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Relação exercício físico e percentual de 

gordura corporal em indivíduos na terceira idade

Relación entre ejercicio físico y porcentaje de grasa corporal en personas de la tercera edad

 

Centro Universitário Toledo de Araçatuba

Curso de Educação Física

(Brasil)

Enzo Picolini Neto

Flávio Takashi Murai Júnior

Rafael Cacciamani

Prof. Me. Sérgio Tumelero

tumelero.prof@toledo.br

 

 

 

 

Resumo

          A expectativa média de vida vem sofrendo um acréscimo e está relacionado à melhora da qualidade de vida. Em todas as idades, o exercício é um grande aliado para manter a saúde física e mental. Entretanto, o mundo moderno afastou o homem das atividades físicas, tornando-o essencialmente sedentário. Foram estes os desafios que nos levaram a pesquisar sobre atividade física e treinamento de força para a melhor idade, buscando atividades que possam vir a promover saúde e tenham uma vida digna e feliz. Realizamos uma pesquisa de campo e observamos que os trabalhos realizados promoveram uma melhora da saúde dessas pessoas, onde obteve um significativo ganho de massa muscular e até mesmo uma felicidade latente e disposição para as atividades cotidianas.

          Unitermos: Terceira idade. Atividades físicas. Percentual de gordura corporal.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 147, Agosto de 2010

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Introdução

    O objetivo principal da atividade física na terceira idade é o retardamento do processo inevitável do envelhecimento através da manutenção de um estado suficientemente saudável, senão perfeitamente equilibrado, que possibilite a normalização da vida do idoso e afaste de riscos comuns na terceira idade (MEIRELLES, 2000).

    Para Pont Géis (2003) “a idade chega a todos, mas como você quer chegar lá? A atividade física ajuda a melhorar a condição física e a saúde a se prolongar, mas isso não basta tem que ajudar-se também na alimentação e na mente, relaxando e não ingerindo bebidas alcoólicas”.

    Por muito tempo envelhecer era encarado como doença, mas depois de muitos anos de estudos os pesquisadores mostraram que envelhecer é uma fase da vida de todas as espécies animais, envelhecer depende muito do organismo multicelular que passam por três fases: a fase de crescimento e desenvolvimento, a fase reprodutiva e a senescência, ou envelhecimento. A fase seguinte é caracterizada pela capacidade de reprodução do indivíduo, que garante a sobrevivência, perpetuação e evolução da própria espécie. A terceira fase, a senescência, é caracterizada pelo declínio da capacidade funcional do organismo. (HOFFMAN, [s.d.], [s.p.]).

    Quando falamos de idosos já nos vem em mente pessoas frágeis, impotentes, limitadas, dependentes, sensíveis e dependentes de auxilio de pessoas. Lembrando que muitas das doenças adquiridas na velhice são por maus hábitos e doenças psicossomáticas que acaba influenciando em um agravamento de um quadro de doença podendo torná-la crônica. A atividade Física e o trabalho de fortalecimento muscular podem reverter essa idéia que temos sobre eles, aumentando o seu convívio social, autonomia, diminuir suas limitações entre tantos outros benefícios que iremos apresentar.

    Para ter uma vida bem saudável, temos que praticar atividade física frequentemente e regularmente, sempre orientado por pessoas qualificadas e acompanhamento médico.

    A atividade Física melhora a capacidade funcional e autonomia do idoso durante o envelhecimento, contribui na manutenção e aumento da densidade Óssea, melhora no equilíbrio, no controle de diabetes, artrite e doenças Cardíacas, promovendo uma qualidade de vida significativa no estagio da velhice.

    Alguns podem ter ouvido que o treinamento de força faz mal a saúde, que altera a pressão arterial, mas alguns estudos provam que esse tipo de atividade é muito benéfico e ajuda a controlar a pressão arterial desde que seja seguido e feito regularmente. Esses resultados de treinamento de força vêm de médio em longo prazo não sendo necessário ultrapassar o tempo de 1hora e 30minutos por semana, o importante vai ser a intensidade do exercício e não a duração. “Como o desenvolvimento muscular depende mais da intensidade do exercício que da duração do treino, as sessões curtas podem produzir resultados excelentes” (WAYNE e THOMAS, 2001).

    Um programa planejado de força poderá resultar em um ganho significativo de massa muscular, melhorando a sua performance na vida diária como, por exemplo, nos serviços domésticos, caminhada, subir e descer escadas, levantar de uma cadeira, etc.

    A perda de massa muscular no idoso é muito grande relacionada ao jovem dentre 20 e 30 anos (onde temos o melhor desempenho), essa perda é o que ocasiona a maioria dos acidentes de queda nos idosos.

    O treinamento de força é muito benéfico ajudando a combater doenças crônicas, artrite, diabetes, hipertensão, osteoporose, entre outras doenças cardiorrespiratórias. Segundo pesquisadores o ganho de massa muscular com o treinamento de alta intensidade com os homens esta bastante preservada, “examinaram um programa de treinamento de intensidade mais alta em homens mais velhos e concluíram que a capacidade dos idosos de aumentar a força esta preservada” (STEVEN E WILLIAM, 2002, p.206).

Metodologia

    Para a realização das atividades utilizamos adipômetro para medida das dobras cutâneas do tríceps, supra-íliaca e femural médio para realização do cálculo dos percentuais de gordura corporal.

    Participaram mulheres com faixa etária de 60 a 75 anos, que não participavam atualmente de nenhum tipo de atividade física.

    Durante 8 semanas foram trabalhadas atividades físicas aeróbias e diversificadas, atividades com pesos e alongamentos. As sessões eram realizadas 3 vezes por semana com duração de 45 minutos cada.

    Ao término das oito semanas realizamos uma segunda avaliação do percentual de gordura dessas mulheres para levantamento de dados comparativos da gordura inicial individual e o resultado final após o desenvolvimento das atividades realizadas.

    Os dados medidos em 10 mulheres para trabalho inicial de pesquisa onde as mesmas estavam a começar este trabalho mediante a prévia autorização apenas dos dados não podendo ser revelado suas identidades.

Tabela 1. Dados de Percentual Inicial

 

Massa Magra Inicial

Massa Gorda Inicial

% de Gordura Inicial

Sujeito 01

53,7

18,2

25,3

Sujeito 02

58,7

22,8

27,9

Sujeito 03

45,4

15,5

25,3

Sujeito 04

56,9

21,1

27

Sujeito 05

51,6

20,2

28

Sujeito 06

48,9

18,5

28

Sujeito 07

56,4

21,1

27

Sujeito 08

52

20

27,7

Sujeito 09

49,7

19,3

27,7

Sujeito 10

51,5

21,5

29,4

    Após 08 semanas de trabalho chegamos a essas medidas onde fora realizadas o calculo das massas com auxilio de um site especializado que auxilia os profissionais da área de educação física a calcular esses índices para um trabalho mais especifico.

Tabela 2. Dados de Percentual Final

 

Massa Magra Final

Massa Gorda Final

% de Gordura Final

Sujeito 01

54,2

17,2

24,1

Sujeito 02

59,1

20

25,2

Sujeito 03

46

14,7

24,2

Sujeito 04

57,2

19,7

25,6

Sujeito 05

52

18,6

26,3

Sujeito 06

49,5

17

25,3

Sujeito 07

56,7

20

26,1

Sujeito 08

52,4

19

26,6

Sujeito 09

50,2

17

25,2

Sujeito 10

51,8

20

27,8

    Após o uso desta ferramenta que nos auxiliou fizemos uma conta para verificar o percentual real onde o calculo feito fora %G.I - %G.F = VP (Gordura Inicial – Gordura Final = Resultado Percentual). Que nos demonstrou um resultado satisfatório nos olhares das pessoas a qual se submeteu a pesquisa.

Tabela 3. Dados Comparativos do Percentual Inicial/Final

 

% de Gordura Inicial

% de Gordura Final

Variação Percentual

Sujeito 01

25,3

24,1

1,2

Sujeito 02

27,9

25,2

2,7

Sujeito 03

25,3

24,2

1,1

Sujeito 04

27

25,6

1,4

Sujeito 05

28

26,3

1,7

Sujeito 06

28

25,3

2,7

Sujeito 07

27

26,1

0,9

Sujeito 08

27,7

26,6

1,1

Sujeito 09

27,7

25,2

2,5

Sujeito 10

29,4

27,8

1,6

Considerações finais

    Concluímos que o trabalho realizado foi de vital importância para as avaliadas, auxiliando na autonomia e agregando uma qualidade de vida perdida com o passar do tempo.

    Todas as participantes demonstram algumas limitações trazidas pelo passar dos anos inativos, mas nada que não poderia ser minimizada pela combinação de exercícios apropriados para a fase na qual a pessoa se encontra.

    O trabalho realizado com exercícios aeróbios e atividades com pesos variados, sendo eles uma pequena base para as inúmeras e diversas estruturas de atividades para se trabalhar com as pessoas idosas e obesas obtendo resultados satisfatórios dentro da modalidade a qual escolhida por nós.

    Onde concluímos que uma série de exercícios físicos bem estruturados para a fase da melhor idade é fundamental para prevenir e trazer um beneficio de vida, tais quais os dados da tabela demonstram que a pratica de exercícios faz com que a pessoa volte a ter um diferencial para a vida no atual estado em que ela se encontra de idade.

    Os exercícios aeróbios vão trabalhar melhor com resistência e uma melhora significativa no trato cardiovascular conseguindo prevenir um infarto de miocárdio e consequentemente uma melhora no sistema respiratório, auxiliando também para o emagrecimento, o combate ao estresse, fortalecimento do sistema imunológico e reduzindo os riscos de algumas doenças, isto foi o relato pesquisado e avaliado com as pessoas na qual se submeteram a experiência feita com elas.

    Já com os exercícios com pesos variados os resultados foram os esperados que foram o ganho de massa muscular e força contribuindo para prevenções de doenças trazidas de com a idade, como a perca da mobilidade e da força muscular onde provoca quedas, também trazendo uma melhoria do condicionamento físico, diminuição do peso e percentual de gordura corporal.

    Lembrando que esses resultados são melhorados de acordo com a freqüência na qual a pessoa o uso das atividades e o desempenho dela para que os resultados venham, tudo isso não é um esforço do profissional de educação física, mas sim um resultado da pessoa a qual se interessa o educador físico esta ali somente para auxiliar e orientar as pessoas, lembrando que os resultados sempre são gratificantes tanto para quem pratica quanto para quem orienta.

    O trabalho realizado nos trouxe um engrandecimento tanto no âmbito pessoal quanto no profissional, pois ver a melhora e o estímulo das pessoas a qual trabalhamos juntos foi algo impagável tanto para uma melhora acadêmica, pois este trabalho mexeu muito trazendo um valor inestimável para a Vida enquanto Vida.

Referências bibliográficas

  • CORAZZA, Maria Alice; Terceira Idade & Atividade Física, editora Phorte, 2001.

  • HOFFMANN, Maria Edwiges. Bases Biológicas do Envelhecimento. Disponível em http://www.comciencia.br/reportagens/envelhecimento/texto/env10.htm. Acessado em 21/08/08

  • MEIRELLES, Morgana A.E; Atividades Física na Terceira Idade, editora SPRINT, Rio de Janeiro, 3ª ed., 2000

  • PERCENTUAL DE GORDURA PARA MULHERES: protocolo de três dobras para mulheres adultas. Disponível em http://www.saudeemmovimento.com.br/saude/avaliation_fisica_i.htm. Acessado em 17/10/2008

  • PONT GÉIS, Pilar; Atividade física e Saúde na Terceira Idade: Teoria e Pratica.

  • STEVEN, J. Fleck e WILLIAM J. Kraemer; Fundamentos do Treinamento de Força Muscular, editora ARTMED, 2ªed., Porto Alegre: 2002.

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