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Aspectos posturais na sala de aula: o papel do professor

Aspectos posturales en el aula de clase: el papel del profesor

Posture issues in the classroom: the role of teacher

 

*Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação Física

da Faculdade Integrado de Campo Mourão

**Professoras da Faculdade Integrado de Campo Mourão

(Brasil)

Rodrigo Corrêa da Silva*

Paulo Cesar Zuffa*

Rafael Gandhi Sarro Camilo Godoi*

Esp. Alissianny Haman Fogagnoli**

Esp. Gislane Ferreira**

edfrodrigo@gmail.com

 

 

 

Resumo

          O presente estudo tem por finalidade fazer uma revisão bibliográfica acerca da importância dos aspectos posturais serem levados em consideração pelos professores na sala de aula.

          Unitermos: Ergonomia. Postura. Professor

Abstract

          This study aims to make a review about the importance of postural aspects are taken into account by teachers in the classroom.

          Keywords: Ergonomics. Posture. Teacher

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 140 - Enero de 2010

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1.     Introdução

    Muitos problemas posturais, em especial aqueles relacionados com a coluna vertebral, têm sua origem no período de crescimento e desenvolvimento corporais, ou seja, na infância e na adolescência (DETSCH, 2007).

    Os professores podem identificar os desvios posturais que ocorrem em seus alunos, pois passam boa parte do dia com eles. Até por este motivo, os professores podem ajudar a prevenir o problema de modo bastante eficaz.

2.     Aspectos posturais na sala de aula

    É de extrema importância que na fase de crescimento e desenvolvimento o indivíduo tenha uma postura adequada, para que seus músculos se formem fortes e sua estrutura óssea íntegra. Várias transformações podem ser evitadas, se notadas ou prevenidas precocemente.

    A postura adequada na infância ou a correção precoce de desvios posturais nessa fase possibilitam padrões posturais corretos na vida adulta, pois esse período é da maior importância para o desenvolvimento musculoesquelético do indivíduo, com maior probabilidade de prevenção e tratamento dessas alterações posturais na coluna vertebral. Por outro lado, na maturidade podem se tornar problemas irreversíveis e sem tratamento específico. A idade escolar compreende a fase ideal para recuperar disfunções da coluna de maneira eficaz; após esse período, o prognóstico torna-se mais difícil e o tratamento mais prolongado (DETSCH, 2007).

    A boa postura é basicamente a melhor forma de manter o equilíbrio do corpo, e este equilíbrio permite que todos os órgãos funcionem com o menor esforço muscular possível. A postura é também uma adaptação de cada pessoa ao seu meio social e às necessidades e tarefas do seu dia-a-dia. Assim, é na infância, quando o corpo se desenvolve rapidamente, que costumam surgir os primeiros problemas relacionados à postura (BRASIL, 2007).

    Desde que o homem tornou-se bípede, os desafios para manter um bom alinhamento corporal aumentaram. Para adotar a postura ereta, o homem teve que fazer novas adaptações musculotendíneas e articulares, de forma que a distribuição das cargas ocorresse de maneira que não sobrecarregasse demais uma ou outra parte do seu corpo. (BÜLLAU, 2007)

    De acordo com Mercúrio (apud BÜLLAU, 2007), “as curvaturas vertebrais, quando normais, ajudam na função do equilíbrio e da postura; além disso, devido a sua flexibilidade, são importantes no mecanismo de dissipação de forças”. Quando há um aumento dessas curvas, ou mesmo uma retificação, começam a surgir dores. Esses desequilíbrios resultam muitas vezes de cargas mal distribuídas que podem acarretar desconfortos insuportáveis (BRASIL, 2007).

    As causas mais comuns para a má postura adotada pela criança têm relação direta com suas características físicas. Durante a fase de crescimento, por exemplo, é comum vermos jovens que tendem a curvar-se sobre o próprio corpo em busca de um equilíbrio melhor; de garotas que (envergonhadas) passam a andar encolhidas para esconder os seios em desenvolvimento; de jovens obesos que, esforçando-se para sustentar o peso de seus corpos, desenvolvem diversos tipos de desvios posturais (BRASIL, 2007).

    É importante salientar que um professor bem informado e conscientizado é um importante elemento para transferir e reforçar informações sobre as situações de risco do ambiente escolar. O contato diário com o aluno favorece o ensino-aprendizagem, principalmente se o educador utilizar exercícios posturais que possibilitem aos escolares relacionar a teoria com a prática.

3.     Conclusão

    Se a falha postural fosse meramente um problema estético, as questões sobre ela seriam limitadas a problemas sobre aparência. A “dor nas costas” causa várias outras conseqüências para suas vítimas. Além da perda de dias de trabalho, há insatisfações diversas, indisponibilidade para outras atividades do cotidiano, aí incluídos o lazer e a convivência com as pessoas.  Em resumo: há perda de qualidade de vida (KENDALL et al. apud LOPES e PINTO, 2001).

    Um momento particularmente importante no desenvolvimento de hábitos posturais adequados ocorre na infância e adolescência, quer pelo natural desenvolvimento esquelético dos indivíduos em função do crescimento, quer pela consolidação de aprendizagens que influenciarão por toda a vida.

    A infância e a adolescência são momentos importantes na formação de hábitos dos indivíduos. Por isso, a importância de estimular o desenvolvimento de hábitos posturais adequados nesta fase da vida. E, sem dúvida, a escola é um espaço privilegiado para vivenciar e tornar possível esta prática, ressaltando-se ainda o papel fundamental dos professores para o sucesso dessa prática.

Referências

  • BRASIL, Cuidados posturais na infância, Ministério da Saúde/Fundep – Universidade Federal de Minas Gerais - Programa VIVA LEGAL/TV FUTURA, 2007. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidados_posturais_infancia.pdf Acesso em 25 mai. 2009.

  • BÜLLAU, J.A. Projeto de intervenção para os desvios posturais na infância e adolescência - Porto Alegre. - CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REESTRUTURAÇÃO CORPORAL GLOBAL – GINÁSTICA POSTURAL, 2007. Disponível em http://www.programapostural.com.br/intervencao_juliana.html Acesso em 25 mai 2009.

  • DETSCH, C. et al . Prevalência de alterações posturais em escolares do ensino médio em uma cidade no Sul do Brasil. Rev Panam Salud Publica ,  Washington,  v. 21,  n. 4, Abr.  2007.

  • LÓPES, R. F. A. e PINTO, H. H. C., Problemas posturais em alunos do Centro de Ensino Médio 01 Paranoá - Brasilia DF. Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, Año 7, Nº 42, Nov. 2001. http://www.efdeportes.com/efd42/postura.htm

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