em suas aulas.

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