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Obesidade e hábitos alimentares: 

questão cultural em um processo de globalização

 

Mestre em Educação, Cultura e Organizações Sociais

Especializada em Treinamento Desportivo e Personal Training

Graduada em Licenciatura Plena em Educação Física

Marcela de Melo Fernandes

marcelamelo29@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          Atualmente, as condições de peso da população revelam que o sobrepeso e a obesidade vêm tornando uma epidemia com alta incidência e constitui um problema de saúde pública mundial. O presente trabalho trata-se de uma revisão literária que analisa os hábitos alimentares que estão sendo influenciados pela globalização e pela modernidade, com a chegada dos famosos fast food e pelas facilidades decorrentes de uma tecnologia moderna, processos estes que trás preocupações para com a saúde e qualidade de vida das populações.

          Unitermos: Hábitos alimentares. Globalização. Modernidade. Obesidade.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 127 - Diciembre de 2008

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1.     Introdução

    Em um tempo em que a forma física e os músculos esculpidos constituem um avassalador padrão de beleza, o excesso de peso e a obesidade transformaram-se na grande epidemia do planeta, com conseqüências negativas para a saúde da população.

    A obesidade é atualmente assunto de interesse universal. É considerada uma doença crônica, multifatorial, caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo. É fator de risco para patologias graves, como a diabetes, osteoartrite, doenças cardiovasculares, hipertensão, alguns tipos de câncer e problemas respiratórios. A obesidade pode ser causa de sofrimento, depressão e de comportamentos de esquiva social, que prejudicam a qualidade de vida. Além de trazer sérios riscos para a pessoa, a obesidade é hoje um dos mais graves problemas de saúde pública do mundo. Em estudos populacionais, define-se obesidade como um IMC (Índice de Massa Corporal) igual ou superior a 30. Segundo The U.S Census Burea’s Census 20001, “o número de americanos adultos com 20 anos ou mais que se encontram acima do peso é de 133,2 milhões de pessoas, destes 64,7 milhões estão com IMC igual ou superior a 30, classificados como obesos.”

    Porém a obesidade não é mais exclusivamente dos países desenvolvidos, ou do mundo ocidental, aparece hoje na América Latina, como México, Uruguai, Chile, Peru, Colômbia e Brasil. De acordo com dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística2, “num universo de 95,5 milhões de brasileiros de 20 anos ou mais de idade há 38,8 milhões com excesso de peso, das quais 10,5 milhões são considerados obesos [...] o excesso de peso tende a aumentar com a idade, entre 20 e 44 anos.”

    Franks; Howarley (2000) cita que, as escolhas que uma pessoa faz sobre gasto calórico e ingestões calóricas têm um impacto predominante sobre o desenvolvimento da obesidade. As principais razões para o aumento de peso estão no ganho excessivo de calorias, pela ingestão incorreta de alimentos, e/ou perda inadequada de calorias pela atividade física reduzida, fazendo com que ainda se acredite que o processo de acúmulo excessivo de gordura corporal, na maioria dos casos, seja desencadeado por aspectos sócio-ambientais. Configurando o que poderia ser chamado de estilo de vida ocidental contemporâneo.

    Para Willians (1997), os hábitos alimentares estão entre os aspectos mais antigos e profundamente enraizados em várias culturas, exercendo fortes influências sobre o comportamento das pessoas. Os padrões alimentares de um grupo sustentam a identidade coletiva, posição na hierarquia, na organização social, mas também, determinados alimentos são centrais para a identidade individual.

    Não só os hábitos alimentares estão sendo influenciados pela globalização e pelo mundo contemporâneo, mas nas sociedades urbanas as facilidades de transporte, o trabalho mecanizado e também sedentário fez com que os organismos gastem cada vez menos energia.

    Mudanças na sociedade e a transição nutricional global estão impulsionando a epidemia da obesidade. O crescimento econômico, a modernização e a globalização dos fast food são alguns dos fatores subjacentes à prevalência crescente da obesidade.

    Assim tenta-se evidenciar algumas considerações sobre globalização e seus reflexos na cultura alimentar da população mundial. Analisando as preocupações para com a saúde.

2.     Hábitos alimentares e aspectos sócio-culturais

    O ato de alimentar, inclui não somente o preparo e o consumo dos alimentos, mas também a busca e a escolha, estando associado a fatores econômicos e sociais que são ditados por algumas regras repletas de significados, lendas e mitos típicos da cultura de cada país ou região.

    Para Willians (1997), são inúmeras as razões que envolvem a escolha de alimentos, entretanto estas escolhas são permeadas pelo poder aquisitivo dos segmentos sociais e por oscilações entre aquilo que é ditado pela cultura e aquilo que é entendido como saudável. Os hábitos alimentares baseiam-se inicialmente, na disponibilidade de alimentar, na economia e nas crenças e significados que cada pessoa confere aos alimentos.

    Antigamente as refeições tinham sinônimo de reunião familiar, onde havia o sentimento de união e respeito ao redor da mesa. Hoje em dia esses hábitos não vem sendo seguidos pelas famílias da sociedade atual devido a um crescente processo de industrialização que vem proporcionando avanços a economia mundial, mas que traz com ele ao mesmo tempo prejuízos à saúde da população.

    Alguns fatores foram determinantes para a mudança dos hábitos alimentares, além de uma estabilidade econômica proporcionada pelo processo de industrialização, a aceitação e o ingresso da mulher no mercado de trabalho, contribuiu para uma grande mudança nos padrões alimentares da população, que por sua vez não estão relacionados a hábitos de vida saudáveis. Com essa mudança as refeições tradicionais foram sendo substituídas por refeições que proporcionam maior praticidade e rapidez. Com isso foram sendo introduzidos no mercado alimentos que reduzem o tempo de preparo e consumo destes. A durabilidade e praticidade destes alimentos foram determinantes para a boa aceitação do produto e sua introdução e manutenção no mercado de alimentos industrializados. (Willians, 1997)

    As práticas alimentares envolvem a seleção, o modo de preparação, de distribuição, de ingestão, isto é, o que se planta, o que se compra, o que se come, onde se come, com quem se come, em que freqüência, em que horário, em que combinação. Estas práticas alimentares ainda são determinadas por influências culturais, pelo modo de vida, pela introdução de novos alimentos através da mídia, entre outros.

    Willians (1997, p. 183), cita que a experiência cultural e subcultural determinam o que deve ser comido, bem como quando e como fazê-lo.

    Ao valorizar a dimensão cultural do comportamento alimentar, Freitas afirma que, na comida, mesclam-se valores simbólicos antigos e modernos (inclusive de características regionais) a padrões socioculturais das diversas instâncias do conhecimento:

    [...] a comida representa a manifestação da organização social, a chave simbólica dos costumes, o registro do modo de pensar a corporalidade no mundo, em qualquer que seja a sociedade. (Freitas, 1996. p. 2).

    O tempo é um dos grandes inimigos do prazer. Hoje somos levados para tudo que possa facilitar o trabalho na cozinha e do dia-a-dia. Os alimentos são comprados quase prontos para o consumo, os congelados, os pré-cozidos, os pré-temperados, os enlatados, sem falar nos fast food, que oferecem comida pronta e preparada em um tempo muito rápido, trocam o tradicional feijão com arroz, bife e saladas, pelas praticidades do mercado industrializado. O consumo de feijão com farinha, alimentos que foram a base do cardápio da grande maioria da população do século XVII, sofreu reduções “passou de 17,64 quilos anuais por pessoa, em 1974, para 11,97 quilos, em 1986, e 10,68, em 2003 - na última Pesquisa de Orçamento Familiar. E a farinha de mandioca ocupa o 38º lugar no mercado alimentar3.” A vida nas cidades, e principalmente nos grandes centros urbanos minimizou a importância do ato alimentar.

    A comida está sendo percebida como uma forma de obter status social. O alimento em nossa sociedade é uma mercadoria, e como tal, é explorada pela mídia. Pode-se afirmar que a partir dos anos 70, essa influência ficou ainda maior. Isso veio a contribuir para a proliferação dos restaurantes com aspecto mais juvenil, os fast food. O termo fast food foi criação dos irmãos Richard e Maurice Mc Donald, no final da década de 40. Sua entrada em todos os países do mundo, inclusive nos regimes socialistas, fez com que essa marca, que comercializa hambúrgueres, seja considerada a face do sonho americano. O novo conceito de lanchonete foi logo imitado por outros empresários e expandido por toda parte. Este sistema buscou solucionar o problema das grandes cidades no que se refere à alimentação no período de trabalho4. O mercado de trabalho nas grandes cidades trouxe como conseqüência o aumento da distância entre o local de moradia e o do trabalho. Apesar da melhoria do sistema de transportes, a rigidez nos horários de refeições não possibilitam grandes deslocamentos. Isso tornou o hábito de fazer refeições fora de casa uma necessidade crescente.

    Os fast food tornaram uma alternativa rápida de refeição, porém na maior parte das vezes carecendo de aporte nutritivo. Em busca de solucionar o problema do tempo, passou a satisfazer as exigências do paladar. De modismo passou a ser a opção para um número crescente de consumidores.

    Hoje a Mc Donald’s é uma das maiores cadeias de fast food da atualidade isso se deve, em grande parte, a fórmula por ela adotada que conjugou rapidez e custo, mas também à imagem vendida que satisfaz inteiramente a sociedade pós-moderna, pautada em um consumo desenfreado.

    Os adolescentes, jovens e adultos estão mais sensíveis e permeáveis às mudanças e, portanto, mais vulneráveis à propaganda, sem a preocupação com os danos que isso poderá acarretar a sua saúde e qualidade vida. Como conseqüência um crescente aumento de pessoas acima do peso e/ou obesas.

3.     Sedentarismo e processos de industrialização

    Sedentarismo é a falta de exercício físico. E na sociedade modernizada, poucas pessoas realizam exercícios. Atualmente, somente algumas profissões requerem atividade física.

    A maioria das pessoas andam  de  carro ou  transporte coletivo(ônibus)  ao  invés  de  caminhar, andam   de   elevador  ao invés  de  usar escadas, e  permanecem   sentadas durante  a   maior  parte   de   seu   tempo  livre  ao invés   de praticarem   alguma   atividade   física. 

    A atividade física compreende uma gama de dimensões que incluem todas as atividades voluntárias, como as ocupacionais, de lazer, domésticas e de deslocamento.

    A redução do nível de atividade física e sua relação com a ascensão na prevalência da obesidade referem-se às mudanças na distribuição das ocupações por setores (exemplo: da agricultura para a indústria) e nos processos de trabalho com redução do esforço físico ocupacional; das alterações nas atividades de lazer, como práticas esportivas, para longas horas diante da televisão ou do computador; e do uso crescente de equipamentos domésticos com redução do gasto energético da atividade, como por exemplo, lavar roupa à máquina ao invés de fazê-lo manualmente. Segundo Lancha Junior (2006, p. 11), lavar roupa no tanque consumia aproximadamente 1,500 Kcal/dia, enquanto que usar a máquina de lavar requer 270 kcal/h para a mesma quantidade de roupas. Nos últimos anos, as facilidades decorrentes da tecnologia moderna e sua expansão para todas as partes do mundo, o sedentarismo e as mudanças significativas no estilo de vida tornaram-se causas para o desenvolvimento de doenças ou riscos à saúde humana. Estes fatores, associados à falta de adequação alimentar e ao estresse, incluem-se entre os principais determinantes da obesidade. O avanço tecnológico dos bens de consumo rumo ao aprimoramento do design, da comodidade e do conforto tornaram-se ameaças à boa forma e passaram a ser associadas à obesidade.

4.     Uma vida mais saudavel em um mundo modernizado

    Em um mundo contemporâneo e modernizado é importante que se adote um estilo de vida mais ativo, como participar de programas específicos que atendam aos componentes necessários para o desenvolvimento orgânico e funcional de nosso corpo, e também hábitos alimentares mais saudáveis. O ministério da saúde aponta dicas para uma vida mais saudável.

Os 10 passos para o peso saudável do Ministério da Saúde do Brasil

    Com base na prevalência crescente do sobrepeso/obesidade no país, o Ministério da Saúde produziu os dez passos para o peso saudável dentro do Plano Nacional para a Promoção da Alimentação Adequada e do Peso Saudável cujos objetivos são: (1) aumentar o nível de conhecimento da população sobre a importância da promoção à saúde e de se manter peso saudável e de se levar uma vida ativa; (2) modificar atitudes e práticas sobre alimentação e atividade física; (3) prevenir o excesso de peso. Os passos são:

  1. Comer frutas e verduras variadas, pelo menos duas vezes por dia;

  2. Consumir feijão pelo menos quatro vezes por semana;

  3. Evitar alimentos gordurosos como carnes gordas, salgadinhos e frituras;

  4. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele do frango;

  5. Nunca pular refeições: fazer três refeições e um lanche por dia. No lanche escolher uma fruta;

  6. Evitar refrigerantes e salgadinhos de pacote;

  7. Fazer as refeições com calma e nunca na frente da televisão;

  8. Aumentar a sua atividade física diária. Ser ativo é se movimentar. Evitar ficar parado, você pode fazer isto em qualquer lugar;

  9. Subir escadas ao invés de usar o elevador, caminhar sempre que possível e não passar longos períodos sentado assistindo à TV;

  10. Acumular trinta minutos de atividade física todos os dias.

    Os sete primeiros passos estão relacionados à dieta e os três últimos ao incentivo a se ter uma vida mais ativa. Os passos relativos à dieta seguem uma orientação geral de várias instituições estrangeiras, com adaptações locais, como por exemplo, no caso brasileiro, a recomendação da ingestão de feijão pelo menos quatro vezes por semana. Uma expectativa de que quem a seguisse se tornaria mais saudável, ou seja, a mudança no hábito alimentar preveniria o aparecimento de doenças crônicas, pressuposto que vem sendo questionado por dados recentes5.

Adaptado de Park Nicollet Health Source, 1996.
Fonte: Pirâmide CELAFISCS, American Dietetics Association, International Food Informations Council

Foundations e President‘s Council on Physical Fitness and Sports.

Conclusão

    O paradigma moderno difundiu-se no mundo todo, inclusive nos países subdesenvolvidos. Reconhecendo a obesidade como uma demanda que está sendo produzida pela própria sociedade.

    A obesidade aparece hoje devido aos maus hábitos alimentares e ao sedentarismo induzidos pela mídia, ofertas e consumo. Seduções tantas, ligadas a um processo de globalização, tanto pela chegada dos fast food como pela industrialização, processo que sucedeu os meios de transporte, meios de comunicação sofisticados.

    Quanto às práticas alimentares, é necessário buscar uma maior compreensão do peso da alimentação fora dos domicílios e do consumo de produtos industrializados e pré-processados pelos vários segmentos da sociedade.

    Necessitamos compreender os efeitos sobre a saúde associados às mudanças sociais e econômicas, compreender sobre as desinformações alimentares e segurança dos alimentos.

    Compete aos cidadãos em geral, ao poder público e às profissões em especial, nessa perspectiva, proteger, e reeducar seus cidadãos através da criação de políticas públicas de proteção, orientação, e fortalecimento dos processos de escolhas. A epidemia da obesidade é um problema sério que precisa ser abordado em todo o planeta. O controle efetivo do peso de indivíduos e grupos de risco para obesidade tem de incluir prevenção, manutenção do peso, controle de enfermidades e perda ponderal.

Notas

  1. Weight–Control Information Network: Statistics Related to overweight and obesity. Disponível em: http://www.health.nih.gov/result.asp/476. Acesso: 30 março 2007

  2. IBGE Pesquisas de Orçamento Familiares – POF 2002-2003. Excesso de peso atinge 38,8 milhões de brasileiros adultos. Disponível em: http://www.ibege.gov.br/home/presidencia/norticia_visuliaza.php?. Acesso: 29 março 2007

  3. Folha de São Paulo Gordura trans de A a Z - Equilíbrio - 28/7/2005) Disponível em: http://www.unicamp.br/unicamp/canal_aberto/clipping/julho2005/clipping050728_folha.html. Acesso :02 abril de 2007

  4. Caderno de debate. O padrão alimentar Ocidental:considerações sobre a mudança de hábitos no Brasil. Vol. VI. p. 10-11, 1998.

  5. Ministério da Saúde. 10 passos para o peso saudável. Disponível em: http://www.saude.gov.br Acesso em: 08 abril de 2007.

Referencias

  • Caderno de debate. O padrão alimentar Ocidental: considerações sobre a mudança de hábitos no Brasil. Vol. VI. p. 10-11, 1998.

  • Folha de São Paulo. Gordura trans de A a Z - Equilíbrio - 28/07/2005. Disponível em: http://www.unicamp.br/unicamp/canal_aberto/clipping/julho2005/clipping050728_folha.html. Acesso: 02 abril de 2007

  • FRANKS,B. Don; HOWARLEY, Edward T. Manual do instrutor de condicionamento físico para a saúde. 3ª ed., Porto Alegre: Artmed, 2000.

  • FREITAS, M. C. S., 1996 - Educação Nutricional: aspectos socio-culturais - In: Anais do XIV Congresso Brasileiro de Nutrição- CONBRAN- Belo Horizonte, p. 1-4.

  • FRONTEIRA, Walter R; DAWSON, David M; SLOVIK, David M. Exercício físico e reabilitação. Porto Alegre: Artmed, 2001.

  • IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisas de Orçamento Familiares – POF 2002-2003. Excesso de peso atinge 38,8 milhões de brasileiros adultos. Disponível em: http://www.ibege.gov.br/home/presidencia/norticia_visuliaza?. Acesso: 29 março 2007.

  • LANCHA JUNIOR, Antônio Herbet. Obesidade: uma abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro: Guanabara–Koogan, 2006.

  • Ministério da Saúde. 10 passos para o peso saudável. Disponível em: http://www.saude.gov.br Acesso em: 08 abril de 2007.

  • Park Nicollet Health Source, 1996. Pirâmide Celafiscs, American Dietetics Association, International Food Informations Council Foundations e President‘s Council on Physical Fitness and Sports. Disponível em:

  • http://www.abeso.org.br/revista/revista7/educ_fis.htm. Acesso: 20 de abril de 2007.

  • Weight –Control Information Network: Statistics Related to overweight and obesity. Disponível em: http://www.health.nih.gov/result.asp/476. Acesso: 30 março 2007.

  • WILLINS, Rodowel Sue. Fundamentos de Nutrição e Dietoterapia. 6. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

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