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Análise da força de preensão palmar em tenistas participantes do

torneio do Distrito Federal comparando os tipos de empunhaduras

 

*Graduada em Fisioterapia pelo Centro Universitário Euro-Americano (2009)

Atualmente trabalha com fisioterapia ortopédica e hidroterapia

**Graduado em Fisioterapia pela Universidade do Oeste Paulista (1995)
Especialista em fisioterapia traumao-ortopédica e reumatológica pela UnB (2001)
Mestrado em Ciencias da Saude pela Universidade de Brasília - UnB

Michelly Godoi de Moraes*
Allan Keyser de Souza Raimundo**

michellyfisio02@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          Introdução: A avaliação funcional da mão é realizada de diversas formas permitindo uma quantificação da força de preensão como medida objetiva da extremidade superior. Dentre os vários instrumentos utilizados para esta medida, o mais usual vem sendo o dinamômetro por ser objetivo e de fácil utilização. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi analisar a força de preensão palmar entre homens e mulheres, comparando a força manual quanto aos tipos de empunhaduras, correlacionando o tempo de prática esportiva e ambos, de tenistas participantes do torneio de tênis do Distrito Federal. Método: a amostra foi constituída por 124 tenistas, sendo 112 do sexo masculino e 12 do feminino, participantes do 1º Circuito de Tênis do DF, 4º etapa, que foram submetidos à análise de força de preensão palmar, após descreverem os tipos de empunhaduras que utilizam e o tempo de prática esportiva. Resultados: não houve diferenças significativas de preensão palmar nos homens e nas mulheres comparando os tipos de empunhaduras. Nos homens houve diferença estatisticamente significativa na força de preensão quando relacionada ao tempo de prática, apresentando maior evidência nos atletas que praticam o esporte a mais de 20 anos. Conclusão: A preensão palmar em tenistas do sexo masculino foi maior em relação ao sexo feminino. Os tipos de empunhaduras analisadas em ambos os sexos não interferiram na força de preensão palmar. O tempo de esporte foi um preceptor para o aumento da força de preensão palmar nos homens.

          Unitermos: Força da mão. Dinamômetro Takei

 

Abstract

          Introduction: Functional evaluation of the hand is performed in different ways allowing a quantification of grip strength as an objective of the upper end. Among the various instruments used for this measure, the most usual being the dynamometer to be objective and easy to use.Objective: The purpose of this study was to analyze the strength of palmar prehension between men and women, comparing the manual force on the types of grip, correlating the time of sports practice and both of tennis players participating in the tennis tournament of the Federal District. Method: The sample consisted of 124 tennis players, with 112 male and 12 female participants of the 1st Circuit Tennis 4th stage of the DF, which were submitted to analysis of strength of palmar prehension, after describing the types of grip that use and time for sports practice. Results: There were no significant differences in palmar prehension in men and women comparing the types of grip. In men there was a statistically significant difference in strength of understanding when related to the time of practice, presenting more evidence in athletes who practice the sport for over 20 years. Conclusion: The palmar prehension in male tennis players was greater in the female. The types of grip analyzed in both sexes did not interfere in the strength of palmar prehension. The time for sport was a preceptor for the increase of grip strength in men Palms.
          Keywords: Grip. Dynamometer Takei

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 137 - Octubre de 2009

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Introdução

Michelly Godoi de Moraes    O tênis é um esporte que exige determinadas qualidades como condicionamento físico, força, flexibilidade, agilidade, coordenação motora, entre outros 1. Problemas ortopédicos e traumatológicos decorrentes a prática exacerbada ou inadequada do esporte, são um dos vários motivos que impossibilitam atletas mais habilidosos de alcançar o melhor desempenho 2.

    Movimentos repetitivos, equipamento não apropriado para o atleta, biomecânica dos gestos esportivos inadequados e preparo físico deficitário 3, são alguns fatores responsáveis por lesões dentre os quais merecem destaque as tendinopatias, compressão no canal de Guyon, tenossinovite de quervain entre outras doenças 4.

    Para realização das diversas atividades corporais se torna necessário lidar com forças que promovam e controlem os movimentos 3 . As unidades funcionais divididas pelo corpo humano são responsáveis pelos seus grupos musculares para realização dos movimentos. Na tentativa de sanar a ação desses grupos musculares danificados, tais unidades tentam compensar suas disfunções promovendo certo comprometimento em cadeia muscular para realização do movimento 5.

    As raquetes apresentam empunhaduras diferentes que variam de acordo com a mão do tenista 4, conforme mostra na seqüência das figuras abaixo :

Ilustração

Ilustração

Ilustração

Ilustração

Ilustração

Continental

 Eastern de forehand

 Semi-western de forehand 

Western de forehand

 Eastern de backhand 

Fonte: http://www.lattinmedia.com.br/torneiosdetenis, 2009

    A Continental é uma empunhadura que gera um posicionamento de pronação do antebraço e punho através do contato, que pode ser usada nos saques voleios, overheads, slices, e golpes defensivos 7. Eastern de forehand é geralmente considerada a empunhadura mais fácil para aprender o forehand, onde o antebraço encontra-se em supino com semiflexão de punho e desvio ulnar, gerando no golpe maior velocidade no arremesso da bola sendo indicada para os jogadores de rede. A empunhadura Semi-western de forehand o tenista posiciona o antebraço em supinação com desvio ulnar, permitindo que um jogador aplique mais topspin à bola gerando maior controle em bolas de alto nível 6. A Western de forehand coloca extremo efeito sobre a bola promovendo um golpe elevado e explosivo, apresentando o mesmo posicionamento do antebraço e punho da empunhadura anterior 7 . Empunhadura Eastern de backhand proporciona grande firmeza e versatilidade aos golpes, fornecendo boa estabilidade ao punho e antebraço voltado a pronação, podendo ser usado no saque, na transição à rede e voleio 6 .

As empunhaduras mais indicadas são aquelas que correspondem para um melhor desenvolvimento do atleta nos golpes do tênis prevenindo contra lesões importantes em nível de punho e membros superiores4

    O punho e a mão são responsáveis pela utilização da extremidade superior. Entre as múltiplas finalidades, a mão realiza força preênsil 8. Características anatômicas e cinesiológicas do punho e da mão servem de base como um referencial na compreensão do mecanismo funcional da preensão palmar 9.

    A mão pode ser usada em uma multiplicidade de posturas e movimentos que na maioria dos casos envolvem tanto o polegar quanto os outros dedos. NAPIER (1956) descreve duas posturas básicas da mão humana: a “preensão de força” e a “preensão de precisão”. A preensão de força envolve segurar um objeto entre os dedos parcialmente fletidos e a palma enquanto o polegar aplica a contrapressão. Na preensão de precisão exige maior coordenação motora uma vez que o objeto é pinçado entre as superfícies flexoras de um ou mais dedos e o polegar em oposição 10.

    A força de preensão corrobora de forma direta para avaliação da funcionalidade dos membros superiores sendo uns dos componentes para pesquisas de capacidades de domínio da mão 8,9.

    Diversos instrumentos estão disponíveis para aferir valores de dinamometria manual. Os mais usuais para essas medidas de força podem ser classificados em: hidráulicos - que medem em quilogramas força, pneumáticos - usam mecanismos de compressão em força de ar - mecânico que mede a força em função da quantidade de tensão produzida 11.

Objetivos do estudo

    O objetivo do presente estudo foi analisar a força de preensão palmar entre homens e mulheres, comparando a força manual quanto aos tipos de empunhaduras, correlacionando o tempo de prática esportiva e ambos, de tenistas participantes do torneio de tênis do Distrito Federal.

Métodos

Delineamento do estudo

Este estudo caracteriza-se como um delineamento analítico transversal, onde foi avaliada a força de preensão palmar de tenistas em ambos os sexos participantes do1º Circuito de Tênis do DF 4º etapa, com aprovação do projeto pelo Comitê de Ética, protocolo N°- 005/08, CEP-70200-000, em Pesquisa do Centro Universitário Unieuro.

Seleção das amostras

Foram entrevistados 125 tenistas associados ou não a Federação Brasiliense de Tênis do Distrito Federal, sendo excluído do estudo, um participante decorrente de lesões ortopédicas de membros superiores. Os 124 atletas restantes foram divididos em dois grupos. O primeiro grupo do sexo masculino foi composto de 112 tenistas. O segundo grupo do sexo feminino por 12 tenistas. Ambos os grupos foram analisados de acordo com as empunhaduras utilizadas.

    Para análise da força de preensão palmar foram avaliados a média geral dos resultados das variáveis: idade, sexo, tipo de empunhadura, dominância, peso, altura, Índice de Massa Corporal, tempo de competição e tempo de esporte.

    A participação dos atletas ocorreu de maneira voluntária no estudo, onde, primariamente foram esclarecidos aos participantes, os objetivos e procedimentos da pesquisa.

Critérios de exclusão

    Os critérios de exclusão dos voluntários foram:

  • Tenistas que não apresentassem lesões ortopédicas de membros superiores;

  • Tenistas que não passaram por tratamento de lesões ortopédicas nos últimos dois meses.

Instrumento de coleta de dados: Dinamômetro Takei®

    Para análise da força de preensão palmar neste estudo, foi utilizado o dinamômetro Takei® Mecânico Manual que mede a força em função da quantidade de tensão produzida, com capacidade de 0 a 100 Kg/f (quilograma por força), sendo previamente calibrado 12.

Fonte: Pesquisadora, 2009

Procedimento do estudo

    Primeiramente foram esclarecidos aos atletas participantes, os objetivos e procedimentos do estudo. Em seqüência foi entregue o termo de consentimento livre esclarecido. Após o termo, os atletas receberam uma ficha de coleta contendo: idade, sexo, tipo de empunhadura, dominância, peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), tempo de competição e tempo de esporte.

    Para definição do tipo de empunhadura o atleta demonstrava qual a posição da raquete usual para os golpes, sendo orientado pelo professor de tênis que definia cada tipo de empunhadura.

    Para a realização das mensurações da força de preensão palmar o indivíduo se posicionou sentado com o ombro aduzido, paralelo ao tronco, cotovelo fletido a 90 graus, e antebraço e punho em posição neutra, segundo as recomendações da Sociedade Norte-Americana de Terapeuta da Mão (SATM). Com a manopla do dinamômetro regulado manualmente pelo avaliador na posição 2, três medidas foram realizadas com um intervalo mínimo de um minuto no lado dominante para evitar fadiga após o comando verbal da examinadora pela seguinte pronuncia ‘‘um, dois, três, força 13’’.

    O peso foi obtido pela balança digital Tech Max 150 kg® e a altura mensurada com o estadiômetro Sannny Standard®.

Resultados

Amostra

    A amostra foi composta por 124 tenistas de ambos os sexos, federados e não federados residentes no Distrito Federal. A descrição da amostra encontra-se na tabela 1.

Tabela 1. Descrição da amostra

 

Homens (n=112)

Mulheres (n=12)

Idade

28,35 ± 14,83 (anos)

22,42 ± 11,91 (anos)

Peso

71,81 ± 19,33 (kg)

53,99 ± 14,07 (kg)

Altura

1,72 ± 0,12 (m)

1,58 ±0,12 (m)

IMC

23,95 ± 4,69 (kg/m2)

21,19 ± 3,76 (kg/m2)

Tempo de prática

114,33 ± 134,36 (meses)

31,50 ± 30,07 (meses)

Tempo de competição

69,58 ± 101,04 (meses)

13,92 ± 18,97 (meses)

Avaliação da força de preensão nas mulheres

    Observou-se que todas as mulheres eram destras e rebatiam a bola somente com uma mão. Em relação à empunhadura, 50% das mulheres utilizavam a empunhadura Continental e 50% a Western de Forehand.

    Para comparar a força de preensão entre as mulheres utilizou-se o teste t de student para amostras independentes. A análise demonstrou que não houve diferença significativa entre os tipos de empunhadura (p=0,95), logo, as mulheres com empunhadura continental obtiveram 23,75 ± 6,19 kg/f apresentando força de preensão igual às mulheres com empunhadura Western de Forehand com 23,53 ± 5,94 kg/f.

Avaliação da força de preensão nos homens

    Observou-se que 96% dos homens eram destros e todos rebatiam a bola somente com uma mão. O gráfico 1 representa o tipo de empunhadura utilizada pelos homens.

Gráfico 1. Tipos de empunhaduras usadas em tenistas do sexo masculino

    Para avaliar a força de preensão entre os tipos de empunhadura utilizou-se a One-Way ANOVA. Foi excluída a empunhadura Estern de backhand devido à quantidade de sujeitos (1).

    A análise não demonstrou diferença significativa entre os tipos de empunhaduras (p=0,71), logo a força de preensão é semelhante em todas as empunhaduras conforme gráfico 2.

Gráfico 2. Comparação da força de preensão (kg/f) em relação aos tipos de empunhaduras de tenistas do sexo masculino

    Posteriormente, a amostra masculina foi subdividida em três grupos conforme o tempo de prática. O grupo 1 foi composto por 83 tenistas que tinham no máximo 10 anos de prática; o grupo 2 foi composto por 8 tenistas que tinham entre 10,1 anos e 20 anos de prática e o grupo 3 foi composto por 20 tenistas que tinham mais de 20,1 anos de prática.

    Para avaliar a força de preensão em relação ao tempo de prática esportiva utilizou-se a One-Way ANOVA. A análise demonstrou diferença significativa na força de preensão em relação ao tempo de prática (p=0,02), onde a força do grupo 3 de 41,80 ± 7,37 kg/f foi maior que a força do grupo 1 com 35,27 ± 9,75 kg/f . Não foram observadas diferenças entre o grupo 1 e 2 e entre o grupo 2 e 3 (gráfico 3).

Gráfico 3. Comparação da força de preensão (kg/f) em relação ao tempo de prática esportiva de 10 à 20.1 anos

Tabela 2. Tipos de empunhaduras e o tempo de prática e de esporte por grupo

  

Grupo 1

(10 anos)

Grupo 2

(10,1-20 anos)

Grupo 3 

(20,1 anos)

Total

CONTINENTAL

31

3

5

39

EASTERN DE FOREHAND

9

2

4

15

SEMI-WESTERN DE FOREHAND

17

0

8

25

WESTERN DE FOREHAND

26

3

3

32

TOTAL

83

8

20

111

    Realizou-se a avaliação da força de preensão em relação ao tempo de prática e o tipo de empunhadura somente no grupo 1, pois o tamanho amostral dos grupos 2 e 3 não atendiam aos pressupostos da análise.

    A análise não demonstrou diferença significativa entre os tipos de empunhaduras de praticantes de tênis há no máximo 10 anos (p=0,95), logo a força de preensão é semelhante em todas as empunhaduras conforme gráfico 4.

Gráfico 4. Comparação da força de preensão (kg/f) em relação ao tipo de empunhadura de tenistas do sexo masculino, praticantes da modalidade há no máximo 10 anos

Discussão

    O uso do dinamômetro vem sendo periodicamente utilizado em diversos estudos de forma a quantificar a força de aperto manual decorrente aos parâmetros confiáveis na mensuração da força muscular, permitindo uma avaliação eficaz, quantificando a força de preensão como medida objetiva da extremidade superior 14,15 .

    Em um estudo realizado em 2004 sobre a relação da performance na barra fixa com a força de preensão manual e tempo de sustentação na barra fixa no exército brasileiro, foi utilizado para mensuração da força de preensão palmar o dinamômetro Takei Physical ® 12.

Outra análise com 100 indivíduos sobre efeito da ginástica laboral nas variáveis morfológicas, funcionais força, estilo de vida e absenteísmo dos trabalhadores da indústria farmacêutica de Montes Claros, foi utilizado o dinamômetro da marca Takei Physical® para comparação da força muscular de membros superiores (preensão palmar) 16.

    Em um estudo realizado sobre os valores da força da mão em adultos saudáveis em 2001, Bowen et al 17 notaram um aumento gradativo da força de indivíduos entre 18 aos 39 anos. Entretanto Crosby et al 18 observaram que nos períodos de 20 a 40 anos se obtém maiores valores de força de preensão manual. As idades médias observadas nos grupos desta pesquisa foram de 28,35 ± 14,83 anos no sexo masculino e 22,42 ± 11,91 anos no sexo feminino sendo esta faixa etária segundo autores, caracterizada por um período de maior força manual.

    As diferenças sexuais são de grande consideração na performance física e na capacidade de treinamento individual, existindo uma relação entre os fatores idade e gênero sobre os níveis de força entre homens e mulheres 19, o que demonstrou nesta análise maior força de preensão palmar nos homens relacionado as mulheres.

    Em um estudo realizado em 2005 no Distrito Federal sobre avaliação funcional da força de preensão palmar em 2000 indivíduos 1000 homens e 1000 mulheres com faixa etária de 20 a 60 anos, a força de preensão palmar em homens foi maior do que nas mulheres em todas as faixas etárias, apresentando a variável sexo como preditora da preensão palmar,20 concordando com o presente estudo, onde obtivemos resultados similares apesar de não ter sido o objetivo específico neste trabalho.

    Pesquisadores em 1998 realizaram um estudo verificando a força de preensão palmar com uso do dinamômetro em 800 indivíduos saudáveis de ambos os sexos, apresentando o sexo masculino maior força de preensão palmar quando comparado com o feminino em todas as faixas etárias analisadas, tanto para os lados dominante e não-dominante do participante 14 . De acordo com os resultados desta análise a força de preensão palmar do lado dominante em tenistas do sexo masculino foi superior comparado ao grupo de tenistas do sexo feminino.

Em outro estudo da força de preensão palmar em diferentes faixas etárias no desenvolvimento humano, Moura 2008 21, analisou 600 indivíduos, 300 homens e 300 mulheres, sendo a média de força de preensão manual em mulheres adultas de 31,37 ± 5,82 kg/f, e nos homens de 49,35 ± 7,36 kg/f. Com resultados inferiores nesta análise a média de preensão palmar nas mulheres foi de 23,75 ± 6,19 kg/f, e nos homens de 35,27 ± 9,75 kg/f.

    O tempo de prática esportiva foi um preceptor para aumento da força manual entre os grupos de 10 anos, com maior evidência, nos grupos superiores a 20 anos de prática esportiva. Segundo autores, 22,23 um dos motivos decorre ao fato de quanto maior o tempo de esporte, maior a exposição dos atletas de forma continuada aos treinamentos, aumentando força e performance física do esportista.

    Pode-se observar que a maioria dos tenistas eram destros e rebatiam a bola com uma mão, sendo o tempo de esporte e competição no sexo masculino superior ao feminino.

    Não foi analisada a força de preensão palmar no sexo feminino comparando o tempo de esporte e competição, decorrente a quantidade insuficiente da amostra neste estudo.

    Os tipos de empunhaduras analisadas entre os grupos de ambos os sexos, não interferiram na força de preensão palmar, podendo este fato, estar correlacionado com os avanços tecnológicos que vem contribuindo tanto na técnica esportiva, quanto nos equipamentos usados para cada modalidade, melhorando a dinâmica e biomecânica dos gestos esportivos 4.

    Ao contrário, fatores como estes citados acima pudessem ser precursores responsáveis por alterações nos resultados do presente estudo.

Conclusão

    De acordo com os resultados da análise da força de preensão palmar comparando os tipos de empunhaduras com o uso do dinamômetro Takei Physical® , pode-se concluir que:

  1. O uso do dinamômetro para avaliação da força de preensão palmar é de fácil utilização e prático para análise de preensão;

  2. A preensão palmar em tenistas do sexo masculino foi superior em relação ao sexo feminino;

  3. Os tipos de empunhaduras não interferem na força de preensão palmar em tenistas em ambos os sexos;

  4. O tempo de prática esportiva superior a 20 anos interfere na força de preensão palmar;

  5. Sugere-se outros estudos sobre a força de preensão manual em tenistas comparando os tipos de empunhaduras em ambos os sexos.

Referências bibliográficas

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  6. Levey J. Guia do Grip. Levey J. São Paulo. Acesso 2009 Maio 7. Disponível em: http://www.lattinmedia.com.br/torneiosdetenis/index.php?option=com_content&task=view&id=122&Itemid.

  7. Torok RJ, Bueno EM. Tênis o jogo de equilíbrio. Salamandra. Rio de Janeiro. 1983.p.18-21.

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  12. MARTINS AEM, Santos MF, Arantes PR, Alves SC, Miguel BL, Bastos AFJ et al, Relação da performance da barra fixa com a força de preensão manual e tempo de sustentação na barra fixa. Rev Ed Física. 2004; 128: 65-71.

  13. Caporrino FA, Faloppa F, Santos, JBG, Réssio C, Soares FHC, Nakachima RL, et al. Estudo populacional da força de preensão palmar com dinamômetro Jamar. Rev brás Orto fev. 1998; 33 (2): 150-4.

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  18. Crosby CA, Jebe MA, Mawr B. Hand Strength: Normative Values. J.Hand Surg 1994; 19: 665-70.

  19. Bompa TO. Princípios do treinamento. Periodização: teoria e metodologia de treinamento. 4 edição. Phorte. São Paulo; p. 42.

  20. D´Oliveira GDF. Avaliação funcional da forca de preensão palmar com o dinamômetro JAMAR R: Estudo transversal de base populacional. Programa de Pós-graduação Strictu Sensu em Educação Física. [dissertação]. Brasília 2005.

  21. Moura PMLS. Estudo da forca de preensão palmar em diferentes faixas etárias no desenvolvimento humano. Programa de Pós-graduação Strictu Sensu em ciências da saúde [dissertação]. Brasília 2008.

  22. Moura NA. Treinamento de força muscular. Cohen M, Abdalla JR. Lesões nos esportes: diagnóstico prevenção, tratamento. Revinter. Rio de Janeiro. 2005. p. 401.

  23. Schmidt, Wrisberg. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem baseada no problema. 2 edição. Artmed. Porto alegre; 2006. p. 60.

Anexo 1

Centro Universitário UNIEURO

Comitê de Ética em Pesquisa

Parecer N° 010/2009

Protocolo N ° 005/08

Projeto: Análise da força de preensão palmar em tenistas participantes do torneio de tênis do Distrito Federal comparando os tipos de empunhaduras.

Pesquisador Responsável: Allan Keyser de Souza Raimundo, Michelly Godoi de Moraes

Instituição Pesquisada: Academia de Tênis

Área Temática Especial: Grupo III – Projeto fora de áreas temáticas especiais

Validade do Parecer: 24/03/2011

    O Comitê de Ética em pesquisa do Centro Universitário UNIEURO, após apreciação ética do presente projeto, manifesta-se pela APROVAÇÂO do mesmo. Para a emissão do Parecer, observou-se as disposições contidas na Resolução 196/96 CNS/MS, que dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras em pesquisa envolvendo seres humanos, assim como as suas resoluções complementares. Ressaltamos que o pesquisador deverá observar as responsabilidades que lhe serão atribuídas na Resolução 196/96 CNS/MS, inciso IX e IX.2, em relação ao desenvolvimento do projeto.

Brasília, 24 de março de 2009.

Atenciosamente

Letícia Rosa Santos

Comitê de Ética em Pesquisa/UNIEURO

Coordenadora

_________________________________________________________________________

Centro Universitário UNIEURO

Av. das Nações, Trecho 0, Conjunto 5, Brasília-DF CEP:70200-000

Tel (Fax): (61) 455-5888

Anexo 2

Data: ___/___/___

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 

NOME: _____________________________________________________________

RG: _________________________________ CPF: __________________________ 

    Dados Pesquisador: Michelly Godoi de Moraes

    Aceito participar espontaneamente deste estudo realizado para Análise da Força de Preensão Palmar, que esta sendo desenvolvido pela acadêmica do curso de Fisioterapia, do Centro Universitário, sob orientação do professor MSc. Allan Keyser.   

    Fui comunicado que a pesquisa tem por objetivo analisar a força de preensão palmar comparando os tipos de empunhaduras no torneio de Tênis do Distrito Federal. As informações prestadas e coletadas durante o teste são confidenciais e somente serão utilizadas para fins de pesquisa, preservando a minha identidade e respeitando os princípios éticos em publicações científicas.

    Sabendo que não há nenhum risco, pois não será realizado uma intervenção invasiva envolvido neste processo e que minha participação é voluntária, concordo em participar do estudo.                                                                    

Brasília, ___ de ______ de _______. 
 

 

__________________________         ___________________________

 Assinatura do Participante                   Assinatura do Orientador 

 

__________________________          

Assinatura do pesquisador               

Anexo 3

FICHA DE COLETA

Data: ___/___/___

Matrícula: _______ Classe: _______

Sexo:     Masculino []  Feminino []             Idade: _______

Dominância:     Direita [] Esquerda []

Rebate:     Uma Mão [] Duas Mãos []

Empunhadura ________________

Tempo de esporte: _______ Tempo de competição: _______

Altura: _______ Peso: _______

IMC: _______

Preensão Palmar Mão Dominante

Direita Esquerda

1

2

3

1

2

3

 

 

 

 

 

 

Obs: ___________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

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