efdeportes.com

A interferência do ballet clássico nas variações dos estados de ânimo em meninas com deficiência auditiva com idade entre 8 a 11 anos

Interference of the classic ballet in the variations of moods state in girls with auditory deficiency with age enters the 8 - 11 years

 

 Mestranda em Educação pela

Universidade Estadual de Maringá – UEM

(Brasil)

Tayna Rita Mateus Pereira

taynarita@hotmail.com

 

 

 

Resumo

          A qualidade de vida interessa a todos os profissionais que acreditam que essa possa ser favorecida por oportunidades emocionais, físicas e sociais. O presente trabalho teve como propósito identificar como o Ballet Clássico interfere positivamente nos estados de ânimo de meninas com deficiência auditiva com idade entre 8 a 11 anos. A pesquisa se caracteriza por ser um estudo direto, de forma qualitativa, utilizando o método descritivo a partir de levantamento estatístico baseado em aritmética simples, demonstrando o resultado através de quadros. No trabalho encontra-se a descrição de cada adjetivo proposto pela lista de estados de ânimo. Participaram do mesmo 8 meninas de uma Escola Municipal de Paranavaí – PR. Foram realizadas 02 aulas práticas, nas quais foram aplicadas à Lista de Estados de Ânimo, antes da primeira aula e após a segunda aula. Os resultados foram encontrados através da interferência do Ballet Clássico, foram vistos e comentados através da aplicação do teste LEA – RI (Lista de Estados de Ânimo – Reduzida e Ilustrada), com 14 adjetivos, sendo 7 positivos e 7 negativos. Após a coleta de dados pode ser registrada uma melhora significativa nos estados de ânimo, principalmente nos adjetivos tidos como feliz / alegre, agradável, leve / suave, tímido, ativo energético, pesado / cansado / carregado, cheio de energia, desagradável e inútil / apático. Conclui-se que o Ballet Clássico interfere positivamente nos Estados de Ânimo de meninas com deficiência auditiva.

          Unitermos: Estados de ânimo. Ballet clássico. Deficiência auditiva.

 

Abstract

          The quality of life interest to all professionals who believe that this can be encouraged by opportunities emotional, physical and social. This work was to identify regard as the Classical Ballet positively interfere in moods states of children with hearing disabilities aged 8 to 11 years. The research is characterized as a direct study on a qualitative, descriptive using the method from statistical survey based on simple arithmetic, showing the result through tables. At work is the description of each adjective proposed by the list of moods states. 8 girls attended the same school, a Hall of Paranavaí - PR. 02 classes were held practices, which have been applied to List of States Ânimo before the first lesson and after the second lesson. The results were found through the interference of Classical Ballet, had been seen and commented by applying the test LEA – RI (Lista de Estados de Ânimo – Reduzida e Ilustrada), with 14 adjectives, and 7 positive and 7 negative. After collecting data can be registered a significant improvement in the moods states, especially in adjectives taken as happy / cheerful, pleasant, light / soft, shy, active energy, heavy / tired / loaded, full of energy, unpleasant and unhelpful / apathetic. It was concluded that the Classical Ballet positively interfere in the moods states of girls with hearing disability.

          Keywords: States of moods. Classical ballet. Hearing deficiency.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 124 - Setiembre de 2008

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1.     Introdução

    A dança, historicamente, representa uma das manifestações mais antigas do ser humano fazendo parte do seu desenvolvimento uma vez que por meio dela ele consegue expressar seus sentimentos e a forma como percebe o mundo em que vive. Assim, como o mundo se transforma modifica também as danças e os ritmos (BREGOLATO, 2000).

    Deutsch (1997), diz que a música utilizada durante a prática de execução, gera estados emocionais positivos, além de interferir como fator de abstração. Quando acompanhada com a dança, influência no processo de homeostase, proporcionando, conseqüentemente a melhoria do bem estar, sendo assim, o presente estudo tem como proposta, comparar mediante questionário, a interferência do Ballet Clássico na alteração dos estados de ânimo em meninas portadoras de deficiência auditiva com idade entre 7 a 10 anos.

    Sabe-se que o aspecto das emoções possui grande influência nos estudos e nas reações comportamentais. A emoção é o ponto de fundamental importância no organismo dos indivíduos por ser resposta pelas reações fisiológicas que interferem na aprendizagem, percepção e desempenho (OLIVEIRA, 2002).

    Conforme Hallward (2005), “as emoções são iguais às primeiras impressões, são muito importantes porque repercutem as respostas do comportamento que as seguem; de fato, delas podem depender do que as seguem ou não”. Para Blackburn (1977, apud Silva e Beresford 2004), emoção não é apenas uma experiência isolada, é identificada também pelas suas forças motivacionais e pela função destas no desencadear de uma ação.

    Para Morris (1987, apud Mori e Deutsch 2005), os estados de ânimo e emoções partem de um evento de relevância idônea, pois assim este, pode determinar se a reação é uma emoção ou um estado de ânimo. Já na concepção de Garrido (2000, apud Mori e Deutsch 2005), os estados de ânimo tem duração prolongada, lenta, e se produz de forma gradual, diferente das emoções. Tanto o estado de ânimo, quanto à emoção podem derivar de eventos medianamente agradáveis ou desagradáveis e assim, produzir na pessoa um estado generalizado de sentimento positivo ou negativo.

    França (2004) afirma que o estado de ânimo é algo momentâneo, ou um estado de espírito momentâneo, enquanto que a emoção é algo mais profundo e tem relação com as experiências acumuladas ao longo da vida. Para Volp (1997) as medidas de estados de ânimo estão mais ligadas ás medidas de interações do que às de personalidade e que os mesmos podem sofrer influências de vários fatores. Portanto, ao dança as pessoas mudam seu estado de ânimo para positivo, pois a mesma interfere na alegria e na leveza das pessoas.

    Segundo Cidade e Freitas (2002), em nossa sociedade, o deficiente esta presente desde tempos remotos e o tratamento dado a eles varia conforme valores, normas e diferentes culturas. Por isto também a necessidade da integração desta clientela, proporcionando a elas a dança, uma forma elevada de movimento no qual podem-se expressar todos os sentimentos e desejos. Além do prazer que ela proporciona aos seus praticantes, ela tem o poder de dissolver tensões acumuladas diariamente, fazendo com que seus praticantes adquirem um comportamento, mas extrovertido. (CÁCERES, apud GIROLDO 2003)

    O autor acima assegura ainda que o ato de dançar sirva para manter a forma beneficiando o sistema cardíaco respiratório. Já a música, deve ser considerada um meio para a comunicação onde às emoções, conceitos de caráter, estética, ritualística ou simbólica podem ser expressos. Pretende-se então, através deste, mostrar que o Ballet Clássico interfere nos estados de ânimo desta clientela e também na qualidade de vida dessas crianças.

    Ao situar o enfoque no grupo de meninas portadoras de deficiência auditiva com idade entre 8 a 11 anos, levantou-se a questão por que não trabalhar o Ballet Clássico com meninas com deficiência auditiva? Fatores estes que motivaram a escolha do estudo e a busca de novos estudos para a realização de novas práticas.

2.     Objetivo

    O objetivo do presente estudo foi analisar a interferência do Ballet Clássico nas variações dos estados de ânimo em meninas com deficiência auditiva.

3.     Material e método

3.1.     Caracterização da pesquisa

    Esta pesquisa se caracteriza por ser um estudo direto, de forma qualitativa com o método descritivo, que segundo Mattos, Júnior e Blecher (2004), possui como característica observar, registrar, analisar, descrever e correlacionar fatos ou fenômenos sem manipulá-los, procurando descobrir com precisão a freqüência em que um fenômeno ocorre e sua relação com os outros fatores.

3.2.     Participantes

    Os sujeitos desta pesquisa caracterizam por um grupo de 8 alunas de uma Escola Municipal de Paranavaí - PR, com idade entre 8 a 11 anos não praticantes de Ballet Clássico.

3.3.     Materiais

    Para a realização do estudo, foram utilizados os seguintes materiais: Papel; Canetas; Músicas; CDs; Som e Sala de Aula.

3.4.     Instrumentos

    Uma das dificuldades encontrada por pesquisadores ao estudarem os estados subjetivos são os instrumentos de pesquisa, visto que, como o próprio nome diz, estados subjetivos, são internos e difíceis de serem medidos.

    O profile of Mood Statés (POMS) elaborado por McNair, Lorr e Droppleman em 1971 é um dos instrumentos mais utilizados para a avaliação dos estados de ânimo durante a prática de atividade física (OLIVEIRA, 2002). Constituido de 65 adjetivos distribuido em seis catégorias (tensão, depressão, medo, vigor, fadiga e confusão), o POMS consegue detectar a mudança dos estados de ânimo das pessoas após a prática de atividades físicas através de uma escala do tipo Likert.

    Porém, Deutsch, Godelli e Volp 1995 desenvolveram uma lista de Estados de Ânimo, composta de 40 locuções do tipo “sinto-me...” utilizada por Deutsch em 1970 e VOLP em 1997 nomeada LEA, baseada na lista de estados de ânimo de Hevner em 1935, 1936 e 1937 e Engelmann em 1977, 1978 e 1986. Na lista original de Hevner subconjuntos de seis a onze adjetivos estão distribuidos em 8 catégorias. Na LEA, após analise dos adjetivos traduzidos, as autoras decidiram redistribui-los em dez catégorias mantendo-se três adjetivos em cada uma, além disso há sempre uma catégoria de sentido oposto à outra, que segundo Volp no ano de 2001, foi uma tentativa de oferecer, ao respondente, oportunidade de expressar seus verdadeiros estados de ânimo. (OLIVEIRA, 2002)

    Sendo a autora ainda não satisfeita com a utilização da LEA, Volp (2000) elaborou um instrumento com um número reduzido de locusões que pudesse caracterizar as principais dimensões, associando estas locusões a desenhos de faces facilitando a aplicação do mesmo em qualquer faixa etária – crianças, jovens, adultos e idosos, e para níveis diferenciados de instrução – não alfabetizados e alfabetizados.

    Neste novo instrumento Volp tomou como base a LEA (Lista de Estados de Ânimo – Reduzida e Ilustrada, com 40 adjetivos) e as 70 faces constantes do “How do you feel today” para determinação dos adjetivos que comporiam a nova lista reduzida. Desta união resultaram 14 adjetivos: feliz; ativo; calmo; leve; agradável; corajoso; cheio de enérgia; triste; espíritual; agitado; pesado; desagrádavel; com medo e inútil.

    Duas versões do instrumento foram elaboradas: uma de diferêncial semántico estabelecida para ser utilizada com crianças e uma versão com escala de intensidade indicada para jovens e adultos. Este instrumento, denominado LEA - RI – Lista de Estado de Ânimo – Reduzida e Ilustrada, foi utilizada em diferentes estudos visando abranger diferentes faixas etárias e diferentes situações. Participaram destes estudos – crianças, jovens, adultos e idosos, em atividade do tipo – dança, canto, desenho, ginastica localizada, dança do ventre, sessões de alongamento, voleibol, ginástica rítmica e artística e hidroginástica (VOLP, 2001).

    A LEA – RI, é de fácil entendimento e de rápido manuseio, indentificando então o objetivo do estudo. Por isto, a opção pela Lista de Estados de Ânimo - Reduzida e Ilustrada – LEA - RI.

4.     Resultados e discussão

4.1.     Adjetivo Feliz / Alegre

Quadro 1. Resultado quanto ao adjetivo Feliz / Alegre.

FELIZ / ALEGRE

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

3

43%

7

100 %

FORTE

4

57%

0

0 %

POUCO

0

0%

0

0 %

NUNCA

0

0%

0

0 %

TOTAL

7

100%

7

100 %

    Quanto ao adjetivo Feliz / Alegre observou-se que no pré-teste 3 dos participantes sentiram-se muito fortemente felizes / alegres, 4 sentiram-se fortemente felizes / alegres e nenhuma participante relatou estar sendo-se pouco ou nunca Feliz / Alegre, como mostra o quadro 1. No pós-teste, o número de pessoas que estavam sentindo-se muito fortemente felizes / alegres, aumentou para 7 ou 100%.

4.2.     Adjetivo Pesado / Cansado / Carregado

Quadro 2. Resultado referente ao adjetivo Pesado / Cansado / Carregado.

PESADO / CANSADO / CARREGADO

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

2

29%

0

0%

FORTE

0

0%

3

43%

POUCO

3

42%

1

14%

NUNCA

2

29%

3

43%

TOTAL

7

100%

7

100%

    No pré-teste deste adjetivo observou-se que 2 participantes relataram estar sentindo muito fortemente Pesada / Cansada / Carregada; nenhuma estava fortemente Pesada / Cansada / Carregada e 3 estavam pouco Pesada / Cansada / Carregada. Como mostra o quadro 2, 2 ou 29% dos participantes relataram estar nunca sentindo Pesada / Cansada / Carregada.

    No pós-teste, o número de pessoas que estavam se sentindo muito fortemente Pesada / Cansada / Carregada, diminui para 0. Em fortemente Pesada / Cansada / Carregada, aumentou para 3. Em pouco diminuiu para 1, aumentando assim as pessoas que estavam sentindo nunca Pesada / Cansada / Carregada para 3 participantes.

4.3.     Adjetivo Agradável

Quadro 3. Resultado referente ao adjetivo Agradável.

AGRADÁVEL

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

1

14%

4

57%

FORTE

1

14%

0

0%

POUCO

5

72%

3

43%

NUNCA

0

0%

0

0%

TOTAL

7

100%

7

100%

    No adjetivo Agradável, perante o pré-teste os participantes demonstraram estar se sentindo muito fortemente agradáveis com o número de 1 participante como aparece no quadro 3. Fortemente agradável são 1 participante, pouco agradável 5 ou 72% como mostra a figura 3 e nenhum participante relatou nunca estar agradável.

    No pós-teste, o número de pessoas em muito fortemente agradável, aumentou para 4, diminuindo o fortemente agradável para 0; das pessoas que estavam se sentindo pouco agradáveis, 3 se mantiveram e nenhum participante relatou nunca estar agradável.

4.4.     Adjetivo Triste

Quadro 4. Resultado referente ao adjetivo Triste.

TRISTE

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

0

0%

0

0%

FORTE

2

29%

2

29%

POUCO

3

42%

1

14%

NUNCA

2

29%

4

57%

TOTAL

7

100%

7

100%

    No adjetivo Triste em relação ao pré-teste, nenhum participante relatou estar sentindo muito fortemente triste, 2 para o fortemente tristes; 3 estavam sentindo pouco triste e 2 dos participantes relataram estarem nunca tristes.

    Como mostra o quadro 4, no pós-teste não houve mudanças nos participantes que estavam se sentindo muito fortemente tristes e nem para o fortemente; dos que estavam se sentindo pouco triste, diminuiu para 1, aumentando o nunca sentir triste para 4 ou 57% dos participantes.

4.5.     Adjetivo Espiritual / Sonhador

Quadro 5. Resultado referente ao adjetivo Espiritual / Sonhador.

ESPIRITUAL / SONHADOR

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

3

42%

4

57%

FORTE

2

29%

0

0%

POUCO

0

0%

1

14%

NUNCA

2

29%

2

29%

TOTAL

7

100%

7

100%

    Como demonstra o quadro 5, em relação ao adjetivo Espiritual / Sonhador no pré-teste, 3 ou 43% dos participantes relatou estar sentindo-se muito fortemente Espiritual / Sonhador, 2 ou 29% em fortemente Espiritual / Sonhador; nenhum em pouco Espiritual / Sonhador e 2 ou 29% em nunca estarem se sentindo Espiritual / Sonhador.

    No pós-teste como demonstra a figura 5, o número de participantes em muito fortemente Espiritual / Sonhador aumentando para 57%, diminuiu o fortemente Espiritual / Sonhador para 0%; em pouco Espiritual / Sonhador se chegou em 14% e 29% dos participantes relataram estar nunca se sentindo Espiritual / Sonhador.

4.6.     Adjetivo Leve / Suave

Quadro 6. Resultado referente ao adjetivo Leve / Suave

LEVE / SUAVE

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

3

43%

6

86%

FORTE

1

14%

1

14%

POUCO

3

43%

0

0%

NUNCA

0

0%

0

0%

TOTAL

7

100%

7

100%

    No pré-teste do adjetivo Leve / Suave, 3 das pessoas, responderam estar sentindo-se muito fortemente Leve / Suave, 1 em fortemente Leve / Suave, 3 para pouco Leve / Suave e nenhum relatou em nunca estar se sentindo Leve / Suave.

    Já no pós-teste, de acordo com o quadro 6, o número de pessoas que estavam sentindo-se muito fortemente aumentou para 6 ou 86% dos participantes, fortemente para 1 ou 14%, para pouco e nunca Leve / Suave, nenhuma pessoa relatou estar sentindo-se assim.

4.7.     Adjetivo Cheio de Energia

Quadro 7. Resultado referente ao adjetivo Cheio de Energia

CHEIO DE ENERGIA

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

3

43%

3

43%

FORTE

2

29%

3

43%

POUCO

1

14%

0

0%

NUNCA

1

14%

1

14%

TOTAL

7

100%

7

100%

    No adjetivo Cheio de energia observou-se que no pré-teste de acordo com o quadro 7 em porcentagem que 43% das pessoas estavam sentindo-se muito fortemente Cheio de energia, 29% estavam fortemente cheios de energia, 14% estavam pouco e nunca cheios de energia para cada intensidade.

    No pós-teste, o número de pessoas que estavam sentindo muito fortemente Cheios de energia manteve em 43%, aumentando assim o fortemente Cheio de energia para 43% e pouco para 0% e 14% pessoa relataram nunca estarem cheios de energia.

4.8.     Adjetivo Ativo Energético

Quadro 8. Resultado referente ao adjetivo Ativo Energético.

ATIVO ENERGÉTICO

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

3

43%

7

100%

FORTE

2

29%

0

0%

POUCO

1

14%

0

0%

NUNCA

1

14%

0

0%

TOTAL

7

100%

7

100%

    No pré-teste do adjetivo Ativo / Energético 3 dos participantes relataram estar sentindo muito fortemente Ativo / Energético; 2 em estarem fortemente Ativos / Energéticos; 1 em estarem pouco Ativos / Energéticos, e 1 participante relatou estar nunca Ativo Energético.

    Como pode ser observado na figura 8, no pós-teste o número de participantes em se sentirem muito fortemente Ativos / Energéticos aumentou para 100%, diminuindo assim o fortemente, pouco e nunca Ativos / Energéticos para 0%, respectivamente.

4.9.     Adjetivo Agitado / Nervoso

Quadro 9. Resultado referente ao adjetivo Agitado / Nervoso

AGITADO / NERVOSO

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

1

14%

2

29%

FORTE

2

29%

1

14%

POUCO

3

43%

1

14%

NUNCA

1

14%

3

43%

TOTAL

7

100%

7

100%

    Observando o quadro acima, pode ser notado que no pré-teste do adjetivo Agitado / Nervoso, pode ser observado que 1 participante estava sentindo-se muito fortemente Agitado / Nervoso, 2 estavam fortemente Agitado / Nervoso, 3 estavam se sentindo pouco Agitado / Nervoso e 1 relatou nunca estar Agitado / Nervoso.

    Pode ser notado que no pós-teste, verificou-se que o número de pessoas que estavam se sentindo muito fortemente Agitados / Nervosos foi para 29%, acontecendo o inverso com o fortemente Agitado / Nervoso que diminui para 14%, no pouco Agitado / Nervoso o número também diminuiu para 14%, aumentando o nunca Agitado / Nervoso para 43% dos participantes.

4.10.     Adjetivo Desagradável

Quadro 10. Resultado referente ao adjetivo Desagradável

DESAGRADÁVEL

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

3

43%

1

14%

FORTE

1

14%

0

0%

POUCO

2

29%

1

14%

NUNCA

1

14%

5

72%

TOTAL

7

100%

7

100%

    Quanto ao adjeto Desagradável no pré-teste de acordo com o quadro acima, 3 participantes relataram estarem se sentindo muito fortemente Desagradável e 1 fortemente Desagradável, 2 relataram estar se sentindo pouco Desagradável e 1 em nunca estarem se sentindo assim.

    No pós-teste, 1 participante se sentiu muito fortemente Desagradável e nenhum fortemente Desagradável, mas agora para 14% dos participantes relataram em estar se sentindo pouco e 72% dos participantes em nunca estarem se sentindo Desagradável.

4.11.     Adjetivo Calmo / Tranquilo

Quadro 11. Resultado referente ao adjetivo Calmo / Tranqüilo.

CALMO / TRANQUILO

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

3

43%

4

57%

FORTE

3

43%

0

0%

POUCO

0

0%

1

14%

NUNCA

1

14%

2

29%

TOTAL

7

100%

7

100%

    No pré-teste deste adjetivo, observou que houve um equilíbrio em fortemente Calmo / Tranqüilo e muito fortemente Calmo / Tranqüilo, chegando os dois em 3 dos participantes; nenhum dos participantes estavam pouco Calmo / Tranqüilo e 1 estavam sentindo nunca Calmo / Tranqüilo.

    No pós-teste o número de participantes em relação ao muito fortemente Calmo / Tranqüilo, aumentou pra 57%; dos que estavam sentindo fortemente Calmo / Tranqüilo diminuiu para 0%; do pouco Calmo / Tranqüilo foi para 14% e 29% das pessoas relataram estarem nunca Calmas / Tranqüilas.

4.12.     Adjetivo Inútil / Apático

Quadro 12. Resultado referente ao adjetivo Inútil / Apático.

INÚTIL / APÁTICO

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

1

14%

0

0%

FORTE

1

14%

1

14%

POUCO

3

43%

1

14%

NUNCA

2

29%

5

72%

TOTAL

7

100%

7

100%

    No adjetivo Inútil / Apático no pré-teste em relação ao quadro acima em porcentagem, 14% dos participantes relataram estarem se sentindo muito fortemente Inútil / Apático; 14% dos participantes relataram estar se sentindo fortemente Inútil / Apático; 43% em estarem sentindo pouco Inútil / Apático e 29% dos participantes relataram nunca estarem sentindo Inútil / Apático.

    No pós-teste, o número de muito fortemente Inútil / Apático diminui para 0% dos participantes; o de fortemente Inútil / Apático e pouco Inútil / Apático para 14% cada intensidade e o de nunca estarem sentindo Inútil / Apático para 72% dos participantes.

4.13.     Tímido

Quadro 13. Resultado referente ao adjetivo Tímido.

TÍMIDO

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

2

29%

2

29%

FORTE

1

14%

2

29%

POUCO

3

43%

1

14%

NUNCA

1

14%

2

29%

TOTAL

7

100%

7

100%

    Em relação ao adjetivo Tímido no pré-teste do quadro acima em números, 2 participantes relataram estarem se sentindo muito fortemente Tímido; 1 em estar fortemente Tímido; 3 em estarem pouco Tímidas e 1 relatou estar nunca se sentindo Tímida.

    No pós-teste conforme a figura abaixo, verificou-se que 29% das pessoas relataram estarem se sentindo muito fortemente tímida; 29% em estar fortemente Tímido; 14% em estar pouco Tímido e 29% dos participantes relataram estar nunca se sentindo tímidas.

4.14.     Com Medo

Quadro 14. Resultado referente ao adjetivo Com Medo.

COM MEDO

PRÉ Nº

PRÉ %

PÓS Nº

PÓS %

MUITO FORTE

0

0%

2

29%

FORTE

1

14%

0

0%

POUCO

2

29%

1

14%

NUNCA

4

57%

4

57%

TOTAL

7

100%

27

100%

    No adjetivo Com Medo no pré-teste, conforme o quadro acima, nenhum participante relatou estar sentindo muito fortemente Com Medo; 1 relatou estar fortemente Com Medo; 2 em estarem pouco Com Medo e 4 em nunca estarem se sentindo Com Medo.

    No pós-teste, o número de participantes em estarem se sentido muito fortemente Com Medo aumentou para 29%; o de fortemente Com Medo diminuiu para 0%; o de pouco Com Medo para 14% e o de nunca Com Medo manteve em 57% dos participantes.

    Os resultados encontrados neste estudo são comparados com os de Deutsch (1997) que, para aquele que se sentiu mais alegre e leve, a importância para sentir-se significante, foi favorável, pois a motivação do ritmo da música induz facilmente a alegria. Oliveira (2002) em seu estudo destaca que a música praticada por uma atividade física, proporciona um bem estar para os indivíduos, e que a mesma tem uma grande influência positiva nas respostas emocionais e físicas, sendo um fator motivante para o mesmo. Estes relatos reforçam e comprovam o resultado deste estudo, quando demonstra que houve alterações positivas nos estados de ânimo de meninas com deficiência auditiva com a interferência do Ballet Clássico.

5.     Considerações finais

    Com base nos resultados obtidos através da aplicação do teste Lea – RI, Lista de Estados de Ânimo – Reduzida e Ilustrada (LEA – RI), podê-se identificar que o Ballet Clássico alterou positivamente os estados de ânimo desta clientela, interferindo principalmente nos adjetivos tidos como: feliz / alegre, agradável, leve / suave, tímido, ativo energético, pesado / cansado / carregado, cheio de energia, desagradável e inútil / apático.

    Através da pesquisa, no qual as participantes responderam o teste LEA – RI e após os resultados, notou-se que a maioria das participantes passou a ser mais bem disposta e ativa, aumentando o prazer na dança. Já que é uma dos maiores prazeres que o ser humano pode desfrutar, esta ação que traduz uma sensação de alegria, de poder, de euforia interna e principalmente de superar seus limites, favorável portanto para a esta clientela. Muitos deixam de acreditar em si mesmo, sendo que o estudo reforça que a dança é um agente modificador positivo dos estados de ânimo.

    Neste estudo, o Ballet Clássico alterou positivamente a maioria dos adjetivos. Reforçando teorias que esse estilo de dança traz maior qualidade de vida e maior alteração positiva nos estados de ânimo.

Referências

  • BERGAMINE, C. W.; CODA, R. Psicodinâmica da vida organizacional, motivação e liderança. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 1997.

  • BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal da Dança. Vol. 1. São Paulo: Ícone, 2000.

  • CIDADE, R. E. A.; FREITAS, P. S. Introdução à educação física e ao desporto para pessoas portadoras de deficiência. Curitiba: ED. UFPR, 2002.

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revista digital · Año 13 · N° 124 | Buenos Aires, Setiembre de 2008  
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