Lecturas: Educación Física y Deportes. Revista Digital

A PAISAGEM DAS TRIBOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Hugo Lovisolo

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A primeira tribo demanda crescentemente ao experto, ao perito, para esticar as cordas da potência. A segunda, inclina-se cada vez mais pelas recomendações de atividade moderada e autocontrolada, apela para a autonomia do praticante e implica, nas próprias recomendações, a desaparição do experto ou perito, quando se afirma que é suficiente caminhar alguns minutos várias vezes por semana, fazer jardinagem ou as tarefas do lar energicamente para combater os males do sedentarismo e alguns dos efeitos do estresse.

O problema central no atual momento é se as duas margens do rio podem ser vinculadas, se é possível estabelecer pontes amplas, resistentes e com grande circulação que tornem natural a imagem de uma tribo ao invés de duas. O grande problema, então, é se esses registros estão ou não correlacionados. Em termos mais práticos o problema é: o aumento da aptidão física correlaciona-se positivamente com o aumento na saúde? Há vozes significativas que afirmam que não. Dizem-nos que o aumento das práticas esportivas orientadas pelo desenvolvimento da aptidão não parecem incidir na longevidade nem na diminuição das doenças cardiovasculares, quando as taxas são comparadas com as que resultam da atividade moderada e, mais ainda, podem provocar efeitos não desejados, como doenças articulares entre outros. Assim, os níveis de exigência para o gesto esportivo e para a manutenção da saúde seriam bem diferentes, tanto no plano dos fundamentos quanto no dos programas de intervenção. A tribo da saúde volta na direção do tradicional valor da moderação para sua conservação: atividade moderada iguala-se a conservação. Se as pontes não podem ser restabelecidas, iremos então na direção de pelo menos duas faculdades, por razões tanto práticas quanto teóricas? Ou talvez de apenas uma, pois a tribo da conservação parece necessitar cada vez menos de faculdades ou institutos e ganha, crescentemente, o poder dos meios de comunicação.

A tendência da tribo da conservação parece ser crescentemente confirmada pelas matérias nos jornais e na televisão cujos conteúdos podem ser assim resumidos: para manter a saúde e ter qualidade de vida é suficiente caminhar algumas vezes por semana, ser uma pessoa que se movimenta em atividades cotidianas, praticar jardinagem ou esporte de forma amadorística e com intensidade moderada. Dizem-nos que não precisamos ser nem imitar os atletas, apenas teríamos que contrapesar os efeitos negativos do conforto moderno, do sedentarismo. Observo que, sem pesquisas, lá por 1550, Ignácio de Loyola dizia coisas semelhantes quando o mundo moderno estava dando sinais quase imperceptíveis de existência.

O importante a ser destacado é que nos estão dizendo que a fisiologia do esporte e a fisiologia da normalidade estão em margens oposta do rio e que a primeira não serve de parâmetro para a segunda, embora hajam especialistas que continuem a bater na tecla da igualação, dominante nos textos até não faz muito tempo. A tribo da conservação parece que se torna dia a dia mais moderada e que seus conhecimentos servem para recusar ou relativizar o conhecimento especializado. De fato, seus conselhos práticos, são bem semelhantes aos formulados em épocas em que a fisiologia que hoje usamos não tinha nascido ou quando ainda não se tinham tirado todas as inferências das teorias de Harvey. Em segundo lugar, seus conselhos tem hoje um certo ar de faça por você mesmo e, se possível, com os amigos, sem muito esforço e mesmo sem esforço e, sobretudo, com gosto.

Permitam que eu faça um breve parêntese olhando para o local. Acredito que deveríamos reconhecer que o problema do que fazer para manter a saúde passa a ter condições singulares em países, como o nosso, no qual a subalimentação e a subnutrição são consideradas ainda como significativas e quando a maioria da população não tem possibilidades de acompanhamento médico regular. Pessoas subnutridas podem alcançar espontaneamente equilíbrios normativos que, talvez, se tornem desequilíbrios quando incorporem a atividade física se esta se processa com níveis de exigência superiores aos culturalmente estabelecidos pelo grupo. Teríamos a necessidade, portanto, de pensar sobre a especificidade das recomendações que são realizadas em nossas condições locais. Sabemos que, apesar das gritantes diferenças, os objetivos e os caminhos apresentados do movimento local para a saúde são os mesmos ou bem semelhantes aos propostos nos países desenvolvidos. Podemos, por exemplo, desenvolver programas próximo aos do Canadá, contra os efeitos negativos do sedentarismo. Porém, fazemos isto sem levar em consideração nosso próprio perfil de sedentarismo em interação com as diferenças climáticas, os dispositivos alimentares e de atendimento médico, o perfil do trabalho que, em nosso caso, demanda, para a maioria, um considerável esforço físico se comparado com o realizado nos países que avançaram na substituição do esforço humano pelo mecânico. Em verdade, se podemos cada dia mais desconhecer a realidade local é porque a palavra de ordem é moderar, fazer o possível, fazer por si mesmo e seguindo as indicações do corpo, embora sempre se afirme a conveniência do controle do especialista. A tribo da conservação distancia-se, objetivamente, da tribo da potência. Mais ainda, parece que a tribo da conservação serra o galho no qual está sentada pois faz desaparecer o papel do perito.

No meio do rio podemos distinguir, ainda, uma terceira tribo navegando. Ela ocupa-se de escolas e instituições de ensino. Aqui são almejadas as coisas mais diversas: iniciação ao esporte competitivo, desenvolvimento físico e psicomotor, saúde, recreação, formação moral disciplinadora ou crítica, formação do cidadão e até formação cognitiva, identidades e reconhecimento institucional. Entretanto, esta tribo circula pelo rio olhando com receios e esperanças para as duas mais fortes que ocupam as ribanceiras. Para o mal ou para o bem, a tribo da potência e a tribo da conservação formam parte dos limites de atuação da tribo da educação, quer quando delas se aproxima, quer quando se distancia por meio da crítica.

Além dessas três tribos, que contam com programas de formação e investigação, com revistas e circuitos científicos, existe um movimento, por baixo do rio, não estruturado nem tão reconhecido, porém quantitativamente poderoso, que tem como objetivo fundamental desenvolver e manter a beleza dos corpos: diminuindo barrigas, torneando pernas, endurecendo e exaltando os dons da natureza. Esta é a tribo da modelagem corporal. No caso do Brasil, as academias constituíram-se no o lugar onde esse movimento estético de modelagem do corpo encontra, dominantemente, os meios para sua realização na aeróbica, na ginástica localizada e na musculação, entre outras propostas. Por vezes, um certo pudor encobre a enunciação dos motivos desta tribo que, então, fala a linguagem da tribo da conservação. Não raro, custa-lhe explicitar que a beleza, a estética, a satisfação de se olhar no espelho e o desejo de obter reconhecimento real ou imaginado dos outros, são bons motivos e que poderiam ser justificados pela moral social. Afinal, se consideramos positivo elevar a estética de nossas cidades, de nossos jardins e lares, porque não deveríamos considerar também como positivo construir a estética de nossos corpos?9 Consideramos positiva a atitude do cultivo espiritual e, então, porque deveríamos criticar a atitude da cultura corporal num mundo de relativismos epistemológicos, estéticos e morais?

É difícil, por exemplo, distinguir na crítica realizada à obesidade quanto há de preocupação estética e quanto há de preocupação com a saúde, portanto quanto de gosto e quanto de necessidade.10 Contudo, e talvez por terem sido bem criticados, os modeladores do próprio corpo têm temores de serem qualificados de ególatras, narcisos ou egocêntricos e, então, usam a linguagem da saúde ou da recreação e mesmo valores quase espirituais, como o do equilíbrio, quando são interrogados nas pesquisas de motivação ou de representação social. A indústria da moda e da beleza são seus aliados naturais. No entanto, uma parcela significativa dos meios de desenvolvimento que empregam, e dos modelos que pretendem almejar, são os gerados no campo da tribo da potência. Assim, a tribo da modelagem corporal pareceria contar com pontes mais ou menos naturais de vinculação com a tribo da potência e com a possibilidade de apelar aos argumentos da tribo da conservação quando necessário dissimular a procura estética.

É evidente que a tribo da potência lida muito bem com linguagens e sentimentos preponderantemente estéticos, embora de força universalizante. Assim, os esportes ditos modernos e ocidentais, baseados em sólidas estruturas organizacionais, deslocam as práticas reconhecidas como tradicionais, ocidentais ou não. Parecem contar com uma encenação que promove, por toda parte, a emoção, sua excitação e descarga.11 Torna o corpo do esportista um modelo a ser seguido. Torna o esportista um artista da velocidade, da graça, da força, do drible, da procura do céu, da enterrada. Em alguém que assina autógrafos, faz publicidade, é convocado para atuar no cinema, dá entrevista e se sente uma obra de arte que ele mesmo ajudou a produzir investindo no seu autodesenvolvimento, embora com assistência de expertos. A linguagem estética permeia o corpo e o ato que realiza a potência; permeia o realizador e o gesto esportivo. Assim, o gesto esportivo é relatado na linguagem da criatividade, da originalidade, do belo e do sublime, do gosto e do prazer. O gesto esportivo pode nos elevar aos cumes da emoção exaltada ou enviar-nos para a profundidade da depressão. Impulsiona a enfrentar o novo, abandonando a segurança do gesto conhecido; impulsiona a criar e explorar possibilidades ignoradas mesmo no campo das reações fisiológicas, psicológicas e psicofisiológicas. Os membros da tribo pareceriam não ter medo de morrer, talvez porque não têm medo de viver.

Também é evidente que a tribo da conservação parece adotar a linguagem oposta: a linguagem da necessidade, da razão prática, da segurança e da inibição dos riscos. Impulsiona na direção da padronização, da universalização na repetição do modelo de peso e de percentual de gordura corporal, de alimentação, de sono e de atividade corporal regulada e conservadora. Parte de uma tradição, que não questiona, que empurra na direção de vivermos mais, de sermos produtivos e equilibrados, e de chegarmos a uma velhice com autonomia, disposição e eficiência para a vida quotidiana. Saúde, bem-estar, qualidade de vida, são expressões que traduzem as disposições culturais da linguagem da necessidade.

Se as descrições realizadas são válidas, parece bem difícil que num mesmo Instituto ou Faculdade convivam a tribo da potência, a tribo da conservação e a tribo da modelagem. As linguagens mediante as quais se expressam, os valores que as orientam, os objetivos que pretendem alcançar e as recomendações dos expertos para atingi-los são bem diferentes.

Tenho a impressão pessoal de que, até recentemente, várias propostas de intervenção que hoje consideraríamos tradicionais, sobretudo na esfera da ginástica, juntavam valores e objetivos morais, de potência, de conservação e estéticos num mesmo movimento. A linguagem e as recomendações dos métodos clássicos autorizavam essas apostas na junção de objetivos diferenciados. Ainda na época próxima e áurea do método de Cooper, os praticantes parecem juntar autodisciplina com autocompetição, a procura da potência com conservação e com a modelagem. Embora Cooper enfatizasse os objetivos de melhoria cardiovascular, a modelagem estética e o desenvolvimento da potência podiam ser pensados como resultados também realizáveis mediante as características das práticas aeróbicas preconizadas pelo seu método. Não se entendia que manter a forma fosse apenas redutível ao funcionamento do aparelho circulatório. Manter a forma podia ser entendido como a modelagem das formas corporais, como perda de adiposidade e de celulite, como definição dos músculos corporais. O que estou afirmando é que acreditava-se que objetivos diferenciados podiam ser atingidos mediante as propostas de ginásticas tradicionais ou no método Cooper, mediante uma única proposta de intervenção.

O problema reconhecido faz bastante tempo é o de que, apesar de ser bem significativo o número dos que experimentaram esses métodos, não é menor o número daqueles que, mais cedo ou mais tarde, os abandonam por razões variadas, que abrangem desde problemas físicos ou psíquicos até problemas circunstanciais. Constatou-se suficientemente que há uma tremenda desproporção entre os esforço que demanda o condicionamento e a relativa facilidade do "des-condicionamento". Por isso, a tribo da conservação caminhou na direção de simplificar, popularizar e tentar fazer prazeirosas as atividades do condicionamento e de sua manutenção, embora em graus de exigências bem menores aos solicitados, por exemplo, na proposta original de Cooper.

Antes de chegarmos ao entendimento atualmente dominante na tribo da conservação, ocorreram questionamentos dos métodos clássicos a partir de três pontos de vista ou lógicas que podem ser distinguidas.

No primeiro, mediante a criação das atividades alternativas questionou-se o esforço e os níveis de exigências solicitados pelas intervenções tradicionais. Insistiu-se que essas intervenções tinham como conseqüência tanto altas taxas de rodízio na prática quanto efeitos negativos, articulares e posturais, por exemplo, que induziam a dor e a falta de prazer no exercício, ambos componentes do abandono. Em várias propostas alternativas o equilíbrio entre o psicológico e o físico tornou-se dominante e algumas delas pretendem ser consideradas como respostas globais ou holísticas. Contudo, as metodologias alternativas continuavam tendo um certo ar de universalidade, tanto em termos de objetivos quanto no dos recursos utilizados para atingi-los e, então, passaram a postular seus próprios métodos de trabalho e, não raro, sua própria base cientifica alternativa.

O segundo questionamento teve como base a pretensão de que haveria meios específicos para atingir objetivos específicos. Questionou-se a idéia de um método ou atividade única. Tratou-se de montar uma combinação de atividades que maximizassem o atingimento dos objetivos de grupos ou de indivíduos. Cada atividade tinha uma universalidade, contudo o praticante podia articular seu próprio pacote combinando aeróbica, localizada, relaxamento e outras atividades.

Claramente estava-se caminhando para um processo crescente de individualização da atividade em dois sentidos: de um lado, na relação atividade/objetivo; do outro, na relação atividade/especificidade individual.

De fato, estas idéias se praticavam e faziam e ainda fazem sentido no caso do treinamento do atleta de alta performance. Esse atleta é valioso, justifica estudos intensivos e a formulação de propostas ou programas de intervenção especiais para ele, sobretudo por estar sendo exigido, em termos de esforço e desempenho, fora de padrões ditos normais. Não faz sentido, entretanto, defender uma atitude semelhante para conservar a saúde da população. Significaria alguma coisa equivalente a fazer uma vacina específica para cada habitante. Contudo, eis que aparece o personal training, que pareceria tornar real o sem sentido, quando relacionado com a conservação da saúde. Quando, entretanto, situado no horizonte da modelagem corporal desaparecem os sem sentidos. A modelagem corporal individualizada é apresentada como sendo mais eficiente, poderosa, específica.

Há uma base importante, embora vaga, para a realidade da crescente individualização. A noção de que o produto individualizado, pelo e para o consumidor, superaria em qualidade do produto estandardizado, tornou-se dominante e a maioria de nós aceita essa versão das coisas, embora possa ser suposto, com razão, que após um período de ativa experimentação, gerador de desvios, as respostas tendem a estandardizar-se, a padronizar-se darwinianamente diminuindo as diferenças.12 Contudo, os que contam com recursos monetários e falta de tempo para atividades institucionais estandardizadas -razão freqüentemente enunciada para a escolha do personal training- podem entrar na suposta relação individualizada, tanto em termos de interação pessoal quanto de atividades, que a técnica pareceria oferecer. Também para os que se sentem inseguros para entrar em ambientes institucionais ou grupais, o personal training pode significar um período de adaptação, no qual desenvolve-se maior segurança e também habilidades corporais que permitam enfrentar a atividade institucionalizada.

Temos ainda que conversar sobre nossa questão principal: como situar a educação física escolar em relação a essas duas ou três poderosas tribos? Navegar é preciso e, então, o que deveriam fazer os que estão no meio do rio? Deveriam ou poderiam articular valores e práticas das tribos da potência, da conservação e da estética corporal com as tradições pedagógicas que animam a educação física escolar? Ou, ao contrário, teriam que aceitar que os processos levaram a uma diferenciação que faz impossíveis as pontes? Se as pontes estão quebradas, deveríamos enviar a tribo da conservação para as faculdades de medicina preventiva ou social, a tribo do esporte e da modelagem para a faculdade dos esportes e a tribo da educação física para as faculdades de pedagogia ou educação? Talvez os distanciamentos que se estão processando levem na direção da especialização em termos de instituições, de currículos e de diplomas com específicas habilitações.

Acredito que seja o que for a educação física escolar, a cultura esportiva e a cultura da modelagem corporal não poderão ficar fora de seus objetivos. Os objetivos da conservação pareceriam ficar fora de sua realidade quando, na verdade, trata-se de facilitar o desenvolvimento de potências corporais, intelectuais, morais e estéticas. E quando, sobretudo, trata-se de contribuir ativamente para que a instituição escolar seja vista e sentida como um lugar onde o emocionante, corporal e intelectual, ainda pode acontecer. Neste sentido, a educação física escolar deveria repensar-se mais tendo como horizonte mais o todo da estética da dinâmica escolar do que apenas o horizonte do desenvolvimento individual, pois, este, conta cada dia com maiores espaços especializados para essa finalidade.13


Notas
1. Este trabalho, com algumas variações, reproduz a palestra por mim realizada no Congresso de AIESEP, Rio de Janeiro, 1997.
2. Sobre a posição de valores e objetivos no campo da intervenção escrevi in Educação Física: arte da Mediação, Cap. 1, ed. Sprint, 1995.
3. Ver especialmente sobre o tema Motus Corporis, Vol 3, 1996. Nele Go Tani, Mauro Betti e eu expusemos nossas convergências e divergências sobre o assunto.
4. A coerência, que se estaria perdendo, pode ser produto involuntária de que a educação física, enquanto área disciplinar, avançou em termos de refinamento epistemológico e de reflexão teórica. Assim, hoje, não se aceitam argumentos que circulavam bastante com facilidade num passado próximo. Ou seja, a perda pode resultar de um efeito não esperado da melhoria da área
5. Ver Gadamer, H., El estado oculto de la salud, Gedisa Editorial, Barcelona, 1996.
6. Uso normatividade no sentido proposto por Canguilhem, G., O normal e o patológico, 4ta edição, Forense Universitária, Rio de Janeiro, 1995.
7. Já Canguilhem salientava que a fisiologia do esporte talvez seja uma fisiologia especial, de uma normatividade especial, e que pela via de reconhecer apenas fisiologias especiais poderia ser questionada a idéia de uma fisiologia geral.
8. A visão da saúde como equilíbrio tem um expressivo desenvolvimento filosófico em H. Gadamer.
9. Quando maximizamos um objetivo –formação corporal ou formação intelectual ou acumulação de poder ou capital—, eliminando outros igualmente valiosos, estaríamos criando uma "tirania". Ela emerge do desequilíbrio entre os valores e objetivos de realização pessoal e social. A linguagem de Santo Agostinho sobre as paixões tem a mesma matriz, as paixões, que são naturais, tornam-se tirânicas e más quando uma delas é motor obsessivo da conduta. O equilíbrio resultaria do contrapeso das paixões. Cf. Hirschman, A., As paixões e os interesses, Editorial Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1979.
10. Ver Lovisolo, H., Estética, esporte e educação física, capítulo 1, Ed. Sprint, Rio de Janeiro, 1997.
11. A sociologia de N. Elias tornou-se um marco clássico para entender esta tribo, sob o ponto de vista dos esportistas e dos espectadores.
12. Recomendo a leitura de S. Gould, em especial o artigo "Mantendo a forma", pertencente ao livro O Sorriso do Flamingo.
13. Um maior detalhamento da proposta para a educação física escolar pode ser encontrado em Lovisolo, H., em Estética, esporte e educação física, Rio de Janeiro, Ed. Sprint, 1997, capítulos 2 e 3.


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Año 3. Nº 12. Buenos Aires, Diciembre 1998.