efdeportes.com
O ensino do handebol utilizando-se
do método parcial

   
Profa. Livre-docente da Faculdade de Educação Física - Unicamp
(Brasil)
 
 
Heloisa Helena Baldy dos Reis
helobaldy@yahoo.com
 

 

 

 

 
Resumo
    Este texto é resultado de pesquisa bibliográfica que teve como objetivo o estudo da literatura específica do ensino dos esportes coletivos em todos os ambientes, para apreendermos qual era o principal método sugerido para o ensino do handebol. Hegemonicamente até a década de 1990 o método parcial era o referencial de ensino veiculado na literatura de Educação Física e Esporte. A pesquisa foi realizada nas bibliotecas das Universidades Públicas Paulistas. E a proposta de exercícios foi elaborada a partir dos princípios deste método de ensino.
    Unitermos: Iniciação esportiva. Handebol. Pedagogia do esporte
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 93 - Febrero de 2006

1 / 1


Introdução

    Os conteúdos de quaisquer áreas do conhecimento podem ser transmitidos de diversas maneiras que são denominadas em educação como métodos de ensino.

     Este texto trata o handebol como um conteúdo clássico da cultura corporal, portanto um conteúdo tradicional principalmente da Educação Física escolar. Entendemos também que o ensino dos esportes coletivos não se restringe ao âmbito escolar, pois há várias instituições de educação não formal ou mesmo instituições de outra natureza que se dedicam ao ensino de esportes. O texto tratará especificamente do ensino do handebol utilizando-se do método parcial e em qualquer ambiente, pois no que tange ao método de ensino este pode ser aplicado em qualquer instituição que se proponha a ensinar o handebol.

    Os professores e os autores que optam pelo ensino através do método parcial acreditam que os conteúdos esportivos da Educação Física devem ser ensinados por etapas a partir do ensino fragmentado dos fundamentos dos esportes - através da seriação de exercícios, para após o domínio dos gestos técnicos específicos de cada fundamento o jogo propriamente dito ser vivenciado (praticado).

    A literatura específica da área1 até meados da década de 1990 não fazia menção a uma continuidade no processo de ensino-aprendizagem do método parcial em direção a aquisição de conhecimentos sobre as táticas individual, grupal e coletiva. Normalmente a produção da área apresentava o ensino do esporte específico mencionando os seus fundamentos e exemplificando com exercícios de como ensiná-lo, além de apresentarem justificativas limitadas e questináveis para os dias atuais, referente às restrições orgânicas da pratica de determindadas atividades físicas para crianças e adolescentes do sexo feminino, servindo apenas para a criação de mitos e preconceitos2.

    O objetivo desse trabalho é apresentar o método parcial situar, alguns conceitos e diferenciar a nossa opção metodológica no ensino do handebol, porque ainda hoje, a opção pelo método parcial no ensino do handebol é predominante na maioria dos cursos de licenciatura em Educação Física, o que nos permite deduzir que possivelmente muitos profissionais continuam tendo apenas este modelo de ensino para os esportes coletivos e especificamente para o handebol. Todos os métodos de ensino têm vantagens e desvantagens em adotá-los, o importante é ter consciência dos objetivos a atingir e conhecermos as necessidades e características de cada faixa etária, e optarmos por um método de ensino que leve nossos alunos a atingir os objetivos almejados de forma eficiente e respeitando as características bio-psico-social de cada grupo social. O fundamental para a boa docência é a consciência através do conhecimento de qual método adotarmos em função dos objetivos que temos. Porém, a opção de ensino de qualquer conteúdo através de um determinado método está imbuída de uma determinada visão de educação e de sociedade a qual nos dará elementos para a construção do projeto de ensino que será sempre um projeto político-pedagógico.

    Particularmente, apoiada nos estudos da pedagogia do esporte referenciados no novo conceito de treinamento esportivo sugerimos o ensino de handebol através de outro método de ensino-aprendizagem-treinamento diferente do método parcial, porém este trabalho irá abordar apenas o método parcial, porque o nosso objetivo é contextualizá-lo na produção da área e apresentar alguns meios didáticos para a utilização do mesmo, além de abordar os limites e as vantagens deste método ainda hegemônico na área de Educação Física.

    Alertamos os nossos leitores para a necessidade de se ensinar os esportes coletivos em geral e especificamente o handebol visando a aprendizagem do jogo propriamente dito para que os indivíduos caso não optem por uma carreira de atleta possam ter os conhecimentos necessários para a vivência dos jogos coletivos esportivizados como possibilidades de suas atividades de lazer, tanto no âmbito da vivência como da fruição (assistência), porém que nesta última forma eles tenham conhecimentos específicos para que os alunos tornem-se espectadores ativos3.


1. Conteúdos do handebol

     Os conteúdos específicos do handebol podem ser classificados em: progressões, fundamentos, táticas individuais ofensivas, táticas individuais defensivas, táticas coletivas ofensivas, táticas coletivas defensivas, os postos específicos ofensivos e os postos específicos defensivos. Porém as propostas didáticas do método parcial apresentam apenas os fundamentos e as progressões, como conteúdos do handebol.

Progressões - são quase todos os deslocamentos feitos com ou sem a posse da bola. Com a posse da bola ele pode ser realizado através de um, dois ou no máximo três passos em qualquer direção ou mesmo sem deslocamento. Lembramos que um passo no handebol é dado toda vez que se levanta um dos pés do chão e se torna a colocá-lo (apoiá-lo).


2. Os fundamentos do handebol

    São movimentos fundamentais do handebol que são executados segundo um determinado gesto técnico que é a forma "correta" de execução de um movimento específico, descrito biomecanicamente. Por exemplo: O gesto técnico do passe de ombro no handebol - é a execução desse tipo de passe com o menor desperdício de energia, com a maior rapidez e velocidade, portanto com maior eficácia.

     A seguir descreveremos os diversos fundamentos do handebol.

Empunhadura - é a forma de segurar a bola de handebol com uma das mãos. A mesma deve ser segurada com as falanges distais dos cinco dedos abertos e com a palma da mão em uma posição ligeiramente côncava.

    Observações: os dedos devem abarcar a maior superfície possível da bola, os dedos devem exercer uma certa força (pressão) na bola para que ela esteja bem segura. Sendo que a pressão exercida pelos dedos polegar e mínimo é muito importante para o êxito da empunhadura.

Recepção - Deve ser feita sempre com as duas mãos paralelas e ligeiramente côncavas voltadas para frente. Recentemente os atletas utilizam-se comumente também da recepção com uma das mãos. Então, apesar da literatura específica sobre o método parcial haver considerado esse uso habitual recente como um erro, a prática atual e sua eficiência em diversas situações têm nos dado os elementos necessários para indicarmos o ensino e treinamento da recepção com uma das mãos como um elemento necessário para o jogo de handebol. A recepção pode ser classificada em: alta, média e baixa dependendo da altura que a bola seja recepcionada.

Passes - São movimentos que permitem a bola ir de um jogador a outro, desta forma ele necessita sempre da interdependência de no mínimo duas pessoas. Os tipos de passes podem ser classificados da seguinte maneira:

  • Passes acima do ombro: podem ser realizados em função da trajetória da bola para frente ou oblíquo, sendo que ambos podem ser: retificado ou bombeado.

  • Passes em pronação: lateral e para trás.

  • Passes por de trás da cabeça: lateral e diagonal.

  • Passes por de trás do corpo: lateral e diagonal.

  • Passe para trás: na altura da cabeça com extensão do pulso.

  • Passe quicado: quando a bola toca o solo uma vez antes de ser recepcionado pelo companheiro, nesse tipo de passe a bola é atirada ao solo em trajetória diagonal.

    Greco & Ribas (1998) apresentam o passe em trajetória parabólica.

    Nem todos os passes acima descritos foram apresentados pela literatura específica do método parcial do ensino do handebol. A literatura apresentava até meados de 1990 apenas os seguintes tipos de passes no handebol: acima do ombro, por trás da cabeça - sem as classificações em função de trajetórias, por trás do corpo - também sem as classificações em função de trajetórias e o passes quicado. A respeito do passe de ombro, a literatura não incluía os passes retificado e bombeado como uma variação do passe de ombro.

Arremesso - É um fundamento realizado sempre em direção ao gol. A maioria dos arremessos pode ser denominada "de ombro" e seguem basicamente a mesma descrição de movimento a seguir - a bola deve ser empunhada, palma da mão voltada para frente, cotovelo ligeiramente acima da linha do ombro, a bola deve ser levada na linha posterior a da cabeça e no momento do arremesso ser empurrada para frente com um movimento de rotação do úmero.

    Os arremessos podem ser classificados em função da forma de execução:

  • Com apoio - significa que um dos pés do arremessador ou ambos esteja(m) em contato com o solo.

  • Em suspensão - significa que no momento do arremesso não há apoio de nenhum tipo do arremessador com o solo.

  • Com queda - significa que após a bola ter deixado a mão do arremessador, o mesmo realiza uma queda, normalmente a mesma se dá dentro da área adversária e de frente - arremesso bastante comum entre os pivôs e eventualmente entre os pontas.

  • Com rolamento - significa que após a bola ter deixado a mão do arremessador, o mesmo realiza um rolamento, na maioria das vezes um rolamento de ombro. Este tipo de arremesso é mais comum entre os pontas4 e eventualmente por pivôs. 5

Drible - É o movimento de bater na bola contra o solo com uma das mãos estando o jogador parado ou em movimento.

Ritmo Trifásico - (conhecido entre os atletas como "3 passadas") é considerado pela literatura específica do método parcial como um fundamento onde o jogador dá três passos à frente e em direção a meta adversária com a posse da bola.

Duplo Ritmo Trifásico - (conhecido entre os atletas como "dupla passada") é considerado pela literatura específica do método parcial como um fundamento onde o jogador dá "sete" passos com a posse da bola, sendo obrigatoriamente realizados à frente, da seguinte forma: os três primeiros passos são dados com a posse da bola imediatamente após ter recebido a mesma, e simultaneamente na execução do quarto passo o jogador terá que quicar a bola no solo uma vez, tornar a empunhá-la e dar mais três passos com a bola dominada. Ao final do sétimo passo ele terá obrigatoriamente que passar ou arremessar a bola. A literatura indica que o primeiro passo deverá ser executado com a perna contrária ao braço que realizará o arremesso.


3. O método parcial na fase inicial do procedo de ensino-aprendizagem-treinamento do handebol

    Até meados da década de 1990 a literatura sobre os jogos coletivos esportivizados (esportes coletivos) era baseada no princípio analítico-sintético que apresentava como seu principal método de ensino dos esportes coletivos o método parcial. Este surgiu das experiências positivas dos treinamentos de esportes individuais como o atletismo e a natação.

    Na época foi a principal proposta de ensino dos jogos coletivos esportivizados, baseando-se no princípio analítico-sintético os autores e estudiosos da área passaram a descrever como deveria ser o ensino dos esportes coletivos. A lógica da proposta partiu da fragmentação dos gestos técnicos do jogo, dividindo-os em partes (fundamentos) e cada uma deles subdividos em movimentos mais simples, desta forma um passe no handebol (por exemplo) deve ser ensinado após o domínio da empunhadura e observando o posicionamento correto de ombro, braço, ante-braço e mãos, assim como o posicionamento das pernas no momento de execução do mesmo. Para que o aluno atingisse a performance sugeriu-se um aprendizado por partes e etapas

... com exercícios que apresentam uma divisão dos gestos técnicos, das técnicas, da ação motora em seus mínimos componentes. O aluno conhece, em primeiro lugar, os componentes técnicos do jogo através da repetição de exercícios de cada fundamento técnico, os quais são logo acoplados a séries de exercícios, cada vez mais complexos e mais difíceis; à medida que a ajuda e a facilitação diminuem, gradativamente aumenta a complexidade e a dificuldade das ações. À medida que o aluno passa a dominar melhor cada exercício, passa-se a praticar uma nova sequência. Estes movimentos já dominados passam a ser integrados em um contexto maior, que logo permitirão o domínio dos componentes básicos da técnica inerente ao jogo esportivo, na sua situação do modelo ideal, orientado ao gesto do campeão, realizando-se, desta forma, o processo de ensino-aprendizagem-treinamento do esporte (Greco, 1998, p. 41).

    As aulas ou treinamentos baseados neste tipo de método sempre começam com um aquecimento e na sequência é apresentado normalmente pelo professor o exercício que deve ser feito e repetido até o seu domínio, ao comando também do professor outras propostas de exercícios vão sendo apresentadas por ele. A vivência do jogo propriamente dito fica restrita a alguns minutos finais da aula ou treino, onde são avaliados os gestos técnicos ensinados até o momento. O jogo pode aparecer também em muitos casos como um momento de descontração, pois as séries de exercícios muitas vezes são monótonas e desmotivantes, e nesse caso o jogo livre seria uma forma de "premiação" aos alunos.

    Na fase inicial do processo de ensino-aprendizagem-treinamento do handebol não apontamos vantagens (de um modo geral) do uso deste método porque ele não contribui para a formação do "jogador inteligente" e restringe-se apenas a aquisição de gestos técnicos específicos por meio da repetição de movimentos até alcançar-se sua automatização, isso em uma idade em que as crianças deveriam vivenciar o jogo tanto pelas características da infância como pela possibilidade na aquisição de conhecimentos táticos do jogo coletivo (ainda não específicos de um único esporte) que serão importantíssimos nas fases subsequentes do processo de ensino-aprendizagem-treinamento.

    O novo conceito de treinamento esportivo prevê o aprimoramento da técnica específica apenas entre as fases de direção e especialização (Greco, 1998, p. 77). Então, nesta fase, os exercícios sugeridos no método parcial poderiam ser bons exemplos no aperfeiçoamento da técnica específica do esporte ensinado.

    Porém, é indiscutível que o método parcial: 1. aperfeiçoa a técnica; 2. facilita a aprendizagem das técnicas por meio da fragmentação dos movimentos e pelos níveis de dificuldade; 3. facilita o domínio dos fundamentos pela repetição e automatização dos gestos. No entanto, ele também cria limites como: 1. inibe a criatividade; 2. favorece a imitação; 3. determina as ações; 4. não permite o aprendizado tático do jogo; 6. desmotiva a criança, que é especialista em brincar e fica submetida desde muito cedo a exercícios mecânicos.


4. Propostas de atividades para o ensino do handebol baseada no método parcial

    A seguir apresentaremos algumas sugestões de exercícios para o ensino dos fundamentos do handebol seguindo o princípio analítico-sintético do método parcial.

    Para iniciar o desenvolvimento de qualquer fundamento com os alunos, é necessário que o professor ou técnico inicialmente explique o que é cada um deles e qual é a forma correta para realizá-lo.


Empunhadura


Exercício 1: Empunhadura Individual


Descrição:

Posição Inicial: Todos os jogadores, livres pela quadra, com bola na mão.

Tarefa: Segurar a bola de forma correta, onde a superfície de contato é realizada pela superfície dos dedos e pela face palmar média da mão.

Variações:

  • Para elevar o nível de complexidade, o aluno deve passar a bola de uma mão para a outra, sem que esta bola escape.

  • Utilizar duas bolas, uma em cada mão.



Exercício 2: Empunhadura em Duplas


Descrição:

Posição Inicial: Em duplas, os jogadores posicionados um frente para o outro, com os braços estendidos a frente do ombro, a uma distância de no máximo 1 metro. Os dois jogadores segurando a mesma bola, utilizando o exercício da empunhadura.

Tarefa: Cada jogador deve utilizar a força na realização da empunhadura para conseguir puxar a bola. Caso algum jogador consiga puxar, retornar ao início do exercício para realizá-lo novamente.

Variações:

  • Utilizar o braço estendidos a frente do abdômen

  • Criar nova posições para o braço que irá realizar a empunhadura.


Passes/recepção


Exercício 1: Passe acima do ombro na parede


Descrição:

Posição Inicial: O exercício será realizado individualmente, ficando o jogador de frente para a parede, a qual realizará o passe.

Tarefa: Lançar a bola contra a parede e recebê-la novamente. Neste momento o professor deve individualmente realizar correções, principalmente sobre a posição do cotovelo, que deve estar ligeiramente acima da linha do ombro.

Variações:

  • Realizar o passe com ambas as mãos, notando a diferença entre as duas.

  • Realizar neste mesmo exercício o passe picado, onde a bola deve bater no solo, depois na parede e retornando à mão do jogador logo em seguida.

  • Determinar alvos na parede (círculos desenhados) para treinar a precisão do passe.



Exercício 2: Passe acima do ombro em duplas


Descrição:

Posição Inicial: O exercício será realizado em duplas. Os jogadores devem se posicionar de frente, um para o outro, à uma distância de aproximadamente quatro metros.

Tarefa: Realizar o passe para o outro jogador e recebê-la novamente. Neste momento o professor deve individualmente realizar correções, principalmente sobre a posição do cotovelo, que deve estar ligeiramente acima da linha do ombro. Como o passe ainda não estará sendo realizado com perfeição, é interessante abordar as formas de recepção, para que o aluno a realize, independente da posição em que ela for recebida(alta, média e baixa).

Variações:

  • Realizar uma série de passes com a mão direita e outra série com a mão esquerda, notando a diferença entre as duas.

  • Realizar neste mesmo exercício o passe quicado, onde a bola deve bater no solo.

  • Aumentar a distância entre a dupla.

  • Determinar o local onde a bola deve ser recepcionada.


Arremesso


Exercício 1: Arremesso com apoio parado


Descrição:

Posição Inicial: Todos os jogadores parados e espalhados atrás da linha de seis metros, de frente para o gol, sem goleiro.

Tarefa: Um aluno de cada vez deve arremessar a bola para o gol.

Variações:

  • Determinar o local para a realização do arremesso (exemplo: ângulo superior esquerdo).

  • Cinco alunos com uma bola distribuídos atrás da linha de seis metros (nos postos específicos ofensivos de pontas e armadores), ao sinal do professor ou técnico, todos devem arremessar a bola ao mesmo tempo.

  • Utilizar uma seqüência, onde cada jogador arremessa por vez, utilizando assim o goleiro.



Exercício 2: Arremesso com apoio com deslocamento


Descrição:

Posição Inicial: Uma coluna de jogadores nas posições do armador central, cada jogador com uma bola.

Tarefa: Realizar o arremesso, de forma livre, sem cobrar o ritmo trifásico. O arremesso pode ser realizado entre os nove e seis metros. Neste momento o professor pode corrigir a posição do cotovelo, bem como do pé de apoio no chão, que deve ser contrário ao braço de arremesso.

Variações:

  • Realizar arremessos alternando os braços.

  • Determinar o local que a bola deve atingir o gol (determinado pela divisão do gol em partes)

  • Aumentar a distância do arremesso, em relação ao gol.



Exercício 3: Arremesso em suspensão


Descrição:

Posição Inicial: Três filas nas posições de armador central, armador esquerdo e armador direito.

Tarefa: Cada jogador deve realizar o arremesso em suspensão. Neste momento o professor não deve interferir na forma de deslocamento do jogador (drible, ritmo trifásico). Ele apenas deve realizar as correções no apoio do pé que irá impulsionar o jogador para o arremesso em suspensão.

Variações:

  • Utilizar um cone (deitado) para o jogador pular durante a fase aérea do arremesso em suspensão.

  • Aumentar a distância do arremesso para o gol.

  • Variar as posições de arremesso, de acordo com a posição inicial.


Drible


Exercício 1: Drible Individual


Descrição:

Posição Inicial: Cada jogador com uma bola, espalhados pela quadra.

Tarefa: Realizar o drible numa seqüência que será descrita pelo professor, ao mesmo tempo em que ele realiza as correções necessárias sobre a posição da mão e do braço em relação a bola.

Variações:

  • A seqüência das variações fará o nível de complexidade crescer da seguinte forma: driblar parado em pé, driblar abaixando-se até sentar, driblar deitado até erguer-se novamente, deslocar-se andando, deslocar-se correndo, realizar paradas bruscas, realizar mudanças de direção e realizar tudo isso com ambas as mãos.


Exercício 2: Drible utilizando cones


Descrição:

Posição Inicial: Uma coluna no final da quadra de frente para uma coluna de cones colocados a diferentes distâncias um do outro.

Tarefa: O jogador deve driblar inicialmente andando e depois correndo, assim como com uma mão e depois com a outra, realizando o deslocamento em zigue-zague entre os cones.

Variações:

  • Diminuir o espaço entre os cones.

  • Fazer o retorno nestes mesmos cones, de costas.

  • Utilizar o contorno (giro em volta do cone) para alguns cones.



Progressão


Exercício: Progressão com 3 passos


Descrição:

Posição Inicial: Vários tipos de materiais posicionados entre a linha de seis metros e a linha de nove metros, entre eles: 3 cordas esticadas, 3 arcos, 3 pés (formato) desenhado no chão, etc.

Tarefa: Os atletas devem realizar uma progressão com três passos para frente utilizando a posição correta dos pés de acordo com os materiais e/ou as sinalizações feitas no chão.

Variações:

  • Realizar três passos andando.

  • Realizar três passos correndo.

  • Estimular um aumento progressivo da velocidade de execução;

  • Aumentar a amplitude das passadas

  • Incluir um salto no final da realização do ritmo trifásico



Ritmo trifásico


Exercício 1: Ritmo trifásico

Descrição:

Posição Inicial: Idem ao exercício anterior, só que com a bola empunhada.

Tarefa: Idem ao anterior, utilizando a bola e uma das mãos.

Variações:

  • Idênticas às do exercício anterior.


Exercício 2: Ritmo trifásico com finalização


Descrição:

Posição Inicial: Idem ao exercício anterior, porém cada jogador com a bola empunhada de frente para o gol, próximo da linha de 9 metros, para realizar o arremesso.

Tarefa: Idem ao anterior e arremessar para o gol.

Variações:

  • Aumentar a velocidade de execução.

  • Aumentar a distância do gol.


Notas

  1. Sobre o tema consultar Reis (1994).

  2. Sobre o tema dos mitos e preconceitos em relação a pratica esportiva feminina ver Reis (1996) e Lessa (2003).

  3. Conceito de Dumazedier.

  4. Por alguns profissionais denominados de alas.

  5. Observamos no Campeonado Mundial Juniores Masculino de 2003, realizado em Foz do Iguaçu, o desuso deste tipo de arremesso. Em âmbito de campeonatos internacionais houve nas últimas décadas um incremento nos arremessos com apoio.


Referências bibliográficas

  • Greco, Pablo Juan. In: Greco, P.J. & Benda, (orgs.) Iniciação Esportiva Universal: v.1, 1998, pp.

  • Greco, Pablo Juan. Revisão da metodologia aplicada ao ensino-aprendizagem dos jogos esportivos coletivos. In: Greco, Pablo Juan. Iniciação Esportiva Universal: v.2, 1998, pp. 39-56.

  • Lessa, Eriberto de Moura. As relações entre futebol, lazer e gênero. Campinas: 2003 (Mestrado em Educação Física) - Faculdade de Educação Física, Unicamp.

  • Reis, Heloisa Helena Baldy dos. O ensino dos jogos coletivos esportivizados. Santa Maria: 1994 (Mestrado em Ciência do Movimento Humano) - Centro de Educação Física e Desportos, UFSM.

  • ________. Fútbol feminino en el país del fútbol: mitos, preconceptos y desafíos: un abordaje cultural. Nexosport, n. 164, nov. 1996.

Outro artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
http://www.efdeportes.com/ · FreeFind
   

revista digital · Año 10 · N° 93 | Buenos Aires, Febrero 2006  
© 1997-2006 Derechos reservados