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Estudo da relação dos sintomas de estresse pré-competitivo
e dos fatores motivacionais dos atletas de voleibol

   
*Pesquisadores e Professores do Programa de Mestardo em
Ciências da Reabilitação do Centro Universitário de Caratinga - MG.
**Bacharel e Licenciada do curso de Educação
Física pelo Centro Universitário de Caratinga - MG.
***Professores e Pesquisadores do Programa de Mestrado
em Fisioterapia do Centro Universitáro do Triangulo - MG.
(Brasil)
 
 
Dsc. Marcus Vinicius de Mello Pinto*
orofacial@funec.br  
Grd. Alessandra Santana Araújo**
leka.ctga@ig.com.br  
Dsc. André Luis dos Santos Silva* | Dsc. Hélio Ricardo dos Santos*  
Dsc. Mario Antônio Baraúna*** | Dsc. Angelo Piva Biagini***
 

 

 

 

 
Resumo
     O voleibol é um dos esportes que mais cresce no Brasil, sendo assim muitas crianças e adolescentes procuram cada vez mais cedo a pratica deste esporte. Como a maioria desses praticantes pretende fazer carreira no esporte eles têm que treinar cada vez mais, e isso muitas vezes acarreta situações geradoras de estresse que pode ser benéfica ou maléfica. Já no que se diz a respeito da motivação o estudo tem como finalidade mostrar o que leva as crianças e os adolescentes a praticar o voleibol e não outro esporte qualquer.
    Unitermos: Voleibol. Estresse. Motivação. Criança. Adolescente.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 113 - Octubre de 2007

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Introdução

    Nos dias de hoje, varias pessoas tem tentado estudar e discutir sobre o esporte competitivo, no que se diz a respeito de determinar seus benefícios ou malefícios para o atleta.

    Sendo assim, para que um atleta alcance uma performance satisfatória e com isso faça parte de uma equipe de competição que ira participar de um campeonato é necessário que ele tenha uma preparação adequada e isso requer muito sacrifício.

    Em qualquer que seja o esporte, uma boa atuação pode garantir ao atleta o tão sonhado reconhecimento de ser um dos melhores na sua modalidade.

    No voleibol, não é diferente, pois há vários atletas e poucas vagas no time principal, que iniciará uma partida no campeonato.

    A motivação é o que leva o atleta a se desenvolver no esporte escolhido, e esta pode ser intrínseca ou extrínseca.

    Para Samulski (1992) a motivação depende de fatores intrínsecos (pessoais) ou extrínsecos (ambientais) e se diferencia em técnicas de ativação e técnicas de estabelecimentos de metas.

    Portanto o estudo proposto, tem como finalidade mostrar os sintomas de estresse pré-competitivo e os fatores motivacionais dos atletas da Escolinha de voleibol do América Futebol Clube, para que seu treinador possa intervir neste aspecto e melhorar o desempenho do grupo.


Objetivo

    Relacionar os sintomas de estresse pré-competitivo e os fatores motivacionais dos atletas.


Revisão de literatura

Estresse pré-competitivo

    Nos dias de hoje, varias pessoas tem tentado estudar e discutir sobre o esporte competitivo, no que se diz a respeito de determinar seus benefícios ou malefícios para o atleta.

    Sendo assim, para que um atleta alcance uma performance satisfatória e com isso faça parte de uma equipe de competição que ira participar de um campeonato é necessário que ele tenha uma preparação adequada e isso requer muito sacrifício.

    Em qualquer que seja o esporte, uma boa atuação pode garantir ao atleta o tão sonhado reconhecimento de ser um dos melhores na sua modalidade.

    No voleibol, não é diferente, pois há vários atletas e poucas vagas no time principal, que iniciará uma partida no campeonato.

    Sabendo disso é de suma importância que o atleta treine cada vez mais para melhorar a sua performance e isso quer dizer que cada vez mais ele irá conviver com situações potencialmente geradoras de "estresse" (ROSE JR, 1997).

    Estas situações podem levar o atleta a aumentar ou diminuir o seu rendimento, isso dependerá de como ele absorve estas situações. E saber lidar com tais situações é um dos atributos fundamentais para o atleta obter o desempenho desejado.

    Jones & Hardy (1990) citado por Rose Jr (1997), nos fala que o esporte competitivo, não é simplesmente o produto de fatores fisiológicos e biomecânicos, mas também de aspectos psicológicos e que tem um papel fundamental no seu desempenho.

    Estes vários fatores que influenciam no estado psicológico dos atletas e que levam a uma alteração do estado que é considerado ótimo para um bom desempenho é caracterizada "estresse". Mas o que significa estresse?

    Para Munomura & Caruso (1999), a palavra em si quer dizer "Pressão", "insistência", e estar estressado significa dizer que "estar sob pressão", ou estar sob ação de estímulos insistentes.

    Segundo Coelho e Coelho (1999) nos dizem que mais importante que a preocupação com os efeitos do estresse em competição desportiva é a desistência dos participantes e a rejeição de se envolverem em qualquer atividade física futura.

    Dentre vários autores que tentam explicar o que é estresse Corbin e Samuski tem pensamentos diferentes.

    Para Corbin e Lindsey (1994) citado por Munmura & Caruso (1997) estresse seria uma resposta não especifica do corpo a qualquer demanda com intuito de manter o equilíbrio fisiológico do corpo.

    Já Samuski et all (1996) citado por Munomura & Caruso (1999) nos diz que da mesma forma que ocorre com os aspectos físicos, o bem-estar psicológico pode variar de acordo com os fatores envolvidos na pratica, como o ambiente, o instrutor e com a própria pessoa.

    Diante do que foi dito, sobre as situações causadoras de estresse e das definições de estresse, pode se dizer que o estresse pode ser positivo ou negativo.

    Anshel (1990) citado por Rose Jr (1997) fala que o estresse é positivo quando visto como uma necessidade de alcançar ou manter uma ativação ótima antes e durante a competição, ou negativo quando derivado de pressões externas ou internas do próprio individuo.

    Nem sempre a competição é encarada pelos atletas como ameaçadora e isto ocorre devido a grande quantidade de recursos que ele possui para enfrenta-la. Quando isto ocorre, a competição passa a ser um desafio, um fato que pode considerado positivo para o seu desempenho (PASSER, 1984 citado por ROSE JR, 1997).

    Mas para outros atletas, no entanto, a competição é uma grande ameaça e provoca altos níveis de estresse, tornando um fator negativo e redutor de desempenho. Para Miller et all (1990) citado por Rose Jr (1997), atletas sob muita pressão tendem a ter menor controle sobre suas próprias ações e atividade, incluindo o seu desempenho esportivo.

    Contudo o que faz com que o atleta continue ou não no esporte é o grau de motivação, ou seja, um atleta motivado possivelmente suportará todas as situações de estresse, uma um atleta desmotivado não.


Motivação intrínseca e extrínseca

    Para Tresca e Rose Jr (s/d) a motivação é um processo que leva as pessoas a uma ação ou a inércia em diversas situações, sendo ainda o exame das razões pelas quais se escolhe fazer algo, executar algumas tarefas com maior empenho do que outras, ou persistir numa atividade por longo período de tempo.

    A motivação é o que leva o atleta a se desenvolver no esporte escolhido, pode ser intrínseca ou extrínseca.

    Para Samulski (1995) a motivação depende de fatores intrínsecos (pessoais) ou extrínsecos (ambientais) e se diferencia em técnicas de ativação e técnicas de estabelecimentos de metas.

    Miranda (1994) a motivação esta ligada diretamente às necessidades do homem que são significativas para o seu desenvolvimento.

    Esses fatores podem ser considerados como as necessidade de cada atleta, Feijó (1992) acrescenta que: "usar corretamente as necessidades reais do atleta é motivar bem, e motivar bem é treinar bem"

    Segundo Tresca e Rose Jr (s/d), a motivação intrínseca proporciona o desenvolvimento da autonomia e da personalidade do atleta, já a extrínseca pode iniciar e manter algumas atividades, porem não são suficientes para explicar a maior parte da motivação humana, principalmente relacionada a aprendizagem.

    Samulski (1992) nos diz que a motivação do atleta depende de uma serie de fatores internos e externos. Entre os internos encontra-se: nível de aspiração, que é a expectativa do desempenho futuro, motivação, isso depende da hierarquia de motivos, e nessa hierarquia o motivo mais desejado é o da auto-realização, de atribuição, onde o atleta busca analisar os seus êxitos e os seus fracassos.

    Segundo Filho e Miranda (1998) o termo "motivação" ou "estar ou não motivado" é amplamente utilizado por atletas e técnicos no esporte, sendo considerqado um importante fator psicológico da performance.

    Já os externos dizem a respeito de: incentivos, elogios, reconhecimentos, dinheiro, dificuldade e problemas (tarefas muito fáceis ou muito difíceis são desmotivadoras).

    Segundo Webster (s/d) citado por Marques (1998), a atitude do técnico frente a sua equipe antes do jogo pode ser encorajadora ou pode ser frustradora, criando um nível tão grande de estresse que interfere na desempenho dos jogadores.

    Samulski (1995) fala que a psicologia do esporte analisa as bases e efeitos psíquicos das ações esportivas, considerando, por um lado a analise dos processos psíquicos básicos que são: cognição, motivação e emoção.

    Segundo Knijnik, Greguol & Santos (2001) desde os anos 80, a motivação para a participação tem sido um dos tópicos mais analisados na área da psicologia do esporte infanto-juvenil, procurando identificar os fatores que levam crianças e adolescentes a iniciar, continuar e desistir do desenvolvimento em atividades físicas esportivas.


Metodologia

    Para se obter informações sobre os sintomas de estresse pré-competitivo no esporte, foram utilizadas os seguintes procedimentos metodológicos:

    Pesquisa bibliografia em estudo elaborado sobre os sintomas de estresse e ansiedade na competição e motivação, entre tanto foi utilizado os seguintes autores: Samulski (1992), Jones & Hardy (1990), Munomura & Caruso (1999), Corbin e Lindsey (1994), Samuski et all (1996), Rose Jr (1997), Anshel (1990), PASSER (1984), Miller et all (1990), Tresca e Rose Jr (s/d), Samulski (1992), Webster (s/d), Knijnik, Greguol & Santos (2001) e Marques (1998).

    Pesquisa com 12 atletas com idade entre 10 a 18 anos para verificar o que acontece antes de uma competição e o que os motivam a praticar voleibol de um determinado clube da cidade de caratinga.

    As questões básicas utilizadas nas entrevistas foram as seguintes;

    01 - O que mudou em seu organismo ou em seu comportamento nas 24 horas que antecedem uma competição?

    02 - O que levou você a praticar voleibol?


Discussão de Resultados

    Foi relacionado abaixo tanto os sintomas quanto os motivos que levam um atleta a praticar o desporto voleibol.

    Todos os atletas demonstraram ter algum sintoma antes da competição caracterizados pro um descontrole emocional causando sensações como ansiedade, preocupação e medo decorrente do que possa a vir acontecer no jogo.

    Jones & Hardy (1990) citado por Rose Jr (1997), nos fala que o esporte competitivo, não é simplesmente o produto de fatores fisiológicos e biomecânicos, mas também de aspectos psicológicos e que tem um papel fundamental no seu desempenho.

    Daí a importância de trabalhar o psicológico dos atletas para que esses saibam reagir em diferentes situações de jogo, pois caso contrario a equipe pode ter técnica, condicionamento entre outras coisas que levam ao sucesso mais com o aparecimento de qualquer imprevisto os jogadores vem a perder o equilíbrio emocional e conseqüentemente perder a partida.

    Já no que se diz a respeito sobre o que os motivam treinaram voleibol foi cita os seguintes aspectos.

    O estudo mostra que os fatores motivacionais que mais se destacaram foram: excitação e desafio, afiliação, desenvolver habilidades, reconhecimento e status, aptidão e liberar tensões. Sendo que na maioria das vezes criança é motivada pelos pais a iniciarem uma vida desportiva, ou seja, só depois que elas adquirem uma idade que eles tem a sua própria motivação.

    Segundo Tresca e Rose Jr (s/d), a motivação intrínseca proporciona o desenvolvimento da autonomia e da personalidade do atleta, já a extrínseca pode iniciar e manter algumas atividades, porem não são suficientes para explicar a maior parte da motivação humana, principalmente relacionada a aprendizagem.

    Com isso é de suma importância a pessoa que ira trabalhar com esporte infanto -juvenil, saiba lhe da com estes fatores que motivam ou não uma pessoa a praticar um desporto para que possa aproveita ao Maximo a potencialidade do atleta.


Conclusão

    Nota-se que o voleibol cresce cada vez mais no Brasil, e isso é devido as inúmeras vitórias que a seleção brasileira obtém e também por causa da mídia. Isso faz com que muitas pessoas fiquem motivadas a praticar o desporto, mas motivação não é sinônimo de sucesso no esporte, para que se obtenha um reconhecimento no esporte é necessário que haja muito treinamento e isso conseguintemente gera varias situações de estresse, e isso é vista basicamente quando o atleta é muito cobrado, ou seja, na competição. O presente estudo propôs a relacionar os fatores motivacionais e os sintomas de estresse pré-competitivo do atletas antes de uma competição. Sendo assim, os técnicos terão uma ferramenta a mais para melhorar e desenvolver os seus atleta cada vez mais impedindo que uma situação de estresse não prejudique um trabalho de longa duração.


Referencia bibliográfica

  • BARRA FILHO, Mauricio Gattas, MIRANDA, Renato. Aspectos psicológicos do esporte competitivo. In: Treinamento Desportivo, vol03, 1998.

  • COELHO, Ricardo Weigert; COELHO, Yara Bedusch. Estudo comparativo entre o nível de estresse de crianças envolvidas em diferentes esportes organizados e em atividades físicas competitivas informais. In: Treinamento Desportivo, vol 04, nº 03, Guarulhos -Sp, 1999.

  • FEIJO, Olavo G. Corpo e movimento; uma psicologia para o esporte. Rio de Janeiro, 1992.

  • KNIJNIK, J.D.; GREGUOL, M.; SANTOS, Sileno S. Motivação no esporte infanto-juvenil: uma discussão sobre razões de busca e abandono da pratica esportiva entre crianças e adolescentes. In: Revista do Instituto de Ciências da Saúde, 19 (1), 7-13, 2001.

  • MARQUES, A. O sistema de treino e competição na preparação de prospectiva de crianças e jovens, 1998.

  • MIRANDA, Renato. Motivação: energia da aprendizagem. In: Revista Mineira de Educação Física, 1994.

  • MUNOMURA, Myrian; TEIXERA, Luiz Antonio Céspedes; CARUSO, Maria Regina Fernandes. Nível de estresse, qualidade de vida e atividade física: uma comparação entre praticantes regulares e praticantes sedentários. In: Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Vol 04 nº 03 Londrina- PR 1999.

  • ROSE JR, Dante de. Sintomas de estresse no esporte infanto-juvenil. In: Treinamento Desportivo, nº 03, vol 02, Guarulhos - Sp, 1997.

  • SAMULSKI, D. Psicologia do esporte. Belo Horizonte, UFMG, 1992

  • SAMULSKI, D. Psicologia do esporte. Belo Horizonte, UFMG, 1995.

  • TRESCA, Rosemary Pezzetti; ROSE JR.; Dante de. Estudo comparativo da motivação intrínseca em escolares praticantes e não praticantes de dança, Uni. Camilo Castelo Branco - São Paulo.

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