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Pesquisando dissertações de mestrado e teses de
doutorado relacionadas ao atletismo: contribuições
para a sua difusão no campo escolar

   
*Mestranda em Ciências da Motricidade Humana da
UNESP-Rio Claro; Docente do SESI-São Carlos.
**Docente do Departamento de Educação Física; Coordenadora
do GEPPA-Grupo de Estudos Pedagógicos e Pesquisa em Atletismo.
Grupo de Estudos Pedagógicos e Pesquisa em Atletismo,
Departamento de Educação Física, UNESP-Rio Claro.
 
 
Flórence Rosana Faganello*
florencefaganello@yahoo.com.br  
Sara Quenzer Matthiesen**
saraqm@rc.unesp.br
(Brasil)
 

 

 

 

 
Resumo
     Considerado como um esporte clássico, o Atletismo é ainda muito pouco trabalhado em aulas de Educação Física. Com o intuito de que cada vez mais professores venham a trabalhar com o Atletismo no campo escolar, independente do espaço e materiais existentes, este trabalho visa difundir os conhecimentos advindos da produção científica referente ao Atletismo nos últimos anos. Para tanto, realizamos um levantamento das dissertações de mestrado e teses de doutorado produzidas no Brasil e cadastradas no site da CAPES/BRASIL desde 1987, as quais foram classificadas e divididas de acordo com a área e sub-área de conhecimento. Do total de 47 dissertações de mestrado consideradas como integrantes do universo do Atletismo, 14 foram classificadas na área da Pedagogia da Motricidade Humana voltadas, portanto, ao estudo do Atletismo relacionado à: Educação Física Escolar, à Especialização Precoce, às Produções e Significados, à Competições e à História da modalidade esportiva. A análise do material coletado revela que os trabalhos direcionados à Educação Física Escolar fazem referência ao esquecimento do Atletismo nas escolas; buscam novas metodologias para a sua aplicação; discutem o esporte escolar, reforçando sua necessidade de difusão nas escolas; preocupam-se com a valorização do esporte de rendimento no campo escolar, entre outras coisas. A pesquisa nos leva a concluir que o aprofundamento em estudos na área da Pedagogia da Motricidade Humana não é apenas uma necessidade, mas uma grande contribuição para a difusão do Atletismo, sobretudo, em aulas de Educação Física no campo escolar, contribuindo para que os professores, a partir de um conhecimento mais aprofundado no esporte, seja através do histórico de competições, dos sentidos dado ao Atletismo, das causas ou conseqüências da especialização precoce, possam construir suas próprias ferramentas para o ensino do Atletismo em suas próprias aulas.
    Unitermos: Atletismo. Aulas de Educação Física. Difusão no campo escolar.

Trabalho apresentado no 4º Congresso Latino Americano de Educação Física, em Piracicaba, junho de 2006.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 108 - Mayo de 2007

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Introdução

    Não é difícil observarmos referências ao Atletismo como um esporte clássico no campo da Educação Física. Contudo, é igualmente comum a não presença do Atletismo nas aulas regulares de Educação Física na escola.

    Calvo (2005) revela, por exemplo, que a maioria dos alunos de graduação em Educação Física, chegam ao Ensino Superior sem ter tido qualquer contato com esta modalidade esportiva. Silva (2005), por outro lado, demonstra que embora alguns professores se disponham a ensinar o Atletismo no campo escolar, as queixas referentes à falta de espaço e materiais são bastante freqüentes.

    Para além dessas, outras podem ser as justificativas para o não ensino do Atletismo no campo escolar, conforme ressalta Matthiesen (2005).

    Uma delas, certamente, refere-se à produção científica no campo do Atletismo. Em pesquisa realizada em 2003 pelo Grupo de Estudos Pedagógicos e Pesquisa em Atletismo, da Unesp-Rio Claro, identificou-se, num levantamento minucioso da bibliografia existente na área de Educação Física1, a presença de "500 títulos de livros; 34 títulos de teses de doutorado e dissertações de mestrado e endereços eletrônicos versando sobre interesses diversificados no campo do Atletismo" (MATTHIESEN, 2005: 9).

    O interessante foi notar que a maioria dos livros encontrados no campo do Atletismo, concentrou-se nas décadas de 70 e 80, aprofundando em provas de corridas e saltos, em detrimento dos arremessos, lançamentos, marcha atlética e provas combinadas, além de registrar "uma perspectiva técnica, de treinamento e normativa, em detrimento de uma perspectiva pedagógica de ensino do Atletismo", compatível com o campo escolar (MATTHIESEN, 2005: 9). Por outro lado, naquele momento, não nos preocupamos com a análise mais detida das dissertações de mestrado e teses de doutorado, já que nosso intuito residia no levantamento de jogos e brincadeiras relacionados ao Atletismo. Contudo, esta análise é de suma importância para o conhecimento de todo e qualquer profissional de Educação Física preocupado com o ensino desta modalidade no campo escolar.


Objetivo

    Na tentativa de fazer com que cada vez mais professores de Educação Física trabalhem com o Atletismo, independente do espaço e materiais oficiais, esta pesquisa tem como objetivo averiguar a produção científica nesta área, em especial, no campo escolar, contribuindo para a maior difusão deste conhecimento.


Material e método

    A pesquisa de revisão bibliográfica, teve como base as dissertações de mestrado e teses de doutorado produzidas no Brasil e cadastradas no site da CAPES, as quais foram classificadas neste artigo de acordo com a área e sub-área de conhecimento.

    Tomando como base as áreas de conhecimento do Programa de Pós-graduação em Ciências da Motricidade, da UNESP-Rio Claro, do qual fazemos parte, dividimos as dissertações de mestrado e teses de doutorado relacionadas ao Atletismo em dois grandes blocos, a saber: àquelas relacionadas à área de Biodinâmica da Motricidade Humana e àquelas relacionadas à área da Pedagogia da Motricidade Humana. Ou seja, fazem parte da área de Biodinâmica da Motricidade Humana a: Fisiologia, Biomecânica, Cinesiologia, Anatomia, Nutrição, entre outras áreas próprias das Ciências Biológicas. Por outro lado, fazem parte da área da Pedagogia da Motricidade Humana a: Psicologia, Educação Física Escolar, Sociologia, Filosofia, entre outras áreas próximas às Ciências Humanas.

    Este foi, portanto, o pano de fundo para a classificação das pesquisas brasileiras de pós-graduação relacionadas - direta ou indiretamente - ao Atletismo, defendidas no Brasil entre 1987 e 2003. A seguir, vejamos os resultados desta análise.


Resultados

    Do total de 47 dissertações de mestrado consideradas como integrantes do universo do Atletismo, 33 foram classificadas na área de Biodinâmica da Motricidade Humana, enquanto 14 foram classificadas na área da Pedagogia da Motricidade Humana voltadas, portanto, ao estudo do Atletismo relacionado à: Educação Física Escolar, à Especialização Precoce, à Produções e Significados, à Competições e à História da modalidade esportiva Em outras palavras, diríamos que 29,79% das dissertações de mestrado relacionadas ao Atletismo concentram-se na área da Pedagogia da Motricidade Humana, objeto desta pesquisa, enquanto 70,21% concentram-se na área da Biodinâmica da Motricidade Humana, objeto de aprofundamento em estudos futuros.

    No campo das teses de doutorado, foram identificadas 6 consideradas como integrantes do universo do Atletismo, sendo 5 delas classificadas na área da Biodinâmica da Motricidade Humana, enquanto apenas 1 foi classificada na área da Pedagogia da Motricidade Humana. Em outras palavras, diríamos que das 6 teses de doutorado classificadas como integrantes do universo do Atletismo, 83,33% concentram-se na área da Biodinâmica da Motricidade Humana, enquanto apenas 16,67% na área da Pedagogia da Motricidade Humana.

    Aprofundando na análise da produção acadêmica relacionada ao Atletismo e concentradas na área da Pedagogia da Motricidade Humana, objeto deste trabalho, nota-se que dos 15 trabalhos encontrados 14 são dissertações de mestrado e 1 é tese de doutorado, as quais, independentemente do grau acadêmico, foram agrupadas de acordo com o que segue: 4 na área de Educação Física escolar; 3 relacionadas à Especialização Precoce, 5 voltadas ao estudo das Produções e Significados relacionados ao Atletismo e 3 vinculados à Competição e História da modalidade.


    Iniciemos a descrição dos conteúdos de cada um dos trabalhos pela aproximação com a Educação Física Escolar, como dito anteriormente, objeto de nosso interesse profissional.

    Analisando as 4 dissertações de mestrado que buscam ilustrar uma discussão entre a Educação Física Escolar e o Atletismo, observamos uma preocupação constante com a aproximação entre estes dois universos. Braga (1990), por exemplo, procurou detectar, por meio de questionário aplicado com centenas de professores as razões do esquecimento do Atletismo nas escolas de primeiro e segundo graus. Mais do que isso, nos chama a atenção para as conseqüências negativas deste esquecimento para a motricidade infantil e juvenil, salientando ser o Atletismo, por meio de suas habilidades básicas (marchar, correr, saltar, arremessar e lançar), mais do que um esporte de elite e de rendimento.

    Preocupado com a metodologia do ensino do Atletismo na Educação Física Escolar, Lemos (1998) procurou evidenciar dois pontos considerados por ele como essenciais na busca por novas metodologias para o Atletismo: a dimensão social e a participação do aluno, defendendo que a realidade do contexto onde acontecerá o ensino determinará os demais pontos importantes do processo educacional.

    Também preocupado com questões de ordem metodológica, Mario (1995) aproxima o Atletismo escolar do modelo de Pierre Parlebas, pautando-se, também em sua própria experiência, a fim de consolidar uma abordagem pedagógica do Atletismo. Defendendo que a aula de Educação Física deva ser voltada para o jogo educativo e tendo como objetivo investigar a influência do esporte escolar como algo que induz à especialização precoce, Pedroso (1996), em seu estudo de caso, analisou os Jogos Estudantis de Ponta Grossa e concluiu que a competição escolar determina variáveis que interferem na construção do conhecimento da Educação Física Escolar e na aplicação prática na escola.

    Das 14 dissertações de mestrado classificadas na área de Pedagogia da Motricidade Humana, 3 fazem referência à especialização esportiva precoce. Arena (2000), por exemplo, analisou os critérios de iniciação e especialização esportiva adotados por clubes e Secretarias de Esporte da Região da Grande São Paulo e do sistema de competição de menores adotados pelas Federações de diversas modalidades, dentre as quais, a de Atletismo. Os resultados da pesquisa indicam que os treinamentos esportivos investigados estão diretamente voltados à especialização precoce. Não por outro motivo, sugere alterações no sistema e na forma de competição para menores, prevendo-se a reformulação no processo de iniciação esportiva de jovens atletas.

    Preocupado em verificar a causa do abandono e da especialização esportiva precoce no Atletismo, Kovalski (1995) analisou os dados levantados por documentos e questionamentos realizados no Projeto Adhemar Ferreira da Silva, concluindo que tanto o fator cultural como o econômico, assim como a mudança de objetivos profissionais futuros, influenciam na prática da modalidade.

    Com o objetivo de identificar os problemas causados pela especialização esportiva precoce no Atletismo, Nascimento (2000), realizou uma pesquisa semi-estruturada com os três primeiros atletas masculinos das provas de velocidade e fundo durante o Troféu Brasil de 1999, concluindo que os dados obtidos fortalecem a necessidade de discussões sobre a pedagogia esportiva.

    Estudos voltados para os diferentes tipos de produções e significados dados ao Atletismo também fazem parte do conteúdo dos 15 trabalhos agrupados na área de Pedagogia da Motricidade Humana. Dentre eles, 5 são dissertações de mestrado que se concentram neste item, tal qual veremos a seguir.

    Coiceiro (2003), por exemplo, ao investigar os sentidos que a corrida tem para corredoras de longa distância e as imagens, símbolos e mitos que emergem em seus discursos, realizou uma entrevista semi-estruturada com 10 atletas de elite. Por meio da interpretação dos dados realizada com base na Análise do Discurso de Eni Pulcinelli Orlnadi, encontrou os mitos de: Ártemis, Atena e Narciso, além de observar uma divisão entre as atletas que utilizam à corrida como meio para vencer as diferenças e as que correm em busca da vitória. Por fim, foram identificados os seguintes sentidos para a corrida: o gostar, o profissional, o sonho, o individualismo, o talento e o ideal.

    Ferreira (2003) preocupado com os significados atribuídos à corrida de aventura e buscando delimitar um campo teórico sobre este tipo de prova (EMA - Expedição Mata Atlântica), entrevistou atletas participantes da EMA, identificando, por meio da Análise de Conteúdo, a presença de um espírito aventureiro e a influência da mídia na espetacularização da corrida.

    Preocupado com a produção na área do Atletismo, Ferreira, (1993) investigou os livros textos brasileiros com o objetivo de esboçar um quadro teórico na perspectiva da prática da promoção da saúde. Por meio da Análise de Conteúdo (Bardin, 1979) e de um sistema de sete categorias inspirados no SRAPE, investigou os livros-texto brasileiros de Atletismo identificando, inclusive, seus problemas de conteúdo. A análise deste material revelou que os livros-texto abordam idéias distantes da promoção da saúde e dão ênfase ao desporto de rendimento, o que nos parece ser algo bastante interessante.

    Considerando que o Atletismo é uma disciplina própria dos cursos de graduação em Educação Física, Silva (2002), procurou conhecer as características e o papel desempenhado por elas. Com base na análise documental das grades curriculares e ementas, na observação de aulas da graduação e de entrevistas com professores e alunos de cinco Universidades, sendo duas públicas e três particulares, o autor verificou que o papel destas disciplinas é dar bases para que o futuro aluno possa utilizá-la para a sua intervenção no mercado de trabalho. Além disso, verificou que, paulatinamente, estas disciplinas estão deixando algumas características do modelo de formação tradicional - esportivo e se aproximando do modelo técnico - científico, através da valorização de questões teóricas. O autor conclui o estudo apontando para o fato de que os docentes universitários responsáveis pela disciplina Atletismo têm procurado transformá-lo em algo mais acessível para seus alunos, buscando modificar a idéia de que para ensinar o Atletismo é necessário ter uma pista e materiais específicos, contribuindo, portanto, para sua maior difusão.

    Buscando analisar e interpretar os sentidos e significados do incentivo dado pelo patrocínio individual ao Atletismo como esporte de rendimento, Godoy (1994) analisou as declarações de 28 atletas adultos patrocinados e verificou que, de acordo com sua evolução histórica, há múltiplos sentidos. Nesse sentido, observou que os conceitos estão em evolução, não havendo um sentido unificador definidos para as relações esporte-entidade patrocinadora, nem um sentido claro do patrocínio adotado pelas instituições.

    "Competição e História da modalidade" também foram objeto de estudo de três dos trabalhos analisados, sendo dois dissertações de mestrado e um tese de doutorado, os quais veremos a seguir.

    Ainda que não tivesse como preocupação a história do Atletismo, Schemberger (2003), interessado em relacionar as características do esporte moderno com a interdisciplinaridade escolar e baseado no levantamento histórico acerca das políticas esportivas estaduais da Costa Oeste do Paraná, identificou os subsídios necessários para um melhor entendimento dos Jogos Mundiais da Natureza, analisando a ação intrínseca no relacionamento esporte-educação da comunidade regional que participou dos esportes do ar, da terra e da água.

    Com uma preocupação histórica explícita, Silva (2002), por meio das marcas obtidas pelos atletas que se classificaram nas oito primeiras posições do ranking nacional de cada prova nos qüinqüênios de 1920 a 1999 e dos rankings anuais a partir de 1991, investigou, em sua dissertação de mestrado, o desempenho dos atletas brasileiros entre 1920 e 2001. Os resultados desta pesquisa demonstram a superioridade no desempenho masculino em relação ao feminino, sendo que os melhores progressos de ambos os sexos foram obtidos entre 1965 e 1984 seguidos de uma estabilização a partir de 1991. Com base nisso, a pesquisa aponta que a principal razão para a estagnação do nível técnico do Atletismo brasileiro e o distanciamento das performances internacionais é a semiprofissionalização dos treinadores, provocando a evasão dos melhores profissionais.

    Como única tese de doutorado concentrada neste grupo, a pesquisa de Vieira (1999) pauta-se na Teoria dos Sistemas Ecológicos de BRONFENBRENNER (1979, 1992,1995) e no estudo do paradigma bioecológico, pessoa - processo - contexto - tempo. Neste estudo com 13 atletas, 7 técnicos, 3 diretores do Paraná Esporte e 1 secretário, Vieira (1999) investigou o processo de desenvolvimento de talentos paranaenses do Atletismo. Com isso, evidenciou dois períodos históricos: o primeiro entre 1983 e 1990 no qual foram desenvolvidos programas e projetos que instigaram o desenvolvimento da modalidade no Paraná; o segundo entre 1991 a 1998, no qual ficou caracterizada a falta de continuidade das políticas implantadas, responsável pela desvalorização da modalidade no Estado. A pesquisa conclui que: o processo de desenvolvimento ocorreu de forma contínua; a dinâmica da estrutura dos governos estaduais nos diferentes períodos históricos interferiu de maneira relevante no processo de desenvolvimento dos talentos paranaenses do Atletismo; a trajetória de desenvolvimento de cada talento é um processo único, intimamente relacionado ao processo de treinamento de vários anos sendo dependente de estruturas administrativas; as experiências nas diferentes fases do processo de especialização motora estão relacionadas ao interesse e motivação do talento que é uma competência pessoal alcançada dentro do ambiente esportivo, alicerçada em qualidades físicas e psicológicas que capacitam os atletas a obter alto rendimento dentro da modalidade de Atletismo. Enfim, a pesquisa conclui que o macrossistema parece ser determinante para o ápice do rendimento no Atletismo.


Conclusões

    A análise das 14 Dissertações de Mestrado e da Tese de Doutorado relacionadas ao Atletismo na área da Pedagogia da Motricidade Humana revelam, de maneira geral, o esquecimento do Atletismo nas escolas; buscam novas metodologias para a sua aplicação; discutem o esporte escolar, reforçando sua necessidade de difusão nas escolas; preocupam-se com a valorização do esporte de rendimento no campo escolar, ente outras coisas.

    Esta pesquisa nos leva a concluir que o aprofundamento em estudos na área da Pedagogia da Motricidade Humana não é apenas uma necessidade, mas uma grande contribuição para a difusão do Atletismo, sobretudo, em aulas de Educação Física no campo escolar, contribuindo para que os professores, a partir de um conhecimento mais aprofundado no esporte, seja através do histórico de competições, dos sentidos dado ao Atletismo, das causas ou conseqüências da especialização precoce, possam construir suas próprias ferramentas para o ensino do Atletismo em suas próprias aulas.

    Em outras palavras, verificamos que o conhecimento da produção científica no campo do Atletismo é uma das formas capazes de contribuir com sua difusão, aproximando, cada vez mais, os professores, sobretudo àqueles vinculados à Educação Física escolar, de seu universo de conhecimento.


Nota

  1. Essa pesquisa teve como base o acervo das bibliotecas da UNESP, USP e UNICAMP.


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revista digital · Año 12 · N° 108 | Buenos Aires, Mayo 2007  
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