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Avaliação da aprendizagem no ensino médio na disciplina 

de Educação Física. Que lições podemos extrair das 

práticas consideradas ‘relevantes’ realizadas 

pelos professores de Educação Física

 

*Graduado em Educação Física Licenciatura Plena pela

Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e-mail:

**Estudante do curso de Educação Física

Licenciatura na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

(Brasil)

Andrews Barcellos Ramos*

Eder Borges**

Willian Pereira Molina**

andrewsramos@gmail.com

 

 

 

Resumo

          O presente trabalho visa refletir o assunto avaliação e os métodos de como alguns professores estão utilizando deste assunto que engloba o processo de ensino-aprendizagem. O assunto avaliação permeia a necessiade que temos de discutir como esta sendo feita a avaliação da aprendizagem dos alunos na disciplina Educação Física. Os sujeitos de estudo é uma escola da região do vale do rio dos sinos onde a direção e professores indicados pela direção que tem em sua prática docentes uma prática avaliativa considerada relevante para a formação do homem. Utilizamos a entrevista pessoal e o estudo bibliográfico para fazer uma discussão com as respostas encontradas nas falas dos professores entrevistados.

          Unitermos: Avaliação. Práticas avaliativas. Processos de avaliação. Disciplina Educação Física.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 127 - Diciembre de 2008

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1.     Introdução

    Este trabalho realizado na cidade de São Leopoldo tem como principal objetivo descobrir o método de avaliação aplicado pelos professores de uma escola, onde utilizamos como metodologia a entrevista pessoal para colocarmos em confronto com alguns referenciais teóricos.

    Nosso trabalho visa analisar, compreender e, sobretudo, refletir sobre as práticas avaliativas do professor de educaçao física desta escola, e através de seus resultados, estimular a reflexão pessoal para nossa qualificação profissional.

    Considerando que a avaliação é um instrumento do qual o professor se utiliza para diagnosticar a realidade educacional e proceder aos ajustes necessários rumo ao alcance dos objetivos, é possível utilizar o recurso da Metodologia da Problematização (BERBEL, 1999) para estudá-la, já que esta mostra uma intensa relação entre teoria e prática não apenas no âmbito pedagógico, mas também no político, cultural e socia e dessa maneira, essa metodologia não só possibilita elaborar uma teorização complexa acerca de um problema a ser solucionado.

    Enfrentar imposições e constrangimentos na sua vida profissional, faz com que muitos professores ao enfrentar muitos conflitos éticos e sentimentais, levam ao desinteresse pela sua busca didática e metodológica para enriquecer seu embasamento teórico na construção de seu conhecimento.

    Estas imposições como diz Esteban, (2002) “destaca que a necessidade de uma formação teórico/prática (ou prático/teórica) abrangente e flexível que ofereça aos professores a possibilidade de colocar em desafio, percebendo e observando o desenvolver de sua formação metodológica com sua estrutura cognitiva, no contexto empírico.”

    O objetivo da escola é desenvolver a crítica interpretativa e conceitual de maneira racional e lógica, nas mais diversas áreas da sociedade e capacitar os alunos para uma visão crítica, buscando os seus direitos.

    Em entrevista feita com o diretor da escola ele relata: “Não existe um padrão. O que existe é uma democratização para elaborar o plano de aula ou das atividades sendo que os conselhos de classe servem para nortear os professores. O que existe é uma discussão no colegiado, onde os critérios, formas de avaliar, metodologias isto tudo é discutido para ver qual metodologia fica mais aceitável.”

    Destacamos a fala do diretor para esboçar o método que a direção da escola vê e analisa o método de ensino-aprendizagem de seus professores, e onde o diretor deixa claro a maneira e o pensamento que a escola utiliza para atribuir suas colocações em salas de aula.

    Dentre as questões elaboradas no roteiro de entrevista, as três primeiras referem-se à formação e atuação dos professores, focalizando:

  1. Há quanto tempo o professor atua na docência;

  2. Qual a sua formação; e

  3. Se o professor tem buscado outras formas de complementar sua formação para a docência.

    A partir das respostas a essas três questões, podemos esboçar o perfil desses professores de Educação Física.

    Os três professores indicados serão aqui nomeados respectivamente pelas letras A, B, C, cujas formações serão descritas a seguir.

Quadro I. Perfil dos Professores Entrevistados

Prof.

Tempo de docência

Formação

Atuação

A

7 anos

Graduação em Licenciatura Educação Física e Licenciatura em Pedagogia, com especialização em desporto escolar e treinamento físico.

Professor de Escola pública; educação infantil, séries iniciais; ciclo básico.

B

11 anos

Graduação em Licenciatura Educação Física e especialização em desporto escolar.

Professor das equipes de futebol (futsal e futebol de campo).

C

6 anos

Licenciatura e Bacharelado em Educação Física.

Professora de Ensino público e privado.

    A partir das respostas dadas pelos professores referentes à sua formação, verificou-se o quanto se faz importante complementar a docência continuamente. É comum entre os professores lançarem mão de formas de complementação tais como: cursos, seminários, congressos, especialização, enfim, os professores demonstraram buscar incessantemente outras formas de atualizar e aprimorar sua formação.

    Para Freire (1993), “A humanidade nos ajuda a reconhecer esta coisa óbvia: ninguém sabe tudo, ninguém ignora tudo. Todos sabemos algo; todos ignoramos algo”.

    Nesse sentido, a formação de professores tem papel crucial, pois possibilita o desenvolvimento do professor como pessoa, como profissional e como cidadão.

    De acordo com Bicudo (1999),

    A formação é entendida como processo contínuo e permanente de desenvolvimento, o que pede do professor: disponibilidade para a aprendizagem; formação, que o ensine a aprender; e do sistema escolar, no qual ele se insere como profissional, condições para continuar aprendendo.

    Dessa forma, a formação continuada torna-se necessária para aquele professor que se preocupa em oferecer um ensino mais qualificado.

    Portanto, a avaliação deve ser compreendida não somente como uma prática pedagógica utilizada como “mero” instrumento do dia-a-dia do professor para verificar o rendimento escolar de seu aluno. O seu significado ultrapassa a dimensão pedagógica, pois revela como a escola e a sociedade esperam que seja construído o conhecimento para a formação do homem.

    Consideramos também que a avaliação deve estar comprometida com todo o processo de conhecimento, deve contemplar os valores éticos e políticos caminhando para a construção social que possibilite a emancipação dos sujeitos e o seu poder crítico onde possa dissernir o certo do errado.

    Considerando ainda que as práticas positivas podem contribuir para um bom desempenho discente, como foco desta pesquisa buscamos respostas para o seguinte problema: Que lições podemos extrair das práticas consideradas “positivas” realizadas pelos professores desta Escola?

2.     Pontos-chave

    Em relação ao tema, a avaliação é uma atividade que auxilia tanto o aluno, informando a este como está o seu desempenho, quanto o educador, pois fornece elementos para que este melhore seus procedimentos metodologicos. Dessa forma, a avaliação está sempre presente na sala de aula.

    Partindo do pressuposto que AVALIAR significa apreciar o valor ou julgar e que esta ação está submetida e restrita ao que se deseja avaliar e sobre o que é considerado realmente relevante do objeto avaliado, é possível que esta ação pedagógica ou mesmo a prática avaliativa não se dê num único momento determinado e delineado. É claro que a Avaliação deve ser uma atividade intencional, constante e planejada, mas para toda prática avaliativa realizada espera-se uma determinada resposta ou conseqüência e esta conseqüência é que fará com que essa prática seja manifestada positivamente ou negativamente tanto no parecer do professor quanto do aluno.

    Ainda hoje vivemos situações de avaliação em sala de aula que demonstram ainda a falta de didática e estrutura metodologica dos professores. É possível que tais professores não tenham acesso à literatura que trate da temática avaliação ou metodologias de ensino de modo a possibilitar essa mudança de postura. Mas, apesar do sistema ainda ser preponderantemente tradicional e rígido, fazendo do ensino um mero reprodutor social, sem levar em conta o processo democrático nas suas relações ensino-aprendizagem professor-aluno, é preciso rever o sentido e o significado com que a avaliação é inserida nesse processo para que esta não assuma um papel meramente classificatório.

    Dessa forma, buscamos, neste momento, reconhecer possíveis fatores imediatos e os fatores que determinam e colaboram para a existência do problema.

Fatores imediatos

    A reflexão sobre o problema para melhor compreendê-lo nos faz pensar em vários fatores que podemos associar a ele e também justificá-lo. Sucintamente podemos mencionar:

  • A existência de práticas negativas referentes à avaliação;

  • A preocupação que os docentes manifestam em relação a um método adotado e mais apropriado para a avaliação;

  • A importância de possibilitar uma maior inter-relação do saber teórico com a prática, fazendo com que o conhecimento adquirido com a pesquisa ultrapasse o senso comum e alcance o conhecimento elaborado;

  • A possibilidade de conhecer um pouco sobre a prática dos professores, o que nos permitirá, posteriormente, intervir na realidade, no que diz respeito à avaliação da aprendizagem.

Fatores determinantes

    Um pouco mais complexos que os fatores já mencionados, podemos ainda encontrar alguns determinantes contextuais que também influem para que tenhamos definido o problema deste estudo:

  • Devido à formação precária que ainda é dada nos cursos de Licenciatura, o professor não é adequadamente preparado para a função docente. O professor, muitas vezes, por falta de preparo, continua reproduzindo o ensino tradicional que recebeu enquanto aluno;

  • A política educacional ainda hoje não oferece um ensino de qualidade. Há uma desvalorização por parte dos órgãos governamentais no que se refere ao papel do professor na escola;

  • A crise do sistema educacional acaba comprometendo a qualidade do ensino, dificultando a atualização dos professores pela falta de incentivos;

    Conforme o significado desta etapa da Metodologia da Problematização, buscamos definir os pontos que consideramos os mais relevantes e que podem contribuir para a análise e discussão do problema, que neste caso, é positivo, pois trata de práticas avaliativas consideradas “relevantes” pela vivência da Ação Pedagogica e Avaliação.

Pontos-chave a serem investigados

  1. Visão dos professores em relação à sua prática avaliativa;

  2. Aspectos destacados das práticas avaliativas, analisados no confronto com a Literatura;

  3. As lições extraídas das práticas avaliativas dos professores para o nosso futuro profissional.

3.     Teorização

    Nesta etapa apresentamos a visão que os professores citados pela escola têm sobre a sua metodologia de avaliação: a forma adotada para avaliar, como os professores avaliam sua própria prática avaliativa e se vivenciaram alguma experiência relativa à avaliação que tenha influenciado em sua prática para a docência. Tais informações serão descritas e na seqüência discutidas, no confronto com a literatura que aborda a temática “Avaliação”.

3.1.     Visão dos professores em relação à sua prática avaliativa

    Os 3 professores entrevistados relataram sobre suas práticas avaliativas e responderam que não existe um modelo único determinado para avaliar em sala de aula. É o que podemos observar na fala dos professores A, B e C.

    “[...] Eu tenho a minha maneira de avaliar, conforme vejo necessário eu modifico.” (Prof. A)

    [...] Eu não consigo dar a mesma aula em turmas distintas, sou muito criativa e não gosto de repetição pois caracteriza despreparo do educador [...] Também acho que a metodologia cada um tem a sua, não tem modelo certo ou pré-determinado.” (Prof. B)

    “Eu tenho um padrão que sigo para avaliar onde engloba o aluno todo, se vejo necessário modifico conforme a estrutura pedagógica. Não tenho um modelo que sigo apenas vejo ao longo do trimestre as mudanças para ver se ficaram adequadas ao processo de ensino-aprendizagem.” (Prof. C)

    A falta de um método padronizado referente à avaliação não significa que os professores citados não adotem um critério, objetivo ou plano a ser seguido no processo de ensino.

    Em relação à prática diária educativa na sala de aula, a professora C nos relata:

    Eu procuro em minhas aulas ser muito participativa, ativa, não deixo cair na monotonia. Eu procuro ver todos os alunos, suas atividades, tarefas, durante as minhas explicações que são expositivas, dialógicas. Eu consigo que meus alunos leiam, participem, produzam e valorizem as suas próprias produções [...] A minha avaliação é uma avaliação completa, eu avalio tudo, desde a hora que ele chega na sala de aula, até o seu desenvolver crítico-teórico na sala, às vezes o problema, o porquê ele não está acompanhando as atividades. A minha avaliação está na formação do homem, não só o profissional, porque antes de tudo ele deve ser homem, cidadão e não somente um bom aluno no futsal ou no vôlei.

    O professor C procura prestar atenção nos alunos, motivando-os e valorizando a produção do conhecimento dos mesmos. A sua avaliação gira em torno da preocupação com a formação do homem e da construção do conhecimento do aluno.

    Como vimos para este professor a avaliação não se restringe a uma única atividade como por exemplo, a prova, mas sim no conjunto de atividades que poderão favorecer a aprendizagem do aluno.

    A avaliação pode ter um sentido positivo na medida que o aluno tem oportunidade de verificar o seu crescimento.

    O professor A descreve a sua forma de avaliar:

    Eu permito que o aluno faça o recorte e a seleção do esporte que interessa a ele, dentro do assunto que é dado em sala de aula. A avaliação é feita em função de um objetivo individual do aluno, pois assim, direciona o estudo. Ele faz uma seleção de um tópico, de um tema e trabalha esse tema onde o professor e aluno possam extrair o entender englobado do assunto escolhido por eles alunos.

    O que de fato, podemos registrar da fala desse professor, é que o aluno não participa totalmente da decisão sobre o assunto que é selecionado por este professor. No decorrer da entrevista, o professor nos esclarece que a decisão sobre o assunto indicado é dele e intransferível, mas, veremos mais adiante que após escolhido o tema, o professor permite que seus alunos discorram sobre o assunto, que de fato, mais os interessam.

    Buscamos saber como os professores percebem o que fazem com a avaliação que praticam. Não tivemos respostas de todos. Talvez não tenham compreendido o que perguntamos ou não tenhamos sido suficientemente claros ao perguntar.

    Avaliando sua própria prática avaliativa, o prof. A nos relata:

    Juntamente com os alunos a cada final de trimestre, faço um circulo e peço que falem o que esta de adequado e o que eles gostariam que mudasse nas aulas. Assim podemos construir um conjunto bem fechado onde professor e aluno caminham juntos.

    Em relação à sua prática avaliativa, o professor B nos relata que aproveita todos os momentos que tem para se fazer aprendizagem, procurando promover cada vez mais a convivência entre os colegas de sala de aula. Para ele, o fato principal que considera importante na avaliação é a coerência, como diz:

    A avaliação deve cumprir a função de formação, de dar um certo parecer do que eles vão levar para sua vida pessoal. É preciso ter uma certa coesão, coerência na disciplina para que eles aprendam a historia dos esportes tratados e vivenciados por eles, assim possam discutir entre eles sempre tentando globalizar as informações recebidas e pesquisas por eles.

    Outro aspecto relatado por alguns dos professores entrevistados refere-se à individualidade dos alunos e também a adequação da avaliação a cada turma ou equipe:

    Hoje cada pessoa tem um método de agir e pensar na sociedade e pelas suas influências ao longo do processo. Eu respeito a individualidade. Isso é muito importante, respeitar a personalidade de cada um e com elas adquirir novas maneiras de avaliar. (Prof. B)

    Na minha opinião a avaliação tem um fundo que é proporcional a pessoa que é avaliada, para que esta direcione seu estudo de acordo com seu interesse e de acordo com o plano de aula proposto pelo colegiado. (Prof.C)

    Eu trabalho muito com projetos, então para cada equipe eu desenvolvo um “projetinho” do interesse deles e esse projeto eu acompanho o ano todo que é referente ao esporte escolhido para eles terem um maior embazamento sobre o mesmo e assim ao final do ano façam uma apresentação e posso assim analisar o seu entender sobre o assunto. (Prof. A)

    Encontramos, ainda, pelas entrevistas, algumas peculiaridades desses professores. Como por exemplo, o professor A valoriza a interdisciplinaridade, mas não nos foi possível perceber como a relaciona com sua prática avaliativa. É possível que a leve em conta ao ensinar e ao avaliar. Disse ele:

    Considero a interdisciplinaridade uma maneira de direcionar. Eu sempre falo para meus alunos: a interdisciplinaridade é como o futebol, tem a bola, tem que saber como tu usas ela, como tu toca nela, pois ela varia de maneira que tu tocas nela..(Prof. A)

    O professor C procura evitar o sofrimento dos alunos, lembrando-se do que vivenciou:

    Eu penso que na minha época de escola básica, a gente tinha quase que só coisas tristes para contar pelo estilo muito rígido de ensinos e por isso eu tento amenizar o sofrimento deles e que venham para a escola com gosto de aprender e querer desenvolver suas opiniões. (Prof. C)

    Podemos perceber através das falas desses professores, referente à avaliação praticada por eles, que há uma preocupação em relação à formação dada para seus alunos. Porém, não é explícito, qual seria o melhor caminho para a construção de uma formação mais completa e eficaz.

    Percebemos que os professores não têm uma metodologia pronta ou definitiva, portanto, não há uma padronização de aula a ser seguida. Mas, há um grande desejo desses professores de despertar o interesse, ou seja, a motivação para que os alunos obtenham uma aprendizagem mais significativa de todos os esportes, de saber a cultura de cada um e de que possam ter o prazer de ter vivenciado um pouco de cada um ao longo da sua tragetória escolar.

    Os professores utilizam-se de aulas expositivas, dialógicas, ou seja, faz-se uma ponte entre o professor e o aluno. A importância de se considerar as atividades dos alunos e acompanhar o processo de aprendizagem do mesmo, ajuda com que o professor realize uma avaliação mais participativa, facilitando a aproximação com seu educando. Apesar desses professores encararem a avaliação sob um novo enfoque, não significa que todos os problemas referentes à prática avaliativa sejam completamente sancionados. Nota-se com tudo, que há um esforço por parte desses professores em refletir conscientemente sobre a necessidade de uma nova postura. Por exemplo, podemos citar a fala do professor B ao mencionar sua postura em relação às notas.

    Eu nunca concordei com este esquema de nota ou conceito, porque eu acho que ele não avalia o aluno como um todo. É interessante o diálogo, onde eu possa escutar dos alunos o seu aprendizado e colocar as minhas considerações, críticas. (Prof. B)

    Tendo em vista que esses professores entrevistados foram apontados por utilizarem práticas avaliativas “relevantes”, mesmo que superficialmente, descrevendo um pouco de suas práticas, encontramos a possibilidade de estudar mais sobre suas idéias para compreender acerca do processo avaliativo.

    Não temos dúvidas sobre a importância dos professores refletirem sobre a sua prática docente constantemente. Este trabalho pode ser um estímulo para isso, a partir da entrevista para que como futuros educadores possamos estimular nossos alunos ao mesmo desejo de conhecer mais e mais que nós como alunos temos.

    Através da análise das respostas dos professores, buscamos compreender como as práticas avaliativas surgem durante a construção do conhecimento dentro do âmbito da sala de aula. Sabemos que, assim como os professores, os alunos trazem consigo seus conhecimentos prévios, experiências vividas no seu processo escolar, sendo que o professor é quem precisa descobrir qual a bagagem que os alunos trazem, para a partir desta, conseguir estabelecer uma relação do que já foi aprendido e assim ensinar coisas diferentes.

    Por isso que a avaliação não se dá exclusivamente em um único momento e sim todo um processo de como avaliar o aluno, pois a sua compreensão e a sua prática são inerentes a diferentes situações de aprendizagem.

    No decorrer da entrevista foi perguntado para os professores se eles teriam alguma experiência relativa à avaliação que vivenciaram enquanto aluno que tenha influenciado na sua prática docente de hoje. Ao observar o relato desses professores, ficou claro que na maioria dos casos só existiram experiências negativas que serviram com motivo para adotarem e assumirem hoje uma postura menos tradicional, menos rígida e exercerem uma avaliação mais diagnóstica e participativa. É o que podemos constatar nos seguintes relatos:

    No meu tempo de escola básica iamos para a escola pressionados e a prática avaliativa se dava somente no momento da prova. Alguns professores usavam a postura do aluno na sala de aula para avaliar também. (Prof.B)

    Hoje sigo uma postura diferente da qual aprendi tanto na vida acadêmica Graduação quanto na escola básica. Os padrões que meus professores usavam eram exclusivamentes tradidionais.(Prof. A)

    O professor quer evitar com seus alunos o que aconteceu com ele e que o marcou negativamente, por isso a importância de se adotar critérios que contemplam a inclusão do educando no processo de ensino-aprendizagem fazendo com que o aluno participe do processo de avaliação. Então, o modelo rígido, seletivo e autoritário tende a ceder lugar a uma nova proposta de avaliação menos tradicional. É importante salientar que essa mudança de postura não se dá de uma hora para outra, pois, para romper alguns paradigmas exige-se uma disposição maior para aquele professor que busca refletir, passo a passo, sobre a sua postura e atuação.

    Hoffmann (1998, p. 12) assinala:

    Minhas investigações sobre avaliação sugerem fortemente que a contradição entre o discurso e a prática de alguns educadores e, principalmente a ação classificatória e autoritária, exercida pela maioria, encontra explicação na concepção de avaliação do educador, reflexo de sua estória de vida como aluno e professor. [...] Temos de desvendar contradições e equívocos teóricos dessa prática, construindo um “resignificado” para a avaliação e desmistificando-a de fantasmas de um passado ainda muito em voga.

    Se uma das funções de uma instituição de ensino é educar o cidadão para a sociedade, preparando-o intelectualmente, é preciso então refletir como o professor poderá contribuir com uma avaliação mais formativa e menos tradicional.

    Podemos notar o quanto a avaliação interfere no processo educacional e social, precisando ser pensada como o resultado de toda uma ação que se dá em todos os momentos do ensino e da aprendizagem.

    Olhando para a história da educação, especialmente no que se refere à avaliação, encontramos que a prática de provas e exames tem sua origem na escola moderna (séc. XVI e XVII) com a solidificação da sociedade burguesa. Várias pedagogias tais como a Jesuítica (séc. XVI), a Comeniana (séc. XVI) e a Lassalista (XVII e XVIII) adotaram a prática de provas e exames. Porém, essa prática não era utilizada para promover a aprendizagem efetiva, integral e construtiva do aluno, pois a mesma tinha no medo, na ameaça e no próprio autoritarismo dos professores a perpetuação do controle social (LUCKESI, 1996).

    Basicamente, nos anos 30 a 70, no Brasil, iniciou uma idéia de avaliação de aprendizagem enquanto mensuração, por meio de testes e provas, a fim de medir habilidades e aptidões dos alunos para uma dimensão e uma ênfase na questão tecnológica da Avaliação, adotando um caráter cientificista nos procedimentos, métodos e detalhes operacionais.

    O assunto da Avaliação Educacional no Brasil, em seu início, sofreu uma grande influência dos estudos norte-americanos. A partir dos anos 60, foi muito destacada e a divulgação da proposta de Ralph Tyler conhecida como “Avaliação por objetivos” teve grande destaque.

    Para entender a avaliação da aprendizagem basta retroceder historicamente e verificar como a avaliação assume um papel tão importante e discutido no meio acadêmico. Hoje, o que se tenta discutir ferrenhamente é uma perspectiva de avaliação que se contraponha à prática tradicional, tendo como perspectiva uma avaliação inovadora, crítica, reflexiva, que esteja imbuída da inclusão dos alunos, pretendendo assim, aquilitar coisas, atos, situações, servindo, portanto, como um ato acolhedor e integrativo (LUCKESI, 1996).

    Com a descrição de vários aspectos das práticas dos professores citados por assumirem uma postura positiva frente à avaliação, é possível aprender um pouco mais a respeito das práticas avaliativas.

    Seria ingênuo pensar que a avaliação é apenas um processo técnico ela é também uma questão política. Avaliar pode se constituir num exercício autoritário de poder de julgar ou, ao contrário pode se constituir num processo e num projeto em que avaliador e avaliando buscam e sofrem uma mudança qualitativa (GADOTTI, 1999:01).

3.2.     Aspectos destacados das práticas avaliativas, analisados no confronto com a literatura

    Durante a entrevista, os professores citam aspectos em comum que são utilizados durante a situação de Avaliação. Esses aspectos serão focalizados, a seguir, para a sua maior compreensão no confronto com a literatura.

    Dentre os aspectos citados pelos professores, destacaremos inicialmente o Planejamento.

3.2.1.     Planejamento

    Apartir de um bom planejamento o homem organiza e norteia a sua ação, tornando-a mais elaborada e complexa. Em nosso cotidiano, quando deparamos com uma atividade mais complexa, enfrentamos situações que acabam por exigir de nós um planejamento ou meta a ser seguido e construído para quebrar alguns paradigmas. Então, o planejamento é um conjunto de ações na qual a sua finalidade é chegar a um consenso de um possivel resultado desejado.

    O assunto tem uma série de idéias que devem ser sempre bem refletidas.

    Por si só não constitui a fórmula mágica que soluciona ou muda a problemática a ser resolvida. Exige uma busca cada vez maior de estudos científicos que favoreçam o estabelecimento de diretrizes realistas (SANT’ANNA, et al., 1995).

    Desse modo, o planejamento pode ser encarado como um recurso do qual o professor se utiliza para organizar melhor, através dos objetivos por ele traçados, o resultado de uma determinada ação, havendo então uma tomada de decisão por parte do professor.

    O planejamento foi apontado pelos professores como sendo uma atividade constante, que norteia todo o processo de ensino aprendizagem. O ato de planejar é uma atividade intencional para todos os professores. É através do planejamento que os professores poderão criar certas diretrizes de como nortear as suas aulas.

    Os professores entrevistados planejam suas aulas, mas deixam claro que o planejamento não está sempre determinado mas influencia. É o que podemos observar nas seguintes falas:

    Durante os recessos tanto do meio do ano quanto do final do ano faço uma reciclagem das idéias assim melhorando as minhas aulas dentro do interesse dos alunos. (Prof.A)

    Eu creio que a metodologia cada um tem a sua, e não precisa utilizar um modelo pronto ou certo, mas de acordo com cada situação dá para organizar de forma que englobe todo o entender dos alunos. (Prof.B)

    Devemos entender que o planejamento não deve se restringir a uma exigência burocrática que se afasta do âmbito da sala de aula, mas como um instrumento do qual o professor utiliza para estimular o crescimento dos seus alunos. Por isso, o planejamento remete à prática e exige um elevado grau de coerência e subordinação aos objetivos traçados.

    Ao realizar um certo planejamento de ensino estaremos envolvendo todas as atividades docentes e discentes. É importante criar, organizar o objetivo de forma verdadeira, crítica, para que o que for ensinado tenha um enfoque mais significativo. Ao planejar suas aulas, os professores não só levarão em conta os aspectos técnicos, mas também estarão explícitos os seus valores e as suas crenças. Esses valores e crenças acabarão interferindo nas suas formas de avaliar e assim não tem como padronizar a maneira de planejar e avaliar de um professor.

    Os professores referem-se ao planejamento como um fator que confere mais segurança ao desempenho de como ensinar. De fato, o planejamento pode permitir uma maior clareza e segurança para aquele professor que se interessa em adotar uma prática avaliativa “relevante”, pois precisa haver coerência naquilo que se diz e faz.

    A idéia de planejamento, no entanto, bem como a forma de elaborar e utilizar, varia para cada professor. Dessa forma, não se deve entender planejamento como pronto, imutável e definitivo, mas como uma prática norteadora mas flexível e que englobe mais ações.

3.3.     Lições extraídas das práticas dos professores

    Este projeto, procura descrever as práticas avaliativas dos professores de Educação Física. E a partir da leitura e descrição desses relatos, procuramos adentrar e analisar um pouco as características com que se dá a prática avaliativa. Fica conosco uma enorme contribuição dessas práticas, que irão ajudar-nos a procurar caminhos que revelam como se dá o processo de avaliação que se volta para a construção do conhecimento dos estudantes.

    Após estudar as flas dos professor, podemos agrupá-las e assim refinar nossa idéia final e assim descrever os aspectos que torna-se mais presentes nas práticas avaliativas. Assim:

  • Planejamento e elaboração constante das aulas;

  • Avaliação que contempla a formação do aluno com um todo;

  • Analisar a individualidade dos alunos;

  • Participação ativa do educador estabelecendo uma relação mediadora;

  • Aulas expositivas e dialógicas;

    Estes aspectos citados, presentes na prática pedagógica dos professores evidenciam a preocupação destes em adotarem práticas avaliativas que sejam positivas para seus alunos De acordo com Berbel (2001, p. 57), Uma das ações mais importantes do professor em relação à avaliação é informar aos seus alunos os resultados que atingiram nas atividades utilizadas para verificar seu aprendizado.

    Os professores mencionaram o planejamento como uma atividade presente durante o processo avaliativo, e ressaltaram que este se faz importante por oferecer maior clareza e segurança quanto aos objetivos estabelecidos ao longo do processo de ensino-aprendizagem.

    Durante os recessos tanto do meio do ano quanto do final do ano faço uma reciclagem das idéias assim melhorando as minhas aulas dentro do interesse dos alunos. (Prof. A)

    Através do relato deste professor, percebemos que o planejamento é elaborado e refeito a partir das necessidades dos alunos, ou seja, leva-se em conta a realidade em que os alunos estão inseridos, isto é, o contexto da sala de aula, a fim de que possam construir aprendizagens significativas. Este posicionamento evidencia que os alunos são valorizados pelo professor.

    Segundo Libâneo (1994, p. 151),

    [...] Antes de se constituírem em passos, medidas e procedimentos, os métodos de ensino se fundamentam num método de reflexão e ação sobre a realidade educacional [...]

    Sem dúvida nenhuma, o ato pedagógico, por ser intencional deve ser sistematizado. O planejamento então é uma lição reiterada sempre, como necessária e positiva.

    Para os professores não há uma única metodologia ou modelo estabelecido a ser seguido e transmitido aos alunos. Há vários caminhos, diversas formas planejadas e construídas pelos professores para possibilitar a aprendizagem dos alunos. O professor B nos lembrou que a lição que fica é que cada professor busca aquela metodologia que lhe permita atingir seus objetivos com os alunos.

    Eu creio que a metodologia cada um tem a sua, e não precisa utilizar um modelo pronto ou certo, mas de acordo com cada situação dá para organizar de forma que englobe todo o entender dos alunos. (Prof.B)

    Encontramos em Hoffmann (1998, p. 72-73) a importância de se valorizar a produção dos estudantes:

    Se o educador valorizar efetivamente toda a produção do estudante, partindo de suas idéias ou dificuldades para o planejamento de novas ações educativas, estará naturalmente tornando-o participante do processo.

    É necessário valorizar o que o aluno produz em sala de aula, pois, dessa maneira estaremos nos aproximando de uma avaliação que considera todos os momentos em que se dá a aprendizagem.

    Vimos anteriormente, na visão dos professores em relação a sua prática avaliativa, que por nenhum momento, a avaliação assumiu um papel de controle social ou mesmo fator que cause medo, servindo como uma arma contra o aluno. Pelo contrário, os professores tentam conceber a avaliação como uma atividade presente durante o processo de aprendizagem como bem exemplificam estas falas:

    Tento sempre a formação do homem e cidadão participante na sociedade. (Prof. C)

    As escolhas se dão de maneira que professor e alunos chegam a um consenso do que é melhor para constituis o processo de ensino-aprendizagem. (Prof. A)

    Sempre me dedico bastante nas aulas, assim posso mostra que por parte do professor não falta empenho. (Prof. B)

    Tendo a oportunidade de verificar as práticas dos professores, acreditamos ser possível uma nova concepção de avaliação. E assumir essa nova concepção de avaliação é um desafio para aqueles que deixam para trás, todo um paradigma já herdado historicamente de uma avaliação punitiva, autoritária, gerenciadora de poder, rumo a uma avaliação que tenta se aproximar do educando. Como vimos em Luckesi (1996), a avaliação da aprendizagem é construtiva, quando assumida como um ato acolhedor, integrativo e inclusivo.

    Freire (1993) define: “É a avaliação, com todas as implicações que ela engendra, que me ajuda finalmente optar”.

    Nesta perspectiva, a avaliação, além de propiciar e auxiliar a construção do conhecimento, ajuda-nos para uma tomada de decisão e argumentar uma melhor forma de poder avaliar nossos alunos no nosso futuro profissional.

4.     Algumas considerações sobre o estudo realizado

    Destacamos que apois analisar o que os professores apontam sobre a sua prática avaliativa principalmente por terem sido indicados pelos responsáveis da escola, por assumirem positivamente esta mesma prática, e sabendo que de fato esta prática ocorre concretamente nas relações sociais-pedagógicas torna-se importante, pois aqueles que fazem parte do universo da educação e se preocupam em intervir neste processo educacional acabam por encontrar, através destas colaborações, um novo impulso e desejo em adotar novas idéias e concepções.

    Parece evidente que para estes professores, há uma constante reflexão acerca de sua própria prática, como agentes que são na construção do conhecimento, ou seja, de que eles são responsáveis pelo direcionamento da aprendizagem dos alunos. É através desta reflexão que vai sendo construída a consciência necessária para uma mudança de postura. Revendo suas falas, exemplificamos estes momentos de reflexão:

    Se não estou me sentindo preparada para entrar em algum assunto, eu busco interagir com eles para que as minhas dúvidas e as deles sejam sancionadas de maneira democrática. (Prof. C)

    Procuro de alguma forma entender o seu passado histórico, onde a educação física ainda é muito desvalorizada até mesmo pelos seus próprios profissionais. (Prof. B)

    Descobrir o que os alunos mais se interessam é bom para nortear o assunto que vamos reger no nosso planejamento, mas também estimular eles que tem outros assunto acerca do assunto e da disciplina. (Prof. A)

    Observando esses relatos constatamos que a relação professor-aluno ocorre de maneira mais efetiva e intensa no contexto da sala de aula. No entanto, isso não significa necessariamente que o ato de ensinar desses professores esteja reduzido e limitado à sala de aula e a prática na quadra.

    Adotar uma nova concepção de avaliação, principalmente uma nova postura, cujo aluno seja levado em conta, sobre todos os aspectos com que este se insere no processo de ensino, não é uma tarefa tão fácil assim e apartir deste trabalho pensamos que podemos ainda modificar e valorizar a educação física como um todo e sua importância para a vida social.

    Contudo, o que foi encontrado na prática desses professores em relação à forma que eles se utilizam para avaliar, suas visões acerca da prática avaliativa e as lições extraídas dessas práticas, ajuda-nos a desvendar, pouco a pouco, mesmo que brevemente, como se dá o processo avaliativo. Aprendemos que é possível encontrar uma nova trajetória em que possam ocorrer transformações quanto a tão presente forma tradicional de se avaliar. Os desafios são muitos, portanto, faz-se necessário utilizar o sentido próprio durante a prática de ensino, refletindo sobre as contradições que encontramos ao longo do processo educativo.

    Os paradigmas impostos pela escolar e pela sociedade devem ser quebrados para que tenhamos uma avaliação que englobe o aluno como um todo e que seja de maneira inclusiva e acolhedora, dando assim o poder crítico aos educandos.

    As lições representam as diversas formas encontradas pelos professores de conceber a avaliação e de efetivá-la de fato, durante o processo de ensino-aprendizagem. O que se percebe é que a avaliação não se encerra em um único momento, como por exemplo em uma prova na qual se tem por base, única e exclusivamente, a nota do aluno, mas podemos observar com a contribuição dos relatos desses professores que a avaliação torna-se presente em todo o processo de ensino-aprendizagem e em diferentes momentos.

    Para nós futuros professores leva-se em conta que podemos vivenciar que exitem professores com uma visão mais globalizada e democrática de ensino, onde o ensino tradicional esta sendo aos poucos deixado de lado para que o ensino progressista, tecnicista entre em ação para a contribuição da melhoria do processo de ensino-aprendizagem, sendo que o professor e alunos devem caminhar juntos.

Referências

  • BERBEL, Neusi Aparecida Navas et al. Avaliação da Aprendizagem no Ensino Superior: Um retrato em cinco dimensões. Londrina: UEL, 1999.

  • BERBEL, Neusi Aparecida Navas (Org.). Conhecer e intervir. O desafio da Metodologia da problematização. Londrina: EDUEL, 2001, 184 p. 

  • BICUDO, Maria Aparecida. Formação do educador e avaliação educacional. São Paulo: UNESP, 1999.

  • ESTEBAN, M. T. O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliação e fracasso escolar. 3ª. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

  • FREIRE, Paulo: Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho dágua, 1993.

  • GADOTTI, Moacir. Prefácio. In: Demo, Pedro. Avaliação Qualitativa: Polêmicas do nosso Tempo. 6. ed. Campinas, Sp: Autores Associados, 1999.

  • HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola á universidade. Porto Alegre: Educação & Realidade,1998.

  • LIBÂNEO, José Carlos. Didática do ensino superior. São Paulo: Pioneira, 1994.

  • LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez,1996.

  • SANT’ANNA, Maria Flávia et al. Planejamento de ensino e avaliação. Porto Alegre: Sagra, 1995.

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