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Percepção de qualidade de vida por idosos praticantes e não 

praticantes de exercícios resistidos: análise do Projeto Vida Corrida

Percepción de la calidad de vida por personas mayores practicantes o no de ejercicios de resistencia: análisis del Proyecto Vida Corrida

 

*Licenciado em Educação Física

pelo Centro Universitário Augusto Motta

**Doutor em Educação Física

Professor da Universidade Salgado de Oliveira

e do Centro Universitário Augusto Motta

Daniel Frederico de Jesus*

dfred25@hotmail.com

Carlos Alberto Figueiredo da Silva**

ca.figueiredo@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar a percepção de qualidade de vida de idosos praticantes de exercícios resistidos no Projeto Vida Corrida da UNISUAM, no Município do Rio de Janeiro, e de idosos não praticantes de atividade física. Foram estudados 30 indivíduos do sexo masculino, 15 idosos fisicamente ativos, com idades entre 60 e 76 anos (66,8 ± 4,75 anos), e 15 idosos não participantes de um programa de atividade física, com idades entre 60 e 80 anos (67,26 ± 6,68 anos). O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi o questionário SF-36. Os resultados evidenciaram a melhor pontuação do grupo fisicamente ativo em quase todos os domínios (capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, saúde mental, vitalidade, aspectos sociais), com exceção do domínio aspecto emocional. Conclui-se que a emancipação física e a manutenção da capacidade funcional através de um estilo de vida ativo, a partir da sexta década de vida, implicam um melhor resultado na percepção de qualidade de vida. Os dados mostram diferenças significativas entre a percepção do grupo fisicamente ativo em relação ao grupo de sedentários. Em todos os domínios do questionário SF-36, exceto o domínio limitações por aspectos emocionais, o grupo fisicamente ativo obteve resultados superiores aos do grupo de sedentários. Pode-se afirmar, portanto, a importância do Projeto Vida Corrida, do Centro Universitário Augusto Motta, para o bairro da Vila da Penha e adjacências. A prática dos exercícios resistidos no cotidiano dos idosos favorece um melhor desempenho físico, psicológico, mental, tornando-os menos propensos às patologias que normalmente acompanham a terceira idade.

          Unitermos: Idosos. Educação Física. Exercícios Resistidos. Projetos Sociais Esportivos. Qualidade de vida.

 

Resumen

          El objetivo de este estudio fue evaluar y comparar la calidad de vida percibida por ancianos que practican ejercicios de resistencia en el "Proyecto Vida Corrida", en Río de Janeiro, y ancianos que no realizan ninguna actividad física. Se estudiaron 30 hombres, 15 personas físicamente activos, con edades comprendidas entre 60 y 76 años (66,8 ± 4,75 años) y 15 individuos que participan en un programa de actividad física, con edades comprendidas entre 60 y 80 años (67,26 ± 6,68 años). El instrumento utilizado para la recolección de datos fue el SF-36. Los resultados mostraron la mejor puntuación del grupo de actividad física en casi todos los ámbitos (capacidad funcional, aspectos físicos, dolor, salud general, salud mental, vitalidad, aspectos sociales), a excepción de la función de dominio emocional. Llegamos a la conclusión de que la emancipación física y mantenimiento de la capacidad funcional a través de un estilo de vida activo, a partir de la sexta década de la vida, significa un mejor resultado en la percepción de la calidad de vida. Los datos muestran diferencias significativas entre la percepción del grupo de actividad física en comparación con el grupo sedentario. En todos los dominios del SF-36, salvo el área de los aspectos emocionales, el grupo físicamente activo logró mejores resultados que el grupo sedentario. Se puede confirmar, por lo tanto, la importancia del "Proyecto Vida Corrida" del Centro Universitario Augusto Motta para el distrito de la Vila da Penha y alrededores. La práctica de ejercicios de resistencia todos los días ayuda a los ancianos a tener mejor desempeño físico, psicológico, mental, y son menos propensos a las enfermedades que suelen acompañar a la vejez.

          Palabras clave: Adulto mayor. Educación Física. Ejercicios de resistencia. Deporte y Proyectos Sociales. Calidad de vida.

 

Abstract

          The aim of this study was to evaluate and compare the perceived quality of life for elders who practice resistance exercise in the "Projeto Vida Corrida" in Rio de Janeiro, and the elderly who are not engaged in any physical activity. We studied 30 men, 15 physically active people, aged between 60 and 76 years (66.8 ± 4.75 years) and 15 individuals participating in a program of physical activity, aged between 60 and 80 years (67 26 ± 6.68 years). The instrument used for data collection was the SF-36. The results showed the best score of the group of physical activity in almost all areas (functional capacity, physical aspects, pain, general health, mental health, vitality, social aspects), except for emotional function domain. We concluded that physical emancipation and maintenance of functional capacity through an active lifestyle, from the sixth decade of life, it means a better result in the perception of quality of life. The data show significant differences between the perception of physical activity group compared with the sedentary group. In all domains of the SF-36, except as limited area for the emotional, physically active group achieved better results than the sedentary group. It can be said, therefore, the importance of the "Projeto Vida Corrida” development by Augusto Motta University Center for the district and around Vila da Penha. The practice of resistance in every day helps elderly perform better physical, psychological, mental, are less prone to diseases that often accompany old age.

          Keywords: Elderly. Physical Education. Resistance exercises. Sports & Social Projects. Quality of life.

 

 
http://www.efdeportes.com/ EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 149, Octubre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Os números e proporções de pessoas idosas em nosso país vêm tendo um aumento significativo devido à baixa taxa de mortalidade (IBGE, 2006). Em conseqüência disso, a terceira idade tem necessitado de alicerces que possam manter uma longevidade saudável através dos aspectos sociais, psicológicos e atividades funcionais, ou seja, uma boa qualidade vida.

    Esta população necessita de auxílio em serviços de saúde devido ao avanço da idade, ou até mesmo, por fatores como o sedentarismo ou doenças adquiridas ao longo da vida. Decorrente de alguns desses motivos, o profissional de Educação Física fica numa posição de grande responsabilidade pelo bem-estar e pela montagem e manutenção de programas de exercícios para essa população.

    Este trabalho tem como objeto de estudo as percepções que idosos do Projeto Vida Corrida (PVC) e idosos sedentários têm da sua qualidade de vida.

    O PVC visa iniciar, complementar e auxiliar o trabalho e/ou atividade física para pessoas da terceira idade com equipamentos de musculação, no corredor esportivo da Avenida Oliveira Belo, no bairro da Vila da Penha – RJ. O Projeto foi inaugurado no dia 05 de maio de 2008, sob a coordenação geral do professor Leonardo Castro e Professores coordenadores de turno Alexandre Coutinho e Rodrigo Sena.

    Este estudo tem como objetivo geral efetivar um levantamento sobre a percepção de qualidade de vida de idosos que participam do Projeto Vida Corrida em comparação com um grupo de idosos sedentários.

    Os efeitos da musculação nessa faixa etária são relevantes, seja pela convivência com outras pessoas, aumento da autoestima ou mesmo pela própria atividade que gera inúmeros benefícios; contudo, os profissionais que atendem os idosos necessitam estar muito bem preparados, pois para que haja sucesso no resultado final, todo o programa deve ser bem planejado e elaborado, bem como seguros no momento da sua execução. Caso contrário, de acordo com Campos (2004), a atividade pode se tornar prejudicial, trazendo aos praticantes complicações ou agravamentos de doenças já existentes, dores, desconfortos e por final a desistência da prática de exercício físico. Acontecimento, que segundo a este autor, não seria ideal para o idoso, pois por ter baixa capacidade funcional, esse grupo de pessoas é o que mais consegue benefícios para a saúde através dos exercícios.

    Segundo Campos (2004), uma das formas que pode trazer a redução do declínio da força e da massa muscular nos idosos é a prática da musculação, o que possivelmente resultará em uma melhor qualidade de vida para o praticante da atividade. Inclusive pessoas com idade superior a noventa anos, com um bom programa de treinamento, podem alcançar resultados positivos no ganho de força muscular com a melhora da qualidade de vida e da capacidade funcional, tornando-se desta forma, uma pessoa mais sociável, motivada e independente. Contudo, um apurado diagnóstico através da anamnese e avaliação física, bem como um aval médico são de extrema importância para a maior segurança e para propor resultados significantes.

    A literatura demonstra o aumento da demanda de atividades físicas por idosos. Seja para melhorar a capacidade funcional, melhorar a qualidade de vida, prevenção de doenças crônicas ou por uma questão social (SANTANA; MAIA, 2009).

    Este trabalho justifica-se num cenário de aumento da população idosa (IBGE, 2006). O envelhecimento caminha junto à deficiência para desempenhar as atividades instrumentais da vida diária (AIVD), ou seja, declínio na capacidade funcional do indivíduo. Conforme Fleck e Kraemer (2006), capacidade funcional é desempenhar, de forma satisfatória, as AIVD, tais como: andar pequenas distâncias, subir escada, levantar-se e agachar-se, ou seja, atividades de cuidados básicos pessoais e as atividades cotidianas, como: pintar, lavar um carro, atividades domésticas, exercícios físicos, ou seja, atividades que despendem de mais energia.

    Com a redução da massa magra, redução da estatura, diminuição da potência e da força e outras perdas das qualidades físicas, que declinam proporcionalmente com a idade, a qualidade de vida do indivíduo é seriamente prejudicada (FLECK; KRAEMER, 2006).

    Avaliar a percepção que idosos praticantes e não praticantes de atividades físicas têm da qualidade de vida pode contribuir efetivamente para estimular mais idosos a praticarem essas atividades, aumentar o conhecimento para a área de Educação Física e permitir aos profissionais que atuam na área o compartilhamento de dados que possam analisados e criticados.

Envelhecimento

    Nas últimas décadas, o aumento na perspectiva de vida da população brasileira se consolidou. Vários são os motivos que fizeram a população atingir a maioridade seja pela melhora da ingestão alimentar, que proporciona as pessoas refeições saudáveis e ricas em proteínas, carboidratos, lipídios, sais minerais e vitaminas, seja pelo avanço das indústrias farmacêuticas, bem como melhores condições de moradia, saneamento básico, segurança e programas de promoção de saúde.

    Contudo, em estudos realizados por Fleck; Kraemer (2006) foi observado que, em situações normais, a força está em seu ápice entre a segunda e a terceira década de vida, ou seja, o desenvolvimento da força muscular é atingido nesse período; levando-se em conta que o indivíduo se encontre em condições normais de saúde, sem nenhuma patologia, doenças crônicas, deficiência física ou mental. Entretanto, nos vinte anos seguintes à terceira década de vida, a tendência natural é a de que as qualidades físicas permaneçam estáveis ou tenham uma leve diminuição em relação ao seu índice máximo. Já entre os 55 e 70 anos, estudos apontam um decréscimo em aproximadamente de 15% da força muscular. Após este período as perdas demonstram ser mais dramáticas chegando a atingir cerca de 30% da força.

    Dessa maneira, a massa magra, a velocidade e a força muscular, como outras valências físicas, são igualmente importantes e devem ser mantidas ativas enquanto podemos.

    Em consonância com o exemplo anterior, temos de lembrar do declínio nos aspectos morfológicos, funcionais, psicológicos e sociais entre outros fatores, que fazem todo um conjunto, que é transformado no mistério do envelhecimento, no qual não sabemos sua natureza, sua origem e se podemos retardar ou até impedir este fenômeno que ocorre nos seres vivos.

    Com relação a este fato, nota-se que o indivíduo idoso é a resultante de vários mecanismos que foram adquiridos nas fases da vida, e que o envelhecimento de uma pessoa se dá através de um processo que se torna peculiar, produzindo efeitos diferentes de um ser a outro (FLECK; KRAEMER, 2006).

Terceira idade e exercício resistido

    Segundo Macedo et al. (2008), o processo natural do envelhecimento faz com que os músculos se enfraqueçam até o ponto de o idoso ter limitações, ou mesmo, não realize atividades como tarefas domésticas, varrer o chão, subir escadas, caminhar ou levantar objetos. Esses movimentos despendem de rápida contração muscular ou certo grau de potência para serem realizados. Com isso, em certas situações, as quedas, as dificuldades funcionais ou lesões osteoarticulares, responsáveis pelas dores, podem ser a resultante de um organismo desprotegido que não suporta ou acompanha os esforços a que se submete.

    A força muscular é uma qualidade física que, quando treinada regularmente, resulta em impactos positivos na saúde de qualquer indivíduo, principalmente para os idosos que, durante o processo de envelhecimento, têm um declínio da força, da massa muscular, como conseqüência, das atividades da vida diária (ROCHA et al., 2009; TRANCOSO; FARINATTI, 2002).

    Rocha et al. (2009) e Silva et al. (2009) acrescentam que pessoas mais velhas que realizam continuamente exercício resistido estão propensas a aumentarem significativamente o volume da massa muscular, a força, a potência e melhorar o desempenho das funções das fibras tipo I e II.

    Exercícios que estimulam a ascendência e a manutenção dessas capacidades físicas se tornam primordiais para a saúde e a qualidade de vida desse grupo (MACEDO et al., 2008; ROCHA et al., 2009).

    Exercícios contra-resistência ou exercícios musculares (musculação), como geralmente são chamados, normalmente são efetuados com pesos sobre a força muscular, embora haja maneiras diferentes de proporcionar resistência à contração dos músculos. Mesmo a musculação não sendo uma modalidade esportiva, mas uma forma de se condicionar fisicamente, essa atividade desenvolve importantes qualidades de aptidão física, uma delas é a funcionalidade com que podem ser adaptados às condições físicas do idoso, bem como aqueles que se encontram com a saúde debilitada, haja vista a ausência de movimentos violentos/desaceleração e choques entre as pessoas, pequenas lesões traumáticas e baixo risco de quedas.

    Quando se elaboram treinamentos resistidos, visa-se reduzir os declínios de força e massa muscular, associados ao envelhecimento do indivíduo, a prevenção da osteoporose, a redução do percentual de gordura corporal, a diminuição das quedas e das fraturas ósseas, que são alterações fisiológicas decorrente da velhice, bem como os aspectos psicológicos (SILVA E FARINATTI, 2007). No entanto, idosos fisicamente ativos ou não, no momento do treinamento, devem tomar algumas preocupações iguais aos adolescentes e adultos; o cuidado na amplitude dos movimentos é uma peculiaridade para a terceira idade. Esses indivíduos apresentam retrações capsulares e processos degenerativos articulares que impedem grandes amplitudes de movimento (MACEDO et al., 2008).

Atividade física e idosos

    A prática de exercícios físicos entre os idosos favorece a socialização (GUMARÃES; CALDAS, 2006; MORAES et al., 2007), pois há uma série de fatores benéficos que geram este resultado. Como a melhora do humor, a diminuição dos estímulos fisiológicos e psicológicos ao estresse, a melhora da imagem estética, satisfação pessoal com a vida, além de uma melhor qualidade nas horas de sono. A atividade física demonstra-se favorável para possíveis cuidados emocionas, sociais e culturais, uma vez que, realizada de maneira correta, não apresenta contra indicação, os custos são acessíveis, não apresenta efeitos contrários, como na farmacoterapia, e geram uma série de vantagens e benefícios à qualidade de vida das pessoas, principalmente, nos idosos, que com o envelhecimento apresentam declínio fisco e funcional.

    Guimarães; Caldas (2006), Morais et al. (2007) afirmam que a atividade física encontra-se em uma situação inversamente proporcional aos níveis psicológicos de estresse. No entanto, os autores dão duas vertentes diferenciadas na tentativa de descobrir a relação entre atividade física e problemas psicológicos. A primeira indica a prática de atividade como um responsável na redução dos sintomas depressivos, de modo que a permanência de exercícios físicos bloquearia problemas psicológicos e níveis de estresse. Aquelas pessoas que reduzem as atividades praticadas podem apresentar aumento nos sintomas depressivos. Já a segunda leva a dizer que problemas como depressão influenciam na atividade física, levando o indivíduo ao sedentarismo, devido à diminuição do estado geral de aptidão física.

    Moraes et al. (2007) afirmam que idosos inativos estariam propensos a possuir problemas sociais e psicológicos mais do que os idosos ativos, prejudicando desta forma a capacidade funcional nas atividades do cotidiano (varrer um quintal, agachar-se, vestir-se) e na mobilidade (subir e descer uma escada, caminhar um quarteirão, carregar algum objeto).

    Um maior tempo gasto com exercícios físicos resulta em bem-estar psicológico e melhora nas relações afetivas, proporcionada pela prática e menores níveis de estresse, principalmente quando a atividade tem uma predominância aeróbica, que promove melhores resultados físicos, psicológicos e interação dos alunos (MORAES at al., 2007).

    Observa-se no estudo de Abade; Zamai (2009), Toscano; Oliveira (2009) que a resposta da atividade física para idosos com problemas depressivos é semelhante àquelas dos que se tratavam com medicamento; no entanto, não havia problemas de efeitos colaterais indesejáveis como pode ser o caso dos remédios. Além disso, há o comprometimento físico desses indivíduos, melhorando desta forma o humor, sua autoestima e a autoconfiança. Pois em uma entrevista, com coleta de dados, realizada pelos autores após um programa de atividade física regular, pode-se notar que o grupo teve a percepção que a prática de exercícios físicos é a maior aliada quando o assunto é combate a problemas de saúde. Após passarem por esse programa, muitos idosos passaram a realizar atividades que não faziam há tempos, como por exemplo, andar, vestir-se sozinho, ou seja, uma maior independência na realização das atividades instrumentais da vida diária. Além da importância da prática física, os entrevistados demonstravam felicidade provinda da independência e da possibilidade de socializarem-se com diversas pessoas, relatando ainda que se sentiam mais úteis e produtivos, mais bem humorados e uma melhor sensação de bem-estar.

Percepção de idosos sobre a qualidade de vida

    No estudo de Toscano; Oliveira (2009), no qual os próprios autores realizaram uma pesquisa com o IPAQ (International Physical Activity Questionnaire), que qualifica um indivíduo como “mais ativo” no caso do mesmo realizar pelo menos 150 minutos por semana, e “menos ativo” aquele com menos de 150 minutos por semana e com o próprio questionário multidimensional SF-36; pode-se comparar os dois questionários e observar que pessoas mais ativas apresentam significantemente melhores resultados nos domínios de vitalidade, aspectos físicos, emocionais e sociais, saúde mental, dor, capacidade funcional e estado geral de saúde.

    Através da interligação da atividade física com a qualidade de vida, evidencia-se uma influência direta do exercício físico sobre a saúde, apresentando efeitos positivos do exercício sobre sintomas ligados aos domínios físicos, mentais e sociais (REJESKI et al., 1996 apud TOSCANO; OLIVEIRA, 2009). A positiva percepção que os idosos têm ao terem a atividade física regular como uma aliada é exemplificada com a redução na dor e no cansaço, na vitalidade e na energia, no desempenho neurofisiológico e no neuropsicológico, além da melhoria da atividade mental e relacionamento social.

    Toscano; Oliveira (2009) enfatizam que a prática de exercícios físicos não deve ser encarada como uma ocupação de tempo ou tratar idosos incapazes, e sim informar pontos benéficos, necessidades e percepções dessa população em relação a uma mudança de comportamento. Demonstrando ainda, que a falta da prática regular é um grande fator de risco para o declínio funcional acarretando em possíveis custos de tratamento. Com isso, há um consenso dos autores que o indivíduo ativo está propenso a ter melhores resultados nos vários domínios da qualidade de vida, favorecendo assim o engajamento social e um aumento dos estímulos nos aspectos físicos, o que na prática resulta em maior autonomia.

Métodos

    O desenho escolhido para delinear o presente estudo é quantitativo. A população foi constituída por 30 pessoas do sexo masculino, com idade mínima de 60 anos e máxima de 80 anos, sendo 15 pessoas cadastradas no Projeto Vida Corrida que é assistido pelo Centro Universitário Universidade Augusto Motta (UNISUAM), no município do Rio de Janeiro. 15 pessoas foram escolhidas aleatoriamente em encontros comemorativos de idosos que se reuniam. Contudo foram selecionadas as pessoas que não praticam nenhum tipo de exercício físico. Todas as pessoas participantes no estudo eram saudáveis, não apresentando limitação funcional impeditiva ou restritiva que pudessem interferir nas respostas do questionário.

    Para avaliar a qualidade de vida das pessoas que participaram deste estudo, foi empregado o instrumento SF-36 (Medical Outcomes Study 36 – Item Short Form Health Survey), traduzido e homologado para a realidade brasileira (CICONELLI, 1999). O SF-36 é um questionário multidimensional estruturado por 11 questões em 36 itens, podendo haver de duas a seis possibilidades de respostas objetivas, englobadas em oito domínios, são eles: o físico (capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde) e o mental (saúde mental, vitalidade, aspectos sociais e aspectos emocionais). A pessoa recebe um escore em cada domínio, que pode variar de 0 a 100, sendo 0 o pior escore e 100 o melhor.

    O questionário foi aplicado, na forma de entrevista, no período de 01 de novembro de 2009 a 15 de março de 2010, pelo pesquisador principal. As entrevistas foram realizadas no PVC em participantes que freqüentavam o projeto no mínimo três vezes por semana, há no mínimo 3 meses, com aproximadamente 1 (uma) hora de treino. Já nos sedentários, a entrevista foi realizada corpo a corpo de forma aleatória.

Resultados

    No quadro 1, é possível encontrar, depois de terem sido realizados os cálculos do questionário SF-36, no grupo de participante de musculação do Projeto Vida Corrida (PVC), os escores dos domínios que se escalonam de 1 a 8 em cada indivíduo, a média aritmética e o desvio padrão geral dos respectivos domínios. As idades variam de 60 a 70 anos, apontando uma média de 66,8.

Quadro 1. Resultados do SF-36 no grupo de Praticantes de Musculação no Projeto Vida Corrida

    Para o domínio 1 (capacidade funcional), observa-se a maior média (95) dos domínios e um desvio padrão de 6,54 (quadro 1). No quadro 2, verifica-se a menor dispersão dos resultados em todos os domínios deste grupo.

Quadro 2. Capacidade funcional do grupo PVC

    No segundo domínio (limitação no aspecto físico) tem-se uma média de 76,66 e um desvio padrão de 25,81. No domínio 3 (dor), tem-se 81,53 de média e 15,45 para o desvio padrão. No domínio 4 (Estado Geral de Saúde), tem-se 69,93 de média e 12,60 de desvio padrão, obtendo-se, conforme o quadro 3, nesse domínio a segunda maior diferença de média entre os grupos.

Quadro 3. Estado geral de saúde – comparativo entre grupo PVC e Sedentários

    No domínio 5 (Vitalidade), tem-se 83,66 de média e 12,60 para o desvio padrão. No Aspecto Social (Domínio 6), encontra-se a segunda maior média no grupo que participa do PVC, estando significantemente maior do que o grupo sedentário.

    No Domínio 7 (Limitação por Aspecto Emocional), encontram-se a menor média, 57,74, e o maior desvio padrão, 36,65 (quadro 4).

Quadro 4. Limitação por aspectos emocionais do grupo PVC

    Concluindo os domínios do grupo PVC, fisicamente ativo, temos o domínio 8 referente à Saúde Mental com 88 de média e 8,68 de desvio padrão.

    No quadro 5, estão os resultados obtidos no grupo de idosos sedentários, cujas idades variam entre 60 e 80 anos, resultando em uma média aritmética de 67,26.

Quadro 5. Resultados do SF-36 no grupo de Sedentários

    No Domínio 1, tem-se 73,33 para a média e 20,84 para o desvio padrão, este foi o domínio com maior diferença entre as médias dos dois grupos (quadro 6).

Quadro 6. Capacidade funcional, comparativo entre o grupo PVC e o de Sedentários

    Para o Domínio 2, tem-se 65 de média e 32,45 de desvio padrão. Para o Domínio 3, tem-se 68,4 de média e 20,72 de desvio padrão. Para o Domínio 4, tem-se 54,2 de média e 17,02 de desvio padrão. Esse foi o domínio com a menor média de ambos os grupos. No Domínio 5, encontra-se o menor desvio padrão para o grupo sedentário, 13,88, e média de 70. No Domínio 6, tem-se 77,5 de média e 24,64 de desvio padrão.

    Conforme o quadro 7, observa-se, surpreendentemente, que este domínio foi o único que obteve uma média superior ao grupo do PVC. No entanto, foi o que apresentou o maior desvio padrão entre os grupos, 45,42.

Quadro 7. Limitação por aspectos emocionais, comparativo entre o grupo PVC e o de Sedentários

    Por último, o domínio Saúde Mental obteve a menor diferença de médias entre os grupos (quadro 8).

Quadro 8. Saúde mental, comparativo entre o grupo PVC e o de Sedentários

Discussão

    Os resultados obtidos neste estudo mostram que a percepção de qualidade de vida associada à saúde se encontra diretamente ligados à prática regular de atividade física. Assim, a prática de atividades físicas neste caso tem relação diretamente proporcional à percepção de qualidade de vida dos informantes.

    Neste estudo, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre aqueles que praticam atividade física e aqueles que não praticam. O primeiro grupo (PVC) apresenta um desempenho estatístico superior, em todos os domínios do questionário SF-36, com exceção dos aspectos emocionais, fato que se assemelha a outros estudos que utilizaram também o SF-36 como parâmetro (MOTA, 2006; TOSCANO; OLIVEIRA, 2009).

    A literatura revisada mostrou que existe um alto número de pesquisas estabelecendo relações positivas do estilo de vida ativo com as atividades instrumentais da vida diária e o domínio das funções física, cognitiva e social. Pimenta et al. (2008) também relatam em seus estudos, com a mesma metodologia, que a prática de atividade física regular apresentou diferença, com significância estatística, para os seguintes domínios: “capacidade funcional”, “estado geral de saúde”, “vitalidade”, “aspectos sociais” e “saúde mental”. Nesse mesmo estudo, aposentados do sexo masculino apresentaram menores escores na “limitação por aspectos emocionais”, fato que colabora para o presente estudo.

    Estudos realizados no sul do Brasil, dentro de uma esfera sociocultural, em mulheres idosas, mostram a relação da prática de exercícios físicos com a qualidade de vida, apresentando índices significantes entre os níveis de atividade física. As idosas mais ativas foram as que obtiveram resultados mais elevados no domínio físico e mental. No entanto, indivíduos não praticantes de atividades físicas, quando comparados com os suficientemente ativos, tinham menores chances de apresentar resultados positivos de qualidade de vida (SILVA et al.,2004).

    Um estudo de Silva et al. (2008) avaliou o desempenho do equilíbrio, da coordenação e da agilidade de 61 idosos submetidos à prática de exercícios físicos resistidos, durante 6 meses, através da Escala de Equilíbrio de Berg e do Teste de Tinetti. Os resultados apontaram que atividades progressivas de força em homens com idade superior a 60 anos podem melhorar as suas capacidades funcionais (SILVA et al., 2008).

    No quadro 9, observa-se que idosos com idades semelhantes à pesquisa de Silva, apresentaram, respectivamente, para os praticantes de atividades físicas, uma percepção de 95 e dos não-praticantes de 73,33. Com isso, é possível observar que programas de atividades contínuas e progressivas de exercícios resistidos com contrapesos resultam em uma melhora da resistência muscular e da mobilidade funcional dos idosos.

Quadro 9. Capacidade funcional, comparativo entre o grupo PVC e o de Sedentários

    No entanto, Silva et al. (2008) aduzem que mesmo sendo mínimas as melhorias da resistência, da força e da mobilidade, essa população que, muitas das vezes, apresentam deficiência motora, será beneficiada em diversas situações, como o impacto positivo no desempenho físico, na independência funcional de outras pessoas, diminuição do sofrimento de quedas, melhora da marcha e do equilíbrio.

    Toscano; Oliveira (2009) ressaltam que o contato social entre os idosos demonstra ser um componente valioso para a boa qualidade de vida, pois a relação entre eles traria uma sensação de bem-estar, às vezes, mais pelo convívio do que pela atividade física propriamente; com isso, pode-se ter, talvez, a explicação da diferença dos escores obtidos no domínio “aspectos sociais”. O autor apresenta evidências indiretas na interferência da atividade física sobre a qualidade de vida correlacionada com a saúde, indicando benefícios dos exercícios sobre sintomas ligados tantos à saúde física quanto à saúde mental. Essa percepção positiva é obtida através de pesquisas que por meio da redução da dor e da fadiga, vitalidade, aspectos sociais, físicos, emocionais, da melhoria da atividade mental e relacionamento social. Além dos efeitos claros quanto ao bem-estar psicológico causado pela atividade em idosos (TOSCANO; OLIVEIRA, 2009).

    Assim, projetos de incentivo, no intuito de elevar o nível de atividade física dos idosos menos ativos e também aumentando a possibilidade de consumo energético nos aspectos físicos menos explorados por aquelas classificadas como mais ativas, são fundamentais para a melhoria da qualidade de vida dos idosos.

    Relacionado à saúde física, em um recente estudo populacional realizado na Austrália com mais de oito mil idosos a partir de 65 anos, verificou-se que o potencial de exercício físico está relacionado com a melhoria dos aspectos físicos, estando de acordo com o presente estudo no segundo domínio do questionário aplicado (TAYLOR, 2005 apud TOSCANO E OLIVEIRA, 2009).

    Na cidade do Porto, Portugal, onde idosos, praticantes de atividades físicas ou sedentários, participaram dos 8 domínios do SF-36, diagnosticou-se que os indivíduos ativos apresentavam maiores valores médios e estatísticos dos que aqueles não ativos, contribuindo assim, para um potencial fator de risco que acaba; gerando o declínio funcional e os possíveis custos com o tratamento de doenças (RIBEIRO, 2002 apud TOSCANO E OLIVEIRA, 2009).

    Desta forma, a promoção de programas para uma melhor qualidade de vida pode ser implementado como um plano eficaz nos efeitos da dor, vitalidade, aspectos emocionais, entre outros domínios.

    Em estudo também na Europa, agora com a população idosa da Espanha, foi observado que os idosos envolvidos em atividades físicas apresentavam praticamente em todas as dimensões escores mais altos (GUALLAR, 2004 apud TOSCANO E OLIVEIRA, 2009). Contudo, é importante ressaltar que os benefícios e vantagens que a atividade proporciona, como na saúde mental quanto na física, apareceram independentemente do desenho do estudo, do gênero, da idade ou da nacionalidade.

    É interessante que propósitos e estudos voltados para os exercícios físicos não tenham intuito apenas de ocupar o tempo ocioso dos idosos ou tratá-los como indivíduos incapazes, até porque o convívio social e a integração em grupos são fortes influenciadores para a permanência na prática de atividade. Para isso, programas de promoção de saúde devem acompanhar informações sobre seus benefícios, reconhecimento das condições físicas, necessidades e expectativas do grupo em relação a uma mudança de comportamento.

    Na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foi realizado um estudo para diagnosticar a real importância dos exercícios resistidos no desempenho cognitivo de indivíduos com comprometimento da memorial. No qual 31 idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, participaram, durante 9 meses, de um programa de exercícios resistidos. Segundo Busse et al. (2008), esse tipo de atividade física pode ter intervenção direta para o aumento da performance da memória e da saúde mental de idosos não praticantes de atividades física com comprometimento da memória; no entanto, a melhora no gênero feminino foi mais expressiva. Além dos ganhos da atividade muscular em si, o autor observa que a prática de exercício físico resulta em uma melhor sociabilidade e, com isso, o maior convívio social contribuiria para uma melhora da saúde mental e, conseqüentemente, melhor desempenho da memória, relato que corrobora os domínios 6 e 8 da presente pesquisa. Contudo, o autor relata que a reabilitação da saúde mental por meio de medidas não-farmacológicas tem sido procurada com alta freqüência, no entanto os efeitos dos exercícios de força na cognição têm sido pouco estudados.

Conclusão

    O envelhecimento da população é um fato que atinge todo o planeta e que, em conseqüência, resulta em várias disfunções morfológicas, como a diminuição da massa e da força muscular, problemas psicológicos e sociais. Com isso, é importante diagnosticar as carências e limitações desse momento da vida, para que se previnam as resultantes do envelhecimento e se proporcione uma melhor qualidade de vida e independência às pessoas idosas.

    Com os resultados obtidos a partir da aplicação do questionário SF-36, Este estudo verificou que a emancipação física e a manutenção da capacidade funcional através de um estilo de vida ativo, a partir da sexta década de vida, implicam um melhor resultado na percepção de qualidade de vida.

    Os dados mostram diferenças significativas entre a percepção do grupo PVC (fisicamente ativos) em relação ao grupo de sedentários. Em todos os domínios do questionário SF-36, exceto o domínio limitações por aspectos emocionais, o grupo PVC obteve resultados significativamente superiores aos do grupo de sedentários

    Pode-se afirmar, portanto, a importância do Projeto Vida Corrida, do Centro Universitário Augusto Motta, para o bairro da Vila da Penha e adjacências. A prática dos exercícios resistidos no cotidiano dos idosos favorece um melhor desempenho físico, psicológico, mental, além da independência física de outra pessoa, tornando-os menos propensos às patologias que normalmente acompanha a terceira idade.

    No entanto, cabe ressaltar que as autoridades públicas encontram-se presentes nesse processo, e devem contribuir na divulgação de programas sociais de saúde, com propósitos de incentivar sedentários a se tornarem praticantes de atividades físicas, principalmente, idosos que apontam quedas fisiológicas, psicológicas e funcionais, e estão mais propensos às limitações físicas e doenças, devido a maioria desses idosos levarem uma vida sedentária. Com isso, percebe-se a importância da inserção de programas ou projetos, como um meio de diminuir gastos públicos com tratamento de saúde da sociedade, aumentar o nível de participação dos idosos na sociedade, elevar a autoestima da população, melhorando as relações transgeracionais.

    As instituições de ensino superior podem colaborar desenvolvendo e oferecendo modelos de programas/projetos sociais (exemplo da UNISUAM que assiste ao PVC) como campo experimental voltadas para a terceira idade.

    Esses projetos devem ser acompanhados de orientações sobre seus benefícios, mensuração das condições, deficiências, percepção e expectativas dessa população em relação a uma mudança de comportamento. Ou seja, as áreas de ensino, pesquisa e extensão das instituições de ensino superior, aliadas às políticas públicas e ao apoio das empresas, pode efetivamente contribuir para o desenvolvimento das ações que visem à melhoria da qualidade de vida dos idosos em nosso país.

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