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O herói Ayrton Senna: um modelo para a sociedade

El héroe Ayrton Senna: un modelo para la sociedad

 

LEPESPE / I.B. / UNESP

Campus de Rio Claro

(Brasil)

Bruno Giusti

Afonso Antonio Machado

giustibr@gmail.com

 

 

 

Resumo

          Este artigo discute a relação existente entre indivíduos de uma determinada sociedade e seus respectivos mitos e heróis. Desvendando características notórias de personalidades “endeusadas” por uma grande parcela de pessoas, através de diversos meios de comunicação, destacando neste trabalho o poderoso papel da mídia. Foi utilizado como exemplo de herói a figura de Ayrton Senna da Silva, devido seu impressionante poder de massificação e indução de pensamento principalmente nas décadas de 1980 e 1990, perdurando até os dias atuais. Houve uma vasta revisão de literatura sobre o assunto, acompanhada de um grande levantamento a respeito da personalidade em questão, através de arquivos de programas televisivos, revistas da época, livros, jornais e internet, adicionado de frases do próprio piloto enriquecido com comentários de pessoas comuns.

          Unitermos: Herói. Ayrton Senna. Sociedade

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 138 - Noviembre de 2009

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Introdução

    A imagem que uma sociedade tem de si mesma pode desempenhar um papel crucial na maneira como ela molda seu futuro. Essa imagem muitas vezes é construída e transmitida nacionalmente e/ou mundialmente através de arquétipos, como de ídolos do esporte, favorecido pela mídia e outros tipos de tecnologia. Tal arquétipo pode passar tanto uma boa como uma má imagem para a sociedade.

    Com toda certeza podemos considerar Ayrton Senna da Silva um arquétipo, um modelo para a sociedade mundial, e principalmente para a sociedade brasileira. Senna deu uma grande contribuição no que diz respeito à mudança de padrão de autopercepção dos brasileiros. Sua morte evidenciou diversas potencialidades antes escondidas em cada um de nós. Ayrton carregava e transbordava muita das características esquecidas até então pelos brasileiros. Sua passagem serviu para o despertar do povo, assim como para a mutação da população.

    Para Edvaldo Pereira Lima, “Ayrton Senna da Silva é, no jogo dramático da consciência coletiva brasileira neste final de século, a pessoa que – pelo alcance massivo de sua imagem e pelas circunstancias de vida e morte – deu a contribuição mais valorosa para a mudança do padrão de autopercepção do brasileiro. Mais do que uma contribuição simbólica, seu desaparecimento desencadeou um processo energético extraordinário, evidenciando uma potencialidade que está imanente no povo. Filho do Brasil, carregava em si qualidades originais dessa terra, potencializadas a partir das sementes latentes em muito de nós. Com sua vida personificou um momento coletivo de abertura para a mutação de todos nós”.

    Há muitas pessoas que definem Senna como um mito, um herói. Porém para entendermos, e posteriormente podermos argumentar sobre tal assunto será preciso recorrermos à uma vasta revisão bibliográfica, buscando respostas para determinadas situações, assim como deverá haver um levantamento biográfico sobre o personagem em questão.

    Para Hook (1962: 29) “(...) quem quer que seja o herói, ele se destaca de um modo qualitativamente único dos outros homens na esfera de sua atividade e, ainda mais, que o registro das realizações em qualquer setor é a história dos feitos e pensamentos de heróis”. (HELAL, R.)

    Brandão (1993: 41) diz que uma das características do herói é estar ligado a Iátrica (arte de curar). Até certo ponto podemos constatar este aspecto em Ayrton Senna analisando uma matéria de “O Globo, 05/05/1994, Esportes, p.38”: “Ayrton Senna morreu deixando vários segredos de sua vida pessoal. Um deles estava a poucos metros da fatídica curva Tamburello (...) No hospital de Ímola vive Massimo, 20 anos, paralítico e fã do piloto brasileiro. Pudera, foi Senna quem conseguiu tirar o garoto de um profundo estado de coma em 1990. Massimo, então com 16 anos, sofreu um acidente de moto, em Ímola, e entrou em coma (...) o jornalista italiano Ezio Zermiani pediu a Senna que gravasse uma mensagem para Massimo: ‘Olá, Massimo, sou Ayrton Senna. Tente me ouvir, você deve reagir, levantar, fazer força porque aqui todo mundo gosta de você (...) espero que você fique bom logo. Tchau, um abraço’ – dizia Senna na fita. A mãe de Massimo colocava a fita todos os dias. Até que o garoto abriu os olhos e sorriu. Senna pediu segredo à família. Mas todo ano, arranjava alguns minutos para visitar Massimo, que vive no hospital. Pretendia fazê-lo na noite de domingo, mas depois da corrida, sobrou apenas a fita com a mensagem gravada do tricampeão mundial.”

    Segundo Edvaldo Pereira Lima, o herói caracteriza-se pela capacidade extrema de manter-se sob controle em situações adversas, superando obstáculos dificílimos, realizando façanhas que se revestem em benefício dos outros, além de si próprio. Geralmente, apresenta uma nobreza de caráter, um senso de justiça e uma generosidade que lhe conferem uma aura romântica. Não raro, sacrifica-se em prol da coletividade. Na Era Moderna, as imagens do herói ganham força adicional junto ao inconsciente coletivo, graças ao poder multiplicador dos meios de comunicação.

    O mito é visto como um ser sobrenatural, de atividade criadora e sacralizante, realizando sempre modelos exemplares das atividades humanas.

    Segundo José Carlos Marques Esta, Mircea Eliade define o mito como o relato de uma história sagrada, o relato de um acontecimento ocorrido no tempo primordial, o tempo fabuloso dos começos. Para Everardo Rocha, o mito é uma forma de expressão do inconsciente do coletivo. O mito é uma narrativa por meio da qual a sociedade que o criou se expressa. Assim, podemos entender o mito como um revelador do pensamento de uma sociedade.

    Enquanto o sonho é o mito individual, o mito representa o sonho coletivo. A outra diferença é que, nos sonhos, "as formas são distorcidas pelos problemas particulares do sonhador, ao passo que, nos mitos, os problemas e soluções apresentados são válidos diretamente para toda a humanidade”. Nesse sentido, o herói será aquele que conseguirá vencer suas limitações históricas e alcançar formas humanas. Podemos perceber as diversas maneiras de alcance, e “volta” às formas humanas de Ayrton Senna: usar um capacete amarelo com traços verdes já é simbolicamente forte; o choro diante das vitórias também mostrava sua freqüente humanização. E outra de suas marcas registradas, a de desfilar com a bandeira brasileira no carro após cada vitória, demonstra bem sua filiação, que ele jamais quis rejeitar: essa era a maneira que ele tinha para mostrar mundo afora que sua conquista individual também era coletiva, também pertencia a todos os brasileiros, os "mandantes" da aventura (outro caráter de humanização – a imagem passada depois de cada vitória era a de que Senna, o herói que não recusava nenhum chamado da torcida brasileira, cumpria o dever que lhe fora passado por todos de sua nação). Um exemplo capaz de mostrar com total clareza sua constante humanização, é quando na conquista de seu primeiro título,concedendo entrevista à uma rede de televisão, dizia ele que a conquista não significava tudo, pois ele ainda precisava melhorar muito como pessoa.Tem-se aqui a perfeita volta do limiar da aventura: o herói iguala-se a seus semelhantes, no mundo dos mortais. Completada a busca e feito o retorno, ele insere-se de novo no mundo que o remete à aventura. (José Carlos Marques Esta). Uma outra situação de humanização diz respeito ao medo, tema tão freqüente no mundo de Ayrton. Em 1991 Senna diz à imprensa: “O medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-lo, outras, acho que estou entre elas, aprendem a conviver com ele e o encaram não como uma coisa negativa, mas como um sentimento de autopreservação”.

    Senna morreu exercendo sua principal atividade, em pleno combate, sendo transmitido para milhares de pessoas do mundo todo, estas que o consideravam imortal (uma das características do mito), puderam assistir ao vivo, por meio da mídia, o herói passando para o limiar de humano. Contudo, neste caso a morte não tira o valor da glória, mas pelo contrário, acaba divinizando-a. Cabe aqui ressaltar um estudo feito por Ronaldo Helal em que o mesmo ressalta a análise que Jean-Pierre Vernant (2000) faz da morte de Aquiles. Segundo o autor, Vernant diz: “Enfrentar no campo de batalha os adversários mais aguerridos é pôr-se à prova numa competição de coragem, em que cada um tem de mostrar quem é, provar aos outros sua excelência, uma excelência que culmina na façanha guerreira e encontra sua realização na “bela morte”. Assim, em pleno combate, em plena juventude, as forças viris, a bravura, a energia e a graça juvenil intactas jamais conhecerão a decrepitude da velhice (...) Aquiles escolhe a morte na glória, na beleza preservada de uma vida extremamente jovem. Vida encurtada, amputada, encolhida, e glória imorredoura. O nome de Aquiles, suas aventuras, sua história, sua pessoa mantêm-se para sempre vivos na memória dos homens(...)”. (Vernant, 2000: 97).

    Quando as pessoas assistem a um acontecimento trágico a seu ídolo, como a morte, por exemplo, a tendência é haver um fenômeno de recusa, já que o ídolo é considerado imortal. Para Rodrigues (1992: 59) é comum pensar que se trata de boatos, exigindo-se a confirmação da notícia. Muitas pessoas comparecem ao local onde está o corpo para ver com os próprios olhos enquanto outras vão aos locais onde possam obter informações. No caso de Ayrton Senna, que morreu na Itália, a imprensa noticiou que os fãs se reuniram em frente ao edifício onde morava a família do piloto e outro grupo procurou a sede da Torcida Ayrton Senna (TAS), em São Paulo: “Na casa da família, vigília dos fãs” e “Histeria e multidão na sede do fã-clube do piloto” (O Globo, 02/05/1994, Esportes, p. 8) (Helal, R.). Toda a homenagem feita pela população e mídia mundial tende a imortalizar o ídolo, trazê-lo de volta para o mundo dos vivos. Podemos perceber esta característica se assistirmos ao “Globo Repórter” de 06/05/1994, em que uma fã (Edna Rossi) diz que o ídolo nunca morre, é para sempre.

    Ayrton Senna era obcecado pelo sucesso, sempre buscava chegar, ou até mesmo ultrapassar o limite da condição humana (como exemplo pode-se citar um fato entre muitos: GP do Brasil de 1991, em que Senna venceu a corrida com apenas uma das marchas de seu carro funcionando, tendo para tanto que exercer uma força acima do comum para conseguir controlar sua McLaren). “Muitas vezes eu me encontro com meus próprios limites, e aí fico numa luta incrível comigo mesmo em ultrapassa-los, porque o desejo de melhorar é enorme, e então passa a ser uma luta comigo mesmo, uma luta interna, e é uma sensação incrível, porque sou eu mais eu.” Ele tinha como papel, além do de piloto, ser um orador, um representante de nossa pátria.

    Senna pode ser visto como o "Ser Sobrenatural”, criador de um modelo de conduta a ser seguido. Os recordes alcançados pelo piloto, os títulos e as vitórias (e, mais do que isso, sua vontade e obsessão pelas conquistas) o tornam também genitor de uma criação. Senna, não sem freqüência, foi referenciado como Deus, como figura vencedora: suas voltas mais rápidas em treinos de classificação concederam-lhe o mérito de piloto mais rápido do mundo. Através desse piloto a sociedade brasileira cessava a necessidade de mostrar para o mundo do que era capaz; numa época em que o Brasil não ostentava uma grande potencia no esporte em geral. (José Carlos Marques Esta).

    Tudo isso somado ao fato de nosso país ser considerado um país de terceiro mundo, atrasado tecnologicamente em relação aos paises da Europa, era uma honra ter um piloto brasileiro dominando o mundo da Fórmula 1, considerado um ambiente de avanço tecnológico.Podemos constatar com clareza tal fato em uma afirmação de Roberto Da Matta em entrevista à Revista Veja de 14 de maio de 1994: “Os esportes individuais concentram milhares de pessoas em torno de uma só, que é o ídolo, o craque. No automobilismo há ainda um elemento incrível: de repente se vê um brasileiro dominando uma máquina extremamente moderna. Senna articulava, simbolicamente, o sonho brasileiro de ser uma nação moderna”.

Objetivo

    Analisar a importância do ídolo no que diz respeito à uma transformação da sociedade. Seu poder de representar um povo, despertando-o, e assim servir como um modelo a ser seguido, enaltecendo características escondidas de uma população.

Metodologia

    Para executarmos tal estudo, foi feito um levantamento documental através de livros, vídeos, reportagens, programas de televisão, jornais, sites, além de uma volumosa revisão bibliográfica.

Discussão

    O jovem, ao se preparar para a vida adulta, necessita adquirir ideais que servem como modelos a serem seguidos. Para isso criam uma espécie de arquétipo, e através disto o jovem “herda” qualidades que ainda não possui, e utiliza-as durante sua vida em sociedade. “Os jovens estão exatamente procurando espelhar-se e inspirar-se no que a sociedade adulta lhes oferece, pois é da imitação de padrões que eles aprendem a gerar seus próprios passos. ‘Idealmente, a criança vivencia as imagens arquetípicas heróicas primeiro no conto de fadas, nos mitos e nas lendas’, explica a psicóloga Sueli Passerini. O herói é o que transpõe barreiras, resolve situações. Na realidade, a criança, ao contatar as fábulas, contos de fadas e lendas, está trabalhando as personagens internas da sua personalidade. Depois, quando tem que reconhecer a sua participação como ser no cosmos todo, conhecendo a evolução da humanidade, começa a vivenciar os mitos. Finalmente por volta dos doze anos, vai rompendo gradativamente com essas imagens míticas, para entrar em contato com as biografias de pessoas que simbolizam as imagens arquetípicas. È então que ela faz a escolha de heróis. Por volta dos dezesseis anos, ela transpõe a questão dos heróis, para entrar no ideal. ” (Edvaldo Pereira Lima).

    Senna tornou-se um modelo para os jovens da época. Ele não era visto apenas como um piloto de Fórmula 1, era visto como um exemplo a ser seguido. Analisando algumas entrevistas de Ayrton podemos identificar por parte dele uma plena consciência de seu papel:

    “O tempo passa e a gente vai mudando, é inevitável. Agora, o importante é você se manter o mais fiel possível aos seus princípios que te foram passados na sua infância, na sua adolescência, na fase da vida onde você formou sua personalidade e seu caráter. Então, mesmo viajando pelo mundo afora, e convivendo com povos diferentes, culturas diferentes, mesmo com o tempo passando, o importante para mim é me manter o mais fiel aos meus princípios, e procurar continuar crescendo dentro desses princípios. Agora... não existe nada eterno, a não ser Deus”.

    “Tudo isso que consegui foi através de dedicação, perseverança, e muito desejo de atingir os meus objetivos, muito desejo de vitória, vitória na vida e não como piloto”.

    “Tudo o que for necessário ser feito em termo de dedicação e trabalho para atingir o objetivo, eu coloco”.

    Suas falas demonstram uma grande clareza de seu papel na sociedade, muitas vezes deixando o papel de piloto de automóveis para assumir um papel de norteador de uma população. Eduardo Pereira Lima destaca em seu livro “Ayrton Senna: guerreiro de aquário” a fala de uma estudante, o que vem de encontro com o que foi mostrado até então:

    “Ele ficava lá na dele, respondendo a algumas perguntas do repórter, como se não tivesse dando importância para a entrevista. Mas aí, às vezes ele olhava diretamente para a câmera e falava coisas que faziam um túnel, assim – fffuuuu! -, para onde você estava. E a chave era a simplicidade. Coisas assim: ‘Onde você estiver, quem você for, agora, o que você estiver fazendo, pense determinadamente que você tem um objetivo. E vá atrás’. Quer dizer, para a gente, que está treinando em manter a presença no que está fazendo, o recado é claro. Preste atenção. Esteja presente. Mas mesmo para quem não é treinado, o modo dele falar também passava o recado”.

    Com a morte do piloto brasileiro, muitos jovens sentiram-se órfãos, sem nenhuma referência para orientá-los de como se portar na sociedade. Cabe destacar uma fala da psicóloga Suely Zasnicoff, tendo uma relação direta com o trabalho apresentado:

    “É mais ou menos no meio da faixa etária entre os 14 e os 21 anos, exatamente a que foi mais sensível a isso tudo do Senna, que o jovem passa por essa grande revolução psicológica. Ocorre o emergir daquela pulsão arquetípica da imagem do ser humano ideal. Você tem nesse momento a idéia do ser humano ideal. Aquilo que você quer ser. Aquilo que busca nas pessoas. Aí é que procura modelos que inspirem. A gente torce para que os jovens encontrem modelos positivos, porque se não encontrar, vai seguir modelos negativos, se enturmar. Daí surge as formações de gangues, por exemplo. E eu vi esse jovem chorando muito, sofrendo. É muito duro isso ter ocorrido agora, porque nós não temos quase modelos para ele. Há uma escassez enorme na política, por exemplo. Praticamente todos eles estão deteriorados. Todo o mundo diz, ‘o jovem é o futuro’. Mas que futuro nós estamos dando para ele? Está desalentado. Quase não tem modelo a seguir. Se deu conta de que tinha um modelo valioso e o perdeu. Por isso o desespero. O Senna era um grande por tudo o que representava, como um grande corredor, como um grande ser humano. Um exemplo que tocou lá no fundo da alma do jovem.Porque se não fosse tudo isso, tão bom, não teria entrado em sua alma. Porque ele correspondeu a essa imagem de ser humano ideal. Era um batalhador, tinha sua metas, ia atrás delas. Ele era próximo das pessoas. Realizava trabalhos beneficientes maravilhosos, nos bastidores. Eu vi jovens comentando: ‘Puxa, ele fazia tanta coisa bacana que a gente não sabia. Ele era mais legal ainda do que a gente imaginava’. Aí é que está a beleza de ele perceber que o ser humano vale também, independente daquilo que ele mostra e aparece. Ele era um cara famoso, mas isso não turvava sua sensibilidade. Os jovens viram que ele também tinha preocupação humana pelos outros”.

Conclusão

    Podemos detectar a importância de um ídolo para diversas pessoas. Devemos enfatizar a necessidade de um herói ter consciência de seu papel na sociedade, e como suas atitudes podem influenciar positiva ou negativamente uma população.

    Certamente podemos perceber como o herói tem a capacidade de representar sua nação, exaltar características próprias de seu povo, e até mesmo refiná-las. Cabe aqui ressaltar um artigo escrito por Rubens Ricupero, comentado pela irmã de Ayrton (Viviane Senna) em uma entrevista televisiva, onde, segundo ela, o autor faz uma contraposição entre Macunaíma (o herói sem caráter) e Ayrton Senna, e conclui o seguinte: “O Brasil não tem cara de Macunaíma não. O Brasil tem cara mesmo é de Ayrton Senna”.

Referências bibliográficas

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