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Jogos Cooperativos na escola: possibilidades 

de inclusão nos currículos da Educação Física

 

*Licenciada em Educação Física pelo Centro Universitário de Barra Mansa

**Mestre em Educação Física e Cultura pela Universidade Gama Filho

Professor do Centro Universitário de Barra Mansa

Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro

(Brasil)

Adriana Resende Pedroso*

dri.pedroso@yahoo.com.br

Jaqueline Freitas da Silva*

jaquelinefreitas04@hotmail.com

Alvaro Rego Millen Neto**

amillen@gmail.com

 

 

 

Resumo

          Vivemos em uma sociedade competitiva, em que valores de solidariedade, cooperação e união precisam ser cada vez mais transmitidos e compartilhados entre as pessoas. Vimos nos Jogos Cooperativos a possibilidade de levar para a escola, para as aulas de Educação Física, atividades que proporcionem aos alunos o prazer de jogar juntos, de cooperar uns com os outros, de participar, criar sem a pressão de competir e de ter que vencer sempre. Inicialmente pesquisamos sobre a história dos Jogos Cooperativos, as características e categorias. Este estudo abordou também a relação entre os conceitos de competição e cooperação, mostrando que um não elimina o outro, mas se somam. Complementando o estudo, trabalhamos com uma pesquisa de campo que teve o escopo de investigar as possibilidades de lançar mão dos Jogos Cooperativos enquanto conteúdo da Educação Física na Educação Básica. Avaliamos a opinião dos alunos, a participação e a resistência dos mesmos, através de questionários, fichas de observação etnográficas e de um diário de campo. Os dados coletados nos demonstraram que é possível aplicar os Jogos Cooperativos na escola, desde que haja uma mudança significativa na concepção de Educação Física e no modo com o qual seus conteúdos são selecionados e organizados no currículo.

          Unitermos: Jogos Cooperativos. Educação Física. Absenteísmo.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 127 - Diciembre de 2008

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Introdução

    Ao longo dos tempos, o jogo sempre foi utilizado de maneira conveniente pelos diferentes povos, preservando os seus rituais e crenças, através das culturas e o meio social. Os Jogos Cooperativos sempre estiveram inseridos na sociedade, porém começaram a ser mais valorizados na década de 1950 nos Estados Unidos através do trabalho de Ted Lentz. Já no Brasil, um dos primeiros a produzir textos sobre Jogos Cooperativos foi o professor Fábio Otuzi Brotto (SOLER, 2003).

    Essa proposta não pretende simplesmente substituir a competição pela cooperação e sim demonstrar uma outra forma de jogo, mais democrática e flexível em que o interesse está na participação, na diversão, na criação. Sem a pressão de ter que vencer sempre (BROWN, 1994).

    Nas aulas de Educação Física há uma predominância muito forte do espírito competitivo através dos jogos que sempre visam um vencedor. Nesse sentido, a introdução dos Jogos Cooperativos como conteúdo da Educação Física seria de suma importância para o rompimento da tradição unívoca do esporte competitivo (CORREIA, 2007).

    O trabalho tem como objetivo geral analisar as possibilidades da inclusão do conteúdo Jogos Cooperativos nos currículos da Educação Física Escolar, a fim de verificar o nível de resistência e sensibilização dos alunos frente a esse trabalho.

    Devido à predominância do esporte competitivo nas aulas de Educação Física nas escolas, resolvemos fazer uma pesquisa para verificar as possibilidades de desenvolver atividades cooperativas em que os alunos terão a oportunidade de experimentar e vivenciar novas maneiras de jogar, sem a preocupação de ganhar ou perder, mas sim de cooperar e ajudar.

    Motivados por experiências com Jogos Cooperativos, em estágios escolares e nas aulas de laboratório de prática de ensino, nos unimos a outros professores, dispostos a tornar as aulas de Educação Física mais ricas e a transmitir aos alunos valores de solidariedade, união e cooperação. Desse modo pretendemos contribuir para que os alunos possam conhecer, experimentar e desfrutar do prazer de jogar juntos, de cooperar e formar um só time através dos Jogos Cooperativos.

    Trata-se de uma pesquisa qualitativa com características etnográficas, do tipo descritivo. Os instrumentos de coleta de dados foram: questionários para diagnóstico da cultura corporal, a fim de verificar suas atividades preferidas na escola e fora dela; fichas de observação etnográficas, preenchidas pelos pesquisadores durante as aulas, a fim de verificar a participação dos alunos nas atividades, assim como a resistência dos mesmos; diário de campo, no qual foram anotadas informações diárias, ao final do dia, relatando todos os detalhes ocorridos durante as aulas, comportamentos dos alunos, comentários, críticas, etc.

    A escola foco do estudo é um Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) localizado no município de Volta Redonda (RJ). A fim de preservar a integridade das pessoas e instituições envolvidas na pesquisa, omitimos informações que possibilitem suas identificações. Foram produzidos seis planos de aula, validados por professores especialistas, que foram aplicados em turmas de 6º e 9º ano do Ensino Fundamental e 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio.

Jogos Cooperativos na história da humanidade

    Segundo Reinado Soler (2008), os Jogos Cooperativos sempre existiram, consciente ou inconscientemente. A competição ganhou ênfase na sociedade moderna quando a riqueza passou a ser controlada apenas por alguns e estes tinham poder sobre os outros. Ainda segundo este autor, na organização social anterior ao surgimento da distribuição do poder, os homens eram eminentemente cooperativos, dividiam mais e não existia quem fosse mais ou menos importante. Talvez os argumentos de Soler sejam por demais romantizados, mas o fato é que há culturas que lidam com a questão da competição e da cooperação de modo diferente ao da sociedade capitalista.

    Nesse sentido, os jogos dos índios canelas são ilustrativos. O objetivo é a confraternização entre os povos indígenas de diversas regiões do país. É um evento cultural e esportivo em que as tribos têm a oportunidade de apresentar sua organização, produção e história. Bem como trocar experiências com o grupo adversário sem grande preocupação com o resultado e sim com celebração entre eles. Nos jogos dos povos indígenas, são realizadas canoagem, arco e flecha, lutas, danças, pinturas e competições como a corrida de toras, que é uma corrida em que os índios se revezam para transportar um tronco denominado tora até o local pré-determinado. Essa corrida precisa da cooperação de vários corredores, pois o tronco é muito pesado para ser levado por um só corredor durante o longo trajeto percorrido (RÚBIO, FURTADO e SILVA, 2006).

Os Jogos Cooperativos no Brasil

    Várias literaturas indicam Fábio Otuzi Brotto como principal referência sobre Jogos Cooperativos no Brasil. Ele e sua esposa, Gisela Sartori Franco, criaram em 1992 o Projeto Cooperação destinado à difusão dos Jogos Cooperativos através de palestras, oficinas, eventos, publicações e produção de materiais didáticos (BROTTO, 1995).

    Brotto publicou em 1995 o livro Jogos Cooperativos: se o importante é competir o fundamental é cooperar, que serviu de referência para vários pesquisadores brasileiros. A partir daí, foram criados vários projetos organizados pelo Projeto Cooperação de Brotto, sempre destinados ao desenvolvimento de programas que visam a cooperação (SOLER, 2008).

    Em 2001 é lançada a primeira revista sobre Jogos Cooperativos no Brasil por Luciano Lannes e Mônica Teixeira, intitulada “Revista de Jogos Cooperativos”, com o objetivo de atingir um número maior de pessoas que poderão conhecer melhor a proposta dos Jogos Cooperativos no Brasil (SOLER, 2008).

Jogos Competitivos / Jogos Cooperativos

    Já foi visto anteriormente que os Jogos Cooperativos tem como características principais a participação de todos, a não exclusão por falta de habilidade, a mistura de grupos e a diversão. Nesse tipo de jogo, o resultado não é a principal preocupação, mas sim a diversão o prazer em jogar, a união do grupo que não se preocupa com o fracasso ou o sucesso, com o vencer ou perder (BROTTO, 1995).

    Os Jogos Competitivos são jogos que possuem regras rígidas, que sempre eliminam um grupo e que o objetivo principal é vencer. Mas ao analisarmos bem, nesse tipo de jogo também há cooperação entre a equipe, também há união entre os jogadores e também podem ser muito divertidos. E, nosso objetivo com o trabalho não é criticar esse tipo de jogo, mas analisar possibilidades de diversificar formas de se jogar, alternativas que permitam a participação de todos, a criatividade, a adaptação de regras e não somente a reprodução do que já está pronto.

    Da mesma maneira que há cooperação nos Jogos Competitivos, também há competição nos Jogos Cooperativos, como é o caso dos jogos de inversão que é um jogo baseado no esporte de rendimento, como por exemplo o Voleibol, em que a diferença está na adaptação das regras que permite a participação de todos os jogadores nos dois times, dessa maneira, há competição e não rivalidade entre as equipes.

    Podemos também citar como exemplo de cooperação competitiva a criação de cooperativas cujas legislações que as regulamentam deveriam ser baseadas em princípios cooperativos e ao mesmo tempo ser flexível para permitir que estas possam competir em condições iguais com outros tipos de empresas.

    Apesar tais assertivas parecerem óbvias, ainda existem autores que consideram competição e cooperação como elementos diametralmente opostos. Reinaldo Soler (2008) utiliza em seu livro Brincando e Aprendendo com os Jogos Cooperativos um quadro com características competitivas e cooperativas elaboradas por Brown (1994). Esse quadro denota um certo radicalismo em comparar competição e cooperação. Para esses autores, competição é sinônimo de desordem, desunião, trapaça, esperteza, frustração, repúdio, etc.

    Brotto (1999), ao abordar essa relação, entre cooperação e competição, em sua dissertação de mestrado, faz ponderações interessantes: “apesar da comparação apresentada, não há uma divisão rígida e linear entre essas duas formas de jogar. Na realidade existe uma aproximação muito estreita entre jogar cooperativamente e jogar competitivamente” (p.77).

Diagnóstico da cultura corporal dos alunos

Atividades que os alunos realizam fora da escola

    Os dados que coletamos indicam que a grande maioria dos alunos desenvolve alguma atividade corporal fora da escola. Ficou explícito que o conteúdo mais praticado é o futsal e futebol, seguidos pela dança e pelas brincadeiras de rua. Podemos observar que mesmo os alunos do Ensino Médio relataram que brincam na rua. O que significa que essas brincadeiras fazem parte da cultura corporal da sociedade em que vivemos. Desse modo, deveriam ser pesquisadas e tematizadas no âmbito escolar. A ginástica é o conteúdo menos praticado fora da escola seguida pela capoeira e pelo handebol. É provável que a Ginástica seja a menos praticada por ser a mais elitizada, por requerer aparelhos específicos e caros, e menos acessível aos alunos de escola pública.

Atividades realizadas nas aulas de Educação Física

    Na escola foco do estudo o conteúdo mais praticado pelos alunos nas aulas de Educação Física é vôlei. Esse dado é interessante, pois apesar de ter estado em evidência a partir das conquistas das seleções brasileiras masculina e feminina nos últimos anos, esse esporte não tem a mesma inserção que o futebol na cultura brasileira. Isso pode ser explicado por dois motivos que se completam: há uma cultura na escola investigada que privilegia essa modalidade, provavelmente os professores de Educação Física têm contribuído para tal; e o fato da pesquisa não ter sido separada por gênero influi na grande presença dessa opção nas respostas. Como as meninas usualmente não gostam de futebol e não há uma aversão dos meninos com o vôlei, os números tendem para o vôlei.

    Os outros conteúdos mais praticados nas aulas de Educação Física foram o futebol, o futsal, o handebol, os jogos cooperativos e o basquete. As demais atividades tiveram uma votação não significativa. Apesar de os Jogos Cooperativos estarem entre as atividades mais praticadas, os alunos demonstraram não conhecer esse conteúdo. Eles se confundiram ao responder o questionário. Assim, constituem o currículo da Educação Física no CIEP investigado apenas os quatro esportes mais conhecidos.

Atividades que os alunos mais gostam

    De acordo com os dados da pesquisa, as atividades que os alunos mais gostam de fazer nas aulas de Educação Física são, respectivamente, o futebol, o voleibol e o futsal. Como vimos, os Jogos Cooperativos não são praticados nas aulas e o esporte competitivo predomina, pois já virou sinônimo de Educação Física. A maioria dos professores não se preocupa em mudar essa regra imposta por padrões culturais restritivos, fazendo com que os alunos não tenham outras opções de práticas corporais.

Diário de campo e fichas de observação etnográficas

    No dia 29 de maio de 2008, chegamos ao colégio às 13 horas com os nossos planos de aula, as fichas de avaliação e de diagnóstico. Fomos recebidas na turma de 8ª série do ensino fundamental por um aluno que logo perguntou se haveria futebol e não gostou de saber que as atividades seriam Jogos Cooperativos. O professor já havia nos alertado que essa turma era um pouco difícil, cerca de 40 alunos. Ficamos apreensivos.

    Distribuímos o questionário diagnóstico para investigar suas atividades preferidas dentro e fora da escola. Responderam sem problemas. A seguir, fomos para a quadra onde seriam realizadas as atividades e parte dos alunos não nos acompanhou, se dirigindo ao campo de futebol. O restante da turma ouviu nossa proposta e participou das atividades.

    Fizemos um círculo e começamos a jogar a bola de vôlei enquanto o professor montava a rede. Todos que participaram se divertiram, quem ficou na arquibancada admirava as atividades, que foram: 40 passes, volençol e rede humana. Todas com regras adaptadas do voleibol tradicional. Alguns alunos eram mais resistentes em participar. Uns diziam que estavam passando mal, outros queriam futebol e outros relataram que nunca participam das aulas de Educação Física. No início da aula, havia 20 meninos e duas meninas absenteístas, e, ao final, esse número aumentou para 31 meninos e nove meninas.

    Jogar sem competir foi uma experiência nova para eles. Ao final da aula os alunos que participaram disseram que gostaram muito e uma aluna comentou que foi a única aula que não teve briga. Ficamos contentes.

    Fomos para a sala da 5ª série achando que seria a melhor turma para trabalhar recreação, pois são alunos mais novos. Nos enganamos. Foi a turma mais difícil. Como na turma anterior, os meninos só queriam futebol durante as atividades. Poucas meninas participaram, pois os meninos eram muito agitados e gostavam de dominar em todos os jogos. Mas, mesmo assim, foi divertido e quem participou acabou se rendendo e esquecendo um pouco o futebol. Consideramos que, nessa aula, houve um nível de cooperação regular, a co-educação foi ruim e a competição regular. Mas a diversão foi muito boa. Ao início da aula haviam 12 meninos e nove meninas absenteistas, e, ao final da aula, 10 meninos e 32 meninas. Esse afastamento das meninas foi desencadeado pelo fato dos meninos quererem dominar todos os jogos e não deixa-las jogar.

    Em todas as turmas, enquanto distribuíamos o questionário diagnósticos e apresentávamos as atividades de Jogos Cooperativos, que quase ninguém conhecia, havia uma certa insatisfação. E, principalmente os meninos, faziam cara feia. Já na turma do 3º ano do Ensino Médio, a recepção foi diferente. Os alunos ficaram felizes por saber que teriam atividades novas, que foram as mesmas da turma anterior, só que com bolas de diferentes tamanhos. Estavam ansiosos para praticá-las. Para nossa surpresa, foi a turma mais participativa do dia. Foi muito bom, todos se divertiram muito e ao final da aula, mesmo exaustos, queriam continuar jogando. Pudemos ver o sorriso e as gargalhadas, mesmo dos que estavam só assistindo. Nós também participamos de todas as atividades, em todas as turmas. Isso os estimulou muito. Ao final, todos elogiaram e pediram que voltássemos. Entenderam o objetivo dos Jogos Cooperativos.

    Nessa turma somente três meninos e cinco meninas não participaram do início das aulas, e dois meninos e sete meninas ao final da aula, mas muitos saíram porque já estavam cansados. As atitudes de cooperação, competição, co-educação e diversão foram muito boas.

    Voltamos na manhã seguinte para trabalhar com as turmas de 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio. As atividades tiveram bastante contato físico e as três turmas foram muito participativas. Antes de experimentar os Jogos Cooperativos, os alunos não tinham idéia de como é divertido, e ainda na sala de aula diziam que não iriam fazer, que só participam se for futebol, etc. Teve um aluno que já foi nos advertindo que tinha problema de coluna e inclusive estava com atestado médico. Este foi o que mais participou.

    Alunos que não costumam participar das aulas de Educação Física participaram nesse dia. Tivemos relato de alunos que afirmaram que foi a única aula de Educação Física que fizeram durante o ano todo. No final da primeira aula, os alunos do 1º ano queriam matar a próxima aula de Religião para continuar com as brincadeiras. A segunda turma, do 2º ano, ao final da aula questionava ao professor o porquê de não adotarem a mesma postura estimulada pelos Jogos Cooperativos. A última turma, do 3º ano, também brincou e se divertiu até o final da aula. Não paravam nem para tirar o casaco, apesar do calor que fazia. Pudemos concluir que, ao final dessas três aulas, quase não houve absenteísmo. As brincadeiras foram de muito contato físico, como o salve-se no colo do amigo e a dança da cadeira em que a cadeira é retirada, ao invés do aluno.

    Um fato que nos chamou muito a atenção foi que os alunos do Ensino Médio foram mais participativos do que os do ensino Fundamental. A cooperação, a co-educação, a competição e a diversão foram excelentes, parece que entenderam mesmo o objetivo dos Jogos Cooperativos.

Considerações finais

    Ao final do nosso trabalho temos a sensação de dever cumprido, de que valeu a pena apostar nos Jogos Cooperativos e contribuir para que haja uma mudança nas aulas de Educação Física através da inclusão de atividades que proporcionem a união, a cooperação e principalmente a participação de todos.

    Concluímos que é possível pensar nos Jogos Cooperativos enquanto um dos conteúdos da Educação Física na educação básica. Apesar da resistência de alguns alunos, acostumados unicamente com o esporte competitivo, e do receio de professores que se sentem ameaçados pelo novo, e preferem continuar a reproduzir o que já está pronto, a experiência desenvolvida na pesquisa demonstrou que a aceitação foi maior que a resistência. Na maior parte das aulas aplicadas, mesmo aqueles alunos que a princípio não queriam participar acabaram aderiam à nova prática e a sua respectiva ideologia.

    De igual modo, pudemos observar que alunos que participaram dos jogos cooperativos se divertiram muito. Especialmente os alunos que normalmente eram preteridos das atividades esportivas, em função da cobrança de alto nível técnico e de rendimento, viram a possibilidade de serem incluídos nos jogos e se sentirem valorizados. Levando-se em conta que um dos principais objetivos da proposta de Jogos Cooperativos é a participação de todos os alunos, acreditamos que essas metas não são utopias inalcançáveis, mas possibilidades concretas de intervenção na realidade.

    Agora temos convicção de que a inclusão do conteúdo Jogos Cooperativo nas aulas de Educação Física dará um grande diferencial na disciplina, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes de seu papel na busca de uma sociedade melhor.

Referências bibliográficas

  • BROTTO, F. O. Jogos Cooperativos: o jogo e o esporte como exercício de convivência. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 1999.

  • BROTTO, F. O. Jogos Cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar. São Paulo: Cepeusp, 1995.

  • BROWN, G. Jogos Cooperativos: teoria e prática. São Paulo: Editora Sinodal, 1994.

  • CORREIA, M. M. Jogos cooperativos e Educação Física escolar: possibilidades e desafios. In: EFDeportes.com, Revista digital. Buenos Aires, ano 12, n.107, abril de 2007.

  • CORREIA, M. M. Jogos Cooperativos: perspectivas, possibilidades e desafios na Educação Física escolar. In: Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Campinas, SP, v.27, n.2, p.149-164, jan. 2006.

  • DEACOVE, J. Manual de Jogos Cooperativos. Santos, SP: Projeto Cooperação, 2002.

  • RUBIO, K.; FUTADA, F. M.; SILVA, E. C. Os jogos indígenas e as contradições do confraternizar e competir. In: Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Campinas, SP, v.28, n.1, p.105-119, set. 2006.

  • SOLER, R. Brincando e aprendendo com os Jogos Cooperativos. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.

  • SOLER, R. Jogos Cooperativos. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2003.

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