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Preparação física no basquetebol

La preparación física en el baloncesto

Physical preparation in basketball

 

*Profissional de Educação Física, técnica de Basquetebol

e docente da Universidade de Ribeirão Preto

**Profissional de Educação Física e pesquisador, membro da equipe da USP

do Núcleo de Estudos, Ensino e Pesquisa do Programa de Assistência

Primária de Saúde Escolar – PROASE

Profa. Ms. Eliana Maria Isnidarsi*

Prof. Dr. José Eduardo Costa de Oliveira**

prof.zedu@usp.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O desporto criado por James Naismith em 1891 nos Estados Unidos e introduzido no Brasil por Augusto Shaw caracteriza-se pela coletividade, pela oposição e a cooperação, através de confrontos diretos entre duas equipes, onde há o predomínio de um constante atacar e defender, além de ser composto por habilidades específicas, quer sejam contínuas ou intermitentes, onde companheiros de equipe, adversários, limites de tempo e espaço determinam uma imprevisibilidade, tornando-o um dos esportes mais dinâmicos e variados do mundo (MORENO, 1998). Assim, partindo da intencionalidade de discutir e analisar o Basquetebol, enquanto esporte mundialmente difundido, o presente texto propõe fazê-lo a partir de uma perspectiva que aborde os principais aspectos da preparação física da modalidade, através da caracterização dos esforços. Por fim, numa perspectiva de uma análise conclusiva sobe a preparação física no Basquetebol, é possível afirmar a importância da caracterização da modalidade esportiva com a qual se vai trabalhar, a fim de que os métodos para o treinamento e a avaliação física correspondam às necessidades das quais a modalidade demanda, onde verificou-se que o desporte em questão é uma modalidade esportiva com características intermitentes, onde o treinamento deve ser voltado tanto para o metabolismo anaeróbio, que apresenta ser altamente relevante para a performance dos jogadores, quanto para o aeróbio, importante para as suas recuperações.

          Unitermos: Preparação física. Basquetebol.

 

Resumen

          El deporte creado por James Naismith en 1891 en los Estados Unidos y introducido en Brasil por Augusto Shaw se caracteriza por su carácter colectivo, la oposición y la cooperación a través del enfrentamiento directo entre los dos equipos donde hay un predominio de un constante ataque y defensa, y se compone de habilidades específicas, ya sea continuas o intermitentes, donde los compañeros de equipo, los oponentes, los límites de tiempo y espacio determinan la imprevisibilidad, por lo que es uno de los deportes con más variaciones y dinámicos del mundo (MORENO, 1998). Así, con base en la intención de discutir y analizar el baloncesto en tanto deporte expandido a nivel mundial, este texto se propone hacerlo desde una perspectiva que aborda los principales aspectos de la preparación física de la modalidad en la caracterización de los esfuerzos. Por último, desde la perspectiva de un análisis concluyente sobre el entrenamiento físico en el baloncesto, es posible afirmar la importancia de la caracterización del deporte con el que se va a trabajar, por lo que los métodos de formación y evaluación para satisfacer las necesidades físicas de que demanda, se encontró que el deporte en cuestión es un deporte con características intermitentes, orientado tanto al metabolismo anaeróbico, que tiene que ser muy relevante para el desempeño de los jugadores, y por el aeróbico, importante para su recuperación.

          Palabras clave: Preparación física. Baloncesto.

 

Abstract

          The sport created by James Naismith in 1891 in the United States and introduced in Brazil by Augusto Shaw characterized by society, the opposition and cooperation through direct confrontations between two teams where there is a predominance of a constant attack and defend, and be composed of specific skills, whether continuous or intermittent, where teammates, opponents, limits of time and space determine unpredictability, making it one of the most dynamic and varied sports world (MORENO, 1998). Thus, based on the intent of discussing and analyzing Basketball while sport globally widespread, this text proposes to do this from a perspective that addresses the main aspects of physical preparation of the modality by characterization efforts. Finally, from the perspective of a conclusive analysis rises to physical training in basketball, it is possible to affirm the importance of the characterization of the sport with which they will work, so that the methods for training and assessment meet the physical needs of which demand mode, where it was found that the sport in question is a sport with intermittent characteristics, where training should be geared both to anaerobic metabolism, which has to be highly relevant to the performance of the players, and for the aerobic important for their recoveries.

          Keywords: Physical preparation. Basketball.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 181 - Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O desporto criado por James Naismith em 1891 nos Estados Unidos e introduzido no Brasil uma década mais tarde por Augusto Shaw caracteriza-se pela coletividade, pela oposição e a cooperação, através de confrontos diretos entre duas equipes, onde há o predomínio de um constante atacar e defender (MORENO, 1998).

    Composto por habilidades específicas quer sejam contínuas ou intermitentes, onde companheiros de equipe, adversários, limites de tempo e espaço determinam uma imprevisibilidade, tornando-o um dos esportes mais dinâmicos e variados do mundo.

    Nesse cenário, o Basquetebol vem se desenvolvendo ao longo do tempo, tornando-se um desporto de técnicas, táticas e qualidades físicas complexas, minuciosas e que vislumbram a maximização dos resultados, derivando na necessidade de uma adequada preparação física para a sua prática, sendo que os envolvidos nesses processos necessitam de um conhecimento aprofundado acerca dos tipos de esforços e trabalhos realizados (DANTAS, 2003).

    Assim, partindo da intencionalidade de discutir e analisar o Basquetebol, enquanto esporte mundialmente difundido, o presente texto propõe fazê-lo a partir de uma perspectiva que aborde os principais aspectos da preparação física da modalidade, através da caracterização dos esforços.

A caracterização dos esforços no Basquetebol

    Em termos de movimentação, o Basquetebol pode ser considerado bastante completo, por utilizar uma rica combinação das habilidades motoras naturais do repertório do ser humano, e que envolve uma variedade de movimentação associada à manipulação de bola, deslocamentos, saltos, corridas e a interação com outros atletas, qualificando-se como um desporto que exige um conjunto de aptidões físicas, perceptivas e cognitivas, em face à alta intensidade, ao padrão de precisão, implícitos nos esforços dos praticantes.

    Assim, o desporto se caracteriza por esforços alternados, períodos curtos de recuperação ativa, e até mesmo de recuperação passiva (a exemplo de quando o atleta é substituído e nas muitas paralisações da partida), onde tal alternância entre uma série de estímulos submáximos, com períodos de intervalo proporcionam possibilidades de recuperações, frente aos estímulos aplicados, sendo princípio básico do método de treinamento conhecido como - intervalado.

    Toda essa movimentação é realizada em uma área de jogo bastante ampla, cujas dimensões oficiais são de 28/15 metros, ou 420 m2, realizada por um período de tempo, também, relativamente longo - no mínimo 40 minutos intermitentes - que podem conduzir uma partida a mais uma hora de duração, facilmente.

    Partindo deste tempo de duração de uma partida, este dado comumente leva muitos preparadores físicos a vislumbrarem na preparação aeróbia a única necessária à boa performance dos atletas. Todavia, a partir dos inúmeros estudos que buscaram a caracterização da modalidade, evidenciaram que tal capacidade tem sua importância, mas, que o metabolismo anaeróbio apresenta-se como - fundamental - para o desempenho físico dos basquetebolistas (DANTAS, 2003).

    Ao se observar a movimentação característica de um jogador, verifica-se que a duração dos períodos ativos e de repouso, bem como as intensidades podem ser variadas, onde os estímulos podem ser constituídos por séries de turnos repetidos de exercícios leves, moderados e intensos, e períodos de descanso, ou ate de inatividade.

    Alguns números podem balizar o treinamento físico da modalidade, onde, em média, os jogadores percorrem cerca de 5,55 Km durante uma partida de alto nível, com alguma variabilidade dependendo da posição/função do jogador em quadra (DE ROSE JÚNIOR e TRÍCOLI, 2005).

    Armadores, geralmente com média 7% menor, em razão de cobrirem distâncias delimitadas entre as linhas de três pontos defensiva e ofensiva. Alas, cerca de 5% inferior, por atuarem nas laterais da quadra. E, os pivôs, podendo chegar até 12% superior, em face de correrem de tabela-a-tabela.

    Em relação à quantidade de saltos, armadores costumam saltar cerca de 25 vezes durante uma partida; laterais cerca de 30 vezes e os pivôs cerca de 36 vezes (DE ROSE JÚNIOR e TRÍCOLI, 2005).

    Paralelamente, a situação de predominância durante uma partida é de deslocamentos frontais, justificada por ser a mais apropriada para os atletas obterem uma melhor percepção da quadra, dos adversários e companheiros, sendo que os deslocamentos nas outras direções são observados em situações, predominantemente, defensivas, correspondendo à necessidade de proteger a área restritiva do garrafão, onde o jogador da defesa não pode perder o contato visual com o adversário, nem com a bola.

    Nesse mesmo sentido, também é possível observar que a corrida - sem bola – independentemente da posição dos jogadores, representa a forma mais ágil de se movimentarem quadra, e, portanto, a mais usual.

    Já em relação às ações e as pausas durante uma partida, em média, compreendem que 41% das ações e 80% das pausas ficam entre 1 e 20 segundos de duração (DE ROSE JÚNIOR e TRÍCOLI, 2005).

As demandas energéticas no Basquetebol

    Quanto às Influências sobre as demandas energéticas, o basquetebol requer um fornecimento - misto - de energia, onde a própria combinação dos esforços permite o envolvimento das três vias metabólicas concomitantes, mas, com predomínio de uma sobre as outras; sendo esta, a que derivada do trabalho - intermitente - e que resulta nos ganhos afetos às possibilidades de menor fadiga e permite uma maior intensidade de exercício durante os períodos ativos.

    Está, portanto, nas diversas formas de - trabalho intermitente - a saída para se treinar as três vias metabólicas de produção de energia, uma vez que elas estão intimamente ligadas e atuam simultaneamente durante a atividade. Dependendo da intensidade do exercício e da combinação entre esforços e pausas, é possível sobrecarregar mais um mecanismo que os outros.

    No Basquetebol, apesar das movimentações serem complexas para a análise das variáveis fisiológicas, por apresentarem várias combinações, com e sem o domínio de bola, ao se observá-las, é possível verificar a presença de movimentações de altas, médias e baixas intensidades, sendo freqüentes a realização de sprints, a exemplo dos contra-ataques, caracterizados como movimentos de alta intensidade. Em ataques organizados, por exemplo, os jogadores realizam movimentações de média e baixa intensidade.

    Portanto, o Basquetebol apresenta uma formação "mista" de energia, com predomínio de movimentos intermitentes, onde o conhecimento dessas apresenta grande significado para o preparador físico, pois as mesmas podem influenciar na técnica dos jogadores e na tática das equipes.

    Assim, os sistemas energéticos predominantes do Basquetebol são 80% oriundos dos sistemas dos fosfatos de alta energia, ou do sistema ATP/CP (Adenosina Tri Fosfato/Creatina Fosfato), tanto no que diz respeito à sua primeira fase, quando os ATP’s são oriundos dos estoques musculares, bem como da segunda fase, que após seu esgotamento, são ressintetizados através de moléculas de CP, que ressintetizam os ADP’s (Adenosina Di Fosfato) em novas moléculas de ATP.

    Os outros 20% restantes subdividem-se entre o segundo sistema de transferência de energia - glicólise anaeróbia - de onde se extrai os ATP’s através da degradação de moléculas de glicose, sem a utilização do oxigênio; e, o sistema aeróbio propriamente, ou o terceiro sistema, de onde os ATP’s são obtidos através da integração dos metabolismos do Ciclo de Krebs (degradação de moléculas de glicose para ácido pirúvico e posteriormente para moléculas de Acetil-Coenzima A, que penetram no ciclo e são convertidas em energia útil), da Cadeia Respiratória, que constitui um processo de fosforilação oxidativa através do transporte de elétrons, que resulta na liberação final de água e de ATP’s, e da Usina Metabólica, que funciona através da interconexão dos macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas) que se degradam para converterem-se em moléculas de Acetil-CoA e oferecê-las ao ciclo de Krebs para a sua posterior conversão em ATP’s (McARDLE; KATCH e KATCH, 2003).

    Portanto, uma vez que boa parte da movimentação dos jogadores envolve esforços bastante intensos e de curta duração, pode-se concluir que a capacidade - anaeróbia alática - tem maior importância para o jogador, por se saber que o Basquetebol é um esporte com períodos curtos de exercícios de alta intensidade, alternados com períodos de repouso ativo e passivo, tornando o metabolismo anaeróbio altamente relevante para a performance.

    No entanto, as outras vias energéticas também possuem importância, a exemplo da anaeróbia láctica, que possibilita a realização de esforços submáximos e de média duração. Essas, também devem ser treinadas, mas com menor ênfase e com esforços que oscilem entre 20 e 60 segundo de duração.

    Outra afirmação que se faz é a de não se pode preterir, totalmente, as vias aeróbias, devendo ser treinada dentro do limiar anaeróbio, o que permitirá um desempenho dos atletas dentro de uma intensidade alta, sem que se propicie o acúmulo, excessivo, de ácido láctico nos músculos, que é um importante limitador do Rendimento.

    No Basquetebol, como há a manipulação de bola, além do deslocamento necessário, e que geralmente inclui corridas, os atletas executam outras atividades que também solicitam energia, tais como as mudanças de direção, as desacelerações, os saltos, os arremessos, as acelerações, as interceptações, as paradas bruscas, os passes, o que impõem maiores demandas fisiológicas ao custo energético da corrida.

    De Rose Júnior e Trícoli (2005) verificaram que durante uma partida, a freqüência cardíaca apresenta-se de forma irregular, com valores que variavam de 160 a 180 batimentos por minuto e que o seu diagrama é bastante excêntrico, devido à constante alteração no ritmo inerente ao jogo, podendo alcançar valores entre 80% e 85% da FCmáx.

    Em paralelo, Volkov (2002) demonstra que 60% dos jogadores de Basquetebol apresentam valores de concentração de lactato acima do limiar anaeróbio, podendo ser encontrados índices entre 9 e 12 mMol, principalmente no segundo tempo de jogo. No entanto, após 8 a 10 minutos do término de uma partida, os valores apresentam-se abaixo de 2 mMol/Kg/m, demonstrando que os atletas dispõem de uma alta capacidade de recuperação (oxidação de ácido lático).

    Portanto, atletas bem treinados dispõem de uma boa capacidade de produzirem, mas, também de tolerarem e eliminarem altos níveis de lactato.

    Esse mesmo alto nível de treinabilidade também os faz apresentar valores de VO2 máx. de aproximadamente 59 ml.kg.min, médios, sendo o bom funcionamento do metabolismo aeróbio quem garante a recuperação das fontes anaeróbias, demonstrando que os jogadores devem ter capacidade aeróbia desenvolvida, apesar da importância do processo anaeróbio, para que possam manter as características da intensidade de esforço durante a partida e possuam uma maior eficiência na remoção do ácido lático.

    A organização e a funcionalidade do jogo também fazem com que a participação ativa durante uma partida não seja igual para todos os jogadores, em função da posição que o mesmo ocupa e da relação existente entre ele e o meio, onde a demanda energética, certamente, é diferente para cada posição assumida por um atleta, bem como para a mesma posição, podendo variar de um jogo para outro, sofrendo influência da movimentação em quadra, do estilo e da estratégia da equipe (OLIVEIRA, 2012a).

    Outro aspecto que contribui para a discussão é alusivo a não existência de restrições quanto ao número de substituições, além das diversas situações em que o jogo é interrompido, e que podem ser consideradas como pausas recuperativas, a exemplo dos pedidos de tempo técnico e etc.

    Portanto, o treinamento objetivando facilitar as adaptações metabólicas exige a participação em programas bem planejados, com vistas a vários fatores, como a freqüência e a duração das sessões de trabalho, tipo de treinamento, velocidade, intensidade, duração e repetição das atividades e intervalos de repouso.

    Sendo assim, o Basquetebol necessita de uma preparação física realizada de forma coletiva e individual, que não deve ser padronizada a todos os jogadores, devendo ser orientada para o desenvolvimento físico que necessita cada posição, uma vez que a organização do jogo exige participação ativa diferenciada, com as posições exigindo características, também, diferenciadas (OLIVEIRA, 2012b).

As qualidades físicas envolvidas na preparação do Basquetebol

    No que tange as qualidades físicas envolvidas, o Basquetebol apresenta uma gama bastante diversificada, onde cada uma é empregada em movimentos técnicos e específicos que se combinam com fluência, a fim de proporcionar inúmeras movimentações táticas no transcorrer da partida.

    Força, velocidade, potência, resistência, flexibilidade, coordenação e equilíbrio e suas variações, são qualidades físicas amplamente utilizadas e combinadas durante uma partida, e, por isso, também devem ser trabalhadas nos treinamentos, para que os movimentos tornem-se mais precisos e energeticamente econômicos, resultando em melhor rendimento e desempenho dos atletas durante o jogo.

    Portanto, as exigências da preparação física coletiva do Basquetebol, em bases gerais, se assemelham às do método de treinamento conhecido como - intervalado - em face da ocorrência de alternâncias entre períodos de esforços e períodos recuperativos, caracterizando o desporto através da realização de esforços intermitentes.

    Conhecer as características morfológicas dos atletas também é de muita importância para a preparação física no Basquetebol, uma vez que são elas quem dão as condições para o treinamento das qualidades físicas necessárias a um bom desempenho.

    Os jogadores de Basquetebol, normalmente, apresentam características ectomórficas; uma das três características do somatotipo humano, caracterizando-os por troncos menores, músculos e membros finos e longos e baixo acúmulo de gordura corporal, com um aspecto da compleição física relacionado à alta estatura e a magreza do corpo. Ectomorfia é a linearidade; relacionada ao comprimento dos ossos e a superfície da pele, pois, quanto mais longos os ossos de uma pessoa, mais longilínea ela é e mais componente ectomórfico ela tem (McARDLE; KATCH e KATCH, 2003).

    Adenda-se, por fim, duas ultima considerações, primeiro: que o trabalho com pesos (musculação) também deve ser amplamente utilizado dentro da preparação física na modalidade, pois os exercícios localizados, também intermitentes, devem servir para o fomento desta especificidade de trabalho, devendo-se construir uma base generalista de desenvolvimento da força muscular, vislumbrando orientá-la para o desenvolvimento, final, da potência muscular, que é a capacidade física mais específica para o jogo.

    Justifica-se essa ordem no fato da potência muscular somente ser plenamente alcançada, considerando-se que ela deriva das bases fundamentais da física, onde P (potência) = F (forca) x A (aceleração); onde na fase inicial de preparação deve-se preconizar os exercícios com altas cargas e baixas repetições, para o desenvolvimento da força muscular, e na lapidação, os exercícios com cargas menores, executados de maneira mais próxima aos movimentos do jogo e de forma intensa, intencionando o aprimoramento da capacidade muscular em produzir movimentos rápidos e vigorosos para o jogo.

    Segundo, que tudo o que fora citado e discutido até aqui somente será plenamente atingido através da utilização de métodos de - avaliações físicas - dentro da máxima especificidade possível, pela utilização de testes e protocolos que possam propiciar a coleta, a analise, e a aplicabilidade, também, dentro desses parâmetros de máxima especificidade para o Basquetebol.

Considerações finais

    Por fim, numa perspectiva de uma análise conclusiva, o Basquetebol, por ter evoluído exponencialmente necessita de uma adequada preparação física que possa subsidiar toda a complexidade metabólica alcançada.

    Assim, é possível afirmar a importância da caracterização da modalidade esportiva com a qual se vai trabalhar, a fim de que os métodos para o treinamento e a avaliação física correspondam às necessidades das quais a modalidade demanda.

    No caso do Basquetebol, verificou-se que por se tratar de uma modalidade esportiva com características intermitentes, este tipo de treinamento constitui-se a - chave - para a preparação física na modalidade, uma vez que acarretaria adaptações que melhor preparariam os atletas para o esforço físico do jogo, tendo as suas ações padronizadas e controladas para cada ação, pois, neste tipo de treinamento a duração do esforço e do caráter de repouso apresentam importância idêntica às especificidades competitivas, sendo a possibilidade de aumentar, significativamente, o volume da carga executada a sua principal vantagem.

    Assim, o treinamento deve ser voltado tanto para o metabolismo anaeróbio, que apresenta ser altamente relevante para a performance do jogador, quanto para o aeróbio, importante para a sua recuperação; pois, uma boa capacidade aeróbia capacita o atleta a diminuir a formação de lactato e/ou a tolerar altos níveis, e, no exercício intermitente a performance é relacionada à habilidade do atleta não só em realizar exercícios intensos, e, sim, de realizá-los deforma repetitiva.

    Como a maioria das modalidades esportivas coletivas, o Basquetebol também necessita de uma adequada preparação, que deve ser realizada de forma coletiva, mas nunca se desconsiderando as individualidades dos jogadores e de suas funções técnicas e táticas dentro de uma equipe, uma vez que a organização do jogo exige participação diferenciada para cada posição.

Referências bibliográficas

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