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A inserção feminina nas artes marciais japonesas:
estudo preliminar

The insertion women in Japanese martial arts: preliminary study

La inserción de la mujer en las artes marciales japonesas: un estudio preliminar

 

Grdo. da Faculdade de Educação Física da Unicamp, Campinas

Dr. pela Faculdade de Educação Física da Unicamp, Campinas

Prof. Titular da Faculdade de Educação Física da Unicamp, Campinas

Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Educação Física

Claus Corbett

Marco Antonio Bettine de Almeida

Gustavo Luis Gutierrez

marcobettine@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          Este artigo busca questionar o processo de incorporação da mulher nas artes marciais no Japão, através da metodologia Eliana. Esta analise empírica reflete a atualidade da categoria Processo Civilizador. Utilizando como objeto a inserção das mulheres e as mudanças sociais decorrentes, ficou claro que há um processo de racionalização da sociedade no processo histórico que configurou a presença do papel feminino nas artes marciais.

          Unitermos: Artes marciais. Gênero. História.

 

Abstract
          This article aims questioning the process of incorporation of women in martial arts in Japan, through the methodology Eliana, is empirical analysis reflects the current process of category Civilizador. Using object as the inclusion of women and social changes arising, it was clear that there is a process of rationalization of society in the historical process that set the presence of the female role in martial arts.

          Keywords: Martial arts. Gender. History.


Resumen
          El presente artículo pretende cuestionar el proceso de incorporación de la mujer en las artes marciales en Japón, a través de la metodología Eliana. Este análisis empírico refleja la actualidad de la categoría Proceso Civilizatorio. Utilizando como objeto la inclusión de las mujeres y los cambios sociales resultantes, es evidente que hay un proceso de racionalización de la sociedad en el proceso histórico que marca la presencia del rol femenino en las artes marciales.

          Palabras clave: Artes marciales. Género. Historia.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 124 - Setiembre de 2008

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Introdução

    Este trabalho procura apontar a atualidade das análises de Nobert Elias a respeito do Processo Civilizador, utilizando como objeto de análise a interpretação das mudanças sociais de grupos específicos, como as artes marciais, mais particularmente, o processo histórico que configurou a presença do papel feminino nas artes marciais. Para construir esta reflexão discutimos, na primeira parte do texto, alguns conceitos da obra Eliana. Na segunda parte analisaremos a técnica corporal e sua importância para os estudos das artes marciais. Na terceira parte estudaremos os processos de mudança no mundo marcial japonês através de pesquisas bibliográficas e na última parte faremos uma ponte entre a análise histórica da sociedade japonesa, a inserção das mulheres nas artes marciais com a teoria configuracionista de Elias.

A imagem da mulher e as artes marciais no Japão

    Segundo Goellner (2003), em seu livro Bela, Maternal e Feminina, a mulher molda-se em relação ao mundo e à sociedade para ganhar aceitação dos homens e se tornar atraente. Na história do povo japonês, foco deste artigo, a mulher tinha como imagem ideal a epítome da pureza, fragilidade, delicadeza e obediência. Uma herança histórica, nesse sentido, que se pode notar no que diz respeito à educação feminina é a idéia de que a mulher tem por obrigação preservar o núcleo familiar, sendo boa mãe, boa esposa e boa filha – esta é a imagem que temos, tradicionalmente, da mulher japonesa.

    Já as artes da guerra eram vistas como uma superação dos limites humanos, a capacidade de impor sua vontade e de ascensão pelo esforço próprio e de afirmação de força pessoal, características tradicionalmente vistas como masculinas. Por fugirem destes ideais de fragilidade e por serem uma forma de afirmação de virilidade, as artes marciais por muito tempo foram restritas aos homens, no Japão. Mesmo quando pensamos nas artes marciais cuja origem não é a classe samurai – como o Karate, originalmente do reino de Ryukyu (atualmente Okinawa) – encontramos mulheres privadas das práticas diretas e abertas, dos treinos específicos, ainda que se esperasse que tomassem armas em defesa do lar na ausência dos maridos.

Contribuição de Elias para análise do processo civilizador das artes marciais

    A soma de conhecimentos e descrições de experiências, ou acontecimentos, sistematizados no conjunto das pesquisas em humanas, destacando seus atores fundamentais, é o que permite ultrapassar o simples senso comum a respeito de qualquer tema de base científica. Assumir a importância da produção acumulada não significa defender o seu congelamento, como se fosse uma revelação impossível de superar, mas sim a procura da transformação.

    No processo civilizador Elias (1990) procura construir a gênese do comportamento e ações a partir de componentes racionais, mas sempre atento às manifestações psicológicas e fisiológicas. Ele vai observar, neste sentido, que a idéia tradicional de razão, ou racionalidade, de que todas as pessoas são dotadas por natureza como uma peculiaridade inata da espécie humana, iluminando os fatos e ações, faz parte de uma imagem de homem em que as observações passíveis de comprovação correm o risco de vir a serem mistificadas ou reduzidas a simples fantasias do espírito (Elias 1990).

    Toda a sociedade complexa tem, na verdade, um componente racional abrangente, com teias sociais inter-relacionadas, onde a ação do indivíduo se insere no conjunto mais amplo das ações dos outros sujeitos. Ao mesmo tempo a decisão da ação parte de um cálculo complexo do sujeito, pensando a viabilidade desta ação e seu componente normativo.

    Tendo como referência o nosso sistema social, percebe-se que existe um espaço para as decisões individuais, apresentam-se oportunidades que podem ser aproveitadas ou perdidas, aparecem encruzilhadas frente às quais as pessoas têm de fazer escolhas. Conforme a posição do indivíduo que toma a decisão na sociedade, pode mudar não apenas o seu destino pessoal mas de uma família, grupos e até nações.

    Para Elias a norma social de conduta e de sentimentos, sobretudo nas classes altas, começou a transformar-se de maneira bastante clara no início do século XVI. A regulamentação da conduta e dos sentimentos se tornou mais estrita e diferenciada, preocupando-se com o controle, eliminando os excessos e os castigos corporais. Com isso, nas comunidades avançadas da nossa época, as relações e atividades coletivas só podem ser levadas a cabo, de forma satisfatória, quando as pessoas envolvidas mostrarem-se capazes de controlar de forma suficientemente uniforme e estável seus impulsos libidinais, afetivos e emocionais mais espontâneos, assim como suas mudanças de ânimo. Em outras palavras, “a sobrevivência e o êxito social nestas sociedades dependem até certo ponto de uma couraça segura, nem demasiado forte nem demasiado débil, de autocontrole individual. Existe em tais sociedades um espaço comparativamente reduzido para a exibição de sentimentos fortes, as antipatias profundas ou a rejeição das outras pessoas, e muito menos espaço ainda para a ira, o ódio mortal ou o impulso irrefreável de bater em alguém” (Elias, 1992, p. 55-56). Quem manifesta fortes perturbações é considerada vítima de sentimentos que não consegue controlar, podendo vir a sofrer restrições sociais até a internação em presídios ou manicômios. De maneira geral, nas sociedades que adotam elevadas normas de civilização, graças a um estrito controle da violência física por parte do Estado, as tensões pessoais resultantes levam a uma sensação de tensão e stress.

    Construindo este referencial de complementação do processo civilizador, Elias vai sistematizando outras formas de interação, para provar a sua tese das teias de regulamentação e construção de uma linha ocidental de evolução. Discute as relações sociais, os hábitos, os costumes, as formas de ver, de ser visto, de vestir-se, do uso do tempo.

    A generalização de práticas sociais que aceitaram a inserção da mulher na sociedade foi precedida por uma sucessão de passos concretos necessários, como o desenvolvimento social e o desenvolvimento político, onde as classes altas codificaram suas formas de ação no plano político e, também, nas suas atividades marciais. O processo civilizador não é algo fragmentado, ocorrendo em partes separadas da sociedade, de forma mecânica. Não ocorre o desenvolvimento político, em um primeiro momento (na Inglaterra com a Revolução Gloriosa), e depois a racionalização das artes marciais. Este processo de desenvolvimento é integrado e dinâmico, não sendo possível definir uma relação de antecedência ou prioridade das ações. Simplesmente ocorreu que a mesma classe de gente que participou da pacificação e do aumento da regularização das idéias políticas, econômicas e sociais, também o fez nas práticas de artes marciais.

O entendimento da técnica marcial através da cultura e história

    Marcel Mauss (1974, p. 211 a 218) dedica um capítulo completo de seu livro Sociologia e Antropologia ao estudo do que chama de Técnicas Corporais. Define-as como “...um ato tradicional e eficaz ... de ordem mecânica, física ou físico-química, e é seguido com tal fim”. É seguro afirmar, então, que tratamos destas mesmas técnicas quando falamos do mundo das lutas e que estas técnicas formam-se dentro de uma tradição / cultura específica – o que torna o estudo do exemplo japonês amplo (por tratar de diversas artes que conhecemos atualmente) e, ao mesmo tempo, restrito (por não ser aplicável, diretamente, no entendimento das artes de outras origens).

    Com esta ressalva já colocada, sobra-nos procurar uma forma de entendimento destas mudanças de tradição / cultura que, saindo de uma sociedade em que a guerra era o elemento definidor do status social masculino, permitiram nos dias de hoje a prática das técnicas (tradicionais, eficazes) por parte de ocidentais e, principalmente, das mulheres. Para tal, Elias nos apresenta uma fórmula de compreensão das transformações culturais de longo prazo, em seu estudo O Processo Civilizador.

    Uma das primeiras idéias que temos no entendimento do processo civilizador é o entendimento do que podemos, realmente, citar como “civilizado”. Segundo Elias (1990), o que consideramos como civilizado, que nos possibilita olhar para nosso histórico e apontar momentos em que houve uma mudança positiva, é a imagem que possuímos, atualmente, de como é nossa sociedade. Partimos do pressuposto que a igualdade entre homens e mulheres em todas as áreas é um passo importante do processo civilizador. Portanto, as mulheres devem possuir os mesmos direitos que os homens e a mesma participação na sociedade.

    Para chegarmos a este ponto de igualdade, é preciso confrontar a idéia de conter e domar certos aspectos psicológicos inerentes ao ser humano, mas contrários ao funcionamento do grupo, como a agressividade ou o desejo sexual irrestrito. Precisamos extravasá-los, eventualmente, mas podemos utilizar um ou outro para saciar esta vontade, pois tais impulsos “se complementam e em parte se substituem, transformam-se dentro de certos limites e se compensam mutuamente” (Elias, 1990, O Processo Civilizador, Vol. 1 – p. 189 a 202, Mudanças na Agressividade).

    Esta mesma noção do domar de instintos é intrínseca, atualmente, às Artes Marciais – que são vistas como uma forma de aperfeiçoamento do ser humano e de sua personalidade. Busca-se o equilíbrio das emoções e o controle destes impulsos como marca de um grande guerreiro, ao invés das antigas proezas em campos de batalha. Com estas noções em mente, podemos, com um olhar mais crítico e preparado, estudar o histórico marcial no Japão e entender quais momentos trouxeram mudanças notáveis (ou em quais momentos ficaram notáveis as lentas mudanças) dentro das práticas marciais.

Processos de mudança no mundo marcial japonês

    Buscar dentro do campo histórico por uma Origem específica, já nos diria Bloch (2001), é contra produtivo e desnecessário. Entretanto, apesar de toda a história do Caminho da Guerra no Japão, podemos apontar um período de ápice para as instituições marciais, que é responsável por grande parte da estruturação de várias das artes que conhecemos hoje em dia.

    Oficialmente iniciado em 1466, com a Guerra Onin (Elison, 1981, Warlords, Artisans and Commoners), palco de eventos famosos e período preferido por muitos autores (de obras científicas e de romances), o Período do País em Guerra – Sengoku Jidai – foi terreno rico para o desenvolvimento da cultura bélica japonesa. Vemos o crescimento do número de escolas e estilos marciais, além da exaltação da imagem do Guerreiro: ser um Samurai famoso, receber honras por suas proezas em batalhas e exercer controle político em recompensa por esforços de guerra era o caminho de vida escolhido por todo jovem apto e confiante.

    Após mais de cem anos de guerras constantes, o Período do País em Guerra chega ao seu fim oficialmente com a resolução da Campanha de Verão em Osaka, em 1615. O proeminente daimiyo Tokugawa Ieyasu, arrebata o controle sobre o país e começa a afirmar seu domínio através da diminuição do poderio bélico de seus subordinados. Através da prática de manter reféns e de exigir visitas periódicas a Edo (atual Tóquio), Tokugawa trabalhava para subjugar quaisquer esforços de tirar-lhe do poder. Em 1639, Ieyasu fecha os portos japoneses para o comércio estrangeiro e o país volta-se para sua cultura como forma de buscar uma identidade (Gordon, 2003, The Making of Modern Japan).

    Gluck (1981) nos lembra que uma história nacional faz parte de uma ideologia nacional, pois precisa ser explicada por algum ponto de vista – para o Japão, nesta época, toda a ideologia/mitologia de sua história e de seu presente converge à figura dos guerreiros bravos e nobres, da liberdade e da honra. Ao fechar-se para o Ocidente, o Japão buscava nesta mesma ideologia nacional uma compreensão do presente e uma exaltação de sua história nacional através dessa ótica.

    Vemos muitos samurai esforçando-se para reviver e fortalecer suas técnicas e táticas, signo claro dentro de uma cultura essencialmente bélica, mas as artes marciais começam a mudar de foco. Sofrendo influência das demais artes, agora com maior prestígio na sociedade pela idéia oficial de paz em um país unificado, a beleza dos movimentos e a poesia da linguagem corporal e das reflexões quanto aos significados da guerra e do combate começam a povoar a mente de mestres e discípulos. É aproximadamente neste período, também, que começam a surgir lendas acerca dos guerreiros japoneses, como forma de manter viva a tradição samurai e a justificativa de seu domínio político sobre o país. (Turnbull, 2004, Samurai).

    Em 1867 o Shogunato Tokugawa chega ao fim, com a Restauração Meiji. O Imperador é restaurado à sua suposta posição de poder e o Japão abre-se para o comércio com o Ocidente. Por declaração do Imperador Meiji, a casta samurai é extinta e o direito de porte das espadas japonesas, um antigo símbolo de status e poder, é banido. A própria polícia passa a utilizar sabres ocidentais ao invés das mais comuns armas japonesas. As artes marciais, agora com um significado muito mais cultural e sob influência do Zen-Budismo, passam a ver como inimigo o próprio ego do praticante e perdem muito da condição de artes da guerra, pois estas não se ajustam à nova cultura urbana e elitista. (Jansen, 2002, The Making of Modern Japan).

    Outras grandes mudanças (mais recentes e palpáveis) se dão após a Segunda Guerra Mundial, pela intervenção do Ocidente na desmilitarização e democratização japonesa.

Um olhar civilizador sobre a história

    Ao observarmos a imagem social da mulher, vemos que tínhamos, anteriormente, a mulher isenta de capacidade e de extrema fragilidade. Sendo um prêmio a ser preservado, sendo sua pureza virginal grande parte de seu valor. Estavam, aí, os primeiros passos em direção ao domar os impulsos sexuais. Como já vimos em Elias, entretanto, outras formas de emoção poderiam substituir estas vontades. Vemos, ao mesmo tempo, uma exultação da guerra e do valor guerreiro, de forma que a agressividade era muito vivenciada e, até mesmo, incentivada.

    Ocorre, aqui, uma funcionalidade dupla. Domando a sexualidade, ter-se-ia guerreiros com maior carga emocional a ser aplicada nos campos de batalha – tornando-os efetivamente mais ferozes e fortes. Dessa forma, ficaria mais fácil a sobrevivência do grupo e do indivíduo. Por outro lado, ao incentivar a agressividade, o impulso emocional já seria apaziguado, de forma que se tornaria mais fácil civilizar os demais sentimentos negativos e contrários ao funcionamento da sociedade. Conforme o uso desta agressividade se torna cada vez mais restrito (por códigos de conduta que privilegiam duelos, por formas esportivizadas da marcialidade, pela repulsa ao militarismo), a cultura japonesa caminha em direção a um estado de funcionamento mais “civilizado”, pelos seus conceitos atuais.

    Já ao olharmos para o conceito do que é o “ser mulher”, vemos como este processo nos leva, mais lenta e recentemente, à quebra de diversos tabus. As mulheres passam a ter uma atitude e uma voz, mesmo fraca, já evidenciada em 1920 pelos esforços em conseguir o direito de voto. Caminhamos em direção ao entendimento das capacidades das mulheres e do seu direito de participação nas mesmas atividades que os homens.

Considerações finais

    Com esta pequena exposição, acredito que surjam mais perguntas do que respostas. Não é o objetivo deste artigo trazer, ainda, todas estas respostas, pois trata-se de um trabalho em desenvolvimento, parte de um projeto de Iniciação Científica. Com a continuidade da pesquisa espera-se trazer mais informações em outro momento.

Referências bibliográficas

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  • ELIAS, Norbert – O Processo Civilizador, Vol. 1: Uma História dos Costumes, Jorge Zahar Editor, 1990

  • ELIAS, Norbert – Norbert Elias Por Ele Mesmo, Jorge Zahar Editor, 2001

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  • GLUCK, Carol – The Past in the Present in Postwar Japan as History, Andrew Gordon (organizador), University of California Press, 1993

  • GOELLNER, Silvana – Bela, Maternal e Feminina: Imagens da Mulher na Revista Educação Física, Unijui, 2003

  • GORDON, Andrew – The Modern History of Japan: From Tokugawa Times to the Present, Oxford University Press, 2003

  • HALL, John W. – Japan’s Sixteenth-Century Revolurtion in Warlords, Artisans and Commoners: Japan in the Sixteenth Century, George Elison e L. Smith Bardwell (organizadores), printed by The University of Hawaii Press, 1981

  • HERIGEL, Eugen – A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen, Pensamento, 1997

  • JANSEN, Marius B. – The Making of Modern Japan, The Belknap Press of Harvard University Press, USA, 2002

  • MAUSS, Marcel – Sociologia e Antropologia, São Paulo, Edusp,

  • TOTMAN, Conrad – A History of Japan, Blackwell Publishers, 2000

  • TURNBULL, STEPHEN – Samurai, Sterling USA, 2004

  • UNO, Kathleen S. – The Death of “Good Wife, Wise Mother?” in Postwar Japan as History, Andrew Gordon (organizador), University of California Press, 1993

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revista digital · Año 13 · N° 124 | Buenos Aires, Setiembre de 2008  
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