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Tempo e o trabalho no ensino superior em Educação Física

Tiempo y trabajo en la enseñanza en el nivel superior en Educación Física

Time and work in higher education in Physical Education

 

*Prof. Dr. do Departamento de Educação Física – CDS/UFSC

**Prof. Dr. do Programa de Pós-Graduação em Educação Física – CDS/UFSC

***Profª Drª da Faculdade de Educação – FAED/UDESC

(Brasil)

Edison Roberto de Souza*

edsonroberto@cds.ufsc.br

Sidney Ferreira Farias**

sidney@cds.ufsc.br

Alba Regina Battisti de Souza***

albarere@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O presente artigo tem como objetivo tecer considerações sobre o tempo e o trabalho docente no Ensino Superior em Educação Física. Desenvolve inicialmente uma contextualização histórica sobre o tempo e o trabalho, para em seguida abordar essa relação na docência em Educação Física no Ensino Superior e por último apresenta perspectivas e elementos indicadores sobre a temática e a continuidade do estudo. O problema central da questão é a discussão sobre a relação do ser humano na atualidade, em especial na atividade docente da graduação em educação física, permeada pela sensação e angústia de tempo "curto" ou "escasso" e suas conseqüências na dimensão pedagógica, desde a preparação, desenvolvimento e avaliação das aulas, ao processo de pesquisa e na dimensão das relações dos docentes com os alunos, com seus pares e com a própria profissão. Diante das análises desenvolvidas, verifica-se a importância de se rever às estruturas universitárias, cuja burocracia vem preponderando sobre a grande responsabilidade do professor.

          Unitermos: Tempo. Ensino superior. Educação Física. Trabalho.

 

Abstract

          The present article has as objective to weave consideration about the time, the work and the practical teacher in higher education in physical education. It develops, initially a historical context on the time and the work, for after that approaching the time in the teaching in higher education of the physical education and finally presents indicating perspectives and elements on thematic and the continuity of the study. The central question problem is the discussion on the relation of the human being in the present time, special in the teaching activity in the graduation in physical education, to go through for the sensation and anguish of “short” or “scarce” time and its consequence in the pedagogical dimension, since the preparation, development and evaluation of the lessons, to the process of research and in the dimension of the relations of the teachers with the student, its pairs and the your profession. Ahead of the developed analyses, one verifies it importance of if reviewing to the university structures, whose bureaucracy comes prepondering on responsibility of the teacher.

          Keywords: Time. Higher education. Physical Education. Work.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Septiembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Apreciar, refletir e conversar sobre publicações e mensagens, escritas e ditas por professores da universidade é uma faceta preciosa da vida acadêmica. As diferentes falas e atitudes dos assuntos e situações complexas aos fatos corriqueiros nos fazem pensar sobre o espaço em que atuamos como docentes do ensino superior. E pensar sobre esse espaço, significa pensar nas múltiplas dimensões que nele estão inseridas. Nesta direção discuti-se inicialmente, relação entre tempo e trabalho para, na seqüência, abordarmos mais especificamente sua relação com a atividade docente na atualidade e por fim traçarmos algumas possibilidades prospectivas, buscando contribuir com a construção de uma prática docente mais humanizada e prazerosa.

    Hoje, ouvimos muitos discursos referentes ao ócio, tempo livre e aos momentos de abstração, principalmente com as contribuições da sociologia e da psicologia. Precisamos discutir, refletir e analisar o tema com mais profundidade, principalmente pelo apelo da proficiência em saber viver com qualidade, o que representa possibilidades de momentos de rico sentido pessoal.

    Portanto, este estudo tem por objetivo refletir sobre a dicotomia entre trabalho e lazer, entre produtividade e ociosidade, principalmente se levarmos em consideração que as mudanças nos valores pragmáticos estabelecidos pelo modo de produção do ser humano, podem ocorrer, à medida que sejam oportunizada, uma formação mais ampla, despertando o ser humano para outras dimensões de desenvolvimento que transcenda os interesses de uma sociedade capitalista globalizada.

O tempo e o trabalho

    A modernidade deixou-nos como herança à cisão entre trabalho e lazer, ignorando que esses dois pólos, além de outros, são indissociáveis no desenvolvimento do ser humano. Apesar dos avanços, a discussão acerca da relação entre trabalho e lazer ainda é incipiente. Neste mundo envolto pelos interesses do trabalho, há uma necessidade emergente de criação de um novo modelo social, fundamentado na simultaneidade entre trabalho, conhecimento, lazer, através do qual os indivíduos possam ser educados com vistas a privilegiar a satisfação de necessidades significativas de sua existência tais como a introspecção, a amizade, o amor, a ludicidade, a poesia, a convivência, não se circunscrevendo unicamente ao universo do trabalho1.

    Neste modelo social centrado na idolatria ao trabalho, converge todo o processo de formação humana, já que as organizações do trabalho invadiram inteiramente os domínios da vida do ser humano. A alegação da dignificação pelo trabalho tornou-se muito vantajosa para o aumento da produção, porém insignificante para o seu desenvolvimento equilibrado, harmônico e integral. O trabalho adquiriu um status de valor relativamente recente, em um percurso secular, numa intenção capitalista foi introduzido no mundo dos valores pelo puritanismo calvinista, como argumentava Max Weber.

    Com a transformação da sociedade humana num complexo sistema de produção, as forças naturais passaram a ser domesticadas pela utilização dos meios semióticos e dos meios virtuais. O sistema de produção em que nos inserimos hoje, tende a descentralizar o poder das estruturas de produção de bens e de serviços para estruturas produtoras de signos, de sintaxe e de subjetividade, principalmente pelo controle que será exercido sobre a mídia e a publicidade2. Esse sistema, que trabalha a partir da mais-valia, visando unicamente ao lucro, produz diferenças socioeconômicas, nas quais a relação de poder está diretamente relacionada à tutela financeira.

    O objetivo dessa indústria de marionetes é a internalizarão dos signos, de tal maneira que venhamos a perceber o quanto nosso comportamento é subordinado3. Esse processo de produção de nossa subjetividade inicia-se a partir de nosso nascimento, pois somos submetidos à domesticação cultural, com vistas à manutenção de um status que pretende manter-se a qualquer custo.

    Nesse contexto da supervalorização da razão, a organização do trabalho invadiu todos os domínios humanos. Na busca do ter e do poder, subsidiada pela ciência e pela tecnologia, a grande ruptura do homem em seu processo de formação solidificou-se a partir dos pressupostos da moderna sociedade capitalista num conjunto de relações que refletem o sentimento de inadequação, perplexidade e despersonalização do ser humano contemporâneo e traz em si o irracionalismo presente em todas as instâncias da vida humana3.

    A expansão do sistema de produção foi responsável pela ruptura das relações imediatas do homem com o seu corpo e com a natureza. A transformação do trabalho num sentido mais fisiológico em detrimento de suas possibilidades criativas e espirituais gerou um corpo autônomo. As qualidades mecânicas produtivas como a energia, a força e a resistência tornaram o corpo do homem objeto de exploração, repressão, dominação e manipulação por parte da sociedade produtiva.

    Nesta busca incessante pelo domínio do corpo, visando adequá-lo às novas formas de poder, como também ampliar suas possibilidades produtivas, o espaço disciplinar foi arquitetado com o objetivo de não permitir nenhum gasto inútil de tempo e de energia e de evitar desvios morais ou revolta política4. Assim, a posição do indivíduo no espaço do trabalho não é somente técnica, mas acima de tudo moral e política. Cada um está física, temporal e psiquicamente preso ao seu espaço e a sua função.

    Além dessa complexidade arquitetural, funcional e hierárquica de distribuição dos indivíduos no espaço através da clausura, confinamento, quadriculamento, localização funcional e organização serial, há uma associação e controle das atividades por intermédio da análise minuciosa do tempo4. Controla-se o horário em todas as suas dimensões, permanência, ausência, censura, obrigações e ciclos de repetição. Este processo de exatidão e controle minucioso da elaboração temporal, do ato na correlação entre corpo e gesto, na articulação corpo e objeto e na utilização exaustiva do tempo, transformam-se em virtudes fundamentais de domínio do corpo humano.

    Todo esse processo de dominação pela sociedade produtiva se reflete com muita profundidade em outras dimensões humanas, entre elas a formação, principalmente porque a exploração passa sempre e necessariamente por uma neutralização prévia das aspirações humanas relacionadas a desejos, sonhos e projetos de vida.

    Esta mudança paradigmática desencadeou no homem uma mudança comportamental sem precedentes na história. Hoje, não buscamos "ser", pois somos doutrinados a acreditar, desde a mais tenra idade, que o processo de felicidade humana centra-se no ‘ter’. A partir dessa aspiração, os valores sociais, coletivos, humanos vêm perdendo espaço no processo de globalização, o homem se distanciou mais e mais da natureza, tornando-se, cético, pragmático e individual.

    Assim, essa transformação, mediada pela sociedade produtiva e consumista, exerce uma influência fundamental no homem que somos hoje5. Esquecemos o bem comum, para discutirmos sobre tecnologia de ponta; transformamos cooperação em alta competição; deixamos de viver nossa corporeidade para exaltar a virtualidade; esquecemos o regional em favor global; abandonamos a história, para falar da circularidade do tempo; esquecemos da sensibilidade, afetividade do viver coletivo, o que conta agora é o individualismo é a luta pela sobrevivência.

    O trabalho, sistematizado na perspectiva de rendimento e lucratividade, apoderou-se de tal modo de nosso ser que ele nos impede de expor o nosso próprio “ser”. Como num passe de mágica efetuamos um pacto de dependência e ficamos subjugados a ele. A tirania da produção exige cada vez mais uma imersão de nosso tempo e um desligar do sentido de fazer algo que não tenha um sentido produtivo. Este quadro social relacionado ao trabalho enveredou-se pelo campo do esquecimento do tempo livre, do sentido do ócio ou do lazer.

    Para compreender com mais profundidade a relação tempo e trabalho e suas influências no processo de formação humana faz-se necessário desencadear uma pesquisa que aborde criticamente seus aspectos históricos e processuais na construção do processo civilizatório humano, pois o tempo é:

    ... um marco de referência que serve aos membros de um certo grupo e em última instância, a toda humanidade, para instituir ritos reconhecíveis dentro de uma série contínua de transformações do respectivo grupo de referência ou também, de comparar uma certa fase de um fluxo de acontecimentos.7

    O tempo é uma construção humana, não possui vida própria; entendê-lo como um processo poderá permitir ao ser humano repensar sua vida e transformá-la, posicionando-se como sujeito da história e do tempo8.

O tempo e a docência

    Ao se ensinar por um longo tempo, não se faz simplesmente alguma coisa, faz-se também alguma coisa de si mesmo, ou seja, a sua identidade fica impregnada das marcas dessa atividade profissional9. Ao refletirmos sobre isso, na docência em Educação Física no Ensino Superior, podemos afirmar que a qualidade desse tempo, a forma como ele é utilizado e vivido caracteriza significativamente o ser e o estar docente.

    A discussão da relação entre tempo e docência, nos remete a nossa trajetória histórica pessoal: tempos de infância, de juventude, de escola, de lazer. E nesse re-visitar de nossa memória, lembramos a nossa formação: o tempo de estudos, de trabalhos, de estágios. Estes momentos não são incólumes à experiência profissional e a vida que carregamos conosco.

    Imputamos ao tempo a culpa de termos que fazer muitas coisas de forma fragmentada, superficial e apressada, assim o que poderia e deveria ser um encontro entre pessoas para discutir idéias, construir conhecimentos e traçar possibilidades da ação pedagógica, de planejar e desenvolver projetos compromissados com o processo social e histórico de produção de conhecimento, numa perspectiva de indissociabilidade entre ensino-pesquisa e extensão, transforma-se num martírio, numa conjunção de decisões desordenadas, pulverizadas e fragmentadas.

    Tal situação fica mais comprometida ao constatar-se que as produções científicas de pesquisa são enfatizadas e vêm se tornando um produto mercadológico, provocando competições e desgastes nas relações entre os pares. Quem produz mais é premiado com benefícios e direitos específicos, em detrimento das atividades de ensino e extensão, como se fossem de segunda e/ou terceira categoria. É mister que uma Universidade deva validar cientificamente suas pesquisas, submetendo suas produções a análises e publicações acadêmicas, mas há que se repensar os mecanismos de controle adotados, sob o risco de incentivar o desenvolvimento de uma cultura de pesquisa pautada na exposição gratuita e na autopromoção e no individualismo.

    O estímulo à competência e à produtividade pode produzir workholics e profissionais neuróticos e adverte que a quantidade de títulos publicados não está relacionada com a qualidade, porém pesquisadores que optam pela densidade de conteúdos podem, ser catalogados de improdutivos10.

    A demarcação entre o "tempo de trabalho" e o "tempo pessoal ou doméstico", na atividade professoral é quase inexistente. Os professores levam consigo tarefas das mais diversas, como leituras, finalizações de relatórios, elaboração de projetos, avaliações, preparação de aulas, etc. Em suma, uma infinidade de atividades das quais não se desvencilha ao terminar seu horário na Universidade. Tais peculiaridades deixam os professores mais susceptíveis ao desgaste físico e emocional.10

    Alem disso, há ainda o embate pelo poder hierárquico no interior da própria instituição, divida em três dimensões universitárias distintas: a primeira é a do ensino (graduação), gerida pelo MEC, sucateada em todos os sentidos; a segunda corresponde à pesquisa (pós-graduação) do CNPq e Capes, que fornece bolsas de pesquisa, estudos avançados e consultorias; a terceira é a da extensão, mantida pelas Fundações de Apoio, que oportunizam um proliferar de cursos, de consultorias e prestações de serviços remunerados além da instituição.

    Portanto, discutir a transformação desta realidade em que estamos imersos, não é uma tarefa simples e fácil. A dificuldade centra-se primordialmente em compreender novas mudanças em curso e de uma análise minuciosa que transcenda as meras aparências desse processo de dominação da sociedade produtiva em todas as suas dimensões11. Assim o significado e o sentido da relação entre tempo e trabalho na docência do ensino superior em Educação Física só será compreendido nas suas múltiplas relações com o contexto e a realidade da qual faz parte. Investigar sua dimensão histórica, sócio-econômica e político-social, numa relação dialética entre produção, formação e sentido de vida.

    Discutir a docência no ensino superior, especialmente na área da Educação Física, também implica em pensar nos discentes, futuros docentes. Toda esse processo tem um endereço certo, o aluno. Esse personagem, essencial no processo de formação de uma universidade, inicia sua trajetória acadêmica aos dezessete anos e desde então faz um pacto instrucional de especialidade com a carreira profissional. No momento precioso da sua vida, no auge da sua aptidão física e psicológica, com os seus sonhos e desejos por realizar, plenamente despertados para amar, viajar, enfim, usufruir a beleza da universalidade do saber, debruça uma parte importante da sua juventude sob o prisma acadêmico.

    Neste contexto, pode iniciar também o seu primeiro contrato de trabalho ou irá se envolver com núcleos de pesquisas e submeter-se pares de horas envoltas em produção. Contando que tudo de certo, se for bem orientado irá graduar-se aos vinte e quatro anos e poderá galgar os trâmites da vida acadêmica. Se for vinculado a um núcleo de estudos, fará as suas horas vagas serem preenchidas produtivamente. Nos bancos acadêmicos terá efetuado alguns resumos, auxiliado em muitas coletas de dados. Fascinados com os produtos das pesquisas, com a sua persistência e se estiver realmente a fim de subir na vida universitária, trabalhará em uma universidade e, nesta produzirá estudos e artigos importantes na busca de qualificar seu currículo.

    Desde o ensino fundamental, os educandos deveriam ser alertados, a pensar sobre a importância do tempo de ócio. O estudante de hoje, deveria poder viver o "significado" do namoro, da singularidade do fim de tarde e do nascer do sol. Formar um ser humano é algo maior e envolve considerar o seu hoje para que o amanhã não seja impregnado de saudosismo. Nossos currículos privilegiam o quê? A vida, ou a servidão a um pretenso conhecimento científico?

    Pensar assim é conceber uma formação docente que contemple outras dimensões, pois além da intensa produção intelectual, precisamos considerar aspectos da subjetividade humana, construindo uma cultura na qual o pragmatismo ceda lugar à contemplação, à reflexão, à sabedoria, à felicidade, à corporeidade e à cidadania. Significa entender que o ser humano não apenas pelas suas possibilidades cognitivas, como uma complexa junção de um todo indissociável entre corpo, psique e espírito, e sim por sua complexidade, pois ele se desenvolve a partir de uma teia de relações que lhe permitem um permanente diálogo com o mundo e consigo mesmo.

Pensando possibilidades

    Mesmo que muitas certezas estejam sendo desveladas pelas ciências, elas também oportunizam a revelação de zonas de incertezas, que poderão indicar os caminhos para a construção de uma Educação Superior, e neste processo a uma Educação Física comprometida com o futuro, que torne evidente o contextual, o global, o multidimensional e o complexo, transformando o processo educacional em uma ação significativa, pertinente e que permita possibilidades concretas na proficiência em saber viver.

    Instruir para ocupar o tempo com serenidade possível é uma sabedoria que deveria vir, também, no processo inicial de escolarização. A formação em Educação Física, na Universidade, com qualidade, poderia mostrar responsavelmente, ao jovem, como usufruir um tempo livre das obrigações acadêmicas, e deixá-lo percorrer todo o seu trajeto sem obstruir a sua inspiração aprendendo a ser, a viver e a buscar os seus projetos de vida.

    Um bom projeto de formação humana poderia aproximar, unir a sabedoria existente nos docentes, com seus planos de ensino e o desejo do indivíduo. Orientar é dar sentido a uma parte importante da vida universitária, é conseguir facilitar os destinos dos projetos acadêmicos, induzindo-o a pensar como isto auxiliará no convívio com os outros e com a sua formação institucional.

    O norte, num programa de formação, especialmente no de educação física, é uma relação entre o sentido dos diferentes conteúdos, o dispêndio da nossa energia, a proficiência no assunto pertinente, a tese e a nossa felicidade na sobrevivência. Muitas teses deveriam ser uma continuidade de um projeto maior de vida.

    A propósito, é fundamental compreendermos que “o prazer do cérebro/mente acontece quando o tempo do eu e o tempo do ambiente/universo se encontram12”. É uma pena que, entre múltiplas dimensões temporais que nos envolvem, aquelas que são internas à nossa corporeidade sejam as menos conhecidas e apreciadas. Esse falso pudor, construído culturalmente nos impede de saborear com plenitude e prazer à própria vida. Precisamos romper com esta visão racionalista que nos inibe de olhar/escutar para dentro de nós, de compreendermos os ritmos temporais que regulam o acontecer biopsicoenergético de nossa existência.

Referências bibliográficas

  1. De Masi, D. O ócio criativo. Entrevista a Maria Serena Palieri; Tradução de Léa Manzi. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.

  2. Fialho, FAP. Introdução ao Estudo da Consciência. Curitiba (PR): Genesis, 1998.

  3. Gonçalves, MAS. Sentir, Pensar, Agir: Corporeidade e Educação. Campinas (SP): Papirus, 1997.

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  5. Souza, ER. Do corpo produtivo ao corpo dominado: o jogo e suas inserções no desenvolvimento da criança, 2001. 226 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis (SC), 2001.

  6. Mothé, D. L’utopie du temps libre. Paris: Éditions Esprit, 1997.

  7. Elias, N. Sobre el tiempo. México: Fondo de Cultura Económica, 1989.

  8. Martins, MM. A questão do tempo para Norbert Elias: reflexões atuais sobre tempo, subjetividade e interdisciplinaridade. In: Revista de Psicologia Social e Institucional -Departamento de Psicologia da UEL. Londrina (PR): nº 2, 2000.

  9. Tardiff, M. & Zourhlal, A. Enjeux et difficultés de la recherche sur l'enseignement entre les milieux scolaires et universitaires, Les sciences de l'éducation pour l'ère nouvelle, Vol. 38 , n° 4, 2005.

  10. Guerra, RF. Impressões sobre a universidade insalubre. In: Revista Plural - APUFSC - Seção Sindical Andes. Florianópolis (SC): Nº 14, Ano 10, junho de 2005, p. 5-13.

  11. Martins, LS. Os “sentidos do trabalho” docente universitário em tempos neoliberais. Revista da UFMG. Belo Horizonte (MG): Vol. 7, n. 2, dez. 2005.

  12. Assmann. H. Reencantar a educação. Petrópolis (RJ): Vozes, 1998.

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