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A importância de trabalhar o equilíbrio das crianças

com idade entre 4 e 6 anos da educação infantil

La importancia de trabajar el equilibrio en los niños de 4 a 6 años de educación inicial

 

*Acadêmico do Curso de Licenciatura em Educação Física da

Universidade do Oeste de Santa Catarina. Campus de São Miguel do Oeste, SC

**Licenciada em Ed. Física pela Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC/SMO

Especialista em Educação Física Escolar pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM

Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação/CE/UFSM

Professora do curso de Licenciatura em Educação Física da UNOESC/SMO

João Ricardo Longhi*

Andréia Paula Basei**

andreiabasei@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          O presente estudo teve como objetivo geral analisar a importância de trabalhar o desenvolvimento motor nas aulas de Educação Física, com relação ao equilíbrio, das crianças com idade entre 4 e 6 anos da educação infantil. Esta pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa que teve como participantes 10 crianças, sendo 8 do gênero feminino e 2 do gênero masculino da turma de pré III do Centro Educacional Criança Feliz localizado no município de Maravilha, Santa Catarina. Os dados foram coletados através da bateria de testes proposta no Manual de Avaliação Motora proposto por Rosa Neto (2002), e através de um diário de campo. Constatou-se, no diagnóstico inicial diferenças significativas no desenvolvimento motor com relação ao equilíbrio considerando as variáveis idade cronológica e idade motora, o que pode ter sido influenciado por fatores internos e externos. A partir da realização da intervenção, observou-se que os alunos participaram ativamente das aulas, participando das atividades e criando um bom relacionamento com o professor. Comparando-se o pré-teste e o pós-teste, observou-se que os alunos apresentaram melhoras significativas no seu nível de desenvolvimento do equilíbrio. Por fim, aponta-se a importância e necessidade de trabalhar o desenvolvimento motor, o que pode ajudar a criança nos processos de aprendizagem escolar.

          Unitermos: Educação Física Escolar. Educação infantil. Desenvolvimento motor. Equilíbrio

 

Abstract

          The present study had as general objective to analyze the importance of working the motor development in the classes of Physical education, regarding the balance, of the children with age between 4 and 6 years of the infantile education. This research is characterized as a descriptive research, with qualitative approach that he/she had as participants 10 children, being 8 of the feminine gender and 2 of the masculine gender of the group of the Center Education Happy Child located in the municipal district of Marvel, Santa Catarina. The data were collected through the battery of tests proposed in the Manual of Motive Evaluation proposed by Rosa Neto (2002), and through a field diary. It was verified, in the diagnosis initial significant differences in the motor development regarding the balance considering the variables chronological age and motive age, what might have been influenced by internal and external factors. Starting from the accomplishment of the intervention, it was observed that the students participated actively of the classes, participating in the activities and creating a good relationship with the teacher. Being compared the pré-test and the powder-test, it was observed that the students presented significant improvements in his/her level of development of the balance. Finally, it is pointed the importance and need of working the motor development, what can help the child in the processes of school learning.

          Keywords: School Physical education. Childhood education. Motor development. Balance

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 143 - Abril de 2010

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Introdução

    A criança ao iniciar seu período escolar, possui um número variado de experiências de movimento adquiridas ao longo do seu desenvolvimento, no entanto, estas experiências precisam ser organizadas e aprofundadas visando a realização de atividades de movimento mais complexas no intuito de ampliar as possibilidades para a sua vida cotidiana. Nesse sentido, acredita-se que é de grande importância trabalhar na Educação Infantil o desenvolvimento motor da criança.

    É preciso trabalhar o desenvolvimento motor com a criança para que ela conheça o seu corpo para então entender o contexto onde vive. Experiências de movimento são fundamentais na criança desde seus primeiros dias de vida, para ela começar a perceber suas habilidades motoras. Para isso, é necessário proporcionar a criança todo e qualquer tipo de experiência de movimento, que ela queira efetuar livremente ou estimulados por professores de Educação Física.

    Oferecendo estas possibilidades, segundo Le Boulch (2001, p.161),

    A criança delimita seu “corpo próprio” do mundo dos objetos através da atividade prática realizada na pesquisa do ambiente. Os jogos e o trabalho de coordenação global permitem prolongar esta experiência vivenciada com o corpo durante o período pré-escolar.

    Deve-se desenvolver as habilidades motoras das crianças ainda na Educação Infantil, onde não é exigido o esforço para se atingir um objetivo e sim apenas experiências de movimento com jogos, brincadeiras, rodas contatas, atividades lúdicas e outras que já fazem parte do cotidiano infantil, já que,

    O domínio das habilidades motoras fundamentais é básico para o desenvolvimento motor da criança. As experiências motoras, em geral, fornecem múltiplas informações sobre a percepção que a criança têm de si mesma e do mundo que a cerca (Gallahue, 2003, p. 258).

    Dessa forma, é importante deixar as crianças livres durante às atividades destinadas nas aulas de Educação Física para que elas mesmas possam descobrir a forma mais fácil de realizar as atividades, não perdendo de vista os objetivos traçados para serem desenvolvidos nesta importante etapa do desenvolvimento social, afetivo, cognitivo e motor das crianças.

    De acordo com Magill (2001, p. 162),

    [...] no início da prática o aprendiz tem um pensamento consciente praticamente em todas as partes do desempenho das habilidades. Mas, à medida que a pessoa pratica a habilidade e se torna mais competente, a atenção consciente dirigida ao desempenho da própria habilidade diminui, até que o desempenho se torne praticamente automático.

    Todo e qualquer tipo de movimento é importante para a criança, experiências de movimento serão importantes, e quando praticadas com certa frequência na infância, jamais serão esquecidas ao longo da sua vida, fazendo com que a criança não se sinta constrangida em determinadas situações por nunca ter praticado certa atividade.

    De acordo com Magill (2001, p. 193), é importante considerar que,

    As instruções verbais e a demonstração são inegavelmente os meios mais comumente utilizados para comunicar às pessoas, como desempenhar habilidades motoras. As evidências experimentais reafirmam o valor da instrução verbal como um veículo facilitador da aquisição de habilidades. Diversos fatores são particularmente importantes no desenvolvimento de instruções verbais eficazes.

    Sendo assim, é preciso trabalhar movimentos locomotores fundamentais com as crianças, como saltar, andar, correr, rolar, arremessar. Através destes movimentos, é preciso incrementar no decorrer das atividades, movimentos mais amplos e com maior grau de dificuldade, possibilitando uma avaliação do trabalho desenvolvido e o aumento do grau de complexidade das atividades realizadas, assim como o trabalho visando o desenvolvimento das habilidades motoras presentes em todas as atividades que as crianças virão a realizar dentro ou fora do contexto escolar.

    Para este estudo, destaca-se a relevância de trabalhar o equilíbrio nas aulas de Educação Física na Educação Infantil. Para Rosa Neto (2002, p. 17) o equilíbrio é o estado de um corpo quando forças distintas que atuam sobre ele se compensam e anulam-se mutuamente. Do ponto de vista biológico, a possibilidade de manter posturas, posições e atitudes indicam a existência de equilíbrio.

    De acordo com Araújo (1992, p. 36) ao trabalhar a coordenação motora, o equilíbrio tem um papel muito importante, pois o aperfeiçoamento progressivo da realização motora da criança só será mantido se esta for levada a sustentar um equilíbrio corporal seja em estado de relaxamento ou movimento. Importante considerar que, muitas vezes o distúrbio pode refletir no estado emocional da criança, ocasionando-lhe insegurança, distração, angústia, etc., e quanto mais o equilíbrio for prejudicado, mais energia se consome, sendo assim, a realização de movimentos econômicos e harmônicos é condição favorável à interação da criança consigo mesma e com o meio onde vive.

    A otimização dessa interação é dependente do nível de desenvolvimento do equilíbrio de cada criança, pois como afirmam Haywood e Getchell (2004, p. 219) é importante manter o equilíbrio em um número praticamente infinito de situações. Algumas vezes são situações onde as crianças estão paradas (equilíbrio estático) e em outras vezes quando estão em movimento (equilíbrio dinâmico).

    Matveev (1998, p. 34) afirma que o equilíbrio estático pode ser desenvolvido pela complexidade da estrutura do exercício e também pela alteração do estado psicofuncional dos alunos. A experiência no equilíbrio estático forma-se através da alteração gradual da complexidade de coordenação de uma ação motora.

    Corroborando com essa ideia, Santos (2001, p. 20) afirma que o equilíbrio estático requer que a criança mantenha uma postura fixa, como equilibrar-se em uma bicicleta parada. Para isso, é necessária certa calma, uma respiração tranquila e fixar um ponto, o que faz do equilíbrio estático ser mais difícil do que o dinâmico.

    Para Matveev (1998, p. 34) o equilíbrio dinâmico caracteriza-se pela manutenção do corpo no espaço durante as ações motoras. O aperfeiçoamento do equilíbrio dinâmico realiza-se através de exercícios cíclicos (corrida, caminhada em terreno inclinado, etc.).

    Conforme Santos (2001, p. 21) o equilíbrio dinâmico se dá em locomoção ou quando é necessário mudar de posição como: andar, correr, saltar, diminuir a base, mudar de posição, etc. Isso, segundo o autor, exige uma reorganização muscular quase constante.

    Partindo desse contexto, o objetivo geral deste estudo foi analisar a importância de trabalhar o desenvolvimento motor nas aulas de Educação Física, com relação ao equilíbrio, das crianças com idade entre 4 e 6 anos da Educação Infantil, diagnosticando o nível de desenvolvimento motor dos alunos da Educação Infantil em relação ao equilíbrio, por meio da escala de Desenvolvimento Motor (ROSA NETO, 2002); implementando uma proposta de intervenção nas aulas de Educação Física para os alunos visando contribuir com o desenvolvimento motor em relação ao equilíbrio para posteriormente, comparar os resultados obtidos no diagnóstico inicial através do pré-teste com os resultados obtidos no pós-teste, após a intervenção nas aulas de Educação Física.

Procedimentos metodológicos

    O presente estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa descritiva, já que, como apontado por Triviños (1987, p.110, grifo do autor),

    A maioria dos estudos que se realizam no campo da educação são de natureza descritiva. O foco destes estudos reside no desejo de conhecer a comunidade, seus traços, características, suas gentes, seus problemas, suas escolas, seus professores, sua educação, sua preparação para o trabalho, seus valores, os problemas do analfabetismo, a desnutrição, as reformas curriculares, os métodos de ensino, o mercado ocupacional, os problemas do adolescente, etc. Os estudos descritivos exigem do pesquisador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Por exemplo, se um pesquisador deseja pesquisar sobre interesses de formação e aperfeiçoamento dos professores de uma comunidade, ele deve saber, verbi gratia, que existem regimes de trabalho, diferentes tipos de escolas, que os professores se diferenciam pela idade, sexo, estado civil, etc. O estudo descritivo pretende descrever “com exatidão” os fatos e fenômenos de determinada realidade.

    Os participantes deste estudo foram alunos com idades de 4 á 6 anos, da turma de Pré III B, sendo 8 meninas e 2 meninos, matriculados no Centro Educacional Criança Feliz, localizado no município de Maravilha, Santa Catarina.

    Para a coleta de dados, foi utilizada a escala de Desenvolvimento Motor, proposta por Rosa Neto (2002) para avaliar as crianças de 2 a 11 anos de idade.

    Os resultados da bateria foram avaliados de acordo com o protocolo de Rosa Neto (2002).

    Para a realização desta pesquisa, primeiramente foi entrado em contato com a direção da escola onde foi entregue a carta de apresentação solicitando a autorização para este estudo. Em seguida, foi entregue aos pais dos alunos o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, onde os mesmos foram informados dos objetivos da realização deste estudo, sendo que todos os alunos participantes da pesquisa tiveram o consentimento dos pais.

    Ao iniciar a pesquisa foi realizado o diagnóstico da escala de Desenvolvimento Motor, proposta por Rosa Neto (2002). Esta bateria de testes foi aplicada em uma sala previamente organizada, onde estava presente somente o pesquisador. Esta precaução garantiu um melhor acompanhamento e precisão na fase de coleta de dados. Conforme os alunos realizavam os testes, o pesquisador anotava os pontos obtidos de cada tarefa em uma ficha própria, e ao final da bateria de testes, foi feita a análise e a tabulação dos dados.

    Para a realização da intervenção, utilizou-se como fundamentação teórica para o planejamento das aulas a abordagem desenvolvimentista. Segundo Darido (2003, p.5) para a abordagem desenvolvimentista, a Educação Física deve proporcionar ao aluno condições para que seu comportamento motor seja desenvolvido através da interação entre o aumento da diversificação e a complexidade dos movimentos. Assim, o principal objetivo da Educação Física é oferecer experiências de movimento adequadas ao seu nível de crescimento e desenvolvimento, a fim de que a aprendizagem das habilidades motoras seja alcançada. A criança deve aprender a se movimentar para adaptar-se às demandas e exigências do cotidiano em termos de desafios motores.

    Após o desenvolvimento da proposta de intervenção foi realizado o pós-teste, repetindo a bateria de testes realizados no pré-teste a fim de verificar as possíveis contribuições das aulas para o desenvolvimento do equilíbrio dos alunos.

    Para análise do pré-teste e do pós-teste (aplicação da bateria) foi levado em consideração as orientações da própria bateria de Rosa Neto (2002) comparando idade cronológica com idade motora. E, em seguida, os dados obtidos foram tabulados, analisados e discutidos tendo como base o referencial teórico adotado para esta pesquisa.

Apresentação e discussão dos resultados

    Considerando o objetivo deste estudo de analisar a importância de trabalhar o desenvolvimento motor nas aulas de Educação Física, com relação ao equilíbrio, das crianças com idade entre 4 e 6 anos da Educação Infantil, neste item são apresentados e discutidos os resultados obtidos.

    Para o diagnóstico inicial do equilíbrio dos alunos foram realizadas as atividades constantes na bateria de testes da Escala de Desenvolvimento Motor, desenvolvida por Rosa Neto (2002) e organizadas a partir da idade cronológica das crianças, constando das seguintes atividades:

  • 02 anos – equilíbrio estático sobre um banco: sobre um banco de 15 cm de altura, a criança deve manter-se imóvel, com os pés juntos, com os braços relaxados junto ao corpo. Erros: deslocar os pés, mover os braços. Duração: 10 segundos.

  • 03 anos – equilíbrio sobre um joelho: os braços devem estar ao longo do corpo, os pés juntos. Deve-se apoiar um joelho no chão sem mover os braços ou o outro pé. Manter a posição, com o tronco ereto (sem sentar-se sobre o calcanhar). Após 20 segundos de descanso, o mesmo exercício deve ser feito com a outra perna. Erros: o tempo ser inferior a 10 segundos, haver deslizamentos dos braços, do pé ou do joelho, sentar-se sobre o calcanhar. Tentativas: 02 para cada perna.

  • 04 anos – equilíbrio com o tronco flexionado: com os olhos abertos, os pés juntos e as mãos apoiadas nas costas, deve-se flexionar o tronco em ângulo reto e manter essa posição. Erros: movimento dos pés, flexão das pernas, tempo inferior a 10 segundos. Tentativas: 02.

  • 05 anos – equilíbrio na ponta dos pés: manter-se sobre a ponta dos pés, com os olhos abertos e com os braços ao longo do corpo, estando pés e pernas juntos. Duração: 10 segundos. Tentativas: 03.

  • 06 anos – pé manco estático: com os olhos abertos, manter-se sobre a perna direita, enquanto a outra permanecerá flexionada em ângulo reto, com a coxa paralela a direita e ligeiramente em abdução e com os braços ao longo do corpo. Descansar por 30 segundos e fazer o mesmo exercício com a outra perna. Erros: baixar mais de três vezes a perna levantada, tocar com o outro pé no chão, saltar, elevar-se sobre a ponta do pé, balançar. Duração: 10 segundos. Tentativas: 03.

  • 07 anos- equilíbrio de cócoras: ficar de cócoras, com os braços estendidos lateralmente, com os olhos fechados e com os calcanhares e pés juntos. Erros: cair, sentar-se sobre os calcanhares, tocar no chão com as mãos, deslizar-se, baixar os braços três vezes. Duração: 10 segundos. Tentativas: 03.

  • 08 anos – equilíbrio com o tronco flexionado: com os olhos abertos, com a mãos nas costas, elevar-se sobre as pontas dos pés e flexionar-se o tronco em ângulo reto (pernas retas). Erros: flexionar as pernas mais de duas vezes, mover-se do lugar, tocar o chão com os calcanhares. Duração: 10 segundos. Tentativas: 02.

  • 09 anos – fazer um quatro: manter-se sobre o pé esquerdo com a plante do pé direito apoiada na face interna do joelho, com as mãos fixadas nas coxas e com os olhos abertos. Após descanso de 30 segundos, executar o mesmo movimento com a outra perna. Erros: deixar cair a perna, perder o equilíbrio, elevar-se sobre a ponta dos pés. Duração: 15 segundos. Tentativas: 02 para cada perna.

  • 10 anos – equilíbrio na ponta dos pés – olhos fechados: manter-se sobre a ponta dos pés com os olhos fechados, com os braços ao longo do corpo e com os pés e pernas juntos. Erros: mover-se do lugar, tocar o chão com os calcanhares, balançar o corpo (permitir-se ligeira oscilação). Duração: 15 segundos. Tentativas: 03.

  • 11 anos – pé manco estático – olhos fechados: com os olhos fechados, manter-se sobre a perna direita, com o joelho esquerdo flexionado em ângulo reto, com a coxa esquerda paralela a direita em ligeira abdução e com os braços ao longo do corpo. Após 30 segundos de descanso, repetir o mesmo exercício com a outra perna. Erros: baixar mais de três vezes a perna, tocar o chão com a perna levantada, mover-se do lugar, saltar. Duração: 10 segundos. Tentativas: 02 para cada perna.

    A partir da realização destas atividades no pré-teste e tendo em vista os dados coletados, pode-se observar que o desenvolvimento motor do grupo com relação ao equilíbrio não apresentou índices muito inferiores ao padrão estabelecido por Rosa Neto (2002), quando comparadas idade cronológica com idade motora, como pode ser observado na Tabela 1.

Tabela 1. Dados referentes ao pré-teste

Alunos

Idade cronológica

Idade motora

 

 

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

A

5 anos

 

x

 

 

 

 

 

 

 

 

B

5 anos

 

x

x

 

 

 

 

 

 

 

C

6 anos

 

x

x

x

 

 

 

 

 

 

D

6 anos

 

x

x

x

 

 

 

 

 

 

E

6 anos

 

x

x

 

 

 

 

 

 

 

F

6 anos

 

x

x

 

 

 

 

 

 

 

G

6 anos

 

x

x

x

x

 

 

 

 

 

H

6 anos

 

x

x

x

 

 

 

 

 

 

I

5 anos

 

x

x

x

 

 

 

 

 

 

J

5 anos

 

x

x

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Os Autores.

    Considerando esses dados, é importante salientar que o desempenho inferior de alguns alunos pode estar relacionado com outros fatores de interferência, pois como nos aponta Rosa Neto (2002, p. 115) “o desenvolvimento motor se produz pela combinação de influências da maturação e das influências do ambiente”. Corroborando com essa afirmação, Gallahue e Ozmun (2003, p. 166) afirmam que “o desenvolvimento motor não se deve apenas a maturação neurológica, mas também por um sistema auto-organizado que envolve a tarefa, o ambiente e o indivíduo”.

    Dentre esses fatores pode-se destacar questões como: o professor como um sujeito estranho se inserindo no contexto da pesquisa, o desconhecimento das atividades que seriam desenvolvidas nos testes pelos alunos, experiências de movimento anteriores, entre outros.

    Para exemplificar essas questões pode-se mencionar o caso da aluna A, que obteve um desempenho considerado bastante inferior com relação as variáveis comparadas – idade cronológica e idade motora. Observando a resistência da aluna em realizar os testes, buscou-se conhecer um pouco mais da vida de movimento dela, com isso constatou-se que as experiências de movimento anteriores tornaram-se fator relevante para o desempenho da aluna no pré-teste realizado. Isso pode ser justificado tendo em vista que a aluna fala sobre as aulas que balé que ela praticava, onde ela relata que não gostaria de fazer os testes, pois eram os mesmos movimentos das aulas, e ela não gostava das aulas, participava da escolinha pelo fato de seus pais terem a matriculado. Ao realizar o primeiro exercício, da idade motora dos 3 anos, ela já pediu para se retirar da sala.

    No desenvolvimento das atividades constatou-se que os alunos ao realizar os testes motores antes da prática de intervenção, mostraram estar abaixo da média por inibição, insegurança, medo, pois não sabiam ao certo do que se tratava estes testes e nem conheciam a pessoa que estava aplicando as atividades. Observou-se no decorrer das atividades que os alunos já possuíam facilidade em desenvolver todas as atividades aplicadas, baseadas no teste, com a intenção de melhorar seu desempenho. Com o desenvolvimento das aulas e a interação aluno/professor, professor/aluno, todos desenvolveram as atividades.

    Com relação a este aspecto, é importante salientar que “uma das possíveis causas das crianças apresentarem um baixo nível de desenvolvimento motor pode estar diretamente ligado ao estilo de vida que estas crianças vivem” (PAZIN, 2006).

    Sobre essa questão ainda, Go Tani et. al. (1988, p. 74) afirmam que “a preocupação em refinar o padrão fundamental de movimento, antes que a performance seja relativamente madura, resultará no insucesso por parte da criança, com implicações negativas de ordem fisiológica, psicológica e social”. Conforme os autores, é importante respeitar que a “a fase que se estende do nascimento até aproximadamente os seis anos de idade corresponde basicamente a um período de aquisição e, após os seis anos, a um refinamento e combinação desses padrões”.

    Como podemos observar ainda na Tabela 1 os alunos B, E, F e J também tiveram um resultado inferior ao ideal nos resultados da sua idade motora em relação a sua idade cronológica. Pelo que foi percebido no desenvolvimento dos testes destes alunos, faltou auto-confiança na hora da realização do teste, pois eram atividades desconhecidas por eles, em ambiente reservado. Os alunos realizavam um exercício e queriam saber se já podiam voltar para a sala. O medo de errar o exercício e a insegurança foram fatores que influenciaram no seu desempenho em relação a sua idade motora.

    Os demais alunos, C, D, G, H e I desenvolveram os testes motores naturalmente e tiveram resultados considerados dentro dos padrões estabelecidos por Rosa Neto (2002), quando comparado a sua idade motora em relação a sua idade cronológica. Isso, certamente pode ser justificado pelo trabalho já desenvolvido pelo professor durante as aulas de Educação Física e também as suas experiências de movimento fora da escola.

    Partindo desse diagnóstico inicial e acreditando nas possibilidades de a Educação Física contribuir com o desenvolvimento motor dos indivíduos e na importância dessa disciplina em âmbito escolar, buscou-se na proposta desenvolvimentista os fundamentos pedagógicos e metodológicos para a construção e desenvolvimento de uma proposta de intervenção para a educação infantil. Esta proposta, conforme Go Tani et. al. (1988), seu preconizador no Brasil, é uma tentativa de estabelecer uma fundamentação teórica para a educação física principalmente para crianças de 4 a 14 anos, buscando subsídios nos processos de crescimento, desenvolvimento e aprendizagem motora.

    Conforme Go Tani et. al. (1988) a Educação Física busca compreender as características dos processos de crescimento, de desenvolvimento e de aprendizagem motora de cada indivíduo visando identificar e atender as necessidades e expectativas de cada um, em cada fase do desenvolvimento. Não se trata de treinar ou adestrar os indivíduos através do/para o movimento, mas de desenvolver atividades que realmente atendam as necessidades das crianças.

    Segundo o autor, trata-se de uma tentativa de caracterizar a progressão normal no crescimento físico, desenvolvimento fisiológico, motor, cognitivo e afetivo-social, na aprendizagem motora e especialmente na interação destes processos em cada faixa etária das crianças. E, em função dessas características é que o autor propõe que seja estruturada e desenvolvida a educação física no âmbito escolar. Nesse sentido, destaca-se a importância de realizar o diagnóstico do nível de desenvolvimento motor das crianças considerando a faixa etária que se encontram.

    De acordo com Xavier Neto et. al. (2005, p.14) é de grande importância a Educação Física possibilitar aos alunos, de uma forma hierarquizada, os movimentos tendo em vista a relação de menor para maior complexidade, proporcionando movimentos adequados ao seu nível de desenvolvimento fisiológico para que a aprendizagem motora seja alcançada.

    Partindo do princípio de que todo ser humano é basicamente um iniciante diante das tarefas e situações novas, em termos de aprendizagem motora, é de grande importância conhecermos as características de comportamento daqueles que se iniciam na aquisição de uma habilidade motora. Aliás, habilidade motora é um dos conceitos mais importantes dentro desta abordagem (a desenvolvimentista), também sendo os conteúdos que deverão ser trabalhados na escola, pois é através dela que os seres humanos se adaptam aos problemas do cotidiano, resolvendo problemas motores. Desta forma, esta concepção é uma área de desenvolvimento motor.

    Os conteúdos devem obedecer uma sequência fundamentada no modelo de taxionomia do desenvolvimento motor, na seguinte ordem: fase dos movimentos fetais, fase dos movimentos espontâneos e reflexos, fase dos movimentos rudimentares, fase dos movimentos fundamentais, fase de combinações de movimentos fundamentais e movimentos culturais determinados.

    Como estratégia metodológica é enfatizada a orientação do processo de ensino-aprendizagem na sequência dos processos de crescimento, estágio inicial, elementar e maduro e a possibilidade da participação do aluno na resolução de problemas, abrindo espaço para decisões e sugestões dos alunos, o que é de grande importância na educação infantil (GO TANI ET AL, 1988).

    Xavier Neto et. al. (2005, p.14) afirmam que o professor é quem terá um papel diretivo nas aulas, pois ele é o responsável por uma sistematização capaz de indicar aos alunos como o movimento deve ser efetuado. O professor transmitirá o conhecimento através de comandos, tarefas e programações individuais, melhorando a performance do aluno e colaborando para o alcance do movimento perfeito. É nessa proposta que o erro deve ser compreendido como um processo fundamental para aquisição de habilidade motora. Os autores mostram preocupação com a valorização do processo de aquisição de habilidades, evitando-se o que denominam de imediatismo e da busca do produto.

    Para verificar o erro do aluno é preciso conhecer as etapas da aquisição das habilidades motoras básicas. O reconhecimento do erro deve ser realizado através da observação sistemática das fases de aquisição de cada uma das habilidades motoras, de acordo com a faixa etária. No processo avaliativo são identificados os aspectos relativos a observação do movimento perfeito. O professor deverá observar e corrigir quando o aluno não estiver executando os movimentos corretamente, e é a partir da observação que o mesmo obterá este feedback de informações necessárias a sua intervenção. A partir desta avaliação aprimora-se a técnica da habilidade motora, principalmente pela repetição de gesto.

    Partindo desses pressupostos, e enfocando os objetivos desta pesquisa, é que foi realizada a intervenção nas aulas de Educação Física da educação infantil. Esta, possibilitou o oferecimento de diversas atividades de movimento para as crianças, adequadas ao seu estágio de desenvolvimento e crescimento visando a contribuição com o desenvolvimento das habilidades motoras e, especificamente com o equilíbrio.

    Após a realização da intervenção nas aulas de Educação Física, realizou-se novamente a bateria de testes motores para a obtenção de dados referentes ao pós-teste e para analisar a importância de trabalhar o desenvolvimento motor nas aulas de Educação Física com relação ao equilíbrio das crianças com idade entre 4 e 6 anos da Educação Infantil.

    Dessa forma, pode-se observar na Tabela 2, referente ao pós-teste, os resultados obtidos. Destaca-se a importância da realização dos testes motores a fim do professor diagnosticar a performance dos alunos, podendo fazer uma análise das habilidades, equilíbrio, nesse caso, e, com base nessas informações, planejar as atividades que possam contribuir com o desenvolvimento motor dos alunos (GO TANI et. al., 1988).

Tabela 2. Dados referentes ao pós-teste

Alunos

Idade cronológica

Idade motora

 

 

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

A

5 anos

 

x

x

x

 

 

 

 

 

 

B

5 anos

 

x

x

x

 

 

 

 

 

 

C

6 anos

 

x

x

x

 

 

 

 

 

 

D

6 anos

 

x

x

x

 

 

 

 

 

 

E

6 anos

 

x

x

x

 

 

 

 

 

 

F

6 anos

 

x

x

x

x

 

 

 

 

 

G

6 anos

 

x

x

x

x

 

 

 

 

 

H

6 anos

 

x

x

x

x

 

 

 

 

 

I

5 anos

 

x

x

x

 

 

 

 

 

 

J

5 anos

 

x

x

x

 

 

 

 

 

 

Fonte: O autor.

    Ao analisar os dados apresentados na tabela, verificou-se que o maior percentual de pré-escolares no, pós-teste, encontra-se num nível de desenvolvimento motor classificado como ideal se relacionarmos a idade cronológica com a idade motora.

    Após o desenvolvimento das atividades constatou-se que a aluna A teve uma melhora significativa da sua idade motora em relação a sua idade cronológica, onde no decorrer das atividades constatou-se que sua vida fora da escola teve influência, pois no desenvolvimento do pré-teste a aluna havia mencionado que não gostava de realizar os exercícios determinados, pois eram os mesmos feitos em suas aulas de balé. Mas com o envolvimento e a interação que houve entre professor/aluno a insegurança de realizar os testes foi esquecida pela aluna e no decorrer das aulas verificou-se que as melhorias foram significativas, mesmo considerando os fatores de interferência.

    Mattos e Neira (2004, p. 50-51) afirmam que o processo de aprendizagem é “individual” no aluno, isto é, cada criança aprende do seu jeito e aprende algo diferente. Recordemos as condições para a construção do conhecimento: cada criança tem um nível maturacional diferente, tem uma bagagem de experiências diferente, tem uma forma de interagir com o meio que lhe é próprio, possui maneiras distintas de desequilibra-se conseqüentemente o estímulo que possibilita a construção do conhecimento é absolutamente individual, logo tendo 35 crianças na classe, terei 35 processos individuais de construção do conhecimento.

    Ao apontar a importância do equilíbrio e da interação com o meio na sua ligação com o fazer pedagógico, conforme o autor, é possível concluir que é a atuação do professor que desencadeará a atividade auto-estruturante, isto é, a ascensão a patamares mais altos de conhecimento passa pela ação do professor sobre a mediação do conhecimento.

    Nesse sentido, diferentemente do que se pregava até então o centro de interesse é a interação professor/aluno e não o aluno. O professor tem que ser um especialista em interagir com o aluno, sua preocupação deve ser o como fazer para possibilitar uma aprendizagem mais eficiente e menos trabalhosa para a criança. Neste sentido o professor é orientador, guia, facilitador da aprendizagem e não dono da verdade, possuidor do saber com uma aula totalmente centrada na sua capacidade de abordar o tema falando sobre ele (Mattos; Neira, 2004).

    Go Tani (2005, p. 275) cita que com base em uma visão ampla e dinâmica do desenvolvimento motor, propõe que a sequência de desenvolvimento tem um caráter probabilístico, ou seja, o processo é uma função direta da interação entre as restrições do organismo e do ambiente. Há evidência de que fatores ambientais e de tarefa interferem na forma com que a sequência de desenvolvimento motor irá se apresentar, em particular naquelas referentes as habilidade básicas. Como exemplo teremos a mudança de objetivo e a estabilidade do ambiente são aspectos que interagem na caracterização do estado de desenvolvimento motor da criança, assim como fatores morfológicos do próprio organismo.

    Observando os dados da Tabela 2, percebe-se também que os alunos B, E, F e J apresentaram uma melhora significativa em relação as variáveis consideradas, idade motora e idade cronológica. Tendo em vista que os mesmos desenvolveram o pré teste e o pós teste e não foi constatado possíveis fatores de interferência, como o caso da aluna A.

    Para Vayer (1980, p.127) mostrando que a criança atua, ou seja, porque ela entra em relação diretamente com certo aspecto da realidade material, é por isso que reconhece essa realidade e se diferencia em relação a ela. Porém, para que se implique na ação que conduz ao mesmo tempo a conhecer e a reconhecer-se, é preciso que disponha dos meios pessoais. Organização de si própria e organização do mundo a sua volta, são a mesma coisa, porque ambos os processos se revelam inseparáveis. É preciso igualmente que o meio, os espaços e os objetivos que o povoam manifestem algum interesse. O que importa é que a criança tenha modelos de ações e de comportamento, os que lhe são oferecidos pelas outras crianças e pelas propostas do adulto.

    Com relação aos demais alunos, C, D, G, H e I não foram observadas diferenças significativas entre pré teste e o pós teste. Isso demonstra que todos já possuem um bom desenvolvimento motor com relação ao equilíbrio, que pode ser justificado pelo bom trabalho apresentado pelo professor de Educação Física durante suas aulas e também pela vivência dos alunos fora da escola.

    De acordo com Ferraz e Flores (2004, p.58) é preciso proporcionar as crianças experiências de movimento positivas que estimulem o potencial para solução de problemas motores, de modo a auxiliar a valorização do envolvimento em atividades físicas por parte da criança. Isso aponta para a necessidade de estudos que analisem a ação pedagógica dos professores, por meio de princípios e estilos de ensino que otimizem a motivação para aprendizagem.

    Considerando que o equilíbrio se faz presente em inúmeras variações locomotoras, como: andar, saltar, pular e correr, acredita-se que o trabalho desenvolvido foi de fundamental importância para que as crianças pudessem agregar ao seu repertório motor um nível de equilíbrio mais refinado. No entendimento de Gallahue e Ozmun (2003, p.299), “o equilíbrio é crítico em todo o comportamento motor e é influenciado por uma variedade de estímulos sensitivos”, já que, todo o aparelho vestibular funciona em consonância com os sistemas visual, tátil e cinestésico, comandando o equilíbrio.

Conclusões

    Após a realização desta pesquisa, foi possível constatar que no pré-teste houveram algumas diferenças estatisticamente significativas com relação ao padrão estabelecido na escala do Rosa Neto (2002), temos o exemplo da aluna A que teve um baixo índice e verificou-se que experiências desenvolvidas pela aluna fora da escola proporcionadas pelas aulas de balé tiveram influência.

    No caso dos alunos B, E, F e J seus resultados também foram significativos onde verificou-se nos alunos a falta de auto-confiança na hora da realização do teste, pelo fato de ser atividades desconhecidas por eles, em um ambiente reservado e com a presença de uma pessoa estranha atuando como professor. A atenção voltada para a atividade que estava sendo desenvolvida em sala de aula também teve influência, pois os alunos ao término de cada atividade desenvolvida no teste, queriam voltar para a sala de aula, sendo que deveriam dar continuidade nas atividades do teste.

    Dessa forma, verificou-se que fatores de ordem interna, tais como: o medo, a insegurança, o professor como um sujeito estranho se inserindo no contexto da pesquisa, o desconhecimento das atividades que seriam desenvolvidas no teste pelos alunos, experiências anteriores são fatores que podem ter interferidos no desenvolvimento do pré teste e; externa como: condições do ambiente tanto dentro quanto fora do âmbito escolar. Experiências anteriores proporcionadas por atividades desenvolvidas fora da escola onde os pais foram os responsáveis onde muitos desejam que o filho pratique alguma modalidade esportiva que não é desejada pela criança, gerando um desagrado a criança e a rejeição por determinada atividade, podem afetar o desenvolvimento do equilíbrio.

    Após a realização da proposta de intervenção verificou-se que dos fatores de ordem interna foram anulados e não interferiram no desenvolvimento das aulas, bem como no pós-teste realizado.

    De forma geral, pode-se dizer que todos os alunos encontram-se num nível satisfatório de desenvolvimento motor com relação ao equilíbrio isto é levado em conta pelo trabalho já desenvolvido pelo professor nas aulas de educação física e pelas atividades de intervenção desenvolvidas durante esta pesquisa.

    Portanto, acredita-se na necessidade de se desenvolver trabalhos dessa natureza nas aulas de educação física, destacando-se a importância de trabalhar o desenvolvimento motor com as crianças na Educação Infantil, pois através deste, a criança conhece o seu corpo e seus limites para agir no contexto onde vive e as inúmeras experiências de movimento que este exige. Para isso é necessário oportunizar a criança experiências que possam ampliar a sua cultura de movimento não se limitando ao gesto técnico para realização de alguma ação de movimento. Isso traria uma amostra significativa onde seriam trabalhadas todas as habilidades motoras da criança, este trabalho pode ajudar a criança além do aspecto motor, nos aspectos cognitivo, afetivo e social e também nos processos de aprendizagem escolar.

Referências

  • ARAÚJO, Vânia Carvalho de. O jogo no contexto da educação psicomotora. São Paulo: Cortez, 1992. 106 p.

  • DARIDO, Suraya Cristina. Educação física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 91p.

  • LE BOULCH, Jean. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento até os 6 anos - a psicocinética na idade pré-escolar. 7. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.220 p.

  • FERRAZ, Osvaldo Luiz; FLORES, Kelly Zoppei. Educação física na educação infantil: influências de um programa na aprendizagem e desenvolvimento de conteúdos conceituais e procedimentais. Rev. bras. Educ. Fís. Esp. São Paulo, v.18, n.1, p.47-60, jan./mar. 2004 . 47

  • FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2008. 581p.

  • GALLAHUE, David. OZMUN, C. John. Compreendendo o Desenvolvimento Motor. Bebês, Crianças, Adolescentes e Adultos. São Paulo: Phorte, 2003. 641p.

  • GO TANI, et. al. Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: Epu, 1988. 154p.

  • GO TANI. Comportamento motor: aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 334 p.

  • HAYWOOD Kathleen; GETCHELL, Nancy. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 344 p.

  • MAGILL, Richard A.; HANITZSCH, Erik Gerhard. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações . 1. ed. São Paulo: Edgar Blücher, 2002. 369 p.

  • MATTOS, Mauro Gomes de; NEIRA, Marcos Garcia. Educação física infantil: construindo o movimento na escola. 4.ed. Guarulhos-SP: Phorte editora, 2004. 142p.

  • MATVEEV, Anatolli Petrovich. Educação física escolar: teoria e metodologia. 1.ed. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1998. 142p.

  • PAZIN et al. Crianças Obesas tem atraso no desenvolvimento motor. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Ano 11 - N° 101 - Octubre de 2006. http://www.efdeportes.com/efd101/criancas.htm

  • ROSA NETO, Manual de avaliação motora. Porto Alegre: Artmed, 2002. 136 p.

  • SANTOS, Rosângela Pires dos. Psicomotricidade. São Paulo: IEditora, 2001.

  • TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: 1987. Atlas, 175 p.

  • VAYER, Pierre. O diálogo corporal: a ação educativa nas crianças dos 2 aos 5 anos. 1980. Lisboa: Instituto Piaget, 265 p.

  • XAVIER NETO, Lauro Pires et. al. Saiba mais sobre educação física. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2005. Âmbito Cultural, 50p.

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