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A influência da atividade física nos fatores de risco 

cardiovascular associados ao diabetes insulino resistente

Influencia de la actividad física en los factores de riesgo cardiovascular asociados a la diabetes insulino resistente

Physical activity influence on associated insulin resistance diabetes cardiovascular risk factors

 

*Mestre em Educação Física

Professor do curso de Educação Física da

Universidade Presidente Antônio Carlos, Ponte Nova, MG

Professor do curso de Educação Física da

Faculdade Governador Ozanam Coelho, Ubá, MG

**Mestre em Educação Física

Professor do curso de Educação Física da Faculdade Atenas, Paracatu, MG.

***Mestre em Educação Física. Professora do curso de Educação Física

Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG

Osvaldo Costa Moreira*

Bruno Gonzaga Teodoro**

Cláudia Eliza Patrocínio de Oliveira***

moreiraoc@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O Diabetes Mellitus, principalmente o diabetes mellitus insulino resistente (DMIR), é altamente associado com a morbi-mortalidade cardiovascular, o que acarreta elevados custos para o sistema de saúde pública. Aterosclerose, hipertensão arterial e infarto do miocárdio são exemplos de doenças que afetam o indivíduo diabético, sendo que essas doenças também estão altamente correlacionadas à presença da obesidade. Intervenções no estilo de vida são as principais estratégias para a prevenção e tratamento dessas doenças, sendo a atividade física um importante instrumento no tratamento e prevenção do diabetes. A presente revisão tem por objetivo explorar o papel da atividade física no tratamento e na prevenção dos fatores de risco cardiovascular associados ao DMIR. O exercício, em suas diferentes manifestações, possui impacto comprovado na prevenção e tratamento dos fatores de risco cardiovascular associados ao DMIR. Tanto o exercício aeróbio, quanto o exercício de força e o exercício vibratório, entre outros, estão associados à melhoras em parâmetros glicêmicos em indivíduos com DMIR e sujeitos à risco cardiovascular aumentado. Assim, o exercício físico relaciona-se de maneira positiva com o controle glicêmico e esta relacionado à diminuição do risco cardiovascular.

          Unitermos: Diabetes Mellitus. Exercício. Fatores de risco cardiovascular

 

Abstract

          The Diabetes Mellitus, particularly diabetes mellitus, insulin resistant (DMIR) is highly associated with cardiovascular morbidity and mortality, leading to high costs for the health public system. Atherosclerosis, hypertension and myocardial infarction are examples of diseases that affect the diabetic subjects, whereas these diseases are also highly correlated to the presence of obesity. Interventions in lifestyle are the main strategies for prevention and treatment of these diseases, and physical activity an important tool in the treatment and prevention of diabetes. This review aims to explore the role of physical activity in the treatment and prevention of cardiovascular risk factors associated with DMIR. The exercise, in its various manifestations, has proven impact in the prevention and treatment of cardiovascular risk factors associated with DMIR. Both the aerobic exercise, as the exercise of power and vibration performance, among others, are associated with improvements in glycemic parameters in subjects with DMIR and subject to increased cardiovascular risk. Thus, the exercise is covered in a positive manner with glycemic control and is related to the reduction of cardiovascular risk.

          Keywords: Diabetes Mellitus. Exercise. Cardiovascular risk factors

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 144 - Mayo de 2010

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Introdução

    Atualmente, o Diabetes Mellitus Tipo 2 ou Insulino Resistente (DMIR) é a desordem metabólica mais comum em todo mundo, com aumentada taxa de prevalência em diversos grupos populacionais26,27. O aumento alarmante da prevalência do DMIR tem sido associado diretamente com o crescimento da prevalência das taxas de obesidade15,22,27.


    Existe uma estimativa de que, atualmente, 41 milhões de pessoas nos Estados Unidos se enquadram na classificação de pré-diabetes, definida como intolerância à glicose. Esses indivíduos possuem um elevado risco de desenvolver o Diabetes Mellitus11.

    No Brasil, o estudo populacional realizado em Ribeirão Preto-SP24 em população urbana na faixa de 30 a 69 anos e empregando método rápido de dosagem de glicemia, mostrou uma prevalência de 31,87% de amostras positivas (glicemia igual ou acima de 100 mg/dl) em coleta simples, para o conjunto pesquisado, variando entre 12,4% a 34,1% a prevalência de hiperglicemia para as faixas etárias estudadas.

    O Diabetes Mellitus (DM), principalmente o DMIR, é altamente associado com a morbi-mortalidade cardiovascular, o que acarreta elevados custos para o sistema de saúde pública27. Aterosclerose, hipertensão arterial e infarto do miocárdio são exemplos de doenças que afetam o indivíduo diabético, sendo que essas doenças também estão altamente correlacionadas à presença da obesidade11.

    Uma gama de fatores de risco cardio-metabólicos está estreitamente relacionada ao desenvolvimento do DMIR e de doenças cardiovasculares, sugerindo que esses fatores de risco representam um risco contínuo para o desenvolvimento de patologias3. A obesidade, hiperglicemia e resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão representam alvos terapêuticos na prevenção e no controle contra o aumento da prevalência do DMIR3.

    Embora estratégias farmacológicas sejam comumente utilizadas no tratamento das doenças crônico-degenerativas conseqüentes do DM, intervenções no estilo de vida são preferidas para a prevenção e tratamento dessas doenças14. Nesse sentido, a atividade física desempenha um importante papel tanto no tratamento quanto na prevenção do DMIR.5,14,17 Desta forma a presente revisão tem por objetivo explorar o papel da atividade física no tratamento e na prevenção dos fatores de risco cardiovascular associados ao DMIR.

Material e métodos

    O presente inquérito se caracteriza como descritivo simples, com fonte de dados documentais, conduzindo-se por meio da busca de artigos científicos na base de dados eletrônicos MEDLINE. Foram utilizados os termos livres “diabetes” e “exercise”.

    Após o cruzamento dos termos e utilizando-se como critérios de inclusão pesquisas realizadas com humanos, de janeiro de 2000 a outubro de 2008, que possuíssem os termos-chave no título e que dispusessem de livre acesso ao documento original, encontraram-se 119 referências, das quais foram selecionadas as mais relevantes para a confecção deste trabalho.

    Como forma de refinamento das informações obtidas através da leitura dos artigos e pela necessidade de suplementação desses dados, foram inseridos outros artigos, que não os encontrados no MEDLINE.

Fatores de risco de complicações cardiovasculares e diabetes mellitus insulino resistente

    Em indivíduos adultos, a coexistência da hipertensão arterial e do DMIR acarreta um maior risco de acidentes cardiovasculares, do que somente a hipertensão arterial isolada14. A hipertensão arterial é o maior fator de risco causador de co-morbidade por doença cardiovascular associado ao DMIR, embora sua taxa de prevalência varie de acordo com o corte de normalidade adotado4.

    A dislipidemia é outro fator de risco cardiovascular comumente encontrado em sujeitos com DMIR, com altas taxas de prevalência de níveis elevados de triglicerídeos (45-60%), colesterol total (33-60%), LDL-c (24-41%) e de baixos níveis HDL-c (15-45%)4,8,14,20. As conseqüências à longo prazo da dislipidemia, associada ao descontrole glicêmico, ainda são desconhecidas. Entretanto, existe a hipótese de que os indivíduos acometidos por esta associação sejam mais susceptíveis ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares14.

    No DMIR, outro problema vascular comum é a microalbuminúria. Em estudo longitudinal foi evidenciado que indivíduos diagnosticados com DMIR antes dos 25 anos de idade demonstram uma elevada incidência de microalbuminúria em sua década de vida seguinte, e que ela pode estar relacionada com o grau de controle glicêmico18.

    Altos níveis séricos de proteína C reativa, redução da concentração de adiponectina, disfunção endotelial e rigidez arterial, são algumas complicações freqüentemente associadas à obesidade, síndrome metabólica e ao diabetes mellitus insulino dependente (DMID)8. Apesar de não existirem estudos fornecendo informações sobre a relação entre os fatores de risco e as complicações supracitadas, com o DMIR, pode-se inferir que esses fatores e complicações possam sofrer impacto do descontrole glicêmico acarretado pelo DM.

    Em pesquisa com humanos, foi observado que o aumento da gordura abdominal elevou o risco de intolerância à glicose e resistência à insulina em indivíduos normoglicêmicos10. O possível mecanismo que explica esse achado é o aumento do fluxo de ácidos graxos livres (AGL) no fígado, pâncreas e outros tecidos subjacentes19. Este processo está relacionado à excessiva liberação de adipocinas pelo tecido adiposo, o que desencadeia ações inflamatórias crônicas, contribuindo para o desenvolvimento da resistência à insulina2.

    Assim, existe uma elevada prevalência de fatores de risco cardiovascular associados ao DMIR, sendo necessários estudos longitudinais para verificar o quanto o descontrole glicêmico associados aos outros fatores de risco influenciam na gênese das enfermidades cardiovasculares.

Exercício físico como instrumento de prevenção e controle dos fatores de risco para doenças cardiovasculares em sujeitos com DMIR

    Simples modificações no estilo de vida dos portadores de DMIR podem ter impacto positivo sobre sua saúde. Yoo e colaboradores29, avaliaram os efeitos de um programa de seis meses de modificações no estilo de vida sobre a resposta do controle glicêmico de 34 indivíduos com DMIR. Os resultados encontrados sugeriram que modificações no estilo de vida de diabéticos insulino resistentes podem levar a melhora clínica no controle glicêmico.

    Da mesma forma, Yoo e Colaboradores29, ao estudarem os efeitos de um programa de modificações no estilo de vida de curto prazo sobre o metabolismo glicêmico, o metabolismo lipídico e a composição corporal em vinte e nove pacientes com DMIR, observaram evidências que demonstram a eficácia desse tipo de programa composto de exercícios físicos, dieta e apoio psicológico no controle do diabetes mellitus tipo 2. Isso sugere que, para o indivíduo diabético, pequenas modificações na sua rotina diária, no sentido do incremento da prática de exercícios físicos ou na melhor seleção dos alimentos ingeridos, podem provocar alterações benéficas sobre a patologia que se encontra instalada.

    Em mulheres brasileiras, a prevalência de DMIR foi de 16%13. A adiposidade geral e central foi diretamente associada ao DMIR, assim como a aptidão cardiorrespiratória teve associação inversa com o diabetes13. Nas mulheres inativas, com alta taxa de adiposidade, foi encontrada uma alta odds ratio para DMIR, se comparada àquelas ativas. Além disso, as mulheres inativas com circunferência do quadril maior ou igual a 94 centímetros tinham 5,8% mais chances de desenvolvimento do DMIR. Deste modo, foi observado que ao se aumentar a aptidão cardiorrespiratória e a prática de exercícios físicos e se diminuir a adiposidade, diminuíam-se as chances de instalação do DMIR. Por isso, torna-se importante o incentivo à programas de atividade física regular para redução da gordura corporal, e conseqüente diminuição as taxas de prevalência de DMIR.

    Em estudo sobre o valor de predição da capacidade aeróbica (VO2) de pacientes com DMIR para doença cardiovascular, foi constatado que, aqueles diabéticos que possuíam um VO2 pico mais baixo durante o exercício, tinham grandes chances de desenvolvimento de eventos cardiovasculares futuros21. O mecanismo de ligação entre um menor VO2 pico e uma maior chance de eventos cardiovasculares pode ser explicado pela maior prevalência de complicações microvasculares e maior pressão arterial sistólica em indivíduos com menor capacidade aeróbica21. Isso remete que, os pacientes com DMIR devem ser encorajados à prática de exercícios físicos aeróbicos, com a finalidade de melhorarem seu VO2 e, conseqüentemente, diminuírem a probabilidade de sofrerem um evento cardiovascular futuro.

    Em intervenção de uma hora de treinamento de força, duas vezes por semana, durante 12 semanas, com 19 adultos portadores de DMIR, sendo 11 experimentais e 08 controles, procurou-se verificar a influência do treinamento de força sobre a HbA1c e a força muscular. Oito dos onze participantes do grupo experimental atingiram valores de normalidade para HbA1c. Concluiu-se assim, que o treinamento de força pode ajudar no controle glicêmico em adultos com DMIR16. Entretanto, apesar dos mecanismos pelos quais o treinamento de força induz a queda dos níveis de HbA1c e o controle glicêmico não serem elucidados pelos autores, sabe-se que, o treinamento de força aumenta a sensibilidade à insulina e a captação de glicose pelo músculo12, fato que pode ter contribuído pela melhora observada no estudo.

    Baum e Colaboradores1 no intuito de comparar a influência dos exercícios de vibração (TV), de força (TF) e de flexibilidade (TFX) sobre o controle glicêmico de 40 sujeitos com DMIR, submeteram esses a 12 semanas de treinamento. Os autores obtiveram resultados que a pressão arterial sistólica diminuiu nos três tratamentos, bem como os níveis de glicose. No teste de intolerância à glicose o TF e o TV obtiveram diminuição, embora a duração do TV fosse a metade do TF. Quanto ao conteúdo de HbA1c, apenas o TV obteve redução de seus níveis. Assim, tudo indica que o TV é mais efetivo e consome menos tempo no tratamento do sujeito com DMIR.

    Os mecanismos que poderiam explicar essa vantagem do TV sobre o TF e o TFX, seriam o maior recrutamento de unidades motoras, o aumento da função endotelial e da capacidade enzimática do metabolismo energético, que são efeitos específicos das células musculares esqueléticas, que afetam o transporte de glicose1.

    Embora os mecanismos pelo qual o treinamento de força e o treinamento de vibração ainda não estejam muito bem elucidados, é comprovado que esses dois tipos de exercícios acarretam efeitos benéficos para o indivíduo diabético, seja no controle glicêmico, seja na redução dos fatores de risco cardiovascular associados1. Resta aos próximos estudos à exploração do volume e da intensidade que seriam mais benéficos e também, a tentativa de esclarecimento dos mecanismos de interferência do treinamento de força sobre o controle glicêmico e a diminuição do risco cardiovascular.

    Svacinova e colaboradores23, em estudo com pacientes diabéticos e não-diabéticos, com doença arterial coronariana (DAC), avaliaram o efeito da combinação de exercícios aeróbicos e de força sobre a reabilitação cardiovascular desses pacientes. Os autores encontraram benefícios no aumento da capacidade de trabalho e na capacidade aeróbica, sugerindo que o exercício combinado é bem tolerado e pode ser utilizado na prevenção secundária em pacientes diabéticos com DAC. Visto que o efeito benéfico da aptidão cardiorrespiratória já fora citado nesta revisão, basta aos estudos futuros investigar os mecanismos de ação da capacidade aeróbica sobre o controle glicêmico e sobre a gênese da doença cardiovascular, uma vez que estes continuam incertos.

    Em estudo de Wagner e colaboradores25, 62 sujeitos diabéticos insulino resistente foram avaliados, com o objetivo de observar o efeito do treinamento combinado (exercícios aeróbicos e exercícios de força) e do uso de arcabose no controle glicêmico, sensibilidade à insulina e fenótipo dos pacientes. Os resultados apontaram que o exercício melhorou a sensibilidade à insulina, diminuiu a gordura corporal total e a pressão arterial sistólica. A combinação entre exercício e arcabose diminuiu os níveis de glicose plasmática, da HbA1c, lipídios plasmáticos e a pressão arterial sistólica e aumentou o VO2 máximo. A arcabose, por si, não acarretou melhora para os pacientes. Os autores concluíram que a associação entre exercício combinado e arcabose promove melhora no controle glicêmico e possibilita a redução dos fatores de risco cardiovascular.

    Desta forma, apesar das diferenças metodológicas utilizadas nos estudos consultados, constatou-se que a associação entre exercícios aeróbicos e exercícios de força promove benefícios para o paciente diabético nos componentes glicêmicos, cardiovasculares e fenotípicos. Falta, entretanto, a elucidação do volume e da intensidade de cada tipo de exercício, bem como seus mecanismos de ação como fator de proteção cardiovascular e agente promotor do controle glicêmico.

    Outro estudo, que analisou a yoga como tipo de exercício, foi o realizado por Gordon7 que administraram a 231 pacientes com DMIR, duas horas de yoga e 2 horas de exercícios aeróbicos e de flexibilidade, de três a quatro vezes por semana, durante 24 semanas. Estes pacientes eram divididos em três grupos, a saber: grupo controle (GC), grupo exercitado com yoga (GEY) e grupo exercitado convencional (GEC). Ambos os grupos exercitados manifestaram decréscimo dos níveis sanguíneos de glicose no pós-treino, se comparados com o pré-treino. O colesterol total e a VLDL-c, também apresentaram redução nos grupos treinados. Com isso, os autores sugerem que a yoga possui efeitos terapêuticos na prevenção e tratamento do DMIR e que o resultado pode ter impacto direto sobre a utilização da yoga como uma modalidade de exercício terapêutico seguro, para o diabético.

    Apesar de terem sido usadas longas sessões, tanto o treinamento convencional (aeróbico e flexibilidade), quanto o treinamento de yoga, surtiram efeitos positivos sobre o controle glicêmico e sobre os fatores de risco cardiovascular. Isso denota que não só os tratamentos não-medicamentosos convencionais podem ser empregados como medida terapêutica para o indivíduo diabético. Sugere-se que mais investigações sejam realizadas sobre esses tratamentos alternativos, para que se possa estabelecer a “dose” ideal e como agem os mecanismos de ação destes, no controle glicêmico e redução do risco cardíaco.

    Entretanto, poucos estudos não demonstram melhoras em parâmetros glicêmicos associados com atividade física, como é o caso do estudo de Hatunic e colaboradores9 que não encontraram diferenças significativas no peso, hemoglobina glicosilada (HbA1c) e marcadores inflamatórios vasculares, do pré para o pós-exercício, em estudo conduzido com sete sujeitos com DMIR e IMC de 35,6 ± 1,2 Kg/m² e em 14 obesos com tolerância à glicose normal (34,3 ± 1,4 Kg/m²) que realizaram quarenta minutos de exercícios aeróbicos, quatro vezes por semana, durante três meses, apesar de o grupo de obesos ter demonstrado aumento do VO2 máximo de 20%.

Considerações finais

    O exercício, em suas diferentes manifestações, possui impacto comprovado na prevenção e tratamento dos fatores de risco cardiovascular associados ao DMIR. Mostramos que exercício aeróbio, exercício de força, exercício vibratório entre outros estão associados à melhoras em parâmetros glicêmicos em indivíduos com DMIR, sujeitos à risco cardiovascular aumentado.

    Deste modo, concluímos que o exercício físico relaciona-se de maneira positiva com o controle glicêmico e que isso esta relacionado à diminuição do risco cardiovascular. Sugerimos novos estudos que investiguem diretamente a influência do exercício aos parâmetros glicêmico e cardíacos ao mesmo tempo.

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