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Perfil do estilo de vida relacionado á saúde dos 

acadêmicos da Unicentro, Campus Irati, PR

 

*Colegiado de Medicina. Universidade Federal do Tocantins

*Departamento de Educação Física

Universidade Estadual do Centro-Oeste

(Brasil)

João Francisco Severo Santos*

Viviane dos Santos Alves**

jsevero@uft.edu.br

 

 

 

Resumo

          Esse trabalho objetivou investigar a prevalência de comportamentos inadequados no estilo de vida individual de acadêmicos dos períodos integral e matutino da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), campus de Irati. Foram investigados 523 alunos de ambos os sexos que frequentam regularmente os 14 cursos oferecidos no campus de Irati-PR. Os dados foram coletados através do questionário O pentáculo do bem estar, proposto por Nahas et al (2000) verificando-se que, nesse grupo, a prevalência de comportamentos de risco á saúde é elevada. Os componentes que mais necessitam de atenção são os hábitos alimentares, de atividade física e comportamento preventivo.

          Unitermos: Estilo de vida. Acadêmicos. Saúde.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 129 - Febrero de 2009

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Introdução

    A universidade configura um lugar de ensino e aprendizagem auto-responsável que promove um verdadeiro choque de mudanças na vida de muitos jovens que se afastam de casa e mudam amplamente seus habitos devido ao afastamento do ambiente familiar. Dessa forma, muitos hábitos novos são adquiridos e reforçados nessa fase refletindo num molde para o estilo de vida relacionado á saúde que esses jovens podem levar para o resto de suas vidas ou neles permanecer por tempo suficienta para afetar a sua saúde.

    A aquisição de conhecimentos e a tomada de ações positivas – alimentação adequada, prática de atividade física e comportamentos preventivos – são consolidadas durante a infância e a juventude. Um estudo do USDHHS (2000), mostrou uma alta prevalência de várias situações de risco nos hábitos de jovens universitários norte americanos, tais como o tabagismo, consumo de álcool e outras drogas, comportamentos sexuais de risco, alimentação irregular e inatividade física.

    No Brasil, estudos exploratórios têm verificado que o perfil de estilo de vida individual de estudantes adolescentes do ensino médio, pré-vestibulandos e graduandos apresenta várias deficiências preocupantes no que se refere a atividade física, hábitos alimentares, controle de estresse e comportamentos preventivos (Girotto, 1996; Nahas e Marqueze, 2001; Marcon e Farias, 2001; Marinho, 2002; Marcon et all, 2003; Quevedo e Rinaldi, 2003; Legnani et all, 2004; Coelho e Santos, 2006; Lima et all, 2006; Simão, 2008; Rodrigues et al, 2008).

    De acordo com Nahas (2006), existem sólidas evidências de que o estilo de vida individual, definido como um conjunto de crenças, valores e atitudes que se reflete em nossos hábitos cotidianos, ou seja, em nosso padrão de comportamento, apresenta um elevado impacto sobre a saúde, em geral, determinando para a grande maioria das pessoas, o quão doentes ou saudáveis serão a médio e longo prazo. Nesse sentido, associar a qualidade de vida com saúde é um fato comum na literatura, pois sabe-se quanto melhor a saúde (num sentido ampliado) de um individuo, melhor será sua qualidade de vida. Sabe-se também que a atividade física associada a uma boa alimentação é ponto fundamental para boa saúde e o gerenciamento dos stress, apesar de ser uma forma subjetiva, é fundamental para uma boa qualidade de vida. Em fim, sem hábitos preventivos, há uma redução substancial das chances de alcançar uma velhice qualitativamente satisfatória.

    Atualmente parece não haver mais dúvida de que o estilo de vida passou a ser um dos mais importantes determinantes da saúde de indivíduos, grupos e comunidades (Chór,1999), no entanto, apesar de toda a informação disponível, as pesquisas comportamentais revelam que os estudantes universitários assumem cada vez mais comportamentos de risco (Rosa et all, 2001; Franca e Colares, 2008; Sánchez-Alemán et all, 2008).

    Santos (2004) investigou o estilo de vida, a percepção e a concepção de qualidade de vida de graduandos do centro de ciências tecnológicas da UDESC e constatou que, apesar dos alunos terem consciência de que a saúde é o alicerce fundamental da qualidade de vida, eles pouco se preocupam com os comportamentos de risco a saúde dando mais atenção, nesta fase, as questões de acumulação de bens materiais, o que, segundo eles, justificaria sacrifícios de ordem pessoal para alcançar objetivos materiais.

    Diversas pesquisas apontam que os comportamentos de risco adquiridos durante a fase universitária, tedem a se perpetuar durante a fase profissional (adulta), alem disso, as condutas de saúde estabelecidas durante o período da adolescência e juventude podem ter impacto significante na ocorrência de doenças futuras. Estudo europeus tem domonstrado que jovens tendem a adotar um número maior de condutas de risco á saúde (Von Ah et all, 2004; Nahas, 2006).

    Uma pesquisa realizada por Steptoe e cols (2002) com 4604 homens e 5729 mulheres buscou observar as mudanças nos comportamentos relacionados á saúde de jovens universitários de treze paizes europeus (Belgica, Inglaterra, França, Alemanha, Grecia, Hungria, Islandia, Irlanda, Italia, Holanda, Polonia, Portugal e espanha) entre 1990 e 2000. Para espanto dos pesquisadores, a pesar dos conhecimentos sobre hábitos saudáveis muito difundidos no continente europeu, o estilo de vida relacionado a saúde dos universitários tendeu a se tornar menos saudável devido a redução do nível de atividade física e o aumento do consumo de alimentos pouco nutritivos. Esses comportamentos tiveram forte relação com a percepção pessoal de saúde e desempenho.

    Nesse contexto, o levantamento das informações a respeito do estilo de vida relacionado á saúde de estudantes universitários é de fundamental importância para a ampliação do conjunto de informações acerca dos hábitos relacionados à saúde desse grupo visando estimar os possíveis aumentos de incidência dos indicadores de fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares a médio e longo prazo, bem como possibilitar a identificação do perfil de comportamentos de risco á saúde para que as instituições possam elaborar planos de ação para reverter o quadro negativo, uma vez determinados comportamentos de risco podem afetar negativamente o desempenho academico comprometendo a qualidade de ensino e aprendizagem configurando assim um investimento público inadequado nas diversas esferas de responsabilidade social das universidades e seus egressos. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi verificar como esta o perfil de estilo de vida relacionado á saúde dos acadêmicos da UNICENTRO, campus de Irati no Paraná.

Metodologia

    Esta pesquisa foi caracterizada como estudo de caso, quantitativo e descritivo. Segundo Chizzotti citado por Coelho e Santos (2006), "O estudo de caso é uma caracterização abrangente para designar uma grande diversidade de pesquisas que coletam e registram dados de um caso particular ou de vários a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de experiência, ou avaliá-lo analiticamente objetivando tomar decisões a seu respeito ou propor uma ação transformadora."

    Os sujeitos dessa pesquisa foram abordados de forma intencional e todos foram informados sobre as intenções da pesquisa e sabiam também quem era o avaliador, sendo que foi feito primeiramente um contato prévio com cada departamento de cada curso por meio de memorandos emitidos pelo departamento de saúde do campus universitário da Unicentro de Irati e todos os participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido.

    Participaram da pesquisa 523 acadêmicos, do primeiro ao quarto ano, dos cursos de Educação Física, Psicologia, Fonoaudiologia, Engenharia Florestal, Engenharia Ambiental e Turismo, do período integral e matutino da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), campus de Irati.

    Aplicou-se o questionário proposto por Nahas et al (2000), O Pentatlo do Bem Estar, onde os resultados apresentados nos deram condições de avaliar como esta o estilo de vida relacionado à saúde dos acadêmicos da Unicentro. As questões envolviam quinze aspectos relacionados a nutrição, atividade física, prevenção, relacionamentos e controle de estresse, sem levar em consideração, fatores genéticos, ambientais, nível socioeconômico, concepções políticas ou religiosas, ou qualquer outro fator que pudesse influenciar os resultados

    O tratamento dos dados foi realizado com base nos questionários, organizados em forma de tabelas e gráficos, para que possam ser visualizadas mais claramente e, para atender os objetivos do estudo, foi estipulado que o valor 2 em cada questão, seria o ponto de corte categórico, sendo que os valores inferiores a 2 foram considerados como aspectos negativos do estilo de vida dos acadêmicos e os valores iguais ou superiores a 2, foram considerados aspectos positivos do estilo de vida segundo o instrumento utilizado para a coleta de dados.

    A analise foi feita através da estatística descritiva: média e medida de proporção dos dados coletados, bem como o teste de correlação por meio do coeficiente de contingência visando esclarecer as relações entre os indicadores dentro de cada componente e entre os diferentes componentes do modelo.

Analise e discução dos dados

    Para facilitar o entendimento dos componentes do estilo de vida optou-se por apresentá-los em forma de tabelas e gráficos.

Componente: Hábitos Alimentares

    Sabe-se, através de vários meios, que uma boa alimentação contribui para uma boa qualidade de vida e ista esta relacionada diretamente com o estilo de vida que um individuo leva. De modo geral, a população assiste frequentemente nos meios de comunicação de massa profissionais da área de saúde alertando para o consumo excessivo de alimentos de alta caloria e baixa capacidade nutritiva. No entanto, diversos estudos realizados com universitários revelam que estes apresentam um alto percentual de comportamentos alimentares inadequados.

    De acordo com o modelo teórico adotado, três indicadores são essenciais para verificar se os hábitos alimentares dos indivíduos apresentam um mínimo de qualidade para serem considerados adequados á conservação da saúde. São inúmeras as pesquisas que relacionam o baixo consumo de frutas e verduras, o consumo excessivo de doces e frituras e baixa frequencia diária de refeições com a obesidade e sobrepeso, bom como com as doenças crônico-degenerativas como cancer, infarto do miocardio, hipertensão, acidente vascular cerebral, entre outros (Beilin, Puddey e Burke,1999; CDC, 2001; Pais e Cabral, 2003; Philippi, 2004; Franca e Colares, 2008).

    Entre os acadêmicos da Unicentro constatou-se que cerca de 82% de alguma forma ignoram essa necessidade de comer frutas e verduras, sendo que 36,52% nunca comem (o numero mínimo solicitado no questionário, de 5 porções por dia), e 45,5% as vezes correspondem no seu dia-a-dia (Tabela 1).

    Traçando um comparativo com outros estudos desse genero, verifica-se que a baixa ingestão de frutas e verduras parece ser um fato comum nessa população. Coelho e Santos (2006) verificaram que acadêmicos da Udesc, também tem um baixo consumo de frutas e verduras sendo que 23,94% nunca consumem o numero minino solicitado no questionário, e 47,11% às vezes consomem frutas e hortaliças, ou seja, cerca de 71% apresentam consumo inadequado. Santos e Venâncio (2006) fizeram um estudo similar com academicos da Unileste em Ipatinga-MG e verificaram que cerca de 79% dos estudantes apresentavam consumo inadequado de frutas e verduras. Na maioria dos casos, os universitários atribuem o fato a falta de tempo de se alimentar corretamente, pois a vida universitária principalmente, para acadêmicos que moram em republicas ou sozinhos, exige muita dedicação.

Tabela 1. Frequencia e Proporção de Habitos Alimentares adequados 

e inadequados de acordo com o modelo do Pentatlo do Bem Estar.

Nutrição

Hábitos Adequados

Hábitos Inadequados

Consumo de frutas ou verduras

94 (17,96%)

429 (82,04%)

Consumo de frituras e doces

150 (28,67%)

373 (71,33%)

Frequência diária de refeições

203 (38,81%)

320 (61,19%)

Média

149 (28,48%)

374 (71,52%)

    Como é possível constatar na tabela 1, cerca de 71% dos acadêmicos da Unicentro não evitam comer frituras e doces no seu cotidiano. Parece que a disponibilidade dessa categoria de alimento é prevalente nas cantinas, bares e lanchonetes de acesso dessa população. Com relação a essa hipótese, Knutson (2000) realizou seu estudo com 200 universitários da Universidade de Michigan e constatou que aproximadamente 40% dos estudantes freqüentaram pelo menos 3 ou 4 vezes por semana a restaurante fast food e cerca de 26% haviam freqüentado 5 vezes na semana. A recorrência por este tipo de local para realizar as refeições diárias é bastante considerável e mostra a aceitabilidade deste segmento por fast food. Entre os principais fatores que estes universitários adotam para escolha deste tipo de restaurante foi citado: preço (67%), rapidez (61,5%) e localização (59%). Dessa forma, apesar de todo o conhecimento muito próximo para saber o mínimo de uma dieta saudável, esses fatores de acessibilidade e facilidade influenciam significativamente os hábitos alimentares dessa população.

    Quanto ao habito de fazer 4 ou 5 refeições por dia, constatou-se que cerca de 61% dos estudantes da Unicentro apresentam comportamento negativo para esse componente. Apesar de haver uma relação muito fraca entre a frequencia de refeições e a ingestão de frutas e verduras (C = 0,12), bem como com a ingestão de fruturas e doces (C=0,06), a literatura tem apontado desde a década de 80 que a menor frequencia de refeições aumenta o risco de desenvolvimento da obesidade e diabetes (Goldberg e Elliot, 2001). Alem disso, estudos recentes na área de neurociencias tem demonstrado clara associação entre redução do desempenho cerebral e baixa qualidade e frequencia alimentar diária (Época, 2005; Lent, 2005).

    No geral do componente nutrição, cerca de 71,5% dos universitários da Unicentro apresentaram ao menos um comportamento considerado inadequado. Dessa forma, Coelho e Santos (2006) alertam que não somente os corpos dos estudantes, mas também seus cerebros estarão mal preparados para as cargas mentais e emocionais progressivas, e para que isto não ocorra, o estilo de vida desses estudantes necessariamente deve incluir uma ótima alimentação.

    De acordo com uma matéria veiculada na revista Época (2005), novos estudos associam a performance intelectual à dieta. Recentemente, a Tufts University, reconhecida mundialmente por seus estudos ligados à educação, divulgou trabalho com a comprovação de que crianças bem alimentadas tiram notas melhores que seus colegas que se abastecem de junk food. Tambem revela que alunos entre 9 e 11 anos que comeram cereais, frutas e iogurte no café-da-manhã mostraram maior capacidade de memória espacial, habilidade importante na resolução de problemas de matemática e ciências. "Alimentar sabiamente a mente leva-a a trabalhar melhor". Mas alerta que não se trata apenas de diminuir as calorias. É preciso saber separar os alimentos que fazem o cérebro ficar mais ativo daqueles que tendem a diminuir sua performance. Sanduíches, salgadinhos e refrigerantes, por exemplo, são pobres em nutrientes, especialmente minerais, que têm papel importante no sistema nervoso central. A falta desses nutrientes prejudica o rendimento cerebral e a qualidade do sono. Por sua vez, ovos ajudam o corpo a produzir o neurotransmissor acetilcolina, usado na memória.

Gráfico 1. Hábitos Alimentares: prevalência de hábitos inadequados para cada indicador do componente

Componente: Atividade Física

    As evidências que associam níveis satisfatórios de saúde a prática regular de atividade física de lazer e/ou deslocamento estão bem documentados e parece haver um quase que um concenso na comunidade científica de que esta destaca-se como um dos fatores mais importantes para um estilo de vida saudável (Nahas, 2006; Santos, 2006). No entanto, tal como acontece com os hábitos alimentares, grande parte da população não consegue ou não se esforça para alcançar a recomendação mínima de 30 minutos diários de atividade física de intensidade moderada ao menos cinco vezes por semana (Waxman, 2004; Monteiro et all, 2003).

    Waxman (2004) afirma que apesar de as oportunidades de acesso a atividade física no lazer terem aumentado nos últimos anos, estima-se que a proporção de indivíduos insuficientemente ativos para obter benefícios para saúde esteja em torno de 60% da população global. Obviamente essa proporção global apresenta enormes flutuações locais de acordo com aspectos políticos, sociais, culturais e biológicos.

    No Brasil, vários levantamentos epidemiológicos foram realizados em diferentes populações e também mostraram variações substanciais. Num levantamento realizado por Monteiro et al. (2003) foram analisados depoimentos de 11.033 brasileiros das regiões nordeste e sudeste a respeito de suas práticas de atividades físicas e verificou-se que 87% dessa população éra fisicamente inativa, ou seja, não pratica nem ao menos uma vez na semana os 30 minutos de atividade física recomendada pelos especialistas da área. Já em outro estudo realizado por Gomes et al (2001) com 4.331 pessoas no Rio de janeiro, esse percentual foi de aproximadamente 69%. Outro levantamento realizado por Barros e Nahas (2001) com industriários de Santa Catarina mostrou uma prevalência de 56% de inatividade física no lazer dessa população. Um dos estudos mais abrangentes relacionados ao nível de atividade física no Brasil foi o realizado pela Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde através do Instituto Nacional do Câncer no qual foram investigados 23.457 indivíduos, residentes em 10.172 domicílios, em 15 capitais brasileiras mais o distrito federal. De acordo com esse estudo o nível de atividade física verificada no total da amostra, o percentual de indivíduos classificados como insuficientemente ativos foi maior em João Pessoa (54,5%), menor em Belém (28,2%) e apresentou uma prevalência de 40,1% em Curitiba-PR.

    Estudos com estudantes universitários, com o mesmo modelo usado na presente pesquisa, apresentam uma relação preocupante do lugar da atividade física no estilo de vida dessa população. Moralas e Souto (2006) verificaram que numa amostra representativa de academicos da Universidade da Região de joinville-SC, cerca de 38% dos estudantes alegam não realizar atividades físicas. Essa prevalencia é muito similar a encontrada por Coelho e Santos (2006) entre academicos do centro de ciencias tecnológicas da Universidade do Estado de Santa Catarina. Nessa instituição cerca de 37% dos estudantes não seguem as recomendações de prática de atividade física.

    Em relacão aos acdemicos da Unicentro, a tabela 2 demonstra os indicadores do componente atividade física nessa população apresenta valores preocupantes. Cerca de 69% dos estudantes não praticam regularmente algum tipo de atividade física por no mínimo 30 minutos por dia e cerca de 55% não realizam exercícios de força e alongamento ao menos tres vezes por semana.

Tabela 2. Frequencia e Proporção de Habitos de Atividades Físicas adequadas 

e inadequadas de acordo com o modelo do Pentatlo do Bem Estar

Nutrição

Hábitos Adequados

Hábitos Inadequados

Pratica de atividade física por 30 minutos

200 (30,6%)

323 (69,4%)

Prática de exer. de força e alongamento

237 (45,32%)

286 (54,68%)

Uso de escadarias ao invés do elevador

203 (38,77%)

320 (61,23%)

Média

195 (37,23%)

328 (62,77%)

    A falta de atividade física entre os universitários, a pesar do seu conhecimento acadêmico sobre sua importância e necessidade, parece ser uma constante nessa população, mesmo entre estudantes das áreas da saúde. Soares e Campos (2008), pesquisaram o entendimento sobre o estilo de vida dos estudantes de enfermagem de uma Universidade do interior de Minas Gerais e analisaram se ocorriam mudanças em seus próprios estilos de vida durante o período letivo. O resultado observado foi que houve mudanças positivas componente alimentação, mas não na atividade física que tendeu a decair no decorrer do periodo letivo.

    A literatura nos traz que a participação em atividades físicas diminui expressivamente com o crescimento, especialmente da adolescência para o adulto jovem devido a sobrecarga da horários em sala de aula ou trabalho e, entre os universitários, a necessidade de utilizar o seu tempo livre com estudos e tarefas academicas.

    Exercícios de força e alongamento são componentes relacionados à aptidão física voltada a saúde, juntamente com o VO2 max.e composição corporal (Goldberg e Elliot, 2001). Toda via, a maioria dos acadêmicos da Unicentro relatam não fazer exercícios que envolvam força e/ou alongamento muscular, podendo ser a explicação para a ocorrência desse fato, a falta de informação do quanto é importante exercícios que envolvam força a alongamento muscular. Um estudo realizado por Gonçalves et al (2003) investigou a aptidão física relacionada à saúde de universitários e revelou que, principalmente no grupo feminino, essa população apresentava baixos níveis de aptidão física relacionada a saúde o que pode a médio e longo prazo trazer prejuízo a saúde dos mesmos. Acadêmicos da Unicentro apresentaram um percentual de 54,68%, como aspecto negativo para esse componente, percentual muito superior ao verificado em academicos de outras universidade (Rosa et al, 2001; Santos e Venâncio, 2006; Coelho e Santos, 2006; Morales e Souto, 2006)

    Com a expansão do mundo globalizado, produtos poupadores de energia, são cada vez mais adquiridos. A alta tecnologia de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, faz a população cada vez mais tornarem-se sedentária, hoje em dia o simples fato de descer do carro para abrir o portão de sua casa, é ignorado, por existirem controles remotos que abrem o portão automaticamente. O uso de elevadores, escadas rolantes entre outros, facilitam ainda mais a falta de pratica da atividade física mais comum: a caminhada. Nesta linha de raciocínio, observou-se que 61,23% dos estudantes da Unicentro, nunca ou quase nunca sobem e descem escadas, utilizando o elevador para isso.

    Programas de promoção de um estilo de vida ativo e saudável podem ser intervenções válidas para reverter esses quadros entre os jóvens. De acordo com Nahas e Fonseca (2005), após a aplicação do programa lazer ativo entre os industriários de SC, observou-se uma redução significativa na prevalência de inatividade física no lazer, de 56% para 32%. Como as pesquisas mostram uma relação significativa entre inatividade física e faíxa etária sendo os mais velhos menoa ativos, provavelmente programas institucionais nas universidades podem obter resultados melhores que os relatados entre os industriários.

Gráfico 2. Hábitos de Atividade Física: prevalência de hábitos inadequados para cada indicador do componente

Componente: Comportamento Preventivo

    Comportamento preventivo é definido como: ações individuais ou coletivas, executadas voluntariamente pelo indivíduo em estado assintomático em relação a uma doença específica com o objetivo de minimizar o potencial de ameaça percebido em relação à mesma (Pender citado por Coelho e Santos, 2006). Como demonstram os dados plotados na tabela 3, verificou-se que os comportamentos de prevenção avaliados no questionário representaram uma média negativa para hábitos de risco, apresentando 45,31% de prevalência para hábitos inadequados segundo o modelo.

Tabela 3. Frequencia e Proporção de Habitos Relacionados ao Comportamento Preventivo 

adequado e inadequado de acordo com o modelo do Pentatlo do Bem Estar

Comportamento Preventivo

Hábitos Adequados

Hábitos Inadequados

Pressão arterial e colesterol

135 (25,82%)

388 (74,18%)

Fumo e álcool

321 (61,39%)

202 (38,61%)

Nomas de transito

402 (76,88%)

121 (23,12%)

Média

286 (54,69%)

237 (45,31%)

    Uma das questões avaliadas era o controle da pressão arterial e do colesterol. A hipertensão é uma doença assintomática, e conhecer seus valores, torna seu rastreamento e sua prevenção mais fácil, assim como o controle das taxas de colesterol, que presente na corrente sanguínea aumenta relativamente o risco de doenças cardiovasculares (Goldberg e Elliot, 2001). Na tabela 3 podemos observar que 74,18% dos participantes nunca fazem controle da pressão arterial e do colesterol. Bem acima das prevelencias encontradas nos estudos de Coelho e Santos (2006), Santos e Venâncio (2006) e Simão et al (2008), este último com universitários africanos. No estudo feito na Udesc, cerca de 56,4% relatavam essa falta de cuidade e no estudo realizado na Unileste, cerca de 41,9% relatara não saber sobre sua pressão arterial ou colesterol. Simão et al (2008) verificou que a maioria (65,4%) dos universitários de Lubango em Angola não sabia informar o valor da PA encontrado na ocasião da última mensuração.

    Vários estudos encontrados na literatura mostram que a pratica regular de exercícios pode reduzir o nível de hipertensão e taxas de colesterol, pois “quase todas as formas de exercícios, inclusive os fisiculturismo e outros tipos de levantamento de peso, melhoram os níveis de colesterol” e “Quanto mais ativos e em forma estivermos, mais baixa será nossa pressão arterial” (Goldberg & Elliot, 2001).

    Rosa (2001) et all, evidenciam que em relação ao comportamento preventivo mulheres procuram controlar a pressão arterial e o nível de colesterol mais que os homens, principalmente aquelas com idade superior a 29 anos e matriculadas em cursos da área biológica e da saúde da Univille.

    Uma taxa relativamente pequena em relação às outras questões do componente prevenção, o respeito a normas de transito apresentou 7,83% para acadêmicos que nunca respeitam normas de transito, sendo uma media para comportamento negativo de 23,12%. Nesse sentido vale ressaltar que esse comportamento em relação ao transito é de extremo impacto visto que os acidentes de transito são a principal causa de morte e invalidez entre os jovens de 10 a 24 anos de idade. De acordo com o relatório Youth and Road Safety (OMS, 2007), todos os anos, quase 400 mil jovens morrem nas ruas e nas estradas do mundo. Estima-se que 7 mil jovens com menos de 25 anos morrem semanalmente devido a acidentes de trânsito e os jovens em pior situação financeira são os mais expostos aos riscos de morrer em uma colisão de automóvel e/ou motocicleta.

    Segundo uma reportagem do jornal o Globo (2006) e da BBC Brasil (2007), uma série de pesquisas publicadas na revista médica "The Lancet" demonstra que as vítimas fatais nos países menos desenvolvidos tendem a ser pedestres, ciclistas, motoqueiros ou passageiros, já que a infra-estrutura urbana e de transportes não é preparada para usuários não-motorizados das ruas, que são obrigados a dividir o espaço com carros, ônibus, caminhões e animais.

    No Brasil a situação da violência no trânsito pode ser considerada uma calamidade comparada apenas aos paises africanos e do sudoeste da Asia (OMS, 2007) e apesar da baixa associação (C=0,11) entre consumo de alcool e fumo e desobediência as normas de transito nesse grupo, diversos relatórios do Detran mostram a forte associação entre consumo de alcool, imprudência e acidentes de transito, sendo esses comportamentos mais frequente entre jovens abaixo de 25 anos (Fenasdetran, 2008).

    Végas (2008) relata que em 2007 no estado do Paraná, o Batalhão de Polícia de Trânsito registrou 1.232 feridos e oito mortos entre zero e dezessete anos de idade. Entre 18 e 24, foram 2314 feridos e vinte mortos. Até março de 2008, entre pessoas de zero a 17 anos, foram 277 feridos e um óbito. Entre 18 e 29 anos, foram quinhentos feridos e dez mortos. Entre os menores de 18 anos, os ferimentos e óbitos geralmente são conseqüência de atropelamento, acidentes com bicicletas ou acidentes nos quais crianças e adolescentes são levados como passageiros. Porém, entre as pessoas com idades acima de 18, muitas vezes é a ousadia ao volante e o desrespeito às regras de trânsito o que prevalece.

    Em alguns estudos foram observados comportamentos preventivos em diferentes camadas da sociedade que constatavam que pessoas que praticam tênis, caminham ou correm, apresentam menos comportamentos agressivos à saúde como: obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e o não uso do cinto de segurança (Schneider & Greenberg, 1991 citado por Coelho 2006).

    Assim as mortes e ferimentos no trânsito são uma verdadeira pandemia, especialmente entre pessoas jovens, e a solução mais adequada reside em algo que é talvez uma das coisas mais difíceis de serem mudadas devido a falsa noção de liberdade que impera nos paises capitalistas: o comportamento humano.

Gráfico 3. Comportamento Preventivo: prevalência de hábitos inadequados para cada indicador do componente

Componente: Relacionamentos

    Offer citado por Nahas (2006), declara que os relacionamentos sociais representam um dos componentes fundamentais do bem estar espiritual e, por conseqüência, da qualidade de vida de todos os indivíduos refletindo na qualidade com que o indivíduo se integra consigo mesmo, com as pessoas à sua volta e com a natureza.

    Como observando a tabela 4, verifica-se que os acadêmicos valorizam e estão satisfeitos com seus relacionamentos, pois apenas 1,14% alegaram nunca cultivar amigos, apresentando uma média como aspecto negativo para esse comportamento de apenas 7,64%, o mesmo verificou-se com os acadêmicos da Udesc que apresentaram 5,1% para a mesma questão (Coelho e Santos, 2006).

    Incluir atividades esportivas e encontros com os amigos obteve 33,07% de respostas inadequadas sendo que 8,22% nunca fazem esse tipo de atividade, valor esse superior ao encontrado por Santos e Venâncio (2006) entre estudantes da Unileste com prevalencias de 19% e 5% respectivamente.

    Procurar ser ativo em sua comunidade representou o índice com maior aspecto negativo, cerca de 51%. Talves porque a maioria dos estudantes que participaram dessa pesquisa, são de fora da cidade e pouco se preocupam por terem poucos vinculos com a comunidade de Irati. Dessa forma, é possível que sejam mais ativos nas suas cidades de origem. O mesmo acontece com os acadêmicos da Udesc por ser uma Universidade pública, mas não se repete entre os academicos da Unileste, Univille e Uniplac que são instituições privadas cujo perfil é acomodar mais estudantes da cidade onde se localizam (Arruda e Souza, 2003; Coelho e Santos, 2006; Santos e Venâncio, 2006; Rosa et al, 2001).

Tabela 4. Frequencia e Proporção de Habitos de Relacionamentos adequados 

e inadequados de acordo com o modelo do Pentatlo do Bem Estar

Relacionamentos

Hábitos Adequados

Hábitos Inadequados

Cultiva amigos

483 (92,36%)

040 (7,64%)

Lazer ativo e encontro com amigos

350 (66,93%)

173 (33,07%)

Procura ser ativo na comunidade

254 (48,56%)

269 (51,44%)

Média

362 (69,29%)

161 (30,71%)

    Numa visão geral para esse componente, verificou-se que cerca de 31% dos acadêmicos da Unicentro apresentaram aspectos negativos para o componente Relacionamento. Estudos realizados com estudantes universitários europeus mostram que os fatores relacionados aos relacionamentos sociais podem aumentar a vulnerabilidade a estados de depressão e ansiedade prejudicando dessa forma o rendimento academico (Chaney citado por Pereira et al, 2006). Segundo Ferraz e Pereira (2002), diversas investigações mostram que tanto a falta como o excesso nos relacionamentos sociais são fatores que prejudicam o rendimento academico e estão relacionados a outros comportamento inadequados do estilo de vida como abuso de alcool e tabaco, agressividade e violencia, bem como, comportamentos sexuais de risco.

Gráfico 4. Relacionamentos: prevalência de hábitos inadequados para cada indicador do componente

Componente: Controle de Estresse

    O estresse foi considerado por diversos autores coo o mau do século 20. No entanto, ele é apenas um mecanismo de adaptação do corpo e da mente aos desafios ambientais (Deitos, 1997). Assim, doses moderadas de estresse são extremamente necessárias para saúde e qualidade de vida, pois tanto o excesso como a falta ocasionam desequilíbrios na saúde do indivíduo (Santos, 2006). Dessa forma, a maioria dos autores refere-se a um tipo específico de estresse que causa prejuizos a saúde: o distresse.

    Segundo a Academia Americana de Médicos de Família, mais de 75% das consultas médicas são de alguma forma, relacionadas com o distresse e o custo estimado do tratamento de doenças decorrentes do estresse no trabalho nos Estados Unidos é de 150 bilhões de dólares (Goldenberg e Elliot, 2001).

    De acordo com Nahas (2006), diversas doenças e transtornos de saúde estão associadas aos quadros de estresse excessivo: hipertensão arterial, infartos agudos do miocárdio, derrames cerebrais, câncer, úlceras, depressão /distúrbios nervosos, artrite, alergias, dores de cabeça, etc. As mais comuns são as doenças cardíacas que evoluem devido à tensão nervosa decorrente do estresse, situações de agressividade e frustração, tristeza e sensação de impotência.

    Para Baptista e Dantas (2002), as causas originárias do distresse são inúmeras, podendo algumas serem mais relevantes ou não, dependendo da forma em que o indivíduo reage aos fatores estressantes. Assim o resultado para saúde será definido pela capacidade de resistência interna e a força dos fatores estressores socio-ambientais.

Tabela 5. Frequencia e Proporção de Habitos de Controle do Estresse adequados 

e inadequados de acordo com o modelo do Pentatlo do Bem Estar

Controle estresse

Hábitos Adequados

Hábitos Inadequados

Relaxamento e/ou meditação

483 (69,03%)

162 (30,97%)

Controle de conflitos

255 (48,77%)

268 (51,23%)

Equilibrio entre lazer e trabalho

238 (45,52%)

285 (54,48%)

Média

285 (54,44%)

238 (45,56%)

    Os estudantes em geral, e os universitários em particular, geralmente estão expostos a fortes doses de estresse, principalmente em periodos de provas e entrega de tarefas. Apesar da média para comportamento negativo para esse componente aparecer relativamente alta (cerca de 46%), aproximadamente 50% sempre e 20% quase sempre reservam ao menos 5 minutos de seu dia para relaxar e/ou meditar. Em contra partida 51,23% dos acadêmicos não conseguem manter uma discussão sem se alterar. A grande maioria dos participantes diz nunca equilibrar o tempo de lazer com o tempo de trabalho. Esses achados vão de acordo com deversos estudos realizados com universitários no Brasil e na Europa (Arruda e Souza, 2003; Coelho e Santos, 2006; Ferraz e Pereira, 2002; Pereira et al, 2006; Santos e Venâncio, 2006; Rosa et al, 2001).

    Arruda e Souza (2003), demonstrou que o estilo de vida apresentado pelas universitárias se caracteriza por uma alimentação de baixa qualidade e pouco interesse em relação a pratica de atividade física. Isso complica o controle do estresse, pois este é substancialmente influenciado pelos hábitos nutricionais e de atividade física. Segundo Becker (2000), vários estudos apontam uma relação inversa entre atividade física e percepção de estresse excessivo.

Gráfico 5. Controle de Estresse: prevalência de hábitos inadequados para cada indicador do componente

Considerações finais

    Nesse estudo foi demonstrado que os componentes nutrição, estresse e atividade física do constructo estilo de vida individual dos acadêmicos da Unicentro apresentam deficencias preocupantes e precisam ser abordados por intervenções educacionais paralelas com responsabilidade interdisciplinar. Os dados mostram que há uma alta prevalência de hábitos inadequados em todos os compoentes do modelo exceto nas relações sociais e, ainda assim, com baixo envolvimento comunitário. A associação de comportamentos inadequados de alimentação e atividade física podem resultar em níveis reduzidos de controle de estresse que poderão desencadear um baixo rendimento acadêmico e repercussões futuras na saúde desses academicos.

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revista digital · Año 13 · N° 129 | Buenos Aires, Febrero de 2009  
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